TÍTULO: GRUPO DE TRABALHO HISTÓRIA, PATRIMÔNIO E PRESERVAÇÃO : A ELABORAÇÃO DE PESQUISAS PARA A COMPREENSÃO DA ARQUITETURA DE MONTES CLAROS/MG.

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Transcrição:

TÍTULO: GRUPO DE TRABALHO HISTÓRIA, PATRIMÔNIO E PRESERVAÇÃO : A ELABORAÇÃO DE PESQUISAS PARA A COMPREENSÃO DA ARQUITETURA DE MONTES CLAROS/MG. CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: ENGENHARIAS E ARQUITETURA SUBÁREA: ARQUITETURA E URBANISMO INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS SANTO AGOSTINHO - FACET AUTOR(ES): JOSIMEIRY DE PAULA SANTOS TEIXEIRA, ANNA LETÍCIA AQRAUJO LEAL, CAMILLE XAVIER RIBEIRO, EMANUELLE TOLENTINO CÂMARA MENEZES, FERNANDA CAIRES ALCANTARA, ISADORA BARBOSA DE SOUZA, NADYA KATHERINE SILVA GOMES, WALLYSON MURILO LUCAS SENA ORIENTADOR(ES): RÉGIS EDUARDO MARTINS

1. RESUMO O presente trabalho tem o intuito de apresentar o Grupo de Trabalho: História, Patrimônio e Preservação do Grupo de Pesquisa em História e Teoria da Arquitetura e Urbanismo, contido no curso de Arquitetura e Urbanismo das Faculdades Santo Agostinho. O GT tem como foco o estudo e a compreensão da história da Arquitetura de Montes Claros/MG. Nesse sentido, tentar-se-á apresentar os resultados preliminares da pesquisa em curso no Grupo, que busca analisar e registrar os movimentos de arquitetura Art Decó e Neocolonial do Centro antigo da cidade citada. 2. INTRODUÇÃO O Grupo de Trabalho: História, Patrimônio e Preservação tem o objetivo geral de oferecer aos acadêmicos instrumentos de reflexão sobre a relação da história da arquitetura e o mundo que os cerca. Nessa finalidade, vem-se buscando a compreensão do contexto da arquitetura em Montes Claros e dessa no cenário regional e nacional. A pesquisa realizada até aqui permitiu identificar a necessidade de se compreender a difusão dos estilos arquitetônicos nessa cidade e registrá-los frente às demolições e a descaracterização de edificações antigas recentemente observadas. É importante realizar essa busca além da procura por fatos históricos, fazendo-se uma aproximação prática e crítica com a realidade local, a fim de perceber, conforme indica Rapoport (1984), a significação social e conceitual presentes na arquitetura, bem como os fatores que levam a sua preservação. 3. OBJETIVOS Identificar e registrar edificações do Estilo Neocolonial e/ou Art Decó ainda existentes no centro antigo da cidade de Montes Claros/MG, analisando-se as intervenções, descaracterizações e demolições das construções do Século XX. 4. METODOLOGIA A metodologia utilizada propõe investigar o problema de pesquisa em três frentes concomitantes e complementares: a pesquisa bibliográfica, a fim de compreender os movimentos arquitetônicos estudados; a pesquisa documental, baseada em arquivos de fotografias antigas da cidade de Montes Claros/ MG e

pesquisas de campo com a observação dos exemplares e o registro fotográfico das edificações encontradas no centro antigo da cidade. 5. DESENVOLVIMENTO A compreensão inicial da ocorrência das edificações estudada está intrinsicamente ligada com a formação urbana de Montes Claros. De acordo com Gomes (2007, p.88), no início do século XX, a área ocupada de Montes Claros se limitava ao entorno das atuais praças Dr. Chaves (Praça da Matriz), Praça de Esportes, Praça Dr. Carlos e Praça Pio XII (Praça da Catedral) [...]. Nessa época, a ocupação ainda se concentrava nas proximidades do núcleo urbano inicial, correspondente aos limites da vila que deu origem à cidade. Segundo a autora, o primeiro salto de crescimento demográfico de Montes Claros deu-se após a década de 30, como resultado da chegada da ferrovia em 1926 (ibid., p.90), fato que motivou a expansão urbana em direção ao sul da área inicial. Os ciclos de desenvolvimento, que se sucederam desde o século XIX até a primeira metade do século XX, permitiram a lenta ocupação do Centro antigo da cidade, permitindo a criação de rico acervo arquitetônico composto por exemplares ligados aos estilos Colonial, Neoclássico, Eclético, Neocolonial, Art Decó, consecutivamente. Nos últimos anos, tem havido recorrentes demolições desses exemplares, uma vez que boa parte desse não se encontra protegido pela legislação do patrimônio. Para entender esse fenômeno adequadamente é importante analisar o crescimento de Montes Claros nas últimas décadas do século XX que, impulsionada pela industrialização, leva a uma nova configuração urbana, mais periférica, e, ao mesmo tempo, redistribui a população ao longo das áreas não centrais. De acordo com França e Soares (2007, p. 49), após o fim dos anos 70, a área central da cidade vai perdendo seu caráter residencial e passa a assumir demasiadamente diversos tipos e funções relacionadas à prestação de serviços e comércio. 6. RESULTADOS PRELIMINARES A urbanização e o crescimento acelerado da cidade nas últimas décadas, o Centro antigo vem sofrendo mudanças significativas em seu conjunto arquitetônico. A paisagem urbana atual já não condiz com a percebida no cenário identificado nas pesquisas em acervo de fotos antigas. Muitas edificações foram demolidas e as que conseguiram sobreviver, estão à mercê da especulação imobiliária e/ou foram em

sua grande maioria, descaracterizadas. Nas pesquisas in loco, ao analisar os prédios na região central montesclarense, confirmou-se os estudos de Leite e Pereira (2003) e França e Soares (2007), sendo esse um espaço predominantemente comercial. Esse fato conduziu a que estado de conservação das características originais das edificações se transformasse à medida que o uso do edifício foi mudado. No entanto, na maioria das vezes, as construções que foram mantidas como residências ou que foram tombadas preservam-se com os atributos nos quais foram concebidos. Algumas edificações resistiram ao tempo, praticamente inalteradas (Fig. 1), preservando suas características. Todavia, a maioria das edificações analisadas foi parcialmente ou quase totalmente descaracterizada (Fig. 2), após a modificação do uso. Em alguns casos, as fachadas, quando não modificadas, foram cobertas e ocultadas placas comerciais, como nos exemplos que se seguem: Fig. 01 Edificações Art Decó uso comercial. Fonte: Acervo GT História, Patrimônio e Preservação, 2015. Fig. 02 Edificações Neocoloniais uso comercial. Fonte: Acervo GT História, Patrimônio e Preservação, 2015 7. FONTES CONSULTADAS FRANÇA, Iara S. Aglomeração Urbana Descontínua de Montes Claros/MG: Novas configurações socioespaciais. 399f. 2012. Tese (Doutorado em Geografia). Disponível em: <http://repositorio.ufu.br/handle/123456789/1247>. Acesso em: 23 ago. 2015. ; SOARES, Beatriz R. Expansão Urbana em Cidades Médias: uma reflexão a partir do núcleo e da área central de Montes Claros no Norte de Minas Gerais. Geo UERJ, Rio de Janeiro, Ano 9, nº 17, vol. 2, jul./dez. 2007. GOMES, Fernanda S. Discursos contemporâneos sobre Montes Claros: (re)estruturação urbana e novas articulações urbano-regionais. 181f. 2007. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo). Disponível em: <http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/handle/1843/raao-7bmq8a>. Acesso em: 21 ago. 2015. RAPOPORT, Amos. Origens Culturais da Arquitetura. In: SNYDER, James c.; CATANESE, Anthony (Org.). Introdução à Arquitetura. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1984.