Reação de genótipos de rabanete a adubação nitrogenada

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Transcrição:

Reação de genótipos de rabanete a adubação nitrogenada Illana Reis Pereira 2, Fabrício Rodrigues 1, Adilson Pelá 1, Lincon Rafael da Silva 2, Renan Cesar Dias da Silva 2, Geovani Soares da Silva Junior 3 1 Docente Universidade Estadual de Goiás, Rodovia, câmpus Ipameri. GO 330, km 241, Anel Viário, Setor Universitário, 75780-000, Ipameri, GO, Brasil. 2 Mestrando em Produção Vegetal, Bolsista FAPEG Universidade Estadual de Goiás, câmpus Ipameri. illanareis@hotmail.com 3 Graduando em Agronomia Universidade Estadual de Goiás, câmpus Ipameri. INTRODUÇÃO No Brasil a área ocupada com hortaliças é de 880,1 mil hectares e a produção é de 18.769,9 milhões de toneladas (VILELA, 2013), a olericultura é uma área da horticultura que engloba culturas folhosas, raízes, bulbos, tubérculos, frutos diversos e partes comestíveis de plantas, sendo a produção de hortaliças no Brasil 26% do valor total da produção agrícola, inferior apenas ao valor de produção de cereais, leguminosas e oleaginosas (GUTIERREZ, 2013). Entre essas culturas está o rabanete, cujo nome científico é Raphanus sativus, pertence à família Brassicacea uma planta herbácea que produz raízes globulares, seu plantio se adapta-se melhor no outono-inverno, o desenvolvimento da raiz tuberosa é favorecido por temperaturas baixas e dias curtos (FILGUEIRA 2006). As hortaliças exigem um suprimento adequado de nutrientes para que haja um equilíbrio nutricional, pois, a carência ou o excesso do mesmo, são fatores estressantes para a planta, sendo necessário estudos envolvendo absorção de nutrientes para as diferentes espécies, buscando a qualidade nutricional que é muito exigida no mercado Pirenópolis Goiás Brasil 20 a 22 de outubro de 2015

(FURLANNI E PURQUEIRO, 2010). O rabanete é uma espécie exigente em solo fértil, principalmente para evitar distúrbios fisiológicos, como rachadura da raiz (FERREIRA, et al., 2011) e devido a seu curto ciclo, ou seja existe a necessidade de uma grande quantidade de nutrientes em um curto prazo de tempo, para a formação de massa em seu órgão de armazenamento, entre esses nutrientes destaca-se o nitrogênio (COUTINHO et al., 2010). O nitrogênio é um nutriente de extrema importância para as hortaliças, embora pouco se sabe a respeito de quantidades a serem utilizadas na cultura do rabanete (QUADROS et al., 2010), sendo este, de acordo com Filgueira (2006), o segundo nutriente mais exigido pelas hortaliças. A deficiência desse nutriente pode ser responsável pela redução na quantidade de assimilados gerados no processo de fixação do gás carbônico, ocasionando a redução da disponibilidade destes compostos para órgãos reprodutivos do rabanete (PEDÓ et al., 2013). Embora o nitrogênio seja um importante nutriente para as hortaliças, pouco se conhece, a respeito das quantidades a serem utilizadas, permitindo assim, a obtenção de rendimentos satisfatórios na cultura do rabanete. OBJETIVO Dessa forma o presente trabalho teve como objetivo avaliar três genótipos de rabanete quanto ao seu desempenho produtivo em resposta a adubação nitrogenada de cobertura. METODOLOGIA O experimento foi conduzido na Universidade Estadual de Goiás, Campus Ipameri, Brasil (latitude 17º41 S, longitude 48º11 N, altitude 800 m), em Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico. De acordo a análise do solo a recomendação para a cultura, foi feita a adubação de base convencional. O controle de plantas daninhas foi realizado manualmente e o de pragas de acordo com a necessidade da cultura. Durante todo o período experimental procurou-se manter os solos a aproximadamente 80% da capacidade máxima de retenção de água, por duas regas diárias. O experimento constituiu de um fatorial 3x5 (3 genótipos de rabanete; Apolo, Cometo e Redondo vermelho gigante e 5 doses de nitrogênio; 0, 50, 100, 150 e 200 kg ha -1 ), com quatro

repetições em delineamento de blocos casualizados. As unidades experimentais constituíram de 4 linhas de 1 metro de comprimento, espaçadas a 0,25m e espaçamento entre plantas de 0,10m, sendo a área útil composta pelas 2 linhas centrais, descartando 0,20m das extremidades, (0,3m 2). A colheita foi realizada 31 dias após a semeadura, e foram avaliados os seguintes parâmetros: teor de nitrogênio nos tubérculos, teor de nitrogênio nas folhas, massa seca dos tubérculos, massa seca das folhas, diâmetro dos tubérculos e produtividade. Todo material vegetal colhido foi lavado, seco em estufa (65 C), moído e pesado para determinação da massa seca da parte aérea e do tubérculo para então se efetuar determinação de nitrogênio, metodologia descrita por Miyazawa et al. (2009). Os dados referentes aos experimentos foram submetidos ao teste F para análise de variância e ao teste de Tukey para comparação de médias, além da regressão, utilizando o programa estatístico Sisvar 5.3 (FERREIRA, 2011). RESULTADOS E DISCUSSÃO Conforme análise de variância verificou-se efeito significativos para o teor de nitrogênio no tubérculo, massa seca da folha e diâmetro entre os genótipos, conforme tabela 1. Os outros parâmetros mesmo com coeficientes de variação baixos não apresentaram diferenças entre os tratamentos. O acumulo de nitrogênio em quantidade menor no tubérculo, pode ser devido o órgão reservar maior quantidade de carboidratos, pois o nitrogênio não participa da constituição de carboidratos. O nitrogênio acumulado na folha é em maior proporção relacionado ao tubérculo. O tubérculo é um órgão de reserva e a folha é um órgão que realiza fotossíntese exige uma quantidade superior de concentração de N. Pirenópolis Goiás Brasil 20 a 22 de outubro de 2015

Tabela 1. Resumo da análise de variância para o teor de nitrogênio no tubérculo (TNT), teor de nitrogênio na folha (TNF), massa seca do tubérculo (MST), massa seca da folha (MSF), diâmetro do tubérculo (DIAM) e produtividade (PRO) de diferentes genótipos de rabanete cultivados em diferentes de nitrogênio, Ipameri, Goiás, Brasil, 2015. Quadrados Médios Fontes de Variação G.L TNT TNF MST MSF DIAM PRO Genótipo (G) 2 105,94** 1,05 ns 1441,93 ns 737125,79 ** 39,73 ** 5661402,98 ns Doses (D) 4 33,38 ns 132,84 ns 5188,87 ns 35069,58 ns 10,91 ns 3651907,07 ns G x D 8 9,62 ns 77,20 ns 5459,12 ns 30890,20 ns 12,93 ns 6332404,93 ns Bloco 3 184,86 385,94 69581,18 49017,54 97, 25 40969019,30 Erro 42 14,46 151,55 5601,68 28000,88 6,56 3902983,66 CV (%) - 10,31 23,08 17,97 25,82 6,50 17,34 **, * significativo pelo teste F, a 1 e 5 %, respectivamente. ns não significativo a 5% de probabilidade. O teor de N na folha não foi significativo para as variáveis analisadas, dose, genótipo, genótipo x dose, resultado que difere de Quadros et al., (2010), em seu estudo os autores afirmam que teor de nitrogênio foliar aumentou de forma linear à medida que as doses de nitrogênio foram aumentadas. O valor mais elevado para o teor de nitrogênio (59 g/kg), no intervalo de estudo, foi obtido com a aplicação da dose máxima de (240 kg ha -1 ) N. De acordo com Coutinho Neto et al. (2010) em função da adubação nitrogenada, as concentrações médias de N variaram de 22 a 51 g kg -1. Entre os genótipos avaliados não foi observado diferenças significativas para massa seca do tubérculo, entretanto para massa seca das folhas é possível observar que o genótipo Apolo foi superior estatisticamente aos demais, seguido por Redondo Vermelho Gigante e Cometo respectivamente, tabela 2. A diferença observada entre MST e MSF pode estar relacionada ao menor acúmulo de massa seca

do tubérculo inicial, neste caso, à ocorrência de maior investimento de assimilados na formação de área foliar visando o aumento da maquinaria fotossintética e da produção de assimilados, pois o nitrogênio está associado diretamente com o crescimento do vegetal (TAIZ & ZEIGER, 2004; AUMONDE et al., 2011), visto ainda que o rabanete é uma cultura de ciclo curto, necessitando de rápida formação da parte aérea para suprir as demandas citadas pelos referidos autores. De acordo com Sanchez et al. (1991), a absorção do adubo aplicado pode ser comprometida devido ao rápido ciclo da cultura, interferindo na translocação para todos os órgãos da planta. Os mesmos autores constataram em seu estudo, o aproveitamento de apenas 19% do nitrogênio, Quadros et al. (2010), também afirmam que absorção do nitrogênio em espécies olerícolas, pode ser igual ou até abaixo 50% da quantidade aplicada. Tabela 2. Teor de nitrogênio no tubérculo, massa seca das folhas e diâmetro de genótipos de rabanetes na média das doses de N em cobertura, Ipameri, Goiás, Brasil, 2015 (1). Cultivar TNT (mg/kg) MSF (kg/ha) DIA (mm) Apolo 38,2 a 820 a 37,8 b Cometo 34,2 b 440 c 40,6 a Redondo Vermelho Gigante 38,2 a 683 b 39,8 a (1) Médias seguidas pelas mesmas letras minúsculas nas colunas não diferem estatisticamente entre si, segundo teste de Tukey (P 0,05). Na variável diâmetro foi observada variação em relação a cultivar utilizado, mas não houve alterações quando relacionado com doses de nitrogênio e sua interação com o genótipo, resultado similar ao descrito por Silva e Silveira (2012) estudando a fertirrigação do rabanete a diferentes doses de nitrogênio, que não relataram diferenças significativas no diâmetro das plantas quando aplicadas as doses de nitrogênio. Esses resultados diferem do encontrado por Coutinho Neto et al., (2010), que avaliaram estado nutricional do rabanete levando em consideração além da adubação nitrogenada a aplicação de potássio, fato que levou a um melhor desenvolvimento das plantas e observaram que menores doses levaram a um menor crescimento, evidenciando a influência do nível de potássio disponível para planta. Pirenópolis Goiás Brasil 20 a 22 de outubro de 2015

A produtividade não foi afetada por nenhuma das variáveis avaliadas, esses resultados corroboram com os resultados obtidos por Quadros et al., (2010), que também observaram que as doses de nitrogênio não interferiram na produtividade dos rabanetes, resultados que diferem do encontrado por Dantas Junior et al., (2014) no qual as doses de nitrogênio influenciaram de forma positiva nas variáveis estudas, aumentando significativamente a produtividade. Em relação ao diâmetro, os genótipos Cometo e Redondo Vermelho se destacaram com 4,0 e 3,9 cm, seguido por Apolo com 3,7 cm, que apesar da diferença e de não sofrerem influência da adubação nitrogenada apresentaram diâmetros próximos. Os genótipos Cometo e Redondo Vermelho Gigante obtiveram valores até superiores aos encontrados por Dantas Junior et al. (2014), que verificou em seu estudo influência das doses de nitrogênio, com tubérculos em média de 3,8 cm de diâmetro. CONSIDERAÇÕES FINAIS Entre as variáveis, a adubação nitrogenada em cobertura influenciou apenas nos genótipos avaliados. As diferentes doses de nitrogênio aplicadas não influenciaram a produtividade do rabanete. AGRADECIMENTOS Apoio financeiro: FAPEG e UEG