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Transcrição:

Brasileiro Centro de Políticas Públicas do Insper Março de 2014

Apresentação A educação é uma questão fundamental no cotidiano brasileiro, pois é a partir de uma boa base educacional que um país se desenvolve economicamente e socialmente. Para que a educação melhore, é preciso entender sua evolução ao longo do tempo para elaborar políticas que enfatizem o que já foi bem-sucedido e que auxiliem na reformulação das demais políticas. Visando ampliar a pesquisa em educação e melhorar sua qualidade, o Centro de Políticas Públicas do Insper elaborou o Brasileiro para divulgar gráficos e dados importantes sobre a educação no Brasil. Os gráficos iniciais deste trabalho fornecem uma visão ampla da educação brasileira ao longo do tempo. Em seguida, os gráficos mais detalhados são mostrados separadamente para a Pré-escola, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino Superior. Para a elaboração dos gráficos, foram utilizados dados da PNAD (Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios) do IBGE, Censo da Educação Básica, Censo da Educação Superior e as notas do SAEB (Sistema de Avaliação da Educação Básica) do INEP. Com o intuito de facilitar o acesso aos dados, o disponibiliza também em seu site todas as tabelas em Excel com os dados utilizados nessa apresentação.

Nota Metodológica É importante ressaltar que algumas modificações foram introduzidas na PNAD no período 1992 e 2012, no que se refere aos dados sobre educação levantados: Entre 1981 e 2003 a pesquisa não abrange as áreas rurais dos estados da Região Norte, exceto o Tocantins. Nos anos de 1996 e 1997 o bloco de questões sobre o trabalho de pessoas com 5 a 9 anos foi retirado da pesquisa. Entre 2006 e 2007 a PNAD passou a diferenciar os cursos de Ensino Fundamental regular em 8 ou em 9 anos. Ainda em 2012 ainda havia cerca de 13% dos estudantes desse grau de ensino que cursavam a modalidade em 8 anos.

Acesso à Escola, por Grau de Escolaridade Na seqüência de gráficos a seguir (gráficos 1a, 1b, 1c e 1d), observamos o aumento do acesso da população brasileira à escola no longo prazo. Os gráficos apresentam a porcentagem da população de cada ano de idade (de 5 a 25 anos) que é estudante nos anos de 1982, 1992, 2002 e 2012. Claramente há um aumento das porcentagens totais estudantes. Entre 1982 e 1992 o crescimento ocorreu principalmente entre aqueles com até 7 anos. Nos vinte anos seguintes as proporções de estudantes com 5 e 6 anos se expandiram aceleradamente. Nos anos 1990 também houve crescimento da proporção de estudantes entre pessoas com 15 a 17 anos. Nos anos 2000 a proporção de estudantes com 18 anos ou mais chega a decrescer, provavelmente em parte por conta da redução do atraso escolar, em parte por conta do aquecimento do mercado de trabalho. Em 2012 mais de 95% da população de 6 a 14 anos de idade freqüentava a escola. Outra tendência verificada é da redução do atraso escolar, que faz com que as fronteiras entre as áreas se tornem mais verticais.

Porcentagem de Estudantes Porcentagem de Estudantes Porcentagem de estudantes Porcentagem de estudantes Acesso à Escola, por Grau de Escolaridade 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 Idade Gráfico 1a 1982 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 1992 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 Idade Gráfico 1b 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 2002 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 Idade Gráfico 1c 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 2012 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 Idade Gráfico 1d Fonte: PNAD 1982, 1992,2002 e 2012. Elaboração Própria.

Evolução da Escolaridade da População Adulta O gráfico 2a mostra a evolução da escolaridade do brasileiro que tem 22 anos ou mais de idade. Nota-se que há um aumento da quantidade de pessoas com Superior completo ou incompleto (12 ou mais anos de estudo) e uma queda significativa da porcentagem de pessoas com até 4 anos de estudo. Outra alteração importante é de que, a partir de 2002, o número de pessoas com ao menos o Ensino Médio incompleto (9 a 11 anos de estudo) é superior ao número de pessoas com ao menos o 2º ciclo do Fundamental incompleto (5 a 8 anos de estudo). Isto mostra que as pessoas estão concluindo o Ensino Fundamental e continuando os estudos no Ensino Médio. O gráfico 2b mostra a porcentagem da população com 22 anos ou mais de idade que completa os ciclos escolares: 4 anos completos de estudo corresponde a concluir o 1º ciclo do Ensino Fundamental; 8 anos completos de estudo corresponde à conclusão do 2º ciclo do EF; 11 anos completos de estudo corresponde à conclusão do Ensino Médio e 15 anos completos de estudo representa quem já completou o Ensino Superior. Visivelmente há um crescimento na quantidade de pessoas concluindo o Ensino Médio (mais que duplicou de 1992 para 2012) e Ensino Superior, nível que inclusive ultrapassa os 8 anos de estudo completos, correspondente ao Ensino Fundamental.

Perfil da Escolaridade da População Adulta 70% 60% 60.0% 50% 40% 33.1% 30% 20% 18.1% 30.7% 20.4% 10% 14.4% 7.6% 15.9% 0% 1992 1993 1994* 1995 1996 1997 1998 1999 2000* 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010* 2011 2012 0 a 4 anos de estudo 5 a 8 anos de estudo 9 a 11 anos de estudo 12 anos de estudo ou mais Gráfico 2a Fonte: PNADs. Elaboração Própria

População Adulta que Conclui os Ciclos 30% 26.2% 25% 20% 19.8% 15% 10% 5% 12.1% 11.2% 11.0% 7.9% 10.0% 5.3% 0% 1992 1993 1994* 1995 1996 1997 1998 1999 2000* 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010* 2011 2012 4 anos completos de estudo 8 anos completos de estudo 11 anos completos de estudo 15 ou mais anos completos de estudo Gráfico 2b Fonte: PNADs. Elaboração Própria

Evolução da Escolaridade da População de 22 Anos de Idade Semelhantes aos gráficos 2a e 2b, os gráficos 3a e 3b, a seguir, nos mostram a evolução dos estudos do brasileiro que possui exatamente 22 anos de idade. O gráfico 3a comprova o aumento de jovens que completaram ao menos um ano no nível médio ou no nível superior. De 1992 para 2012 houve um aumento de 23% para 51% da população de 22 anos que completou ao menos um ano do Ensino Médio. Verificamos que as categorias de 9 a 11 e 12 ou mais anos de estudo apresentaram crescimento ao longo dos anos, enquanto que as outras duas categorias tiveram queda. A quantidade de pessoas com 0 a 4 anos de estudo passa de maioria em 1992 para minoria de 2006 em diante. O gráfico 3b mostra que ao longo do tempo analisado houve uma queda dos jovens que completaram somente o primeiro ciclo do Ensino Fundamental enquanto que o número de jovens que completaram o segundo ciclo do Ensino Fundamental se manteve estável. A evolução de jovens que possuíam o Ensino Médio completo é bastante expressiva, passando de 14% em 1992 para praticamente 40% em 2012.

Perfil da Escolaridade da População com 22 Anos de Idade 60% 50% 50.7% 40% 36.8% 30% 20% 33.7% 22.9% 22.2% 19.6% 10% 6.7% 7.5% 0% 1992 1993 1994* 1995 1996 1997 1998 1999 2000* 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010* 2011 2012 0 a 4 anos de estudo 5 a 8 anos de estudo 9 a 11 anos de estudo 12 anos de estudo ou mais Gráfico 3a Fonte: PNADs. Elaboração Própria

População com 22 Anos de Idade que Conclui os Ciclos 45% 40% 39.5% 35% 30% 25% 20% 14.6% 15% 13.0% 10% 11.6% 10.9% 5% 1.7% 5.3% 2.9% 0% 1992 1993 1994* 1995 1996 1997 1998 1999 2000* 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010* 2011 2012 4 anos completos de estudo 8 anos completos de estudo 11 anos completos de estudo 15 ou mais anos completos de estudo Gráfico 3b Fonte: PNADs. Elaboração Própria

Média de Anos de Estudo Os gráficos 4a e 4b ilustram a média de anos de estudo concluídos da população, sendo que o gráfico 4a refere-se à população com exatamente 22 anos de idade e o gráfico 4b representa a população com mais de 22 anos. Podemos notar que para ambas as populações analisadas há um aumento na média de anos de estudo concluídos, demonstrando que os brasileiros, no geral, estão tendo mais acesso às escolas e estão conseguindo concluir mais anos de estudo.

1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Média de Anos de Estudo 22 anos de idade 22 anos ou mais de idade 10.0 9.5 9.1 9.2 9.6 9.7 9.7 9.8 9.4 10.0 9.5 9.0 8.5 8.2 8.9 8.5 8.7 9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 6.8 6.5 6.6 6.6 6.4 7.2 7.4 7.1 7.6 7.9 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 7.8 7.6 7.5 7.4 7.2 7.0 7.1 6.7 6.6 6.5 6.3 6.0 6.1 5.9 5.8 5.6 5.5 5.2 5.3 5.4 5.1 Anos de estudo médio da população de 22 anos - PNAD Anos de estudo médio da população de 22 anos ou mais - PNAD Gráfico 4a Fonte: PNADs. Elaboração Própria Gráfico 4b

PRÉ-ESCOLA

Porcentagem de Crianças de 4 e 5 anos que Frequentam a Escola O gráfico 5 nos mostra o aumento do número de crianças de 4 e 5 anos de idade que freqüentam a escola. Em 2012 cerca de 78% da população desta faixa etária estava estudando, um resultado atingido após uma tendência de crescimento (a partir de 1995). Através do gráfico 6 podemos comparar as regiões em relação às proporções de crianças de 4 e 5 anos que estudavam em 2012. No Brasil em média 78,15% destas crianças estudavam e no Sudeste e Nordeste todos os estados apresentam mais de 70% das população de 4 e 5 anos de idade estudando. Note que os percentuais são significativamente menores nos estados da região Norte.

Gráfico 5 90% Porcentagem de Crianças de 4 e 5 anos que Frequentam a Escola 80% 78% 70% 60% 50% 40% 43% 30% 20% 10% 00% 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 % de crianças de 4 e 5 anos que freqüentam a escola Fonte: PNADs. Elaboração Própria

Rondônia Acre Amazonas Roraima Pará Amapá Tocantins Maranhão Piauí Ceará R. G. do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Minas Gerais Espírito Santo Rio de Janeiro São Paulo Paraná Santa Catarina R. G. do Sul M.G. do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Federal Gráfico 6 Porcentagem de Crianças de 4 e 5 anos que Frequentam a Escola por UF - 2012 100% 90% 80% Brasil: 78,15% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Fonte: PNAD. Elaboração Própria

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Perfil da população de 7 a 14 anos de idade Nos gráficos a seguir faremos uma breve análise da população de 7 a 14 anos de idade, a faixa considerada adequada para frequentar o Ensino Fundamental. O gráfico 7 representa a ocupação da criança de 7 a 14 anos de idade, dividida em 4 categorias: só estuda; só trabalha; trabalha e estuda; e não trabalha nem estuda. Nota-se que, em 2012, 95% das crianças desta faixa etária só estudavam e 99% estudavam, trabalhando ou não. Isto representa um grande avanço, pois, desde 2003 a porcentagem de crianças que só trabalhavam era inferior a 1% e a porcentagem de jovens que nem estudavam e nem trabalhavam se manteve constante em 2%, caindo em 2012 para 1%. A evolução dos anos de estudo completos das mães de jovens com 7 a 14 anos de idade está representada no gráfico 8. Em 2012, as mães tinham, em média, 8,10 anos de estudo completos, com uma forte tendência de aumento ao longo dos anos.

Gráfico 7 Atividades Praticadas pelos Jovens de 7 a 14 Anos 100% 80% 9% 8% 7% 7% 4% 3% 3% 3% 3% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 0% 1% 1% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 9% 10% 9% 8% 7% 7% 7% 7% 7% 6% 5% 5% 4% 4% 3% 10% 11% 11% 11% 4% 4% 3% 3% 60% 40% 76% 78% 79% 80% 85% 86% 87% 89% 90% 90% 91% 90% 91% 92% 93% 93% 94% 94% 95% 20% 0% 1992 1993 1994* 1995 1998 1999 2000* 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010* 2011 2012 % de Jovens (7/14) que SÓ Estudam % de Jovens (7/14) que SÓ Trabalham (PNAD) % de Jovens (7/14) que Estudam e Trabalham % de Jovens (7/14) que Não Estudam Nem Trabalham Fonte: PNADs. Elaboração própria. Obs.: dados de 1996 e 1997 não disponíveis. *Média entre os anos anteriores e posteriores.

1992 1993 1994* 1995 1996 1997 1998 1999 2000* 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010* 2011 2012 Gráfico 8 Educação das Mães dos Jovens de 7 a 14 Anos 9 8 7 6 5 4.74 4.89 5.02 5.14 5.32 5.46 5.63 5.71 5.83 5.94 6.19 6.36 6.51 6.59 6.85 6.99 7.31 7.47 7.60 7.73 8.10 4 3 2 1 0 Educação da Mãe 7/14 (PNAD) Exponencial (Educação da Mãe 7/14 (PNAD)) Fonte: PNADs. Elaboração Própria *Média entre os anos anteriores e posteriores.

Ensino Fundamental No gráfico 9 está representada a evolução das taxas de escolarização líquida e bruta do Ensino Fundamental. Vê-se que a taxa líquida de escolarização estava se aproximando de 100% até 2006, ou seja, a quantidade de alunos matriculados no nível de ensino adequado à sua idade estava aumentando. A partir daquele ano, no entanto, observamos redução dessa taxa até 2011. Já a taxa bruta de escolarização apresentou uma queda importante desde 2001, o que pode ter relação com redução do atraso escolar (ver gráfico 12, abaixo). No gráfico 10 mostramos o número de matrículas no Ensino Fundamental. Apesar dos níveis diferenciados, observa-se que tanto a PNAD como o Censo Escolar indicam aumento das matrículas nos anos 1990 e redução em anos mais recentes. Já no gráfico 11 podemos verificar a relação do número total de matriculados por escola no Ensino Fundamental e no Ensino Médio. Notamos que a quantidade de matriculados por escola no Ensino Médio é bastante superior à do Ensino Fundamental, que apresentou uma quantidade estável de cerca de 200 estudantes por escola a partir de 2001. O número médio de alunos do Ensino Médio por escola aumentou no final dos anos 1990, porém voltou a cair no início dos anos 2000.

Gráfico 9 130% Taxas de Escolarização Bruta e Líquida do Ensino Fundamental 121.3% 120% 112.3% 116.2% 110% 106.9% 102.1% 100% 93.1% 94.8% 91.9% 90% 86.5% 81.3% 80% 70% 1992 1996 2001 2006 2011 Taxa de Escolarização Líquida¹ no EF Taxa de Escolarização Bruta² no EF * Taxa de escolarização líquida 1 : Percentual da população em determinada faixa etária que se encontra matriculada no nível de ensino adequado à sua idade. Taxa de escolarização bruta 2 : Comparação do total de matrículas em um dado nível de ensino com a população na faixa etária adequada a esse nível. Em 2011 consideramos a faixa etária adequada ao EF de 6 a 14 anos. Fonte: PNADs. Elaboração Própria

Milhões Gráfico 10 Número de Matrículas no Ensino Fundamental 40 35 30 25 20 15 10 5 0 1992 1993 1994* 1995 1996 1997 1998 1999 2000* 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010* 2011 2012 Número de Matrículas (PNAD) - 7 a 14 anos de idade Número de Matrículas (PNAD) Número de Matrículas TOTAL (CENSO Escolar) Fonte: PNAD e CENSO Escolar. Elaboração Própria

Gráfico 11 450 Relação Matrícula-Escola 400 350 300 250 200 150 100 50 0 1992 1993 1994* 1995 1996 1997 1998 1999 2000* 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010* 2011 2012 Relação Matrícula-Escola - EF Relação Matrícula-Escola - EM Fonte: Censo Escolar. Elaboração Própria

O gráfico 12 representa a defasagem idade-série, que contabiliza a proporção de estudantes com 2 anos ou mais de diferença em relação à idade ideal à série (6 anos para a 1ª série do Ensino Fundamental). Podemos observar uma tendência de queda ao longo dos anos analisados, exceto entre 2006 e 2009. Isto é bastante positivo, pois mostra que, cada vez mais, os alunos matriculados no Ensino Fundamental apresentam a idade adequada ao nível de ensino em que se encontram. A partir dos dados da PNAD, no gráfico 13 podemos verificar que muitos dos alunos que concluíam o Ensino Fundamental não se matriculavam no Ensino Médio nos anos 1990. Houve uma queda significativa dos concluintes do Ensino Fundamental em 2007 que pode ser explicada pela alteração da PNAD com relação à diferenciação entre o Ensino Fundamental de 8 e 9 anos. Nos anos mais recentes, é possível observar que houve grande continuidade entre o Ensino Fundamental e o Médio.

Gráfico 12 50% Defasagem Idade-Série 45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% 1992 1993 1994* 1995 1996 1997 1998 1999 2000* 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010* 2011 2012 Defasagem Idade-Série³daqueles que estão no EF (PNAD) Defasagem-série 3 : Relação entre o número total de alunos matriculados numa dada série e o número de alunos que estão cursando a mesma série e se encontram fora da idade adequada àquela série. Fonte: PNADs. Elaboração Própria

Milhões Gráfico 13 Concluintes do Ensino Fundamental (no Ano Anterior) e Entrantes no Ensino Médio 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0 1993 1994* 1995 1996 1997 1998 1999 2000* 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010* 2011 2012 Concluintes: cursaram a última série do EF em t-1 Entrantes: cursam a primeira série do EM em t Fonte: PNADs. Elaboração Própria. Obs: a partir de 2007 consideramos alunos da 8ª e 9ª série do EF.

Perfil da população de 15 a 17 anos de idade Nos gráficos a seguir faremos uma breve análise da população de 15 a 17 anos de idade, a faixa considerada adequada para frequentar o Ensino Médio. No gráfico 14 representamos como os jovens de 15 a 17 anos de idade se ocupam. Novamente fizemos a divisão em 4 categorias: só estudam, só trabalham, estudam e trabalham e, por último, nem estudam nem trabalham. É visível a queda da porcentagem de jovens que só trabalhavam (de 26% em 1992 para somente 6% em 2012) e o aumento dos jovens que só estudavam (respectivamente 38% e 65%), o que parece indicar substituição do trabalho pelos estudos, para concluir o Ensino Médio. Analisando a média de anos de estudo das mães que possuem filhos de 15 a 17 anos, pode-se ver no gráfico 15 que, como no caso dos jovens de 7 a 14 anos, esta média cresceu ano a ano e em 2012 chegou a 7,4.

Gráfico 14 Atividades Praticadas por Jovens de 15 a 17 Anos 100% 80% 60% 15% 14% 14% 13% 13% 12% 11% 11% 11% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 9% 8% 9% 10% 9% 21% 22% 23% 24% 22% 23% 24% 24% 23% 23% 23% 22% 23% 22% 22% 22% 22% 21% 19% 18% 19% 17% 14% 12% 11% 10% 9% 9% 8% 9% 9% 8% 8% 7% 6% 6% 6% 6% 26% 24% 22% 20% 40% 20% 38% 40% 41% 43% 48% 50% 53% 55% 56% 58% 58% 60% 59% 59% 60% 60% 62% 64% 65% 66% 65% 0% 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 % de Jovens (15/17) que SÓ Estudam % de Jovens (15/17) que SÓ Trabalham % de Jovens (15/17) que Estudam e Trabalham % de Jovens (15/17) que Não Estudam Nem Trabalham Fonte: PNADs. Elaboração Própria

Gráfico 15 8 7 6 5 4 3.9 4.0 4.2 4.4 4.7 Educação das Mães dos Jovens de 15 a 17 Anos 6.3 5.9 6.0 6.1 5.6 5.5 5.3 5.1 5.2 4.9 6.5 6.8 6.9 7.0 7.1 7.4 3 2 1 0 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Educação da Mãe 15/17 (PNAD) Exponencial (Educação da Mãe 15/17 (PNAD)) Fonte: PNADs. Elaboração Própria

Ensino Médio Os gráficos a seguir nos dão uma visão geral sobre a evolução do Ensino Médio no período de 1992 a 2012. O gráfico 16 ilustra a taxa de escolarização líquida e a taxa de escolarização bruta do Ensino Médio. Percebe-se que são taxas muito inferiores às taxas correspondentes ao Ensino Fundamental. A taxa bruta parou de crescer a partir de 2003, provavelmente devido à redução da defasagem série-ano (ver gráfico 18). Em conjunto com o aumento dos estudantes de 15 a 17 anos (gráfico 17), esse decréscimo teve efeitos também sobre a taxa de escolarização líquida, que manteve tendência de crescimento. O gráfico 17 expõe o número de matrículas no Ensino Médio conforme a PNAD e conforme o Censo Escolar. Verificamos que de 1992 a 2003 houve um crescimento importante das matrículas, porém a partir de 2004 o número de matriculados apresentou pequena redução. A quantidade de matrículas pela PNAD é superior à quantidade de matrículas do Censo Escolar entre 2008 e 2012 provavelmente devido à troca de mecanismo de contagem no Censo, que passou a ser feita eletronicamente. O gráfico 18 nos mostra que a defasagem idade-série vem diminuindo aos poucos, representando aproximadamente 28% dos alunos matriculados no Ensino Médio.

Gráfico 16 100% Taxas de Escolarização Bruta e Líquida do Ensino Médio 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Taxa de Escolarização Líquida¹ no EM (PNAD) Taxa de Escolarização Bruta² no EM (PNAD) ¹ Taxa de escolarização líquida: Percentual da população em determinada faixa etária que se encontra matriculada no nível de ensino adequado à sua idade. ² Taxa de escolarização bruta: Comparação do total de matrículas em um dado nível de ensino com a população na faixa etária adequada a esse nível. Fonte: PNADs. Elaboração Própria

Milhões Gráfico 17 10 Número de matrículas no Ensino Médio 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Número de Matrículas (PNAD) - 15 a 17 Anos de idade Número de Matrículas (PNAD) Número de Matrículas TOTAL (CENSO Escolar) Fonte: PNAD e Censo Escolar. Elaboração Própria

Gráfico 18 60% Defasagem Idade-Série³ daqueles que estão no EM (PNAD) 50% 52% 54% 53% 51% 50% 49% 48% 49% 48% 47% 40% 30% 44% 44% 42% 40% 38% 36% 35% 33% 31% 30% 28% 20% 10% 0% 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Defasagem Idade-Série³ daqueles que estão no EM (PNAD) Exponencial (Defasagem Idade-Série³ daqueles que estão no EM (PNAD)) Defasagem-série: Relação entre o número total de alunos matriculados numa dada série e o número de alunos que estão cursando a mesma série e se encontram fora da idade adequada àquela série. Fonte: PNADs. Elaboração Própria

Anos de estudo das mães Os gráficos 19 e 20 a seguir mostram a média de anos de estudo das mães que possuíam filhos nas faixas etária adequadas para o Ensino Fundamental e o Ensino Médio em 2012, por Estado. É possível notar que a região Nordeste foi a única região em que, em todos os estados, a escolaridade das mães estava abaixo da média brasileira de 8,10 anos de estudo para mães com filhos de 7 a 14 anos e 7,38 anos de estudo para mães com filhos de 15 a 17 anos. Em todos os estados da região Sul e do Centro-oeste a escolaridade das mães estava acima da média brasileira.

Rondônia Acre Amazonas Roraima Pará Amapá Tocantins Maranhão Piauí Ceará R. G. do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Minas Gerais Espírito Santo Rio de Janeiro São Paulo Paraná Santa Catarina R. G. do Sul M.G. do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Federal Gráfico 19 10 9 8 Anos de Estudo da Mãe (filhos de 7 a 14 anos) - 2012 Brasil = 8,10 7 6 5 4 3 2 1 0 Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Fonte: PNAD 2012. Elaboração Própria

Rondônia Acre Amazonas Roraima Pará Amapá Tocantins Maranhão Piauí Ceará R. G. do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Minas Gerais Espírito Santo Rio de Janeiro São Paulo Paraná Santa Catarina R. G. do Sul M.G. do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Federal Gráfico 20 10 Anos de Estudo da Mãe (filhos de 15 a 17 anos) - 2012 9 8 Brasil = 7,38 7 6 5 4 3 2 1 0 Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Fonte: PNAD 2012. Elaboração Própria

Número de alunos por série Nos gráficos 21 e 22 a seguir podemos ver a quantidade de alunos matriculados em cada série no Ensino Fundamental e no Ensino Médio nos anos de 1992, 2002 e 2012. Entre 2002 e 2012 a quantidade de alunos na 2ª série (antigo 1º ano) do Ensino Fundamental sofreu uma queda significativa em 20 anos, porém, em contrapartida, a partir da 5ª série, todas as séries seguintes apresentaram aumento do número de alunos. É possível que a retenção dos estudantes nas séries iniciais da Educação Básica tenha contribuído para aumentar o número de estudantes nas séries mais avançadas e no Ensino Médio como um todo.

Milhões Gráfico 21 Número de alunos por série 6 5 4 3 2 1 0 1992 2002 2012 Fonte: PNAD. Elaboração Própria

Milhões Gráfico 22 Número de alunos por série com o EJA incorporado 7 6 5 4 3 2 1 0 1992 2002 2012 Fonte: PNADs. Elaboração Própria

Número de Matrículas por Turno Como veremos nos próximos gráficos, as matrículas do período diurno no Ensino Fundamental se mantiveram praticamente constantes até 2006 em cerca de 31,8 milhões. A partir de então, elas se reduziram até 2012, quando chegaram a 29,4 milhões. O número de alunos que estudavam no período noturno já era relativamente pequeno em 2001 (3,4 milhões) e apresentou uma grande redução até o final do período (chegando a 326 mil em 2012). A quantidade de pessoas matriculadas no EJA Educação de Jovens e Adultos também era comparativamente pequena. Ela cresceu de 2,6 milhões para 3,5 milhões entre 2001 e 2006, passando a decrescer até 2012, quando atingiu pouco menos de 2,6 milhões. No Ensino Médio, representado pelo gráfico 24, as trajetórias são bastante diferentes do Ensino Fundamental. A quantidade de matriculados nos períodos diurno e noturno eram muito próximas em 2001 (entre 4,1 e 4,3 milhões). Enquanto as matrículas do diurno cresceram até 2012 (especialmente após 2007), as do noturno se reduziram acentuadamente. A matrículas no EJA tiveram menos variação e permaneceram no patamar de pouco acima de um milhão.

Milhões Gráfico 23 35 Número de Matrículas no Ensino Fundamental por Turno 30 25 20 15 10 5 0 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Diurno Noturno EJA - Educ. Jovens e Adultos Fonte: Censo Escolar. Elaboração Própria.

Milhões Gráfico 24 7 Número de Matrículas no Ensino Médio por Turno 6 5 4 3 2 1 0 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Diurno Noturno EJA - Educ. Jovens e Adultos Fonte: Censo Escolar. Elaboração Própria.

Número de Matrículas por Dependência Administrativa Os gráficos 25 e 26 apresentam o número de matrículas por dependência administrativa (federal, estadual, municipal e particular) para o Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. No gráfico 25 claramente vemos que há uma queda no número de alunos do Ensino Fundamental matriculados em escolas estaduais e relativa estabilidade nas escolas municipais, particulares e federais. No Ensino Médio (gráfico 26) a preponderância das matrículas em escolas Estaduais e Privadas se manteve no período com poucas alterações. Podemos verificar, além disso, uma queda significativa na quantidade de matriculados em escolas municipais, principalmente de 2006 a 2012, enquanto que nas escolas federais houve crescimento.

Milhões de matrículas - Estadual, Municipal e Privada Milhares de matrículas - Federal Gráfico 25 Número de Matrículas no Ensino Fundamental por Dependência Administrativa 20 50 18 45 16 40 14 35 12 30 10 25 8 20 6 15 4 10 2 5 0 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Estadual Municipal Privada Federal 0 Fonte: Censo Escolar. Elaboração Própria.

Milhões de matrículas - Estadual e Privada Milhares de matrículas - Federal e Municipal Gráfico 26 Número de Matrículas no Ensino Médio por Dependência Administrativa 8 250 7 6 200 5 150 4 3 100 2 50 1 0 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Estadual Privada Federal Municipal 0 Fonte: Censo Escolar. Elaboração Própria.

SAEB - Brasil Para se ter uma ideia da evolução da qualidade da Educação Básica, utilizamos as médias de proficiência em Língua Portuguesa e em Matemática do SAEB, que estão representadas respectivamente nos gráficos 27 e 28. Podemos verificar que houve uma queda na média em Língua Portuguesa de 1995 para 1999 nas três séries abrangidas pela avaliação, que coincide com o período de expansão das matrículas. As médias da 4ª série do Fundamental apresentam crescimento gradual até 2011, ano em que superaram as médias do início do período, enquanto a 8ª série mostrou melhora somente nas duas últimas avaliações. Os estudantes do 3º ano do Ensino Médio mantiveram relativa estagnação após 1999. Já a proficiência em Matemática manteve-se praticamente constante ao longo dos anos analisados para a 8ª série do Fundamental e o 3º ano do Ensino Médio. A 4ª série do Fundamental foi a única que de 1995 para 2011 apresentou aumento na nota de matemática, de 190,6 para 209,6.

Gráfico 27 300 290.0 283.9 Médias de Proficiência em Língua Portuguesa 280 260 266.6 262.3 266.7 257.6 261.4 268.8 267.6 240 220 256.1 250.0 232.9 235.2 232.0 231.9 234.6 244.0 243.0 200 180 160 188.3 186.5 170.7 165.1 169.4 172.3 175.8 184.3 190.6 140 120 100 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 4a Série do E.F. 8a Série do E.F. 3a Série do E.M. Fonte: INEP. Elaboração Própria

Gráfico 28 300 Médias de Proficiência em Matemática 280 260 281.9 288.7 280.3 276.7 278.7 271.3 272.9 274.7 273.9 240 220 253.2 250.0 246.4 243.4 245.0 239.5 247.4 248.7 250.6 200 180 160 190.6 190.8 181.0 176.3 177.1 182.4 193.5 204.3 209.6 140 120 100 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 4a Série do E.F. 8a Série do E.F. 3a Série do E.M. Fonte: INEP. Elaboração Própria

ENSINO SUPERIOR

Ensino Superior Nos gráficos a seguir vamos fazer uma breve análise do Ensino Superior no Brasil, contemplando a quantidade de matrículas, taxa de escolarização líquida e bruta, número de alunos por série em diferentes décadas, quantidade de vagas oferecidas bem como o número de concluintes em cursos de graduação presencial. O gráfico 29 mostra a relação de concluintes do Ensino Médio e dos entrantes no Ensino Superior. Claramente houve crescimento acentuado de concluintes e também de entrantes de 1993 a 2012, mantendo a relação praticamente constante ao longo dos anos. Nota-se que houve pequeno crescimento do número de concluintes de 2007 para 2009, seguido de queda até 2012. O número de entrantes, porém, aumenta significativamente entre em 2012. As taxas de escolarização líquida e bruta estão representadas no gráfico 30. Houve crescimento em ambas as taxas entre 1992 e 2012, mais acelerado na taxa bruta, o que possui relação com a entrada de estudantes com maior idade no ensino superior. A taxa líquida mostra estagnação a partir de 2009 em cerca de 15%.

Milhões Gráfico 29 3.0 Concluintes do Ensino Médio (no Ano Anterior) e Entrantes no Ensino Superior 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Concluintes - 3ºEM t-1 Entrante - 1º ES t Fonte: PNADs. Elaboração Própria

Gráfico 30 40% Taxa de escolarização bruta e líquida no Ensino Superior 35% 30% 25% 20% 15% 10% 05% 00% 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Escolarização líquida¹ do ES - PNAD Escolarização bruta² do ES - PNAD * Taxa de escolarização líquida: Percentual da população em determinada faixa etária que se encontra matriculada no nível de ensino adequado à sua idade. * Taxa de escolarização bruta: Comparação do total de matrículas em um dado nível de ensino com a população na faixa etária adequada a esse nível. Fonte: PNADs. Elaboração Própria

Número de Alunos por Ano A seguir, no gráfico 31, é possível observar o número de alunos matriculados em cada ano do Ensino Superior, no período de duas décadas, abrangidas pelos anos de 1992, 2002 e 2012. Claramente houve aumento do número de matriculados no decorrer destas décadas em todos os anos. A maioria do matriculados concentram-se nos 4 primeiros anos devido à estrutura curricular de grande parte dos cursos de Ensino Superior no Brasil. Note que a razão entre o número de estudantes de 1º e 4º anos aumenta entre 1992 e 2012, o que indica crescimento da taxa de evasão escolar. Essa razão foi, no entanto, decrescente entre 2002 e 2012.

Milhões Gráfico 31 2.0 Alunos por Ano no Ensino Superior 1.8 1.6 1.4 1.2 1.0 0.8 0.6 0.4 0.2 0.0 1º ano ES 2º ano ES 3º ano ES 4º ano ES 5º ano ES 6º ano ES 1992 2002 2012 Fonte: PNADs. Elaboração Própria

Total de Matrículas O gráfico 32 ilustra o total de matrículas em cursos de graduação presencial, de 1980 a 2012. Já o gráfico 33 faz uma divisão do total de matrículas entre escolas públicas e escolas privadas do Ensino Superior. De 1980 para 2012 o número de matriculados no Ensino Superior mais que quadruplicou, principalmente devido ao aumento de oferta de cursos superiores em instituições particulares a partir do final dos anos 1990. Na rede pública, a quantidade de matriculados triplicou no período, enquanto que na rede privada o número de alunos mais do que quadruplicou.

1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Milhões 6 Gráfico 32 Total de Matrículas em Cursos de Graduação Presenciais 5.92 5 4 3 2 1.38 1 0 Fonte: Censo da Educação Superior. Elaboração Própria

1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Milhões Gráfico 33 4.5 Total de Matrículas por Dependência Administrativa 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0 Pública Privada Fonte: Censo da Educação Superior. Elaboração Própria.

Vagas e Concluintes Por último, analisamos a quantidade de vagas oferecidas nos cursos de graduação presencial, bem como o número de concluintes nestes cursos de 1980 a 2012. O gráfico 34 apresenta o aumento expressivo do número de vagas oferecidas, subindo de cerca de 500.000 em 1990 para mais de 3 milhões em 2012. Ao considerarmos o gráfico 35, que apresenta o número de concluintes em cursos de graduações presenciais na rede pública e particular, vemos que enquanto o número duplicou na rede pública, ele quadruplicou na rede particular. A relação de candidatos por vaga em cursos de graduação presenciais claramente é superior na rede pública em relação à rede particular. Ao longo dos anos, além disso, a relação caiu em estabelecimentos particulares, chegando a quase um candidato por vaga oferecida em 2007, quando a mesma razão era 6 vezes maior na rede pública. No gráfico 37 vemos a relação de concluintes por matriculados em cursos de graduação presencial, novamente divididos entre rede particular e pública. Podemos verificar que até meados dos anos 1990, a relação era maior na rede privada, oscilando entre 16% e 18%, contra valores abaixo dos 14% para a rede pública na maioria do período. Houve uma convergência entre as duas redes em 1997, em cerca de 14%. A partir de 2004 a relação passou a decrescer na rede pública e a crescer na rede privada, ampliando a diferença entre elas.

1980 1981 1982 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Milhões Gráfico 34 3.0 Número de Vagas Oferecidas nos Cursos de Graduação Presenciais 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0 Pública Privada Fonte: Censo da Educação Superior. Elaboração Própria. Obs.: os dados de 1983 e 1984 não estão disponíveis.

1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Milhares Gráfico 35 800 Número de Concluintes em Cursos de Graduação Presenciais 700 600 500 400 300 200 100 0 Pública Privada Fonte: Censo da Educação Superior. Elaboração Própria.

1980 1981 1982 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Gráfico 36 Relação de Candidatos por Vaga em Cursos de Graduação Presenciais 14 12 10 8 6 4 2 0 Pública Privada Fonte: Censo da Educação Superior. Elaboração Própria. Obs.: os dados de 1983 e 1984 não estão disponíveis.

1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Gráfico 37 20% Relação de Concluintes por Matriculados em Cursos de Graduação Presenciais 18% 16% 14% 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% Pública Privada Fonte: Censo Superior. Elaboração Própria

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