BOLETIM DO EMPREGO DE UBERLÂNDIA Centro de Estudos, Pesquisas e Projetos Econômico-Sociais CEPES Ano 1 - Nº 2 - Set/2012 APRESENTAÇÃO O Boletim do Emprego de Uberlândia - MG, elaborado pelo CEPES, tem como objetivo publicar periodicamente informações sobre a dinâmica do emprego formal no município. Nesta segunda edição, o propósito é analisar o comportamento do mercado de trabalho no período de 2010-2011, destacando os setores econômicos predominantes e, ao mesmo tempo, comparar os dados do município com aqueles apresentados para o Estado de Minas Gerais, Brasil e para as três cidades mais populosas do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (Uberaba, Patos de Minas e Araguari). O Boletim traz, ainda, uma análise sobre a evolução do emprego formal e das ocupações, bem como uma análise do perfil do trabalhador no município. A análise proposta utiliza-se dos dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) dos anos de 2010 e 2011, fornecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). EVOLUÇÃO DO EMPREGO FORMAL No ano de 2011 a economia brasileira apresentou uma desaceleração do seu Produto Interno Bruto (PIB) com um crescimento de 2,7%, ante a um crescimento de 7,5% em 2010. Porém, é importante ressaltar que, mesmo apresentando uma desaceleração, o crescimento do país foi superior ao crescimento de grandes economias, como a dos Estados Unidos, Japão e até da França e do Reino Unido. Diante desse contexto, o mercado de trabalho refletiu esse menor crescimento quando, apesar de a- presentar um comportamento positivo no ano de 2011, obteve um crescimento inferior àquele apresentado no ano de 2010. Como e- xemplo, cita-se o caso do município de Uberlândia quando o emprego apresenta crescimento de 7,68% no ano de 2011, sendo, portanto, inferior ao crescimento de 9,32% apresentado no ano de 2010 (ver edição n.1 desse Boletim). Porém, de acordo com o Gráfico 1, mesmo a- presentando um crescimento do emprego inferior no ano de 2011, ao comparar a evolução do emprego Gráfico 1 - Evolução do emprego formal no Brasil, Minas Gerais, Uberlândia, Uberaba, Patos de Minas e Araguari em 2011 (2010=100) % 110 108 106 104 102 100 98 96 Brasil Minas Gerais Uberlândia Uberaba Patos de Minas Araguari 2010 100 100 100 100 100 100 2011 105,09 104,39 107,68 104,50 107,77 101,13 formal em Uberlândia com os dados apresentados para o Brasil, Minas Gerais e as três cidades mais populosas do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (Uberaba, Patos de Minas e Araguari) nota-se que a dinâmica de geração de emprego no município é mais favorável, na medida em que o percentual de cresci-
mento do emprego é superior às localidades analisadas, com exceção apenas do município de Patos de Minas. Ou seja, enquanto os vínculos formais de trabalho, em 2010, no Brasil (44.068.355), em Minas (4.646.891), em Uberaba (81.770 ), Patos de Minas (33.812) e Araguari (20.687) cresceram 5,09%, 4,39%, 4,50%, 7,77% e 1,13%, passando para 46.310.631, 4.850.976, 85.453, 36.440 e 20.921 empregos em 2011, respectivamente, o município de Uberlândia apresentou um crescimento do emprego de 7,68% (ver Gráfico 1). Portanto, ao apresentar este crescimento, Uberlândia, em 2010, contava com 183.371 vínculos formais de trabalho e, em 2011, passou a contar com 197.459. Em Uberlândia, ao se analisar a evolução do emprego formal nos setores de atividade econômica, nota-se que a Indústria de transformação, setor classicamente considerado como o mais dinâmico de uma economia, além de apresentar um crescimento no número de empregos formais (em 2010, contava com 27.197 empregados na indústria de transformação e, em 2011, passou a contar com 29.834 empregados) também contou com um pequeno aumento na sua participação relativa na geração de empregos no período de 2010-2011 (Tabela 1). O mesmo comportamento foi observado também em Patos de Minas e, no caso das demais localidades analisadas, os dados apresentam pequena redução na participação relativa da Indústria. O setor Serviços foi o único setor de atividade econômica que em todas as localidades analisadas apresentou um crescimento da sua participação relativa no emprego total. Em Uberlândia o setor aumenta a sua participação, passando de 40,89% em 2010, para 44,60% em 2011. Com relação à Construção Civil observa-se que o setor apresentou um pequeno aumento na sua participação relativa no emprego total no Brasil, Minas e Uberlândia. Nas demais localidades analisadas apresenta queda na sua participação relativa. No caso do Comércio verifica-se que, enquanto no Brasil e em Araguari a participação do emprego no total das ocupações aumenta, nas demais localidades, embora cresça o número de empregados, o mesmo setor apresenta queda em sua participação relativa. Como exemplo, cita-se o município de Uberlândia cuja participação relativa do emprego nesse setor passa de 24,29%, em 2010, para 23,14% em 2011. Na Administração Pública os dados mostram que apenas no município de Araguari houve um aumento relativo na participação do emprego no total, e nas demais localidades o setor contou com queda nessa participação. Quanto aos demais setores de atividade econômica verifica-se que na maioria das localidades há uma tendência de queda da participação no emprego total, com exceção apenas da atividade Extrativa Mineral (ver Tabela 1). Tabela 1 - Participação do emprego formal nos setores de atividade econômica no Brasil, Minas Gerais, Uberlândia, Uberaba, Patos de Minas e Araguari - 2010/2011 (%) Setor/ Extrativa Indústria Servicos Constr. Comérc io Serviços Administ. Agropec. Total Localidade Mineral Transf. Indust.(1) Civil Pública (2) (%) Brasil 0,48 17,89 0,91 5,69 19,02 32,55 20,25 3,20 100 Minas Gerais 1,08 17,39 0,87 6,63 19,15 30,53 18,99 5,37 100 Uberlândia 0,12 14,83 1,15 6,98 24,29 40,89 8,85 2,89 100 Uberaba 0,19 16,65 1,01 9,51 23,23 34,46 9,87 5,08 100 Patos de Minas 0,17 13,86 0,74 7,65 29,27 31,61 7,87 8,83 100 Araguari 0,46 24,99 0,53 6,96 23,80 22,27 12,28 8,71 100 Brasil 0,50 17,52 0,89 5,94 19,09 33,19 19,66 3,20 100 Minas Gerais 1,14 17,15 0,82 6,72 19,03 31,31 18,52 5,31 100 Uberlândia 0,12 15,11 1,08 7,18 23,14 44,60 6,18 2,60 100 Uberaba 0,20 17,72 1,04 7,29 22,21 35,84 9,35 6,36 100 Patos de Minas 0,19 14,03 0,72 7,41 28,07 33,53 7,37 8,69 100 Araguari 0,46 23,73 0,56 4,88 25,15 23,74 12,92 8,57 100 (1) Aqui o serviço se refere a "serviços Industriais de Utilidade Pública" (2) inclui também a Extração Vegetal, Caça e Pesca 2010 2011 CONTRATOS DE TRABALHO Na Tabela 2, quando se analisa o tipo de vínculo empregatício dos trabalhadores em Uberlândia identifica-se que a maioria está inserida no regime celetista no meio urbano (CLT U/PJ e CLT U/ PF), mesmo tendo vivenciado uma pequena queda na sua participação relativa no total dos empregos gerados, no período de 2010 a 2011. Ainda que seguindo essa tendência de queda, outra forma de vínculo que merece destaque são os estatutários, cuja participação relativa nos empregos formais no município foi de 8,16% em 2010 e, em 2011, passou para 8,06%. 2
Importante também destacar que, entre os tipos de vínculo que apresentaram queda na sua participação, no período de 2010-2011, encontram-se os trabalhadores estatutários não efetivos e os avulsos. Porém, essa mesma dinâmica não pode ser confirmada quando se observa um aumento na participação relativa de outras modalidades de contratações temporárias/com tempo determinado, expressando um processo de instabilidade quanto à manutenção do emprego no período futuro (Tabela 2). OCUPAÇÕES QUE MAIS EMPREGAM Embora se possa afirmar que o crescimento do emprego apresente, no ano de 2011, percentuais inferiores àqueles observados no ano anterior, não se pode negar que há um movimento positivo do mercado de trabalho nos últimos anos. Nesse sentido, os dados também nos permitem uma análise sobre as ocupações e a sua participação no emprego total. Assim, em meio a um mundo globalizado e com maior acesso às novas tecnologias é importante verificar se a geração de empregos está voltada para a absorção de trabalhadores mais qualificados e se as ocupações que mais empregam no mercado de trabalho exigem maiores habilidades técnicas. De acordo com os dados relacionados na Tabela 3 é possível demonstrar as 20 ocupações que mais empregaram no ano de 2011, no município de Uberlândia, segundo as categorias de ocupações definidas pelo Código Brasileiro de Ocupações (CBO 2002). As referidas ocupações tornam evidente a estrutura produtiva do município fundada principalmente na participação importante do setor de serviços. Em termos absolutos, a ocupação que mais emprega é a de escriturários com 23.105 trabalhadores, perfazendo uma participação relativa de 11,70% no emprego formal total do município. Em seguida, destacam-se os vendedores, com 15.753 empregos e uma participação de 7,98% no total dos empregos e, posteriormente, os motoristas com 4,97% de participação. Cabe também ressaltar que, no ano de 2010, o crescimento da construção civil, no município, permitiu que os trabalhadores da construção civil ocupassem o terceiro lugar no ranking das ocupações que mais empregavam. Porém, no ano de 2011, embora o setor continue apresentando crescimento positivo, a ocupação de motoristas e operadores de tele- Tabela 2 - Participação do Emprego formal por tipo de vínculo empregatício em Uberlândia - 2010/ 2011 (%) Tipo Vínculo Uberlândia CLT U/ PJ Ind 85,33 85,15 CLT U/ PF Ind 1,28 1,23 CLT R/ PJ Ind 1,24 1,12 CLT R/ PF Ind 1,14 0,96 Estatutário 8,16 8,06 Estatutário RGPS 0,00 0,00 Estatutário não Efetivo 1,08 1,05 Avulso 0,19 0,00 Temporário 0,39 0,10 Menor Aprendiz 0,62 0,94 CLT U/ PJ Determinado 0,44 0,66 CLT U/ PF Determinado 0,01 0,02 CLT R/ PJ Determinado 0,00 0,47 CLT R/ PF Determinado 0,01 0,01 Diretor 0,03 0,02 Contrat Prazo Determinado 0,01 0,10 Contrat TMP Determinado 0,05 0,07 Contrat Lei Estadual 0,00 0,00 Contrat Lei Municipal 0,01 0,01 Total (%) 100 100 Tabela 3 - Evolução das vinte ocupações que mais empregam em Uberlândia em 2011 CBO 2002 Família Uberlândia/2011 Quant. (%) Escriturários em geral 23.105 11,70 Vendedores em lojas, domicílio e outros 15.753 7,98 Motoristas em geral 9.822 4,97 Operadores de Telemarketing 9.402 4,76 Trab. serviços de manutenção de edificações 9.365 4,74 Trabalhadores na contrução civil em geral 8.739 4,43 Porteiros, Guardas e Vigilantes 7.657 3,88 Magarefes e Afins 7.547 3,82 Professores em geral 7.012 3,55 Enfermeiros 4.271 2,16 Caixas e Bilheteiros (exceto caixa de banco) 3.674 1,86 Trab. de Cargas e Descargas de Mercadorias 3.349 1,70 Garçons, Barmen, Copeiros e Sommeliers 3.151 1,60 Recepcionistas 3.013 1,53 Operadores de Máquinas 2.831 1,43 Almoxarifes e Armazenistas 2.679 1,36 Alimentadores de Linhas de Produção 2.387 1,21 Cozinheiros 2.324 1,18 Gerentes Admin., Financeiros e de Riscos 1.967 1,00 Fiscais e Cobradores/Transportes Públicos 1.681 0,85 Total das 20 ocupações 129.729 65,7 Total de empregos 197.459 100 Fonte: RAIS/MTE 2011 3
marketing ocuparam posição superior. Ou seja, enquanto os trabalhadores da construção civil apresentaram no ano de 2011, uma participação relativa no total de empregos de 4,43%, a ocupação de motoristas e operadores de telemarketing contaram com uma participação de 4,97% e 4,76%, respectivamente. PERFIL DOS EMPREGADOS Escolaridade Nos últimos anos, seguindo uma tendência nacional, os dados permitem constatar uma melhoria no nível de escolaridade dos trabalhadores no município de Uberlândia. De acordo com a Tabela 4, quando se compara a participação relativa dos empregados por grau de escolaridade no ano 2011 em relação ao ano de 2010, identifica-se que há uma tendência de queda da participação dos trabalhadores com baixo grau de escolaridade, ocorrendo, portanto, uma redução da participação relativa dos empregados analfabetos e com ensino fundamental. Como exemplo, observa-se que, enquanto no ano 2010 Uberlândia contava com uma concentração de empregados com o nível de escolaridade até o ensino médio incompleto de 39,92%, em 2011 esse percentual cai para 38,22%. Em contrapartida, no mesmo período, verifica-se um aumento da participação relativa dos empregados com maior escolaridade, principalmente com ensino médio completo e com nível superior completo. Em 2010, Uberlândia contava com 39,95% dos empregados com ensino médio completo e 14,27% com o nível superior completo. Em 2011, esses percentuais sobem para 41,35% e 14,47%, respectivamente, confirmando a tendência de aumento da participação dos empregados com maior nível de escolaridade e a redução da participação dos empregados com baixa escolaridade. Faixa Etária Quando se compara o total de empregos gerados nos anos de 2010 e 2011, segundo a faixa etária, constata-se que a maioria dos empregos formais gerados no município de Uberlândia é ocupado principalmente por adultos na faixa etá- Tabela 4 - Emprego formal em Uberlândia segundo nível de escolaridade - 2010/ 2011 Escolaridade Empregos (%) Empregos (%) Analfabeto 753 0,41 521 0,26 Até 5ª Incompleto 4.629 2,52 5.082 2,57 5ª Completo Fundamental 6.492 3,54 6.730 3,41 6ª a 9ª Fundamental 18.376 10,02 18.549 9,39 Fundamental Completo 23.392 12,76 23.434 11,87 Médio Incompleto 19.553 10,66 21.155 10,71 Médio Completo 73.252 39,95 81.649 41,35 Superior Incompleto 10.133 5,53 11.033 5,59 Superior Completo 26.171 14,27 28.572 14,47 Mestrado 538 0,29 570 0,29 Doutorado 82 0,04 164 0,08 Tabela 5 - Emprego formal em Uberlândia segundo faixa etária - 2010/ 2011 Fx.Etária Empregos (%) Empregos (%) 10 a 14 27 0,01 44 0,02 15 a 17 2.856 1,56 3.356 1,70 18 a 24 36.908 20,13 39.497 20,00 10 a 24 39.791 21,70 42.897 21,72 25 a 29 32.267 17,60 33.984 17,21 30 a 39 51.678 28,18 56.245 28,48 25 a 39 83.945 45,78 90.229 45,70 40 a 49 36.694 20,01 38.858 19,68 50 a 64 21.719 11,84 23.948 12,13 40 a 64 58.413 31,86 62.806 31,81 65 ou MAIS 1.222 0,67 1.526 0,77 Não Class - - 1 0,00 4
ria de 25 a 39 anos, seguida pela participação dos adultos nas idades entre 40 a 64 anos e, posteriormente, pelos jovens com idade entre 10 e 24 anos (Tabela 5). No que diz respeito aos jovens, observa-se que há uma ampliação do emprego para esse grupo etário. Portanto, os dados demonstram que, além do crescimento do nú- 2011 mero de postos de trabalho para os grupos na faixa etária de 10 a 24 anos, no período de 2010-2011, há também um pequeno aumento da sua participação relativa no mercado de trabalho. Ou seja, no período 2010-2011, a- lém do aumento de empregos ocupados por jovens (10 a 24 anos), pa ssando de 39.791 para 42.897, há também um aumento na participação relativa desse segmento no total dos empregos gerados, passando de 21,70% em 2010, para 21,72% no ano de 2011 (Tabela 5). Em contrapartida, verifica-se uma tendência de queda na participação relativa dos adultos na faixa de 25 a 39 anos e dos empregados na faixa etária de 40 a 64 anos apesar de se verificar um aumento dos empregos gerados nesses grupos etários. Assim, de acordo com a Tabela 5, observa-se que em Uberlândia, no período de 2010-2011, há aumento do emprego para os adultos na faixa de 25 a 39 anos, passando de 83.945 empregos para 90.229, e há uma redução da participação relativa deste grupo etário no total das ocupações, passando de 45,78%, em 2010, para 45,70% em 2011. O mesmo comportamento ocorre com os empregos na faixa etária de 40 a 64 anos na medida em que cresce o número de empregos, passando de 58.413, em 2010, para 62.806 postos de trabalho em 2011, e há uma redução da participação relativa desse grupo etário no emprego total de 31,86%, em 2010, para 31,81% em 2011. Ou seja, no ano de 2011, embora seja mantida esta tendência de postos de trabalho sendo ocupados principalmente por adultos e também seja crescente o aumento quantitativo dos postos de trabalho, se comparado com o ano de 2010, verifica-se uma tendência de menor participação relativa de adultos na faixa etária de 25 a 64 anos. Sexo Acompanhando também uma tendência nacional, o município de Uberlândia conta com uma maior participação dos homens no mercado de trabalho formal, embora seja crescente a participação das mulheres nesse mercado nos últimos anos. Os dados apresentados na Tabela 6 permitem afirmar que o período 2010-2011 também pode ser caracterizado pelo aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho quando se observa que a tendência de queda na participação relativa dos homens é compensada pelo aumento da participação das mulheres em todos os níveis analisados. Tabela 6 - Emprego formal em Uberlândia segundo o sexo - 2010/ Sexo Empregos (%) Empregos (%) Masculino 106.321 57,98 112.535 56,99 Feminino 77.050 42,02 84.924 43,01 Em Uberlândia, enquanto em 2010 os homens contavam com uma participação no mercado de trabalho de 57,98% e as mulheres com 42,02%, em 2011 a maior inserção das mulheres neste mercado é verificada quando o percentual de homens passa a ser de 56,99% e o das mulheres, de 43,01%. Rendimentos De acordo com os dados relacionados na Tabela 7, quando se analisa o emprego formal segundo a faixa de rendimentos médios em salários mínimos, no período de 2010-2011, verifica-se que há uma tendência nacional de manutenção da maioria dos trabalhadores na faixa de rendimentos médios de até Tabela 7 - Emprego formal em Uberlândia segundo faixa de remuneração - 2010 a 2011 Faixa de Remuneração Empregos (%) Empregos (%) Até 0,50 460 0,25 443 0,22 0,51 a 1,00 6.852 3,74 6.435 3,26 1,01 a 1,50 66.020 36,00 66.268 33,56 1,51 a 2,00 37.127 20,25 41.668 21,10 2,01 a 3,00 32.765 17,87 37.644 19,06 Sub- Total 143.224 78,11 152.458 77,21 3,01 a 4,00 14.120 7,70 15.739 7,97 4,01 a 5,00 7.183 3,92 7.984 4,04 5,01 a 7,00 6.818 3,72 7.481 3,79 7,01 a 10,00 4.645 2,53 5.184 2,63 10,01 a 15,00 2.916 1,59 3.212 1,63 15,01 a 20,00 1.187 0,65 1.224 0,62 Mais de 20,00 1.280 0,70 1.404 0,71 Não Class 1.998 1,09 2.773 1,40 5
3 salários mínimos, embora se observe uma queda da participação relativa desses trabalhadores nessa faixa de rendimentos no período analisado. Ou seja, em 2010 verifica-se que 78,11% dos empregados no município de Uberlândia recebiam até 3 salários mínimos e que, em 2011, esse percentual se reduz para 77,21%. Em contrapartida, os dados permitem identificar um aumento da participação relativa dos trabalhadores com rendimentos acima de 3 salários mínimos. Como exemplo verifica-se que, no ano 2010, Uberlândia contava com 7,70% dos empregados na faixa de rendimentos de 3,01 a 4 salários mínimos e, em 2011, esse percentual passou para 7,97% (Tab ela 7). Entretanto, mesmo considerando esse pequeno aumento na participação dos empregados em faixas de rendimentos superiores a 3 salários mínimos, não se pode negar que as ocupações que mais empregam no município contribuem para determinar a manutenção de remunerações baixas, na medida em que as mesmas possuem baixa complexidade tecnológica e não exigem elevada escolarização de seus ocupantes. Universidade Federal de Uberlândia Alfredo Júlio Fernandes Neto Reitor Instituto de Economia Clésio Lourenço Xavier Diretor Estudos, Pesquisas e Projetos Econômico-Sociais André Luiz Teles Rodrigues Coordenador Projeto Observatório do Emprego no Município de Uberlândia-MG Boletim do Emprego de Uberlândia-MG Marlene Marins de Camargos Borges - Doutora em Economia, Coordenadora do Projeto e Responsável pela Elaboração do Boletim COLABORADORES Darcilene Claúdio Gomes e Ester William Ferreira ESTAGIÁRIOS Alex Cotrim de Ávila e Mariana Wik Atique APOIO Pró-Reitoria de Graduação - PROGRAD Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação - PROPP CONTATO Universidade Federal de Uberlândia Centro de Estudos, Pesquisas e Projetos Econômico-Sociais - CEPES Av. João Naves de Ávila, 2121 - Bloco J - Sala 1J128 - Campus Santa Mônica - Uberlândia/ MG Fone: (34) 3239.4323 ou 3239.4321 Fax: (34) 3239.4167 E-mail: mmborges@ufu.br ou cepes@ie.ufu.br Site: www.ie.ufu.br/cepes 6