CORPO NACIONAL DE ESCUTAS Escutismo Católico Português CONSELHO FISCAL E JURISDICIONAL NACIONAL

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Transcrição:

CORPO NACIONAL DE ESCUTAS Escutismo Católico Português CONSELHO FISCAL E JURISDICIONAL NACIONAL Parecer CFJN nº 06./08 - REEMBOLSO DO IVA A Junta Central, através do Serviços Centrais, do CNE enviou ao CFJN a documentação para apreciação e parecer, relativo a processo de recuperação de IVA do Agrupamento de, Região do. Sumário:. 1- Ao ser enviada ao CFJN a documentação para apreciação e parecer, não é apresentada qualquer dúvida ou suscitada a interpretação a dar a qualquer norma dos ECNE ou dos R.G; 2- Pelo que a intervenção do CFJN em matéria de gestão administrativa, como é o caso, apenas pode ser no exercício do dever de cooperação no âmbito interno do CNE, face ao não accionamento dos mecanismos de auxílio à gestão pelos diversos órgãos do CNE sem pôr em causa os princípios da autonomia e independência dos órgãos, como as intervenções ao abrigo dos artºs 37º1 e 2, 39º1 b), e 69º12 RG e similares; 3- O Agrupamento que envia á JR as facturas e recibos emitidos sete meses antes, com vista ao reembolso do IVA, sem apresentar justificação e demora 2 meses a enviar a documentação de suporte solicitada, não procede com a diligência devida e que lhe era exigível; 4- A JR que, pese embora, exercendo justificadamente os seus poderes de superintendência e representação do CNE, remete o pedido de reembolso a escassos 5 dias do termo do prazo de 1 ano, não pode ignorar que assim pode inviabilizar o reembolso do imposto; 5- A JC que decide da apresentação ou não do pedido de reembolso do IVA aos Serviços do Estado, e que deve estabelecer, as normas sobre o procedimento a adoptar pelos níveis inferiores do CNE no caso de pedido de reembolso do IVA e não o faz em devido tempo, omite o cumprimento dos seus deveres; 6- É de questionar, a devolução das facturas/recibos pela JC sem reembolso do IVA e sem indicação dessa razão, e sem ter sido pedido a exposição dos factos que levaram ao atraso no pedido de reembolso, para ser entregue nos Serviços de 1

Administração do IVA em face da Circular Normativa 6-1-98 de 5 Nov. 2006 que emitiu; 7- A falta de reembolso do IVA emerge dos actos da associação no seu todo, (através dos níveis intervenientes) e como tal deverá ser assumido; 8- A JC pode decidir, em defesa do bom nome da associação, que não deve ter lugar o pedido de reembolso do IVA, por poderem existir razões legais, morais ou de conveniência, nesse sentido, que deve dar a conhecer aos níveis envolvidos;. Texto integral Questão Prévia: Como resulta do artº 27º a) e d) ECNE, e 39º 1 a) e d) RG, a competência do CFJN no que concerne á emissão de pareceres é restrita às normas estatutárias e regulamentares de âmbito geral ou nacional, estando a apreciação das normas regulamentares internas regionais, de núcleo ou de Agrupamento na competência do CFJRegional artº 44º a) e d) RG e artº 35º ECNE. Emitir um parecer é expressar o entendimento que se configure mais correcto sobre a interpretação ou aplicação de uma norma ou conjunto delas, e incide sobre uma questão concreta de interpretação e ou de aplicação suscitadas pelas normas, procurando uma resposta a uma dúvida, pois é a opinião jurídica sobre factos ou pessoas emitida por um jurista ou corporação consultiva Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, Academia Ciências de Lisboa, pág. 2755. No caso, não é colocada qualquer dúvida ou questão ao CFJN, e não lhe cabe proceder á apreciação enquanto tal do processo administrativo em causa, cuja gestão e ou resolução compete á Junta Central. O que parece que a JC pretende é que: - o CFJN ao apreciar o processo diga quem é o culpado da falta de reembolso do IVA e aponte uma solução face á reclamação do Agrupamento de ; e - face ao envio do processo para apreciação, dá a entender visar-se a recolha de uma opinião sobre o que se há-de fazer, que cremos devia ser efectuada no âmbito das reuniões em que o CFJN devia participar, em cooperação institucional, ao abrigo dos artºs 37º1 e 2, 39º1 b), e 69º12 RG e similares, pois estamos perante um problema de gestão administrativa corrente do CNE ( artº 25º e) e f) ECNE, que tem a ver com a utilização racional e controlada de certos recursos disponíveis, feita em função de 2

determinados objectivos in Dicionário da Língua Portuguesa cit. pág. 1894, e é ela (JC) que gere os direitos, deveres e obrigações da associação perante os associados e terceiros, e até porque a questão de fundo foi resolvida pela Circular Normativa nº 6-1- 98 de 5 Nov. 2006 (sobre Reembolso do IVA) assinada pelo Chefe Nacional. Apesar disso e em face do pedido, entende este CFJN, no exercício do seu dever de cooperação, analisar os documentos enviados e fazer deles uma apreciação, mas apenas no âmbito interno do CNE, e não extravasando o aspecto jurídico da questão para fora das relações internas entre os níveis do CNE envolvidos, e procurando não interferir na competência dos órgãos face á sua autonomia e independência. Apreciando: - O presente procedimento é referente ao pedido de reembolso do IVA, formulado pelo Agrupamento nº de, relativa a obras na sua Sede. As Facturas e recibos datadas de 28/10/05 foram enviadas á Junta Regional, por cartas de 15/5/06; - A Junta Regional enviou em 23/10/06 tais documentos à JC para fins de processamento, que teriam, sido recebidos em 24/10/06; - e foram devolvidos pela JC em 6/9/07; - O IVA não foi reembolsado; + Questiona o Agrupamento uma solução para essa falta de reembolso, no sentido de o dever receber, por a culpa ser de alguém que não sua. São diversas as questões que se colocam, mas como mencionado apenas nos interessa a análise nos factos perante a Associação, no sentido de averiguar da eventual responsabilidade de algum órgão. Deste modo: - Sem dúvida que a JC tem razão quando na sua missiva de 26/10/06 ( ref. 6-2- 1719/CN) responde á JR ( ref. 678/JR) esclarecendo que Cabe à Junta Central a decisão de enviar ou não para reembolso do IVA os pedidos que lhe sejam dirigidos, envio da documentação esta que como reconhece deve ser feito via Junta Regional e a quem cabe neste caso, como noutros que respeitem ao relacionamento do CNE com o 3

Estado, o papel de informar cabalmente a Junta Central o que tiver por conveniente e julgar útil à tomada de decisão pela Junta Central.. Vejamos então se há razões para questionar a conduta de qualquer um dos três órgãos, que correspondem a três níveis de organização, do CNE envolvidos: Agrupamento, JR e JC. a) A conduta do Agrupamento consistiu no facto de ter facturas e recibos datados de 28/10/05, mas apenas os enviar á JR para reembolso em 15/5/06, ou seja sete meses depois, sem que se apresente uma razão para o efeito, e tendo-lhe sido solicitado em 25/5/06 pela JR determinados documentos, apenas terem sido enviados em 28/7/06 (ressaltando dos ofícios da JR e do Agrupamento a sensação de que algo não está bem no que respeita ao Livro de Recebimentos e Pagamentos ou não tinha esse Livro cfr. oficio 18/7/06, 21/9/06 e 23/10/06 referindo-se neste deverão passar a utilizar este livro de imediato preenchendo-o a partir do ano escutista 2005-2006 inclusive. ; A conduta do Agrupamento tem a assim a ver com o atraso no envio das facturas/recibos e com a demora em satisfazer os pedidos da JR. b) A actuação da JR consistiu em após ter recebido o pedido de reembolso: - solicitar logo em 25/5/06 documentação complementar com vista a instruir o pedido junto da JC, pedindo brevidade, o que reiterou em 11/7/06, e para que alerta em 18/7/06, e em face da resposta de 28/7/06, por oficio de 21/9/06 avisa o Agrupamento de que o pedido de reembolso do IVA só seguirá para a Junta Central após a entrega do original do livro de Recebimentos e Pagamentos por parte do Agrupamento e da respectiva análise. - Em face da análise que fez ao pedido de reembolso, solicitou em 25/9/06 ao CFJR um parecer sobre as dúvidas suscitadas, a que este órgão em 14/10/07 respondeu declarando-se incompetente; - Em 23/10/06 enviou as facturas e recibos á JC; e - solicitava á JC esclarecimentos sobre diversas questões legais (sobre a legislação fiscal do Estado Português) e quanto ao modo de proceder nos pedidos de reembolso; A conduta da JR tem assim a ver com a demora no envio dos documentos á JC; c) O comportamento da JC consistiu em: 4

- receber as facturas/recibos em 24/10/06, e devolvê-las em 6/7/07, (desconhecemos se os documentos foram apresentados ou não para fins de reembolso do IVA e a informação é apenas de foram reencaminhados para o efeito). - responder á JR em 26/10/06 informando-a do seu papel; e - na emissão da Circular normativa em 5/11/06, sobre os procedimentos no caso de pedido de reembolso do IVA; A conduta da JC traduziu-se assim, na ausência (omissão) de instruções genéricas, para os níveis inferiores do CNE sobre o modo de proceder nos casos de pedido de reembolso do IVA; + Sabida a actuação do Agrupamento e que apesar de tudo, os documentos foram enviados á JR em tempo, temos de ponderar que podiam ter sido enviados com muito maior antecedência, permitindo que eventuais questões a eles atinentes fossem resolvidas em tempo, sabido como era que o pedido de reembolso era formulado pela JC (único órgão que representa o CNE externamente e quem decidia como referido no oficio para a JR de 26/10/06 pela sua apresentação ou não aos Serviços do IVA) e passava pela sua remessa á JR, e tendo surgido questões estas não foram solucionadas com tempo; O Agrupamento responsabiliza a JR por durante 5 meses não ter enviado os documentos, mas esquece-se de que ele Agrupamento teve os documentos 7 meses sem razão para os reter, ao contrário da JR que teve de averiguar da regularidade dos documentos, e que demorou 2 meses a responder às solicitações da JR; Há assim falta de diligência, que lhe era exigível; Na actuação da JR apenas há a notar que enviou a documentação em cima da hora, o que implica que se analise se a razão porque isso aconteceu é ou não de culpa sua. E visto o seu modo de proceder, cremos que a JR, não extravasou os seus poderes de superintendência ou de representação do CNE e da JC, ou com vista á salvaguarda do bom nome do CNE ( artº 43º 3 a), b) e d) RG, e em face da análise que fez da documentação que lhe foi junta. Aliás esse seu modo de proceder, manifestamente tem cobertura nos esclarecimentos da JC expressos no oficio de 26/10/06, e vai de encontro á circular 6-1- 98 emanada posteriormente (5/11/06) da JC, e terá eventualmente ocorrido face ao teor da 1ª parte do oficio da JC de 26/10/06 nº 6-2-1719/CN, excesso de zelo ao pedir 5

parecer sobre tal matéria ao CFJR, retardando o envio dos documentos á JC em vez de lhos remeter tal como lhe tinham sido enviados e alertando a JC para as questões que lhe suscitava a sua apreciação (e assim não lhe assacariam responsabilidades no não reembolso do IVA caso tal viesse a ocorrer. Mas a ser assim, não teria exercido o seu dever para com a JC e o CNE, de informação adequada com vista á tomada de decisão da JC (oficio de 26/10/06) e com vista a um adequado e efectivo controle financeiro da Associação e dos seus diversos níveis.) Se é certo que em vista dos documentos apresentados pelo Agrupamento e da actuação da JC (oficio e circular referenciados), verifica-se que a actuação da JR ao pedir os documentos ao Agrupamento não só não se revela despropositada ou desproporcionada, como é justificada, não é menos verdade que devia ter prestado um pouco mais de atenção á data dos documentos (facturas recibos); Assim ao enviar os doc.s apenas em 23/10/06 não pode ignorar que, envia de modo tardio os documentos e isso pode inviabilizar o pedido de reembolso; A acção da JC para além de remeter a JR para a consulta jurídica externa á Associação a expensas dela JR traduziu-se na ausência de instruções, para os níveis inferiores do CNE sobre o modo de proceder nos casos de pedido de reembolso do IVA; Ora esta é uma matéria que se insere na gestão administrativa do CNE que compete á Junta Central, e, em face das dúvidas surgidas deveria ser o órgão executivo do nível nacional a JC - que superintende em toda a actividade do CNE, e que responde pelos actos da Associação, a procurar a resposta para as questões levantadas que se prendem como a legislação nacional do Estado e interessa a todos os níveis da Associação (e não apenas á JR ), sendo por isso de interesse geral. Do mesmo modo a JC não previu, e devia ter previsto, a necessidade de harmonizar /de dar instruções/ ou criar normas genéricas sobre o reembolso do IVA, em devido tempo e não apenas após o surgimento do caso. Assim a JC como órgão a quem compete a decisão de enviar ou não para reembolso do IVA os pedidos que lhe sejam dirigidos (oficio de 26/10/06 citado) é responsável por ter omitido o seu dever de informar em devido tempo toda a Associação do adequado modo de proceder. Por outro lado desconhecemos se os documentos foram ou não apresentados a reembolso do IVA e em caso afirmativo a razão do seu não pagamento. 6

Assim, em, face dos documentos a que tivemos acesso o reembolso do IVA não teve lugar porque foram enviados á JR sete meses após a sua emissão, esta teve dúvidas sobre a sua legalidade intrínseca e enviou os mesmos á JC a escassos 5 dias de completarem um ano, e a JC como entidade que decide sobre a submissão ou não a reembolso, não deu instruções sobre o modo de proceder dos níveis inferiores do CNE, e apenas em face da Circular 6-1-98 de 5/11/06 posterior ao nosso caso, é possível saber das formalidades a observar com vista ao reembolso e que é necessário o aval do Patriarcado o que implica a necessidade do envio com a antecedência (adequada) com vista é emissão do aval em tempo (antes de perfazer um ano). Por outro lado, em lado algum dos documentos enviados transparece a razão porque não foi dado seguimento ao disposto na Circular 6-1-98, na parte em que expressa se a factura tiver mais de um ano e menos de 5 anos, deve ser acompanhada de exposição dos factos que levaram ao atraso do pedido de reembolso para entrega no Serviço de Administração do IVA, e as facturas e os recibos são devolvidos sem que se apresente qualquer razão para a devolução ou não se suscite a apresentação da justificação do atraso com vista a possibilitar o reembolso do imposto em causa; Sendo assim cremos que há que imputar a responsabilidade em 1º lugar ao Agrupamento (que esperou 7 meses para enviar os documentos sem justificar a razão desse envio tardio, mas que não era por si só impeditivo do reembolso do IVA) e dois meses a apresentar os documentos legitimamente pedidos pela JR, a esta apenas por os ter enviado tão em cima da hora impeditiva de qualquer acção adequada antes de perfazer o ano, mas, parece-nos, a que melhor procurou exercer a sua missão, e, á JC que apesar de ter recebido os documentos a 4 dias de completar um ano lhe competia ter fixado os procedimentos a adoptar para o reembolso do IVA e não o fez e devolveu os mesmos sem apresentar uma razão ou suscitar uma justificação do atraso com vista ao reembolso sem prejuízo de lhe competir sempre a decisão de apresentar ou não, o pedido de reembolso, em face das circunstâncias, assumindo como é evidente as consequências dos seus actos, e justificando-os perante os interessados e eventuais lesados; Assim a falta de reembolso do IVA emerge dos actos da associação no seu todo, (através dos níveis intervenientes) e como tal deverá ser assumida, sem prejuízo dos actos que ainda possa empreender; 7

Tudo isto, todavia, no pressuposto, de que não há factos (legais, morais ou de conveniência face ao relacionamento institucional com os Organismos estatais ou da hierarquia religiosa) que impedem que se solicite, o pedido de reembolso do IVA, em face da necessidade de salvaguardar o bom nome da Associação, que á JC compete preservar, bem como aos demais níveis da associação, de que a análise da situação feita pela JR, através das questões que suscitou no processamento dos documentos, é um indicador. + Em face de todo o exposto: 1- Ao ser enviada ao CFJN a documentação para apreciação e parecer, não é apresentada qualquer dúvida ou suscitada a interpretação a dar a qualquer norma dos ECNE ou dos R.G; 2- Pelo que a intervenção do CFJN em matéria de gestão administrativa, como é o caso, apenas pode ser no exercício do dever de cooperação no âmbito interno do CNE, face ao não accionamento dos mecanismos de auxílio à gestão pelos diversos órgãos do CNE sem pôr em causa os princípios da autonomia e independência dos órgãos, como as intervenções ao abrigo dos artºs 37º1 e 2, 39º1 b), e 69º12 RG e similares; 3- O Agrupamento que envia á JR as facturas e recibos emitidos sete meses antes, com vista ao reembolso do IVA, sem apresentar justificação e demora 2 meses a enviar a documentação de suporte solicitada, não procede com a diligência devida e que lhe era exigível; 4- A JR que, pese embora, exercendo justificadamente os seus poderes de superintendência e representação do CNE, remete o pedido de reembolso a escassos 5 dias do termo do prazo de 1 ano, não pode ignorar que assim pode inviabilizar o reembolso do imposto; 5- A JC que decide da apresentação ou não do pedido de reembolso do IVA aos Serviços do Estado, e que deve estabelecer, as normas sobre o procedimento a adoptar pelos níveis inferiores do CNE no caso de pedido de reembolso do IVA e não o faz em devido tempo, omite o cumprimento dos seus deveres; 6- É de questionar, a devolução das facturas/recibos pela JC sem reembolso do IVA e sem indicação dessa razão, e sem ter sido pedido a exposição dos factos que levaram ao atraso no pedido de reembolso, para ser entregue nos Serviços de Administração do IVA em face da Circular Normativa 6-1-98 de 5 Nov. 2006 que emitiu; 8

7- A falta de reembolso do IVA emerge dos actos da associação no seu todo, (através dos níveis intervenientes) e como tal deverá ser assumido; 8- A JC pode decidir, em defesa do bom nome da associação, que não deve ter lugar o pedido de reembolso do IVA, por poderem existir razões legais, morais ou de conveniência, nesse sentido, que deve dar a conhecer aos níveis envolvidos; Tal é o que se nos oferece dizer Aprovado CFJN 28 /11/08 José A. Vaz Carreto ( vogal Relator) F. Saul Mouro ( vogal) Rita Vaz Luís ( Vice Presidente) F. Calado Lopes ( Presidente) 9