Erosão Costeira - Tendência ou Eventos Extremos? O Litoral entre Rio de Janeiro e Cabo Frio, Brasil

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Transcrição:

Erosão Costeira - Tendência ou Eventos Extremos? O Litoral entre Rio de Janeiro e Cabo Frio, Brasil Dieter Muehe Revista da Gestão Costeira Integrada 11(3):315-325 (2011)

Introdução Orla entre Rio de Janeiro e Arraial do Cabo: Orientação Leste Oeste Orientação batimétrica Distribuição Sedimentar: Diminui em direção a Cabo Frio Areia grossa, para média e por fim areia fina. Reflexo nos estágios morfodinamicos das praias De reflectivo à Intermediário Distribuição: resultado da contribuição da plataforma interna Transporte longitudinal: equilibrio entre Leste e Oeste Leste: Induzido por ondas de Tempestades Oeste: Associdado a ondas de bom tempo, mais frequentes

Introdução Ocupação da Orla Diferentes graus de intensidade Sem obedecer a distância segura da praia Tornando vulnerável a tempestade de Sul Ex: Tempestade de maio de 2001 - Ondas de 4m, 11s de período e 1m acima da preamar

Objetivo Avaliar se os processos erosivos identificados representam uma tendência de retrogradação da linha de costa ou apenas uma resposta a eventos extremos. Foram utilizados dados de levantamentos que remontam às décadas de 70 e 80 (Muehe, 1979; Muehe & Ignarra, 1984; 1987) e mais recentes ainda não publicados.

Metodologia Levantamento de perfis topo-batimétricos Técnicas de nivelamento topográfico convencional por meio de nível topográfico ou teodolito. Levantamentos mais antigos - Necessário recorrer às anotações das cadernetas de campo para a identificação do posicionamento de cada perfil Perfis - definido em função do alinhamento de ruas existentes Praia da Massambaba - área de dunas sem referencial, Foi estabelecida uma malha ortogonal de piquetes - permitiu uma análise muito precisa da mobilidade topográfica da praia e do campo de dunas frontais.

Resultados Praia de Piratininga

Resultados Praia de Itaipuaçu

Resultados Praia de Itaipuaçu Nítidos sinais de instabilidade geomorfológica : Controvérsias: o processo de recuo da linha de costa (Silva et al., 2008a; Lins-de- Barros, 2005) o apenas uma resposta dinâmica (Silva et al., 2008b) A comparação entre perfis topográficos transversais à praia entre 1983 e 2010 não indicou um recuo da linha de costa confirmando a interpretação de Silva et al. (2008b)

Resultados Praia da Barra de Maricá Após a tempestade - moradores implantaram um conjunto de defesas: Construção de um simples muro Defronte à casa Enterramento de estruturas de suporte como manilhas, estacas e outras supostas defesas. Os prejuízos foram avaliados em 200.000 reais/km, sendo que ¾ representando perda total e o resto gastos com reconstrução, somando-se a isto ainda a subsequente desvalorização temporária dos imóveis (Linsde-Barros, 2005).

Resultados Praia da Barra de Maricá A recuperação da praia após a tempestade parece ter sido total, não havendo indicação de uma tendência de recuo da linha de costa ao comparar perfis topográficos transversais em quase quatro décadas de estudo

Resultados Praia de Massambaba Estende por 44 km defronte à laguna de Araruama Composta por areia média a oeste, esta vai passando para areia fina a muito fina em direção a leste O que controla o estado morfodinâmico, que de refletivo passa a intermediário com tendência a dissipativo Desenvolvimento de dunas frontais Com exceção de algumas manchas urbanas na orla oceânica, grande parte da qual constitui área de proteção ambiental, a urbanização está praticamente concentrada na orla lagunar.

Resultados Praia de Massambaba Monitoramento topográfico: Realizado no segmento classificado como de maior vulnerabilidade

Resultados Praia Massambaba Apesar da observada tendência de retorno da crista da duna à posição de antes da tempestade, este retorno não foi completo, o que justifica interpretar este recuo como uma tendência de retrogradação da linha de costa. Porém, ao considerar a linha de costa como sendo a linha de interseção do nível médio do mar com a face da praia, esta interpretação não se sustenta Tanto a largura da praia quanto o volume de areia ao longo de um perfil transversal, não apresentou tendência de diminuição, apesar das amplas variações típicas de uma praia de estágio morfodinâmico intermediário.

Balanço Sedimentar Aporte de sedimentos continental é barrada pelos cordões litorâneos Surpreende a estabilidade da linha de costa Mobilização do sedimento da plataforma efeito de tempestades Tempestade de 2001 A praia e a fachada frontal do campo de dunas foram totalmente erodidas Parte dos sedimentos depositada no flanco transposição (overwash) transporte eólico transportada para a zona submarina

Balanço Sedimentar Comparação dos efeitos morfológicos O que chama a atenção é o impressionante volume de sedimentos mobilizados e depositados na antepraia Principalmente na construção do banco localizado a cerca de 300 m da praia e com altura de 1,5 m e largura de 250 m Contribuição: Praia e antepraia superior 33% Antepraia média e inferior e mesmo da plataforma continental 67% - Além do transporte longitudinal

Considerações Finais Os processos erosivos ocorridos na orla costeira, indicam ser o resultado de eventos extremos e não o efeito de uma retrogradação continuada da linha de costa Esta conclusão não elimina o risco às construções localizadas muito próximas da praia É adequado considerar como linha de costa os contatos morfológicos identificáveis no campo e em imagens A escarpa da pós-praia em contato com a retroterra ou a base da duna frontal, como referência para o estabelecimento da largura de faixas de não edificação

Curiosidades Altura de onda

Curiosidades Imagens GOES 8 (infravermelho)

Obrigado!!!!!!