Teste estático em transistores bipolares Vanderlei Alves S. Silva Transistores bipolares são bastantes simples de serem testados usando-se um multímetro e neste artigo ensinaremos a realizar o teste estático, sendo que em outro artigo você irá aprender a realizar o teste dinâmico, o qual consiste em testar o componente com o circuito funcionando. Teste estático Este tipo de teste é realizado com o transistor fora da placa de circuito impresso, ou seja, souto e para efetuar a verificação do componente podemos usar tanto um multímetro digital, como analógico e para isso devemos saber se o transistor é PNP ou NPN, sendo que podemos descobrir o tipo do transistor também por meio desse teste. Vamos ver primeiro os procedimentos de teste usando o multímetro digital. 1º Posicione a chave seletora do multímetro na escala de medir diodo; 2º identificar se o transistor é PNP ou NPN, para isso pode ser usado o datasheets do mesmo. No entanto, sabendo onde é a base do transistor poderá usar o multímetro para saber qual é o seu tipo, caso este componente esteja em perfeitas condições.
3º Localizar a base do transistor. Para melhor explicar, vamos tomar como exemplo o transistor BC548, o qual é amplamente usado em diversos projetos eletrônicos. Veja a figura abaixo: Vendo esse transistor, notamos que a base encontra-se no terminal central e seu tipo é NPN (os teste que iremos apresentar para este transistor é o mesmo para o PNP, bastando para isso inverter as ponteiras). Com tais informações podemos usar o multímetro da seguinte forma para testá-lo. Acompanhe a próxima figura: Note que a ponteira vermelha do multímetro está na base e como o
transistor é NPN, esta ponteira deverá permanecer ai para realizar o teste no coletor, como mostra a figura seguinte: Veja que os valores no teste base-emissor e base-coletor foram bem próximos, isso indica um bom funcionamento do transistor. Observação: Os valores apresentados no multímetro podem variar entre transistores do mesmo tipo e mesmo fabricante, ou seja, podem ser diferentes de 718 e 720. Agora vamos testar se existe fuga entre as junções, para isso colocaremos agora a ponteira preta na base do transistor. Siga a figura abaixo: N
o teste acima podemos verificar que não há fuga na junção base-coletor. A figura acima nos mostra que não existe fuga na junção base-emissor. Fuga é uma corrente indesejada que, por ventura, poderá transitar entre as junções de um transistor. O último teste agora é para saber se há fuga entre os terminais coletor e emissor. Nesse teste a base não será usada. Acompanhe as figuras abaixo: No teste entre coletor e emissor, o multímetro deverá apresentar apenas o número 1 no lado esquerdo da tela, independente das posições das ponteiras. Resumindo! Se o transistor é NPN a ponteira vermelha deverá ficar na
base e preta deverá ser encostada no coletor e no emissor. Se for PNP é a ponteira preta que deverá permanecer na base e a vermelha deverá ser encostada no coletor e no emissor. Nessas condições o multímetro deverá apresentar algum valor no display. Em qualquer outra posição das ponteiras o multímetro mostrará o número 1 no lado esquerdo. Localizando a base de um transistor desconhecido Você deve ter observado no teste do transistor acima que a base foi o único terminal que se comunicou com os outros dois terminais, portanto, sempre que precisar saber qual é a base de um transistor é só ir posicionando as ponteiras do multímetro nos terminais do transistor até perceber que um deles faz contato com os outros dois terminais. Este teste também ajuda a identificar se o transistor é PNP ou NPN, pois se você encontrou a base e nela esteja a ponteira vermelha, logo o transistor será NPN, mas, se na base estiver a ponteira preta, o transistor será PNP. Atensão! Nem sempre a base será o terminal do meio, alguns transistores apresentam a base em um dos terminais da extremidade, como é o caso do BF 494. Observe a figura abaixo: Note que neste transistor temos o emissor no terminal central. Teste de transistor com o multímetro analógico Coloque a chave seletora do multímetro na posição X1, como mostra a figura abaixo:
Não é necessário fazer o ajuste de zero, mas, nada o impede de fazer tal ajuste nesse multímetro caso prefira. Após isso proceda o teste do mesmo modo como fizemos usando o multímetro digital, porém, no multímetro analógico as ponteiras serão invertidas e, sendo assim, em um transistor NPN, a ponteira preta é quem deverá estar na base. Veja a ilustração abaixo: Se o transistor estiver bom, a agulha irá até aproximadamente ao centro da escala e se inverter a posição das ponteiras a agulha não se moverá. Caso o transistor esteja em curto ou com fuga, a agulha deflexionará com qualquer posição das ponteiras. No teste de fuga entre coletor e emissor, a agulha não deverá se mover. Veja a figura:
É isso ai pessoal! Qualquer dúvida deixe seu comentário e aguarde que logo teremos novos assuntos. Bons Estudos! Gostou deste conteúdo? Quer muito mais assuntos interessantes e úteis? Então torne-se um colaborador e apoie essa obra.