Pulsão, linguagem e constituição do sujeito

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Transcrição:

Pulsão, linguagem e constituição do sujeito Gilson Mota Se a vida é lugar, na medida em que é ordem que funciona como instinto que resiste à morte, pode-se dizer que a pulsão é tempo que tende à morte. A vida resiste às diferenças que a pulsão impõe. O espaço material tende a resistir frente à pressão do tempo que o corrói. Noga Wine.1 Trieb und Triebschicksale 2, texto dado à luz em 1915, é o primeiro de uma série de cinco trabalhos de Freud que intencionam uma sistematização do conhecimento até então gerado pela psicanálise. Freud estava, nesta época, embasado em 25 anos de árduo trabalho e vivenciava, segundo James Strachey, o ápice de sua capacidade intelectual 3. Este artigo, que juntamente com outros quatro, mutuamente interligados, constituem os chamados Artigos sobre Metapsicologia, apresenta-se como

2 Coleção (Di)versos centro gravitacional dos conceitos psicanalíticos cuja riqueza tem se mostrado inesgotável -, ao tempo em que inaugura uma querela teórica que tende na mesma direção e que aqui faremos somente uma breve alusão. A querela, que não é nenhuma novidade, é em torno da tradução de Trieb. A ambiguidade com que Freud o tratou no seu desenvolvimento conceitual, ora fazendo-o designar os representantes psíquicos de forças orgânicas, por oposição às idéias que as representam, fizeram dele um dos conceitos mais embaraçosos da psicanálise 4, apesar de sua importância. A polissemia do vocábulo alemão, por sinal bastante corrente, engendrou as dificuldades na compreensão do conceito na verdade são muitos conceitos abrigados neste guarda-chuva, conceitos inclusive de diferentes naturezas e desaguando nas questões relativas à tradução. Se a escola anglófona opta por Instinto, a francesa elege o termo Pulsão, que será a nossa opção para o desenvolvimento das idéias aqui expressas. Seguindo o ensino de Lacan, e tomando como base sua leitura de Hegel, o lugar do instinto é o saber do escravo, S2, saber do inconsciente, um saber situado, energia ligada cristalizada numa posição (repetição de antigos sentidos). É o campo dos significantes em sua quase materialidade. A pulsão, pura energia, constitui-se como campo de abertura do aparato psíquico à emergência de novos significantes, S1, lugar do saber do mestre, lugar do sentido novo. Duas coisas chamam a atenção na definição que Freud faz da pulsão: é esta estar na fronteira entre mental e o somático 5, e ser o representante psíquico dos estímulos que se originam dentro do organismo e alcançam a mente,... 6.Daí pode-se inferir uma certa natureza transitiva da pulsão,

3 cuja atividade está fora de um espaço constituído da subjetividade e por isso não se poder falar, como é de costume, de um sujeito da pulsão-, e da sua dependência da linguagem para se exercer enquanto exigência feita à mente no sentido de trabalhar em conseqüência de sua ligação com o corpo 7. Da pulsão Freud diz que surge de dentro do próprio organismo; atua diferentemente sobre a mente, e diferentes ações se tornam necessárias para removê-las; que elas não atuam num único impacto; que este impacto é sempre constante; que não há como fugir delas. As pulsões caracterizam-se por apresentar pressão [Drang], finalidade [Ziel], objeto [Objekt] e fonte [Quelle] e apresentam, em função destas características, as vicissitudes de reversão a seu oposto; retorno em direção ao próprio eu (self) do indivíduo; repressão e sublimação. Um levantamento arqueológico do conceito de pulsão nos remete ao Projeto de uma psicologia para neurologistas (1950[1895]) 8. Lá não se encontra o termo pulsão, mas o mito de sua constituição.da relação com o semelhante, na busca da satisfação de necessidades,vão se constituindo facilitações,que se traduzem em marcas de uma história,história que se tece na relação do corpo de um e da voz do outro (Outro materno), que geram um roteiro da pulsão sexual. Mas a pulsão não é redutível à satisfação da necessidade. Além da saciedade algo mais se insinua, constituindo o marco em torno do qual surgirá o futuro sujeito. Esse algo é o que Freud chamará de A Coisa (das Ding), algo fora do campo das representações e, ao mesmo tempo, condição de toda a representação 9. Os objetos pulsionais rememoram a Coisa, que pode ser considerada uma estrutura incognoscível que orienta, tal qual uma bússola, a escolha destes objetos. Pulsão, linguagem e constituição do sujeito

4 Coleção (Di)versos A pulsão é o que impulsiona o sujeito na direção do objeto.isso pressupõe o percurso de uma força que parte do corpo, contorna um objeto, sem se esgotar nele, e retorna transformado num traço significante da ordem da linguagem. Não se atinge a plena satisfação, o que é da ordem da impossibilidade, mas abre-se a possibilidade de ampliação do aparato psíquico pela inclusão de novos significantes. O destino da pulsão é transformar-se em linguagem, posto que ela reproduz em sua estrutura, aquela do significante, em sua propriedade de ser binário um termo pressupõe o seu oposto sem eliminá-lo: a fase preliminar auto-erótica de uma pulsão coexiste lado a lado com sua forma ativa ou passiva final. Com Saussure e Lacan aprendemos a reconhecer o significante como pura diferença, o que se define pelo contraste, pela oposição a todos os outros elementos do código. É aqui que também vamos localizar a pulsão, na estrutura do significante, em seu aspecto de radical parcialidade e dispersão. Em seu aspecto de morte. Se o significante mata a coisa [representada], a pulsão, enquanto fora do domínio do princípio de prazer princípio que mantém a vida -, e força que o vem abalar, só pode ser de morte. E o que Freud chamou de pulsão de morte, foi também o que nomeou a pulsão por excelência 10. Entidade muda, mas que se faz ouvir através de Eros, saber organizado na cadeia significante.a ligação pulsional se dá pela via da linguagem e é atribuição de Eros: se a pulsão se mantém no registro dos processos primários apresenta uma face de compulsão e parcialidade, ao passo que ascende ao registro do princípio de prazer se se integra ao processo secundário. No primeiro caso não pode ser sentida pelo sujeito como algo que ele produziu são as emergências do Real.

5 No artigo Die Verneinung (1925)11, Freud articula dois momentos lógicos, na verdade duas operações complementares que ele chamou de Bejahung (afirmação) e Ausstossung (expulsão) -, que estariam na origem do Real e do sujeito. Na Bejahung há a inclusão ou introdução no indivíduo de algo que já é uma simbolização; na Ausstossung, ocorre uma negação que expulsa aquilo que virá a se constituir como sujeito. Daí decorre que o sujeito nasce do real, território das pulsões. O Real marca-se como um vazio, uma exterioridade na interioridade do campo das representações. Essa exterioridade do Real demarca os dois pólos da pulsão: o sujeito e a Coisa, que ele deve atingir. Se a pulsão de morte busca a cessação da vida através da extinção do desejo, de uma descarga completa de toda tensão, a ordem econômica do ser humano, impõe um Não, como uma barreira, e impede essa descarga de se efetuar, deixando um resíduo de energia.e é essa quota que vai fazer funcionar o aparato psíquico como um aparato de linguagem. Dito de outra forma, é a negação que produz o sujeito falante.se a linguagem se rege pela lei da pura diferença, cada significante é o que os outros Não são.o sujeito é o diferente de todos os outros. E o que desaparece sob o regime da pura diferença significante, que lhe usurpa o lugar, relegando-o a não ter outra existência que não aquela de um furo no discurso. Discurso que é a sucessão temporal dos significantes e que entre eles comporta um vazio, que aponta um lugar para o sujeito e o objeto a (que rememora a Coisa). Para concluir, é preciso destacar que articular pulsão, linguagem e sujeito, é antes de tudo romper com uma tradição. Não se pode conceber um sujeito para a psicanálise sem abrir mão da dicotomia cartesiana entre res cogitans e res extensa, que se Pulsão, linguagem e constituição do sujeito

6 atualiza, por exemplo, na separação entre mente e corpo.há que se deslocar a subjetividade da ordem puramente psíquica, posto que seu berço é a materialidade do corpo, fonte de toda pulsão. Há que se pensar na articulação da pulsão ao significante, pois que sem essa ligação, tudo seria caos e nada se produziria. Sem a articulação com a linguagem não existiria a sublimação, que, como operador dos mecanismos de administração das energias pulsionais que invadem o aparato psíquico, propicia a sua estruturação e sempre necessária ampliação no sentido de torná-lo maior e mais complexo -, pela via da inscrição de novos significantes. Significantes que geram o gozo necessário à satisfação pulsional, melhor dito, o alívio da tensão causada pelas exigências pulsionais. Significantes que surgirão no mesmo lugar e pelo mesmo mecanismo que o S1, o significante sintomático do sujeito, propiciando um ultrapassamento de seu fantasma, libertando o sujeito de velhos sentidos. Fazendo do sujeito não uma existência, um ser, mas devir, pura energia. Levando o sujeito a fazer arte, aceitando melhor as razões de seu ad-vento. NOTAS Coleção (Di)versos 1 - WINE, Noga. Pulsão e inconsciente: a sublimação e o advento do sujeito, pg.154. 2 - FREUD, S. A Pulsão e suas vicissitudes (1915). 3 - STRACHEY, J Artigos sobre metapsicologia: introdução do editor inglês In: FREUD S. Op. Cit. p:111. 4 - RUDGE,A. M. Pulsão e linguagem: esboço de uma concepção psicanalítica do ato, pg:11. 5- FREUD,S. Op.Cit., pg 127. 6 - Ibidem. 7 - FREUD,S. Op.Cit., pg:127. 8 - FREUD,S. Projeto para uma psicologia cientifica (1950 [1885])

7 9 - VIDAL. Comentários sobre Die Verneinung, pg:26, apud RUDGE,A.M. Op. Cit, pg:54 10 - FREUD,S. Além do principio de prazer (1920) 11- FREUD,S. A negativa (1925) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1- FINK, Bruce.O sujeito lacaniano; entre a linguagem e o gozo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.1998. 2- FREUD, Sigmund. A Pulsão e suas vicissitudes. São Paulo: Imago Ed. Vol. XIV. 1915. ESB. 3- RUDGE, Ana Maria. Pulsão e linguagem: esboço de uma concepção psicanalítica do ato. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1998. 4- SOUZA, Paulo Cezar. As palavras de Freud: o vocabulário freudiano e suas versões. São Paulo: Editora Ática.1998. 5- WINE, Noga. Pulsão e inconsciente: a sublimação e o advento do sujeito. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.1992. Pulsão, linguagem e constituição do sujeito