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Transcrição:

1 OBJETIVO Este anexo tem como objetivo apresentar os procedimentos, critérios e padrões a serem adotados para a elaboração de Projeto de Muro de Contenção de Concreto. 2 DIRETRIZES GERAIS 2.1 Materiais e Disposições Construtivas 2.1.1 Muro de Concreto Armado e Cortina Atirantada Para estrutura projetada em concreto armado deve-se considerar as seguintes condições: Concreto estrutural: classe C25 fck 25 MPa ou fck maior conforme classe de agressividade ambiental, atendendo ao item 7.4 da NBR 6118. Concreto magro: classe C10 fck 10 MPa. Cobrimento da armadura: conforme classe de agressividade ambiental e qualidade do concreto de cobrimento. Ver itens 6.4 e 7.4 da NBR 6118. Controle da fissuração e proteção da armadura: conforme item 13.4 da NBR 6118. 2.1.2 Muro de Concreto Ciclópico Para estrutura projetada em concreto ciclópico deve-se considerar as seguintes condições: Concreto: classe C20 fck 20 MPa. Agregados: devem satisfazer ao disposto na NBR 7211 e apresentar diâmetro máximo compatível com as dimensões e características da peça a ser moldada. Concreto magro: classe C10 fck 10 MPa. 2.1.3 Aço da Armadura Passiva Podem ser utilizados aços do tipo CA-50 ou CA-60, de acordo com as prescrições da norma NBR 7480. Em caso de necessidade de utilização de outro tipo de aço deve ser feita consulta prévia à Fiscalização. 2.1.4 Aço da Armadura Ativa (Tirantes) Os tirantes podem constituir-se por uma ou mais barras, vários fios ou várias cordoalhas. As monobarras podem ser de aço CA-50, CA-60, ST50/55 e ST85/105. Os fios podem ser de aço 150 RB com tensão de escoamento σe igual a 1350 MPa e, as cordoalhas de aço 190 RB com tensão de escoamento σe igual a 1708 MPa. O aço deve atender às prescrições da norma para tirantes NBR 5629. 2.1.5 Juntas As juntas verticais de dilatação devem ter espaçamento máximo de 20 m. Para casos onde se exijam espaçamentos maiores, deverá ser obrigatoriamente considerado nos cálculos e dimensionamentos os efeitos de retração e variação de temperatura. 1

3 ELABORAÇÃO DO PROJETO O projeto de muro de contenção de concreto será desenvolvido em três fases distintas, a saber: Fase Preliminar Fase de Anteprojeto Fase de Projeto Básico 3.1 Fase Preliminar Nesta fase será efetuado o levantamento dos elementos básicos, descritos a seguir, indispensáveis à elaboração do projeto. 3.1.1 Elementos Topográficos e Geométricos Dos Estudos Topográficos e Geométricos, deverão ser apresentados os seguintes elementos: Planta topográfica com representação das curvas de nível de metro em metro, desenhada em escala 1/100 ou 1/200, contendo o eixo estaqueado do traçado com seus elementos de curvas horizontais, especificando as amarrações ao estaqueamento e RNs, representação do muro de contenção, das interferências existentes, obstáculos a serem transpostos, com respectivas esconsidades, representação dos off-sets. O levantamento deverá abranger área suficiente para a definição da obra. Perfil longitudinal e/ou transversal ao longo do desenvolvimento do muro, com representação da estrutura a ser projetada. Seções transversais do muro/terreno a cada 5,00 metros. Demais elementos geométricos deverão ser fornecidos, tais como: notas de serviço do greide acabado de metro em metro, distribuição de superlargura e superelevação, sistema de coordenadas, etc.; Todos os desenhos deverão ser produzidos e fornecidos em arquivos do tipo CAD (extensões dxf ou dwg). 3.1.2 Elementos Geológicos e Geotécnicos Os estudos geológicos e geotécnicos específicos para o projeto de muro de contenção devem ser executados segundo a seguinte orientação: Para obras com extensão inferior a 60 metros, realizar uma sondagem a cada 15 metros. Para obras com comprimento superior a 60 metros, executar uma sondagem a cada 20 metros. As sondagens deverão ser do tipo mista (percussão em solo e rotativa em rocha) e completas, permitindo a perfeita caracterização do solo. Referências vagas, tais como rocha ou matacão, indicam sondagens incompletas e não podem ser aceitas. Antes da execução das sondagens, deverá ser apresentada planta com locação dos furos para aprovação prévia da Fiscalização. 2

Nos relatórios de sondagem deverão constar, no mínimo as seguintes informações: Identificação da obra, localização e trecho. Croquis de locação em planta, identificando a estrutura de contenção (muro), eixo de projeto da via, localização e identificação dos furos com amarração ao estaqueamento. Identificação do furo no boletim com a mesma nomenclatura empregada no croquis de locação. Cota da boca do furo em relação a RN da obra. Diâmetro da sondagem e método de perfuração (SPT). Diâmetro da sondagem e tipos de barrilete e coroa utilizados (Sondagem Rotativa). Data de início e término da execução. Profundidade do nível d água. Resultados dos ensaios de penetração (SPT), com número de golpes iniciais e finais. Descrição sucinta dos materiais. Recuperação dos testemunhos, em porcentagem, por manobra (Sondagem Rotativa). Número de peças de testemunho por metro, segundo trechos de mesmo padrão de fraturamento (freqüência de fraturas), com respectivo IQR ou RQD expressos em porcentagem. (Sondagem Rotativa). Motivo de paralisação do furo. Nome do sondador. Todas as sondagens deverão ser realizadas de acordo com as prescrições da NBR-6484-Solo- Sondagem de Simples Reconhecimento SPT-Método de Ensaio. Os critérios de paralisação deverão estar em conformidade com o seguinte: A sondagem à percussão poderá ser interrompida quando: O número de golpes for continuamente crescente com a profundidade, com índice SPT maior do que 25 golpes para penetrar 30 cm, nas últimas cinco penetrações consecutivas e a profundidade total do furo for superior a 15,00 metros. Não satisfeita a condição anterior, prosseguir com o furo até a profundidade máxima de 25,00 metros, até que o material seja considerado impenetrável ao SPT. Não atendidas as duas condições anteriores e a profundidade do furo ultrapassar 25,00 metros a Fiscalização deverá ser consultada sobre a possibilidade de interrupção da sondagem. Caso seja atingido o material impenetrável ao SPT a uma profundidade inferior a 10,00 metros, deverá ser executada sondagem mista rotativa em rocha complementar. Caso seja atingido o material impenetrável ao SPT a uma profundidade inferior a 15,00 metros, a Fiscalização deverá ser consultada sobre a necessidade de ser executada sondagem mista rotativa em rocha complementar. 3

Os critérios de paralisação da sondagem rotativa deverão ser estabelecidos caso a caso, em função da importância e responsabilidade estrutural da obra e das características e tipo de material rochoso encontrado. Estas definições deverão ser feitas sob consulta à Fiscalização. 3.2 Fase de Anteprojeto Nesta fase será elaborado o anteprojeto, que tem como objetivo definir a concepção estrutural, tomando como base os elementos e estudos da fase preliminar. O anteprojeto consistirá de: Estudo de alternativas estruturais, visando não só a melhor solução técnico-econômica, mas também, a que melhor atenda às condições locais, a execução, integração ao meio ambiente e de estética. Pré-dimensionamento das alternativas selecionadas, com estimativas de quantidades e custos, e justificativa técnica para cada solução. Escolha da melhor solução, baseada em critérios técnicos, econômicos, administrativos e requisitos operacionais da via, com total justificativa da opção. Memorial descritivo e justificativo da solução estrutural adotada, contendo a descrição da obra e dos processos construtivos propostos, bem como justificativa técnica, econômica e arquitetônica da concepção estrutural adotada. Memorial de cálculo do pré-dimensionamento estrutural da solução a ser adotada. Desenhos, onde deverão estar representados, no mínimo: Planta de situação do local de implantação da obra, contendo a estrutura, eixos e acessos das vias adjacentes, estaqueamento e interferências locais tais como, vias, rios, lagos, edificações, etc. Local da obra, com curvas de nível de metro em metro e perfeita caracterização dos taludes e respectivos off-set s. Elementos geométricos da via adjacente. Perfil longitudinal e/ou transversal ao longo do desenvolvimento do muro, com representação da estrutura. Seções transversais do muro/terreno a cada 5,00 metros. Demais elementos geométricos deverão ser fornecidos, tais como: notas de serviço do greide acabado de metro em metro, distribuição de superlargura e superelevação, sistema de coordenadas, etc.. Indicar nos desenhos especificações de materiais, cargas móveis e eventuais sobrecargas adotadas, incluindo as decorrentes do processo executivo previsto. 3.3 Fase de Projeto Básico Com base nos elementos e na concepção estrutural definida na fase de anteprojeto, será elaborado o projeto básico do muro de contenção de concreto, composto por um conjunto de elementos que permitam retratar a alternativa de projeto mais adequada, derivada dos estudos e levantamentos prévios e do conhecimento, experiência e aptidão da Projetista. 4

Deste conjunto deverão resultar os dados necessários ao completo detalhamento de fôrmas, e geometria da obra, assim como os elementos necessários para a contratação de sua execução. Resumindo, esta fase compreenderá o detalhamento do anteprojeto aprovado, compreendendo os seguintes elementos: 3.3.1 Memorial Descritivo O memorial descritivo e justificativo deverá conter a descrição da obra e dos processos construtivos propostos, bem como justificativa técnica, econômica e arquitetônica da concepção estrutural adotada, quadro de quantidades e preços unitários e custo final de construção. 3.3.2 Memorial de Cálculo O memorial de cálculo deverá estar em conformidade com as normas e especificações vigentes, compreendendo: Descrição minuciosa do sistema estrutural. Hipóteses gerais de cálculo. Determinação dos esforços solicitantes, devido às cargas permanentes, empuxos de terra, carga móveis, acidentais e outras, para cada elemento estrutural. Definição e apresentação clara das várias combinações de carga e de suas envoltórias. Dimensionamento e verificação da resistência de todos os elementos estruturais. Envoltórias de esforços e seu recobrimento. Verificação das taxas de trabalho de todos os materiais e sua compatibilidade com as especificações. Demonstração da compatibilidade das fundações com a natureza do solo. Quando os cálculos forem efetuados com auxílio de computadores, fornecer detalhadamente, informações sobre cada programa utilizado, dados de entrada, resultados obtidos e análise crítica dos resultados. 3.3.2.1 Carregamentos a. Cargas Permanentes Devem ser consideradas obrigatoriamente as seguintes ações verticais: peso próprio da estrutura: peso específico do concreto igual a 25 kn/m3; peso próprio do solo: peso específico do solo definido nos estudos geotécnicos. Para o solo abaixo do nível do lençol freático, deve-se considerar o efeito de submersão; o valor do peso específico saturado deve ser definido nos estudos geotécnicos. O nível d água N.A., a ser considerado nos cálculos deve ser o nível determinado nas sondagens acrescido de 1 m. Devem ser consideradas obrigatoriamente as seguintes ações horizontais: 5

As cargas horizontais permanentes são compostas pelas ações de empuxo provenientes do solo e da água. O cálculo do empuxo do solo deve ser realizado considerando-se o efeito de deformabilidade da estrutura. Os valores dos coeficientes de empuxo podem variar de estado ativo até o estado de repouso. O valor de peso específico do solo deve ser obtido pelo estudo geotécnico. A adoção das envoltórias de empuxo deve contemplar a possibilidade de variação do nível d água ao longo do tempo. b. Cargas Acidentais No caso de cargas acidentais, devem-se considerar as ações acidentais horizontais oriundas das sobrecargas laterais de edificações próximas, de equipamentos e do trem-tipo rodoviário classe 45, definida pela NBR 7188 e outros trens tipo específicos nos casos de obras ferroviárias e metroviárias. Deve-se aplicar o carregamento do trem-tipo a partir do topo do pavimento considerando-se o espraiamento das cargas a 45º, desde o ponto de aplicação até a face da estrutura. Para a estrutura de contenção afastada da pista de rolamento ou dos trilhos (obras ferroviárias e metroviárias), deve-se considerar o empuxo acidental oriundo de carga acidental de 10 kn/m 2, constante e aplicada em faixa de largura infinita ao nível do terreno. Também se deve considerar uma carga uniformemente distribuída devido aos equipamentos e veículos a serem definidos pela obra com valor mínimo de 30 kn/m², aplicada em faixa de largura de 1,5 m na crista da contenção. Os carregamentos horizontais podem ser determinados, a critério da projetista, pela teoria da elasticidade e usados adequadamente de acordo com a rigidez ou flexibilidade da estrutura. De acordo com a NBR 7187, em seu item 7.2.2, o impacto não deve ser considerado na determinação do empuxo de terra provocado pelas cargas móveis, no cálculo das fundações. c. Cargas Especiais Na consideração de cargas devido a trem-tipo especial a definição deve ser realizada, quando necessário, em conjunto com a Fiscalização. Deve ser consultada a Instrução de Projeto de Obra-de-Arte Especial. 3.3.2.2 Determinação dos Esforços Solicitantes Para a determinação dos esforços solicitantes, a projetista pode, a seu critério, realizar a análise baseada nas teorias da resistência dos materiais e da estática das estruturas, com o emprego de soluções analíticas por meio de fórmulas, ábacos e tabelas disponíveis ou soluções numéricas com a utilização de programas computacionais específicos desenvolvidos através de métodos de elementos finitos. Estes programas computacionais fornecem a distribuição de tensões e deformações tanto na estrutura da contenção como no maciço do terreno. No caso de utilização de tais programas, deve-se fornecer informações detalhadas sobre o programa utilizado, os dados de entrada e resultados obtidos. 6

Para estruturas de concreto é fundamental o atendimento a todas as prescrições da norma NBR 6118 referentes aos Estados de Limites Últimos ELU quanto à capacidade resistente da estrutura, bem como as verificações quanto à fissuração e deformações a serem feitas nos Estados Limites de Serviço ELS. Para o dimensionamento dos elementos estruturais devem ser contemplados todos os casos de carregamentos e a envoltória dos esforços solicitantes. Para o caso de cortinas atirantadas, o dimensionamento estrutural do paramento deve considerar a metodologia executiva, isto é, as solicitações nas diversas fases de escavação, ensaios dos tirantes e sua incorporação na contenção, oriundas das parcializações construtivas. Salienta-se que as fases de execução de cortina atirantada que envolve grandes reaterros no tardoz são significativamente diferentes da metodologia construtiva de cortina para cortes, principalmente em situações de escorregamento de talude. De acordo com a norma brasileira NBR 5629, 10% dos tirantes da obra, aleatoriamente escolhidos, devem ser testados até a carga máxima de 175% e 150% da carga de trabalho, conforme sejam, respectivamente, tirantes permanentes ou provisórios. Os restantes dos tirantes devem ser testados a 140% para os permanentes e 120% para os provisórios. Esses ensaios de protensão usualmente são realizados contra a estrutura, portanto, todos os elementos estruturais devem ser dimensionados para o estado limite último para as cargas máximas de 175% ou 150% da carga de trabalho, conforme sejam tirantes permanentes ou provisórios. Deve-se considerar um coeficiente de ponderação para ações de 1,1, de acordo com a tabela 4 de ações variáveis consideradas separadamente encontrada na NBR 8681. 3.3.2.3 Dimensionamento Estrutural Para estruturas de concreto, o dimensionamento dos elementos estruturais deve ser realizado de acordo com a NBR 6118. Devem ser contemplados todos os casos de carregamentos e a envoltória dos esforços solicitantes. No dimensionamento da face de contenção, para efeitos locais, sugere-se que na fase construtiva, no ensaio de protensão, as placas sejam desvinculadas do restante da estrutura, ou seja, que elas sejam consideradas como lajes cogumelo para efeitos de dimensionamento. Nesse caso, deve ser aplicado o coeficiente de ponderação de 1,1 sobre a carga máxima multiplicada por 1,75 para tirantes permanentes e 1,5 para tirantes provisórios. No caso de consideração de estrutura contínua, conforme o método construtivo adotado, deve-se aplicar a carga descrita acima em posição mais desfavorável para o dimensionamento da estrutura. Neste caso, o modelo estrutural pode considerar a estrutura como viga ou grelha sobre apoio elástico. Na etapa de incorporação dos tirantes a cortina deve ser dimensionada para os efeitos globais como grelha ou viga sobre apoio elástico, considerando os coeficientes de ponderação para combinações últimas indicadas na NBR 8681. 7

Face aos cobrimentos necessários das armaduras, para o caso geral de estruturas moldadas in loco ou pré-fabricadas a espessura mínima das peças estruturais deve ser de 20 cm. 3.3.2.4 Verificação da Estabilidade Deve-se verificar cada seção-tipo da estrutura, em situação de pior representatividade geológico-geotécnica. s fatores de segurança FS, globais ou parciais, devem ser compatíveis em cada etapa de desenvolvimento do projeto, considerando o grau de conhecimento das solicitações e materiais a serem utilizados, a caracterização do subsolo pelos dados disponíveis e sua dispersão, a complexidade da execução do projeto, a confiabilidade dos métodos adotados, cálculos e execução, a permanência das condições previstas durante o tempo da existência da obra, as conseqüências em caso de acidentes envolvendo danos materiais e humanos, e o caráter transitório ou permanente da obra. Salienta-se que a verificação de estabilidade deve ser realizada para cada fase de implantação da obra de contenção, principalmente na obra que exige parcializações construtivas, como cortina atirantada. As verificações devem incluir, no caso de cortina atirantada envolvendo reaterro, a influência do carregamento proveniente de compactação dos solos. No caso de cortina atirantada, deve-se verificar a estabilidade interna dos tirantes, segundo o método de Weisembach. A verificação consiste em admitir que a superfície da ruptura do maciço passe pelo pé da parede. Para cada tirante, dependendo do seu comprimento, existe valor limite de força de protensão, Td, que corresponde ao deslizamento da cunha de solo que se desprenderá junto com o tirante. Esse valor pode ser obtido pelo equilíbrio estático de forças, polígono de forças. O fator de segurança FS é definido pela relação entre a força máxima possível do tirante, Tmáx, e a força solicitante existente, Td. Esse valor é considerado satisfatório para tirantes definitivos quando o comprimento adotado do tirante implique que a força resistente seja pelo menos 50% superior ao esforço solicitante. FS = Tmax/Td 1,50 Para tirantes provisórios essa relação é de 1,30. A análise deve contemplar a estabilidade global da estrutura, em que se abrangem o paramento, o maciço contido e a fundação. Os fatores de segurança são os mesmos especificados acima. Os métodos de cálculo recomendados são os de equilíbrio limite, podendo ser utilizados aqueles cujas hipóteses se aproximem melhor do problema em estudo. Os programas computacionais utilizados devem ser justificados quanto à confiabilidade de seus resultados mediante comprovações. No caso de ancoragens passivas, podem ser utilizados os modelos de Bishop, Fellenius, Janbu, Spencer, Sarma etc. Primeiramente determina-se a superfície crítica de escorregamento sem considerar o reforço. Em seguida, utilizando os momentos instabilizantes, ΣMinst, e os estabilizantes, ΣMest, e efetuando acréscimos de momento 8

estabilizante ΔMest, determinam-se os reforços necessários de chumbadores tais que FSmín igual a 1,30 para obra provisória e 1,50 para obra permanente. A distribuição e os comprimentos dos chumbadores devem ser determinados através da análise das superfícies potenciais de ruptura e as respectivas ancoragens necessárias. Quanto à distribuição, é recomendável que os chumbadores tenham espaçamento vertical menor ou igual a 2 m. Mediante aproximações sucessivas calcula-se a carga de cada reforço Ti por metro de contenção, de modo que a somatória dos produtos dessas forças pelos respectivos braços seja igual ao incremento de momento resistente. ΣT d i = ΔMest As bitolas de cada chumbador, do furo e da barra, devem ser definidas em função da carga atuante, ajustando-se o espaçamento horizontal limitado a 2 m. A capacidade de carga do chumbador deve ser estimada através de cálculos de ancoragem no maciço. O seu valor deve ser confirmado em campo antes do início da obra através do ensaio de arrancamento. A determinação do comprimento de ancoragem do chumbador Lc, além da superfície crítica, considerando a carga máxima atuante Tmáx, a adesão unitária ao longo do chumbador fs e o diâmetro do furo Øf, é realizada conforme a seguinte expressão: Lc = Tmax/( x Øf x fs) O fator de ponderação para a definição de Tmáx é de 1,30 para obra provisória e 1,50 pa-ra permanente. Para o espaçamento entre chumbadores menor ou igual a 1,2 m a estabilidade interna deve ser feita considerando o maciço reforçado como muro de arrimo de gravidade. A análise deve contemplar a estabilidade global do maciço em que são abrangidos o paramento, o maciço reforçado com chumbadores e a fundação. Os métodos de cálculo recomendados para o cálculo no estado limite último são os de equilíbrio limite. Podem ser utilizados os de estabilidade de talude de Bishop, Fellenius, Sarma, Spencer, Janbu etc., sendo escolhido aquele cujas hipóteses mais se aproximem do pro-blema em estudo. Conforme já salientado, os programas computacionais utilizados devem ser justificados quanto à confiabilidade de seus resultados mediante compro-vações. Os fatores de segurança a serem adotados são aqueles prescritos pela norma brasileira e com FSmínimo igual 1,30 para obra provisória e 1,50 para obra definitiva. As superfícies potenciais de ruptura correspondentes, que passam no meio do trecho ancorado dos chumbadores, definem o comprimento final dos chumbadores. 3.3.3 Desenhos Deverão ser apresentados no formato A1. Devem ser adotadas as seguintes escalas: 9

Série normal 1:250, 1:200, 1:100, 1:75, 1:50, 1:25, 1:20; Série especial 1:10, 1:5, 1:2, 1:1. A série especial destina-se a representação de detalhes. Na série normal deve ser dada preferência às escalas 1:100 e 1:50, considerando a compatibilidade com as dimensões da folha dos desenhos. As folhas de desenhos devem conter as seguintes descrições: fck do concreto, fyk do aço, cobrimento da armadura e unidades de medida. A armadura do eventual guarda-corpo e barreiras de segurança não devem ser computadas, pois já estão incorporadas aos preços unitários correspondentes. Os desenhos deverão conter todos os elementos necessários à completa compreensão das etapas da obra, materiais a serem utilizados, dificuldades construtivas, serviços preliminares e complementares, detalhes típicos e todas as informações necessárias à determinação precisa das quantidades de materiais e serviços para a execução da obra. As folhas de desenho devem conter os seguintes elementos: Vista longitudinal, com indicação do comprimento total da obra, número de módulos e seus comprimentos, cotas da estrutura de contenção, perfil longitudinal do terreno, perfil geológico, cotas do greide da rodovia/ferrovia, cotas do nível d água, declividade dos taludes, vista e corte da infraestrutura com indicação do sistema de fundação e cota de apoio das sapatas e blocos em caso de fundação direta, por tubulões ou estacas bem como do bloco de amarração das estacas. Projeção horizontal em planta com todas as dimensões dos elementos apresentados. Seção transversal com o corte ou cota da estrutura, indicação de todos os elementos da estrutura de contenção, drenagem, geologia, dimensões dos elementos estruturais da estrutura e da fundação. Locação da obra com indicação da estaca e quilômetro do eixo da obra, indicação do início e do fim da estrutura, locação dos pontos de investigações geológico-geotécnicas executadas por sondagens, ensaios geotécnicos in situ e locais de retirada de amostras. Quadro-resumo que indique as resistências características fck e fyk, adotadas respectivamente para o concreto e aço empregados, ou de qualquer outro material utilizado; comprimento e tipo de estacas previstas ou taxa no solo de fundação; unidades de medida. 3.3.4 Detalhes Complementares Na elaboração das planilhas de quantidades e orçamentos de serviços e materiais previstos para a execução da obra, deve-se respeitar, sempre que possível, a discriminação e as especificações que constam na Tabela de Preços Unitários a ser adotada. Os serviços previstos que não constem desta tabela devem ser perfeitamente definidos, descritos e elaborada sua especificação de serviço para acompanhar o projeto. Também deve ser indicado o cronograma estimado para a execução da obra. 10

Deve ser apresentada planilha com o memorial de quantificação, de fácil entendimento, para posterior verificação das quantidades previstas para a obra. 4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DER/SP - Instruções de Projeto de Contenções março/2005 ABNT NBR 6118. Projeto de estruturas de concreto Procedimento 2003. ABNT NBR 7211. Agregado para concreto Especificação - 1983. ABNT NBR 7480. Barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado. 1996. ABNT NBR 7481. Telas de aço soldadas para armadura de concreto - 1990. ABNT NBR 5629. Execução de tirantes ancorados no terreno - 1996. ABNT NBR 7188. Carga móvel em ponte rodoviária e passarela de pedestres - 1984. ABNT NBR 7187. Projetos de pontes de concreto armado e de concreto protendido Procedimento - 2003. ABNT NBR 8800. Projeto e execução de estruturas de aço e de estruturas mistas aço concreto de edifícios - 2003. ABNT NBR 6122. Projeto e execução de fundações - 1996. ABNT NBR 8681. Ações e segurança nas estruturas - 2003. ABNT NBR 6136. Blocos vazados de concreto simples para alvenaria estrutural - 1994; ABNT NBR 6484. Solo Sondagens de simples reconhecimento com SPT - 2001. ABNT NBR 6490. Reconhecimento e amostragem para fins de caracterização da ocorrência de rochas - 1985. ABNT NBR 6497. Levantamento geotécnico - 1983. ABNT NBR 6502. Rochas e solos - 1995. ABNT. NBR 7181. Solo Análise granulométrica - 1984. ABNT NBR 7182. Solo Ensaio de compactação - 1986. ABNT NBR 7189. Cargas Móveis em Projeto Estrutural de Obras Ferroviárias - 1985. ABNT NBR 8036. Programação de sondagens de simples reconhecimento dos solos para fundações de edifícios - 1983. ABNT NBR 9061. Segurança de escavação a céu aberto - 1985. ABNT NBR 10837. Cálculo de Alvenaria Estrutural de Blocos Vazados de Concreto - 1989. ABNT NBR 11682. Estabilidade de Taludes - 1991. Associação Brasileira de Geologia de Engenharia Ambiental - 1999. Companhia do Metropolitano de São Paulo. NC 03 Normas Técnicas Complementares Cálculo das Obras do Método em Trincheira. São Paulo, 1980. Projet National Clouterre. Recommendations Clouterre. Presses de l Ecole Nationale des Ponts et Chaussées. Paris, 1991. 269 p. 11