Definição da Classe Média no Brasil. São Paulo, junho de 2012.

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Transcrição:

Definição da Classe Média no Brasil São Paulo, junho de 2012.

Evidência sobre o surgimento de uma Nova Classe Média

Porcentagem de pobres (%) Evolução da pobreza - Brasil: 1999-2009 50 48 46 44 42 40 38 39,0 38,7 38,3 39,4 37,0 36 34 34,2 32 30 15,5 29,7 28 26 28,1 25,3 24 22 23,9 20 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Fonte: Estimativas produzidas com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 1999 a 2009.

Coeficiente de Gini 0,640 Evolução da desigualdade na renda domiciliar per capita segundo o coeficiente de Gini: Brasil, 1981 a 2009 0,634 0,630 0,620 0,615 0,610 0,600 0,596 0,594 0,589 0,599 0,590 0,580 0,588 0,587 0,582 0,570 0,612 0,580 0,602 0,599 0,600 0,600 0,598 0,587 0,592 0,594 0,581 0,569 0,566 0,560 0,560 0,552 0,550 0,544 0,540 0,539 0,530 1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 Ano Fonte: Estimativas produzidas com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 1981 a 2009.

Taxa de crescimento (%) Taxa de crescimento médio da renda domiciliar per capita por decimos da distribuição nos últimos 8 anos: Brasil, 2001 a 2009 9 10% mais pobres 8 7 6 5 4 3 Média nacional 10% mais ricos 2 1 0 Primeiro Segundo Terceiro Quarto Quinto Sexto Sétimo Oitavo Nono Décimo Fonte: Estimativas produzidas com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2001 a 2009.

Taxa de crescimento do PIB per capita anual (1990-2005) Distribuição dos países no mundo segundo a taxa de crescimento anual do PIB per capita anual entre os anos de 1990 e 2005 15 13 11 9 7 5 China Taxa de crescimento dos 10% mais pobres no Brasil 2 nos últimos 8 anos 3 Alemanha 1-1 Taxa de crescimento dos 10% mais ricos no Brasil 2 nos últimos 8 anos -3 Haiti -5 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 Distribuição dos países 1 (%) Fonte: Estimativas produzidas com base no Human Development Report (2007-2008) PNUD. Notas: 1. Estão sendo considerados 171 países para os quais existem a informação. 2. Fonte: Estimativas produzidas com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2001 e 2009.

Porcentagem da população (%) Distribuição da população segundo a renda per capita: Brasil, 1999 e 2009 1,4 1,3 1,2 1,1 1999 Início da classe média (R$250) 1,0 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 2009 0,1 0,0 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500 Renda per capita (R$ por mês) Fonte: Estimativas produzidas com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 1999 e 2009.

Porcentagem da população (%) 1,4 1,3 1,2 Início da classe média (R$250) Evolução da distribuição de renda: Brasil: 1999 e 2009 1,1 1,0 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0,0 15,3% Redução na pobreza 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000 1050 1100 1150 1200 1250 1300 1350 1400 1450 1500 Renda per capita (R$ por mês) Fonte: Estimativas produzidas com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 1999 e 2009.

Taxa anual de crescimento (%) Taxa anual de crescimento por percentil da distribuição de renda per capita: Brasil, 1999-09 6,0 5,5 R$1.000 5,0 4,5 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 Média 1,5 1,0 0,5 0,0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Percentis 85º Fonte: Estimativas produzidas com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 1999 e 2009.

Taxa anual de crescimento (%) Taxa anual de crescimento por percentil da distribuição de renda per capita: Brasil, 1999-09 6,0 5,5 R$250 R$1000 Classe média (52%) 5,0 4,5 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 Média 1,5 1,0 0,5 0,0 34º 85º 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Percentis Fonte: Estimativas produzidas com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 1999 e 2009.

Porcentagem da população na classe média 60 Evolução da porcentagem da população que pertence a classe média 58 56 54 52 50 48 46 44 42 40 38 36 34 32 30 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

População na classe média (milhões) 100 Evolução da população que pertence a classe média 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

População na classe média (milhões) 100 Evolução da população que pertence a classe média 95 90 85 80 31 milhões de pessoas 75 70 65 60 55 50 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Missão da Comissão Busca de uma definição Empiricamente prática (possível de ser implantada com o tipo de informação tipicamente disponível), Fidedigna (baixos erros de inclusão e exclusão), Bases conceitual e metodologicamente sólidas e De fácil compreensão.

Principais Dilemas Classe versus grupo. Identificação versus categorização. Critério multidimensional versus unidimensional. Renda versus outros indicadores unidimensionais Por que e para que definir classe média. Definição relativa versus absoluta.

Orientações da Comissão de Avaliação Adequação do uso do termo classe média. Preferência por critério unidimensional. Boa aceitação e facilidade do uso da renda. Dada a escolha pela renda, precisamos definir os pontos de corte superior e inferior da classe média.

Renda per capita (R$/mês) 1500 Distribuição da renda domiciliar per capita 1400 1300 1200 1100 1000 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 Percentil (%)

Renda per capita (R$/mês) 1500 Distribuição da renda domiciliar per capita 1400 1300 1200 1100 1000 900 800 700 600 2 1 500 400 300 2 200 1 100 0 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 Percentil (%)

Porcentagem de da população (%) 51 50 49 48 Evolução do tamanho da classe média quando os limites utilizados são o valor real do 1 o e 3 o quartil da distribuição de 2009: Brasil, 2001-2009 48,0 48,0 50,0 50,0 47 46 45 46,0 44 44,0 43 43,0 42,0 42 42,0 41 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Ano Fonte: Estimativas produzidas com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 1999 a 2009.

Limites inferior e superior que definem a classe média Limite Polarização direta na renda Entorno da mediana (metade e dobro) 1 o e 3 o Quartis Inferior 310 219 231 Superior 1096 877 802 Razão entre os limites 3,5 4,0 3,5

Evolução dos limites relativos e do tamanho da classe média Limite relativo inferior Limite relativo superior Tamanho relativo da classe média Ano Polarização direta na renda Entorno da mediana (metade e dobro) 1 o e 3 o Quartis Polarização direta na renda Entorno da mediana (metade e dobro) 1 o e 3 o Quartis Polarização direta na renda Entorno da mediana (metade e dobro) 1 o e 3 o Quartis 2001 50 39 40 88 84 83 38 45 43 2002 50 38 40 89 84 82 39 46 42 2003 52 39 41 89 85 83 37 46 42 2004 49 36 39 89 84 83 40 48 44 2005 46 35 36 88 84 82 42 49 46 2006 42 29 31 87 81 79 45 52 48 2007 40 28 30 86 81 78 46 53 48 2008 37 25 27 85 79 77 48 54 50 2009 35 24 25 84 79 75 49 55 50

Orientações da Comissão de Avaliação Mesmo adotando a renda para definir classe média, podemos usar outro critério para definir os cortes. Escolha do critério em função do objetivo de formulação de políticas públicas.

Principais opções Há basicamente 3 maneiras de definirmos os pontos de corte na renda: 1. Como a renda é alocada (padrão de despesa das famílias); 2. Como a renda é composta (renda do trabalho, renda de transferências e outros rendimentos); 3. Expectativas sobre a renda futura (vulnerabilidade).

90 Composição da renda familiar por centésimos da distribuição 80 70 Renda do trabalho 60 50 40 Transferências 30 20 10 0 Rendimento de ativos 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Centésimos da distribuição

Escolha do Grupo Técnico Preferência do Grupo Técnico: vulnerabilidade. Vantagem: guarda relação com a possibilidade de visão prospectiva e capacidade de planejamento. O grau de vulnerabilidade é definido operacionalmente pela probabilidade de queda à condição de pobreza (renda per capita menor que R$140) em algum momento dos próximos 5 anos, dada a renda familiar per capita inicial.

Probabilidade de pobreza (%) 24 Grau de vulnerabilidade medido pela probabilidade de vir a ser pobre em algum momento ao longo dos próximos cinco anos 22 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 Distribuição da população (%)

Probabilidade de pobreza (%) 24 22 20 Grau de vulnerabilidade medido pela probabilidade de vir a ser pobre em algum momento ao longo dos próximos cinco anos 1200 1100 1000 18 16 14 12 10 8 1 2 4 5 900 800 700 600 500 400 Renda inicial do setor (R$/mês) 6 4 1 2 5 300 200 2 0 4 100 3 3 0 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 Distribuição da população (%)

Como escapar à arbitrariedade? Para cada ponto da distribuição de renda obtemos o grau de vulnerabilidade. O grau de vulnerabilidade é definido como o percentual de pessoas que vivem em locais cuja renda per capita caiu abaixo da linha de pobreza em algum momento dos 5 anos subsequentes. Com base no grau de vulnerabilidade, dividimos a população em três grupos, de forma a maximizar a homogeneidade dentro de cada grupo (polarização).

Probabilidade de pobreza (%) 24 Grau de vulnerabilidade medido pela probabilidade de vir a ser pobre em algum momento ao longo dos próximos cinco anos 1200 22 4 5 1100 20 1000 18 900 16 14 12 10 800 700 600 500 Renda inicial (R$/mês) 8 1 2 400 6 5 300 4 1 4 2 200 2 0 100 3 3 0 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 Distribuição da população (%)

100 90 Evolução da posição relativa da classe média na distribuição de renda R$1.019 80 70 60 50 40 R$291 30 20 10 0 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Classe média como porcentagem da população 50 Evolução do tamanho relativo da classe média 48 46 44 42 40 38 36 34 32 30 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Classse média como porcentagem da população 60 Evolução do tamanho relativo da classe média 58 56 54 52 50 48 46 44 42 40 38 36 34 32 30 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Alternativas consideradas pelo Grupo Técnico Definindo outras formas para vulnerabilidade: 1. A partir da probabilidade de que se esteja em condição de pobreza no próximo ano, dada a renda domiciliar per capita inicial; 2. A partir da probabilidade de ser estruturalmente pobre, dada a renda domiciliar per capita. A pobreza estrutural é definida pela renda per capita predita para o domicílio inferior a R$140. Os resultados obtidos foram bastante similares.

Limites inferior e superior que definem a classe média Limite Vulnerabilidade como chance de cair na pobreza em algum momento nos próximos cinco anos Vulnerabilidade como chance de cair na pobreza no próximo ano Vulnerabilidade estrutural Inferior 291 303 294 Superior 1019 1056 969 Razão entre os limites 3,5 3,5 3,3

Alternativas consideradas pelo Grupo Técnico Foram também consideradas definições baseadas no padrão de despesa das famílias. Relação entre parcela das despesas com bens essenciais e renda familiar per capita. Relação entre parcela das despesas com bens supérfluos e renda familiar per capita. Novamente se fez uso do método de polarização para definição dos pontos de corte inferior e superior da classe média. Os resultados obtidos foram bastante similares.

Limites inferior e superior que definem a classe média Limite Participação de bens essenciais na despesa Participação de bens supérfluos na despesa Inferior 288 303 Superior 1009 1056 Razão entre os limites 3,5 3,5

Limites inferior e superior que definem a classe média Limite Pesquisa de propósitos múltiplos PNAD Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF Inferior 291 458 Superior 1019 1661 Razão entre os limites 3,5 3,6

Subdivisões da Classe Média Uma vez definidos os pontos de corte inferior e superior da classe média, podemos fazer novas divisões dentro de cada classe (baixa, média e alta). Esta subdivisão é importante não apenas para fins de comparação com medidas correntes (como o Critério Brasil), mas sobretudo por facilitar o desenho de políticas direcionadas à classe média. Propusemos a divisão da classe baixa em 3 grupos: abaixo da linha de extrema pobreza (R$70), entre a linha de extrema pobreza e a linha de pobreza (entre R$70 e R$ 140), entre a linha de pobreza e o início da classe média.

Subdivisões da Classe Média Para a divisão da classe média, propusemos a realização de um novo exercício de polarização, obtendo 3 grupos: i) baixa classe média, ii) média classe média, e iii) alta classe média. Para a divisão da classe alta, propusemos a realização de um novo exercício de polarização, obtendo 2 grupos.

Evolução do limite relativo superior dos oito grupos de renda em que população foi dividida Grupos Limites superiores absolutos 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Extremamente pobre 81 11 10 11 9 8 7 6 5 5 Pobre mas não extremamente pobre 162 28 27 28 26 23 20 18 16 15 Vulnerável 291 49 48 50 47 45 40 38 35 34 Baixa classe média 441 65 64 66 65 62 57 55 52 50 Média classe média 641 76 76 78 76 75 72 70 68 67 Alta classe média 1019 87 87 88 87 86 85 84 83 82 Biaxa classe alta 2480 96 96 97 97 96 96 96 96 96 Alta classe alta... 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Evolução do tamanho relativo dos oito grupos de renda em que população foi dividida Grupos Limites superiores absolutos 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Extremamente pobre 81 11 10 11 9 8 7 6 5 5 Pobre mas não extremamente pobre 162 16 17 17 16 15 13 12 11 10 Vulnerável 291 21 21 21 21 22 20 20 19 19 Baixa classe média 441 16 16 16 18 17 17 16 17 17 Média classe média 641 11 12 11 12 13 15 16 16 17 Alta classe média 1019 11 10 10 11 11 13 14 14 15 Biaxa classe alta 2480 10 10 9 10 10 11 12 13 13 Alta classe alta... 4 4 3 3 4 4 4 4 4