O PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA: PRODUÇÃO CIENTÍFICA DE ENFERMAGEM

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Transcrição:

O PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA: PRODUÇÃO CIENTÍFICA DE ENFERMAGEM Lucas Barreto Pires Santos (1); Gessika Cristina de Andrade (2); Isabela Davani Teles de Lima (3); Maria Auxiliadora Pereira (4) Universidade Federal da Paraíba UFPB. lucasbarreto02@hotmail.com RESUMO: INTRODUÇÃO: a Insuficiência Renal Crônica (RC) é definida como a perda progressiva e irreversível da função renal (glomerular, tubular e endócrina) e em sua fase mais avançada, os rins não conseguem mais manter suas funções e nem manter a normalidade do meio interno do paciente, tornando-o vulnerável e com limitações físicas, sociais e psicológicas, sendo essencial a atuação da na avaliação contínua dos cuidados prestado a esse paciente. OBJETIVO: revisar a produção científica nacional contextualizando o paciente com insuficiência renal crônica. METODOLOGIA: trata-se de uma revisão de literatura sobre a pessoa com crônica, coletada na base de dados: LILACS, SCIELO, MEDLINE e BDENF. Foram analisados artigos disponíveis na íntegra e publicados em língua portuguesa, no período de 2010 a 2014. RESULTADOS: a partir da análise de oito artigos selecionados é perceptível que a produção científica nacional sobre o tema crônica é ainda pouco discutida pelos enfermeiros, especialmente no que diz respeito à sistematização da assistência de para refinar processos de melhoria dos cuidados prestados de acordo com as necessidades do paciente. CONCLUSÃO: conclui-se que o desenvolvimento de estudos sobre o paciente com insuficiência renal crônica, se faz necessário, principalmente em relação às ações de para melhor operacionalização da prática de. Palavras chave: paciente, crônica, assistência de. INTRODUÇÃO Os rins, órgãos pares de coloração marrom-avermelhada, estão localizados respectivamente, nos lados direito e esquerdo do corpo na região lombar acima da cintura, onde o rim direito ocupa posição inferior em relação ao esquerdo por conta do fígado e seu posicionamento. Por função de filtração sanguínea a irrigação renal chega pela artéria renal, que é oriunda da artéria aorta. Os rins tem como função a filtração do sangue, reabsorção de metabolitos e excreção de material proveniente do metabolismo do corpo (resíduos) e excesso de água principal componente da urina. Quando algumas dessas funções são comprometidas como, por exemplo, a eliminação de água, sais minerais, íons, resíduos metabólicos o excesso dessas

substâncias causam desequilíbrio no organismo (ROSO et al., 2013). O conhecimento dos profissionais sobre a abordagem ao paciente com é primordial na qualidade do serviço prestado, pois a rapidez e o silêncio com que progride a doença demandam uma assistência minuciosa, para assim garantir cuidados mais efetivo. A atuação do enfermeiro em paciente com crônica se caracteriza em avaliar através das complicações intradialíticas o seu nível de consciência do cliente. É de extrema importância que o enfermeiro tenha um bom abasamento teórico para que sua atuação seja direcionada e objetiva no paciente com IRC, para que através da conduta qualificada, as complicações possam ser diminuídas, trazendo conforto e melhor atendimento ao paciente. O processo de constitui uma ferramenta essencial que propicia ordem e direção no tratamento individual do paciente com crônica (IRC), através de uma conduta para resoluções dos problemas e como modelo ideal para o cuidado de. Para um processo de bem-sucedido envolve o estabelecimento mútuo de cada fase a fim de traçar objetivos e prioridades para solução do problema relativo aos fatores de risco e auxiliando a equipe de no desenvolvimento de plano de cuidado efetivo (SANTOS, ROCHA, 2013). A aplicação deliberada e sistemática do Processo de Enfermagem pode acrescentar qualidade ao cuidado, melhorar a visibilidade e o reconhecimento profissional e representar uma possibilidade concreta de avaliação da prática profissional. A sistematização da assistência de (SAE) para pacientes hospitalizados com Insuficiência renal crônica requer que a equipe de esteja diretamente envolvida na oferta do cuidado, para assim analisar e refinar processos de melhoria de acordo com as necessidades do paciente (MASCARENHAS et al., 2011). O enfermeiro e sua equipe devem priorizar condutas que melhor restabeleça o quadro clínico do paciente usando como ferramenta a sistematização da assistência de. O enfermeiro e sua equipe são os maiores provedores dos cuidados assistenciais especializados, tendo um papel indispensável para que a assistência seja precedida de maneira holística com identificação das necessidades e perspectivas em relação ao cuidado notando toda a complexidade e não apenas o teor técnico do tratamento. (SILVA et al., 2016)

Em pacientes com crônica, as ações consistem em controlar os sinais e sintomas com objetivo de preservar a função renal e tratar de imediato as complicações. Através de exames clínicos periódicos pode-se verificar a funcionalidade renal e a evolução da doença. O tratamento clínico, em grande parte, consiste de processos terapêuticos extensos, nos quais incluem tratamento medicamentoso e intervenções hídricas e nutricionais para o reparo e restauração da função renal (SMELTZER et al., 2012). Além disso, os profissionais devem desenvolver um plano de ação por meio da inspeção, obtenção de resultados dos registros analisados, mapeamento de cuidados e diretrizes a serem usadas no paciente. No entanto, uma avaliação não contínua sobre as condições clínicas do idoso com insuficiência renal crônica, pode trazer sérias complicações e demandar um tratamento cirúrgico (TAKEMOTO et al., 2011) A necessidade de aprofundar o conhecimento teórico e prático para executar os cuidados de ao paciente com crônica torna-se importante para que se possam definir intervenções com fins na restauração do estado de saúde e diminuir o tempo de hospitalização. Dessa forma, o estudo tem por objetivo revisar a produção científica nacional contextualizando a assistência de ao paciente com crônica. METODOLOGIA Trata-se de uma revisão de literatura, mediante pesquisa bibliográfica eletrônica, realizada nos meses de fevereiro e abril de 2016, em periódicos indexados na base de dados LILACS, SCIELO, MEDLINE e BDENF publicados em língua portuguesa, artigos disponíveis na íntegra e publicados no período de 2010 a 2014. Para localização dos artigos foram utilizados os descritores: crônica, doença renal crônica, cuidado de, assistência de. Com finalidade de delimitar o estudo, na seleção de artigos buscou-se aquisição daqueles com maior relevância na temática crônica com abordagem na área clínica e no modelo teórico da assistência de sendo excluídos os que não abordavam a crônica em adultos e idosos e com repetições nas bases dados. Foram encontrados 16 artigos dos quais 08 preenchiam os critérios estabelecidos. RESULTADO E DISCUSSÃO Muitos são os fatores fisiológicos que diminuem com o avanço da idade favorecendo ao desenvolvimento de outras

doenças que, muitas vezes, quando correlacionado com os problemas renais, torna-se progressiva e lenta as condições de estabilidade das funções orgânicas do paciente. Em relação ao paciente com crônica, a literatura levanta que são problemas decorrentes da diminuição do volume, quantidade e da capacidade do paciente em urinar. A literatura levantada mostrou que o desafio para os prestadores de cuidado consiste em reduzir os problemas de saúde e, ao mesmo tempo, manter a alta qualidade de cuidado ao paciente. A, por sua vez, tem um papel essencial na prestação do cuidado principalmente no desafio de prevenir possíveis agravos que comprometam a saúde da pessoa com IRC. O quadro a seguir apresenta o resultado da pesquisa sobre os artigos publicados ROSO et al, (2013) em estudo realizado com 15 sujeitos com idades variando de 19 e 85 anos, afirma que o enfermeiro, como membro da equipe de saúde, pode possibilitar o desenvolvimento de atividades de educação em saúde efetivas na promoção da saúde das pessoas com IRC em tratamento conservador ou em risco para desenvolvê-la. Quadro 1 Quadro-síntese dos artigos pesquisados na revisão de literatura no período 2010-2014 Autores/Ano Título Tipo de pesquisa Objetivos ROSO, C.C.; et al., 2013. CALDERAN, C.; et al., 2013 SANTOS, R. P.; ROCHA, D. L. B. 2013 Aspectos clínicos das pessoas com crônica em tratamento Conservador Práticas de autocuidado de pessoas com crônica submetidas à diálise peritoneal Ambulatorial contínua Sistematização da assistência de Enfermagem ao idoso, portador de Pesquisa descritiva Pesquisa abordagem qualitativa com Estudo de caso clínico Descrever os aspectos sociais e clínicos das pessoas com crônica em tratamento conservador em um ambulatório de uremia da região Sul do Brasil. Conhecer as práticas de autocuidado utilizadas por pessoas com crônica submetidos à diálise peritoneal ambulatorial contínua (CAPD). Relatar a experiência de um acadêmico de no processo de elaboração

Insuficiência crônica, Hospitalizado renal do plano de cuidados à saúde do idoso portador de IRC hospitalizado LINS, S.M.S.B.; et al. 2013. ROSO, C. C.; et al. 2013 FERNANDES, M. G. M.; et al. 2012 DALLÉ, J.; LUCENA, A. F. 2012 Subconjunto de conceitos diagnósticos da CIPE para Portadores de doença renal crônica O cuidado de si de pessoas em tratamento conservador da Insuficiência renal crônica Diagnósticos domínio atividade/repouso evidenciados idosos em Tratamento hemodialítico de do por Diagnósticos de identificados em pacientes Hospitalizados durante sessões de hemodiálise Estudo descritivo Pesquisa qualitativa Pesquisa descritiva com abordagem quantitativa Estudo de coorte retrospectivo Propor um subconjunto de diagnósticos de para pacientes renais crônicos, no estágio cinco da doença, elaborando-os segundo as orientações da CIPE. Validar o subconjunto de diagnósticos de Proposto. Descrever como pessoas com crônica, em tratamento conservador, cuidam de si. Identificar diagnósticos de do domínio atividade/repouso da NANDA Internacional evidenciados por idosos em tratamento hemodialítico e delimitar as características definidoras e os fatores de risco ou os relacionados aos diagnósticos de. Estabelecer os diagnósticos de (DEs) de acordo com a NANDA International em pacientes hospitalizados com insuficiência renal crônica (IRC), submetidos a hemodiálise, a partir de fatores de risco e sinais

e sintomas descritos em evoluções de MASCARENHAS, N.B.; et al. 2011 Sistematização da assistência de ao portador de Diabetes Mellitus e Insuficiência Renal Crônica Estudo de caso clínico Relatar a aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem na assistência a um paciente portador de Diabetes Mellitus e Insuficiência Renal Crônica Pacientes com insuficiência de eliminação urinária podem sofrer emocionalmente, sendo importante o papel da para entender as razões dos problemas e encontrar soluções para os problemas de eliminação urinária. Para CALDERAN et al. (2013) os achados encontrados em sua pesquisa reforçam a importância do enfermeiro na orientação continua ao paciente e à sua família para a realização e manutenção do seu autocuidado, evitando assim possíveis complicações e consequentemente promovendo uma melhor qualidade de vida e sobrevida. Santos e Rocha (2013), em seu estudo de caso clínico, referem que a deve elaborar um plano de cuidados que objetive organizar a assistência e direcionar as ações, além de possibilitar a avaliação da eficiência e eficácia das intervenções realizadas. A aplicação da SAE para o cuidado da paciente idosa portadora de IRC que se encontrava hospitalizada serviu como base para orientar e direcionar o cuidado. O processo de é uma ferramenta essencial que propicia ordem e direção no tratamento individual do paciente com crônica, através de uma conduta para resoluções dos problemas e com enunciados de diagnósticos, intervenções e resultados de. o paciente renal crônico, poderá se beneficiar de uma assistência integral, tendo suas necessidades atendidas de maneira mais ampla e estruturada (LINS, et al. 2013). Roso, et al. (2013), a partir do estudo realizado com pessoas com IRC cuidando de si, compreende que a convivência com a doença crônica engloba os efeitos sociais, culturais e as experiências das pessoas. O cuidado de si das pessoas com IRC em tratamento conservador é expresso por atitudes que vão da renúncia à aceitação da situação de cronicidade. A atuação do enfermeiro na educação em saúde dessas

pessoas é importante para estimular o cuidado de si e a adesão ao tratamento conservador. Para um processo de bem-sucedido deve-se envolver o estabelecimento mútuo de cada fase a fim de traçar objetivos e prioridades para solução dos problemas relativos aos fatores de riscos e auxiliando a equipe de no desenvolvimento de plano de cuidado efetivo. Fernandes, et al. (2012) em estudo sobre diagnóstico de em pessoas idosas afirmam que identificação de diagnósticos e a implementação de intervenções específicas podem auxiliar os enfermeiros no cuidado à população idosa em tratamento hemodialítico nos diferentes cenários de prática de atenção à saúde, promovendo, especialmente, melhora em sua qualidade de vida. Aplicado através da SAE, o processo de é essencial ao bom desenvolvimento dos cuidados sistematizado de ao paciente e, principalmente, na adoção da assistência de qualidade. Ressalta-se, também, que um julgamento das manifestações clínicas requer do enfermeiro experiência, conhecimento científico e habilidades cognitivas. Dallé e Lucena (2012), em estudo de corte retrospectivo, aborda o processo de através da evolução de para conduta ao paciente com crônica e identifica seis diagnósticos de frente às respostas do quadro clínico do paciente podendo subsidiar o planejamento das intervenções direcionadas as necessidades reais ou potenciais desses pacientes. Mascarenhas, et al. (2011) em estudo de caso clínico com portador de Diabetes Melitus (DM) e IRC ressaltam que a identificação dos problemas, formulação de diagnósticos de precisos, o planejamento adequado e avaliação diária das intervenções realizadas, foi essencial para a recuperação e reabilitação do sujeito do estudo. Para os autores a implementação da SAE exige da profissão uma integração efetiva com a equipe multidisciplinar, ao considerá-la um instrumento essencial ao bom desenvolvimento das ações do enfermeiro e, principalmente, na adoção de ações individualizadas e humanizadas.. CONCLUSÃO Os achados do estudo apontam limitações de produções científicas de sobre pacientes com Insuficiência Renal Crônica, principalmente quando se trata de artigos voltados para a sistematização da assistência de. Sabe-se que a IRC tem características fisiológicas próprias e específicas que demandam o julgamento clínico e terapêutico

de para restabelecer as condições de saúde do paciente, tornando essencial para um tratamento contínuo, acompanhando as alterações resultantes da prestação do cuidado e das respostas do estado de saúde do paciente. Desse modo, o desenvolvimento de estudos que abordem ações de no sentido de atingir metas para o restabelecimento das condições de saúde do paciente com IRC contribui para melhor operacionalizar a prática de. Enferm, Brasília. v. 64, n.1, p. 203-8, 2011 jan-fev. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/reben/v64n1/v64n1a 31.pdf > SILVA, C. M. S.; et al Insuficiência renal aguda: principais causas e a intervenção de em UTI Revista Recien, São Paulo. v. 6 n. 16 p. 48-56, 2016. Disponível em < www.recien.com.br/online/index.php/recien/ article/download/134/204> SMELTZER et al., Brunner e Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica, 12ª.ed. 2012 REFÊNCIAS ROSO, C. C.; et al O cuidado de si de pessoas em tratamento conservador da Crônica,Texto contexto, Florianopolis. v. 22, n. 3, p. 739-45, Jul/Set, 2013. Disponivel em :< http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_art text&pid=s0104-07072013000300021> SANTOS, R. P.; ROCHA, D. L. B. Sistematização da assistência de ao idoso, portador de crônica, hospitalizado. Revista Kairós Gerontologia, v.16, n.3, p.237-253, set 2013. Disponível em: < http://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/articl e/view/19747/14632> MASCARENHAS, N. B.; et al. Sistematização da assistência de ao portador de diabetes mellitus e crônica Rev Bras TAKEMOTO, A. Y.; et al. Avaliação da qualidade de vida em idosos submetidos ao tratamento hemodialítico. Rev Gaúcha Enferm. Porto Alegre (RS). v. 32, n.2, p. 256-62, 2011. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rgenf/v32n2/a07v32 n2.pdf> ROSO, C. C.; et al. Aspectos clínicos das pessoas com crônica em tratamento conservador. Rev Rene.; v.14, n.6, p.1201-8, 2013. Disponível em: < http://www.revistarene.ufc.br/revista/index.ph p/revista/article/view/1380> CALDERAN, C.; et al. Práticas de autocuidado de pessoas com insuficiência renal crônica submetidas à diálise peritoneal ambulatorial contínua. R. pesq.: cuid. fundam. online. v.5, n.1, p.3394-02 jan./mar. 2013. Disponível em: < http://bases.bireme.br/cgibin/wxislind.exe/iah/online/?isisscript=iah /iah.xis&src=google&base=bdenf&lang=p& nextaction=lnk&exprsearch=24228&indexs earch=id>

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