FARJ - DIRETORIA DE MARATONAS AQUÁTICAS CADERNO DE ENCARGOS PARA ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS FEDERAÇÃO AQUÁTICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Este documento tem como objetivo nortear a organização de eventos da modalidade de modo a suprir todas as exigências legais, além de garantir a infraestrutura mínima tanto de segurança como de instalações em terra, a fim de proporcionar as condições necessárias à boa condução dos eventos dentro dos parâmetros de segurança e técnicos necessários ao bom desenvolvimento do esporte. O esquema de segurança deve ser previamente apresentado à FARJ para aprovação e emissão de documento que passará a compor o nada a opor. Os recursos náuticos deverão obedecer ao alvará emitido pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro. Além disso, deverá atender às seguintes proporções: 1) 1 embarcação para cada 50 nadadores, uma dupla de Guarda-Vidas em cada embarcação com material próprio para reanimação cardiorrespiratória; 2) Um Guarda-Vidas com pranchão ou rescue- tube para cada 20 nadadores. 3) Um caiaque madrinha ou SUP para cada prova. 4) Um "barco arrastão para cada prova, que deverá estar posicionado próximo ao último pelotão ou grupo de nadadores com uma dupla de Guarda-Vidas e com material próprio para reanimação cardiorrespiratória; 5) Em caso de temperatura da água inferior à 22oC, mantas térmicas ou cobertores deverão estar disponíveis nas embarcações de segurança. 6) 1 barco reserva para cada 5 embarcações contratadas. Em provas com menos de 5 barcos, apenas 1 reserva. 7) Em provas com percurso fechado demarcado por bóias, o número de embarcações pode sofrer redução, de acordo com a tabela a seguir: 1 embarcação para cada trecho de 600m, com uma dupla de Guarda-Vidas e material próprio para reanimação cardiorrespiratória; 1 embarcação fundeada ou plataforma fixa em cada alteração de percurso, contendo um Juiz de Contorno; 1 Guarda-Vidas com pranchão a cada 200m; 1 Guarda-Vidas com pranchão em cada alteração de percurso. 8) 2 embarcações, 1 para cada Árbitro (1 Árbitro Chefe mais 1 Árbitro) por prova. 9) Em caso de substituição de Guarda-Vidas com pranchão por SUP ou Caiaques, estes deverão obrigatoriamente ser conduzidos por Guarda-Vidas ou pessoal treinado em Primeiros Socorros, socorro de afogados e manobras de PCR.
10) Em percursos ponto a ponto, recomenda-se 1 bóia de demarcação a cada 500m. Neste ponto deve-se manter 1 Guarda-Vidas com pranchão. 11) Via de regra não se deve deixar nenhum nadador descoberto ao longo do percurso. 12) Em provas com hidratação de atletas, deve-se manter uma plataforma flutuante ou embarcação com baixo calado e altura em relação ao nível do mar com capacidade suficiente para acomodar todos os técnicos dos nadadores, além do Juiz de alimentação e a tripulação necessária para operar a mesma. Ela deverá estar fundeada de modo a não obstruir o trajeto dos nadadores e nem se mover com a força do vento e da maré, mas ao mesmo tempo dentro do percurso para que os nadadores não tenham que sair do mesmo para se alimentar. 13) Pórtico de chegada dentro d'água. 14) Equipamento de filmagem no mínimo de 2 ângulos. 15) A área de embarque e desembarque deve estar claramente demarcada de modo a não interferir com a passagem de nadadores e banhistas. 16) Somente as embarcações autorizadas devem estar na área de competição. A estrutura médica em terra deverá observar o seguinte: 1) Uma UTI móvel deve estar estacionada de modo estratégico para garantir rapidez na remoção de vítimas. Nenhuma obstrução deve ocorrer a esta viatura. 2) A equipe de paramédicos deve estar posicionada junto à área de desembarque para garantir pronto atendimento e remoção. 3) Tenda médica ou local próprio aprovado pela equipe médica com maca e os equipamentos básicos necessários para o atendimento de emergências que não necessitem de remoção; 4) Um hospital de referência deve estar eleito pela direção médica do evento. Este hospital deve ser visitado com a devida antecedência e comunicado à sua direção sobre a natureza do evento e as principais ocorrências mais prováveis. 5) Uma rota de ambulância deve ser previamente estabelecida do local do evento ao hospital de referência. O tempo gasto no trajeto deve ser previamente verificado em dia e horário iguais ao do evento. Vários canais de comunicação devem ser estabelecidos de forma independente: 1) 1 para a equipe de arbitragem; 2) 1 para a equipe médica e de segurança; 3) 1 para a produção do evento.
A legislação local vigente deve ser observada e respeitada. Em geral são exigidos pelas autoridades os seguintes documentos: Alvará do Corpo de Bombeiros; Nada a opor da Capitania dos Portos; Alvará da Prefeitura local, geralmente fiscalização de posturas; Nada a opor das Policias Civil e Militar Nada a opor do Juizado de Menores; Permissão de uso do Serviço de Patrimônio da União. Comunicado à Companhia local de Tráfego; Comunicado à Prefeitura distrital; Autorização dos órgãos ambientais; Certificado de Balneabilidade. A estrutura mínima em terra deverá observar o seguinte: 1) 1 tenda para o receptivo dos nadadores e para a marcação, que poderá ser utilizada também na chegada dos nadadores; 2) 1 tenda para a arbitragem, com equipamentos para rever os vídeos de chegada; 3) 1 tenda para o sistema de informática, quando for utilizado; 4) Área de chegada de uso exclusivo da arbitragem; 5) Área de premiação com pódio, backdrop e mesa com premiação; 6) Sistema de som; 7) Local adequado para a hidratação dos nadadores ao término da prova, com mesa de frutas, água, cadeiras, etc. 8) Guarda-volumes 9) Lixeiras, preferencialmente para coleta seletiva; 10) Almoxarifado; Na inscrição os nadadores deverão apresentar os seguintes documentos: 1) Termo s de autorização de uso de imagem e de responsabilidade assinados pelo próprio. Em caso de nadadores menores de idade, seu responsável legal devera assinar. 2) Atestado médico semestral: para provas no 1º semestre de uma determinada temporada, a data do atestado deverá ser entre 1º de janeiro e 30 de junho; para eventos no segundo semestre, o atestado deverá ser emitido entre 1º de julho e 31 de dezembro. 3) Declaração do técnico, afirmando que seu atleta tem condições físicas, técnicas e psicológicas de participar da prova.
Para eventos com Chancela da FARJ, deverá se observar o seguinte: 1) A empresa promotora deverá estar filiada a FARJ, assim como todas as agremiações e equipes, bem como todos os atletas participantes deverão estar registrados. 2) Do valor cobrado de inscrição, 10% serão destinados à FARJ. 3) Quadro de arbitragem escalado pela FARJ. 4) O percurso deverá ser aferido por meio de GPS, por um árbitro designado pela FARJ. 5) Um barco disponível para o Delegado da FARJ, para a devida inspeção no percurso e acompanhamento da prova. 6) Seguro contra acidentes pessoais de todos os nadadores e árbitros envolvidos. 7) Todas as normas emanadas pela FARJ e decisões do seu Conselho Técnico de Maratonas Aquáticas deverão ser observadas e cumpridas. Para eventos sem a Chancela da FARJ deverá ser observado o seguinte: 1) Será cobrada uma taxa no valor de R$150,00 (Cento e Cinquenta Reais) pelo nada a opor. Um Delegado Técnico da FARJ será enviado ao evento para a devida fiscalização do cumprimento do Caderno de Encargos pré-estabelecido. 2) Do valor cobrado de inscrição, 15% serão destinados à FARJ. Os seguintes documentos devem ser encaminhados à FARJ: 1) Mapa detalhado do percurso para fins de licenciamento do evento. 2) Formulário de evento devidamente preenchido e assinado pelo responsável técnico do evento. 3) Documentação da entidade promotora e do seu responsável: Estatuto ou Contrato Social; Identidade, CPF e comprovante de residência, telefones e e-mail do responsável. Nome e CRM do responsável médico. Alvará da empresa. 4) Ao término do evento, um relatório deve ser enviado à FARJ. Este relatório deverá versar sobre as principais ocorrências, listagem nominal dos inscritos com sexo e faixa etária ou categoria, quantos nadadores foram inscritos, quantos efetivamente largaram, quantos completaram, quantos desistiram, quantos foram resgatados, quantos foram desclassificados e por quais motivos, resultados e demais informações que forem julgadas relevantes. Este procedimento se aplica obrigatoriamente aos eventos Chancelados, mas é recomendável que se faça, facilitando futuras emissões de nada a opor por parte a FARJ.
Este caderno de encargos será entregue a todos os promotores de eventos que buscarem nada a opor nesta Federação e passará a fazer parte do nada a opor. Um recibo deverá ser assinado pelo promotor, que neste ato irá declarar que está ciente, concorda e se compromete a cumprir as exigências da FARJ. O uso dos símbolos da FARJ, sua logomarca e bandeiras estarão liberados apenas para eventos com chancela. DIRETORIA DE MARATONAS AQUÁTICAS DA FARJ