PROPOSTA DE ACORDO DE PESSOA COLECTIVA PÚBLICA

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Transcrição:

Instituto de Segurança Social Pág. 1 PROPOSTA DE ACORDO DE PESSOA COLECTIVA PÚBLICA Para o Instituto de Segurança Social Federação dos Sindicatos Nacional dos Trabalhadores da Função Pública

Instituto de Segurança Social Pág. 2 INDICE CAPITULO I...7 ÁREA, ÂMBITO, VIGÊNCIA E CONCEITOS...7 Cláusula 1ª...7 Área e âmbito...7 Cláusula 2ª...7 Vigência...7 Cláusula 3ª...7 Denúncia e negociação...7 Cláusula 4ª...7 Uniformização de conceito...7 CAPITULO II...8 ADMISSÃO E PREENCHIMENTO DE VAGAS...8 Cláusula 5ª...8 Condições gerais de admissão e preenchimento de vagas...8 Cláusula 6ª...8 Contrato de Trabalho...8 Cláusula 7ª...9 Contratos a termo...9 Cláusula 8ª...9 Período experimental...9 Cláusula 9ª...10 Processo biográfico individual...10 CAPÍTULO III...11 CARREIRA E CLASSIFICAÇÃO PROFISSIONAL...11 Cláusula 10ª...11 Carreiras profissionais...11 Cláusula 11ª...11 Classificação Profissional...11 Cláusula 12ª...11 Quadros de pessoal...11 CAPÍTULO IV...13 DIREITOS, DEVERES E GARANTIAS DAS PARTES...13 Cláusula 13ª...13 Deveres da entidade empregadora...13 Cláusula 14ª...14 Deveres dos trabalhadores...14 Cláusula 15ª...15 Garantias do trabalhador...15 CAPITULO V...16 CAPITULO V...16 FORMAÇÃO PROFISSIONAL...16 Cláusula 16ª...16 Princípios gerais...16 Cláusula 17ª...16 Direito à Formação Profissional...16 Cláusula 18º...16 Formação nos contratos de trabalho com jovens...16 CAPÍTULO VI...18 SAÚDE, HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO...18 Cláusula 19ª...18 Saúde, higiene e segurança no trabalho...18 Organização de serviços de segurança, higiene e saúde no trabalho...18 Cláusula 20ª...19 Representantes dos Trabalhadores para a Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho...19 Cláusula 21ª...20 Comissão de Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho...20 Cláusula 22ª...20

Instituto de Segurança Social Pág. 3 Determinação nas pausas no trabalho...20 CAPITULO VII...21 ACTIVIDADE SINDICAL NO INTERIOR DOS SERVIÇOS...21 Cláusula 23ª...21 Actividade sindical nos serviços - disposições gerais...21 Cláusula 24ª...21 Reuniões...21 Cláusula 25ª...22 Direitos e garantias dos delegados sindicais...22 Cláusula 26ª...22 Instalação para as organizações sindicais...22 Cláusula 27ª...23 Comunicação de faltas para o exercício da actividade sindical...23 Cláusula 28ª...23 Número e comunicação da identificação dos delegados sindicais com direito a crédito de horas...23 Cláusula 29ª...23 Direito a informação e consulta dos delegados sindicais...23 Cláusula 30ª...24 Quotizações sindicais...24 CAPÍTULO VIII...25 PRESTAÇÃO DE TRABALHO...25 Cláusula 31ª...25 Organização temporal do trabalho - princípios gerais...25 Cláusula 32ª...25 Regime de horários fixos...25 Cláusula 33ª...26 Regime de trabalho por turnos...26 Cláusula 34ª...27 Regime de horários flexíveis...27 Cláusula 35ª...27 Trabalho a tempo parcial...27 Cláusula 36ª...28 Regime de isenção de horário de trabalho...28 Cláusula 37ª...28 Regime de disponibilidade...28 Cláusula 38ª...28 Trabalho suplementar...28 Cláusula 39ª...29 Trabalho nocturno...29 Cláusula 40ª...29 Trabalho em dias de descanso semanal e feriados...29 Cláusula 41ª...30 Reconversão profissional ou de funções...30 CAPÍTULO IX...31 LOCAL DE TRABALHO, TRANSFERENCIAS E DESLOCAÇÕES EM SERVIÇO...31 Cláusula 42ª...31 Local de trabalho...31 Cláusula 43ª...31 Transferência do local de trabalho...31 Cláusula 44ª...31 Direitos dos trabalhadores em caso de transferência...31 Cláusula 45ª...32 Deslocações em serviço...32 Cláusula 46ª...32 Direitos dos trabalhadores nas deslocações...32 Cláusula 47ª...32 Cobertura de riscos e situações especiais inerentes às deslocações...32 Cláusula 48ª...33 Utilização de viatura própria...33 CAPÍTULO X...34

Instituto de Segurança Social Pág. 4 RETRIBUIÇÃO DO TRABALHO...34 Cláusula 49ª...34 Definição de retribuição...34 Cláusula 50ª...34 Local e forma de pagamento...34 Cláusula 51ª...34 Determinação da remuneração horária...34 Cláusula 52ª...35 Remuneração do trabalho suplementar...35 Cláusula 53ª...35 Remuneração do trabalho em dia de descanso semanal ou feriado ou de descanso complementar...35 Cláusula 54ª...35 Subsídio de turno...35 Cláusula 55ª...36 Subsidio de Trabalho Nocturno...36 Cláusula 56ª...36 Subsídio de Disponibilidade...36 Cláusula 57ª...37 Subsídio de isenção de horário de trabalho...37 Cláusula 58ª...37 Subsídio de refeição...37 Cláusula 59ª...38 Diuturnidades...38 Cláusula 60ª...38 Subsídio de Natal...38 Cláusula 61ª...38 O direito a transportes e subsidio de transportes...38 Cláusula 62ª...38 Deslocações...38 Cláusula 63ª...39 Abono para falhas...39 CAPÍTULO XI...40 SUSPENSÃO DA PRESTAÇÃO DE TRABALHO...40 Cláusula 64ª...40 Feriados...40 Cláusula 65ª...40 Férias...40 Cláusula 66ª...41 Aquisição do direito a férias...41 Cláusula 67ª...42 Adiamento ou interrupção de férias por iniciativa da entidade empregadora...42 Cláusula 68ª...42 Modificação das férias por parte do trabalhador...42 Cláusula 69ª...42 Irrenunciabilidade do direito a férias...42 Cláusula 70ª...42 Não cumprimento da obrigação de conceder férias...42 Cláusula 71ª...43 Doença no período de férias...43 Cláusula 72ª...43 Cumulação de férias...43 Cláusula 73ª...43 Efeito nas férias da suspensão do contrato de trabalho por impedimento prolongado...43 Cláusula 74ª...44 Subsidio de férias...44 Cláusula 75ª...44 Efeitos da cessação do contrato de trabalho em relação às férias...44 Cláusula 76ª...44 Licença sem retribuição...44 Cláusula 77ª...44

Instituto de Segurança Social Pág. 5 Definição de falta...44 Cláusula 78ª...45 Faltas justificadas...45 Cláusula 79ª...46 Faltas por doença...46 Cláusula 80ª...46 Consequência das faltas justificadas...46 Cláusula 81ª...46 Consequências das faltas não justificadas...46 Cláusula 82ª...46 Suspensão da prestação de trabalho por impedimento prolongado...46 Cláusula 83ª...47 Efeitos das faltas no direito a férias...47 CAPÍTULO XII...48 CESSAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO...48 Cláusula 84ª...48 Cessação do acordo de revogação e prazos procedimentais...48 Cláusula 85ª...48 Indemnização por despedimento sem justa causa promovido pelo I.S.S., I.P. ou por rescisão com justa causa promovida pelo trabalhador...48 Cláusula 86ª...48 Compensação por caducidade de contrato a prazo...48 Cláusula 87ª...49 Compensação por cessação decorrente de motivo imputável ao I.S.S., I.P. ou por inadaptação...49 CAPÍTULO XIII...50 REGIME DISCIPLINAR...50 Cláusula 88ª...50 Infracção disciplinar...50 Cláusula 89ª...50 Exercício da acção disciplinar...50 Cláusula 90ª...50 Processo disciplinar...50 Cláusula 91ª...51 Sanções abusivas...51 CAPÍTULO XIV...52 CONDIÇÕES PARTICULARES (OU ESPECIAIS) DE TRABALHO...52 Cláusula 92ª...52 Licença de maternidade e paternidade...52 Cláusula 93ª...53 Faltas e licença por paternidade...53 Cláusula 94ª...53 Adopção...53 Cláusula 95ª...53 Licença especial para assistência a filho ou adoptado...53 Cláusula 96ª...54 Outros direitos da mãe para protecção da segurança e saúde...54 Cláusula 97ª...55 Faltas para assistência a menores e a portadores de deficiência ou doença crónica...55 Cláusula 98ª...55 Outros casos de assistência à família...55 Cláusula 99ª...56 Direitos especiais dos trabalhadores-estudantes...56 Cláusula 100ª...57 Trabalho de menores...57 Cláusula 101ª...58 Exercício de cargos em comissão de serviço...58 Cláusula 102ª...58 Cedência ocasional do trabalhador...58 CAPITULO XV...60 REGALIAS SOCIAIS...60

Instituto de Segurança Social Pág. 6 Cláusula 103ª...60 Complemento de subsídio de doença ou acidente e assistência médica e medicamentosa...60 Cláusula 104ª...60 Complemento em caso de incapacidade por acidente de trabalho ou doença profissional...60 Cláusula 105ª...60 Subsídio especial a trabalhadores com filhos deficientes...60 CAPÍTULO XVII...61 DISPOSIÇÕES FINAIS TRANSITÓRIAS...61 Cláusula 106ª...61 Comissão paritária...61 Cláusula 107ª...61 Princípio da maior favorabilidade...61 Cláusula 108ª...61 Manual de acolhimento...61 ANEXO I...62 ANEXO II...66

Instituto de Segurança Social Pág. 7 CAPITULO I ÁREA, ÂMBITO, VIGÊNCIA E CONCEITOS Cláusula 1ª Área e âmbito 1 - O presente Acordo de Pessoa Colectiva Pública (APCP) aplica-se em todo o território nacional e obriga, por uma parte, o Instituto de Segurança Social, Instituto Público (I.S.S., I.P.) e, por outra parte, os trabalhadores ao seu serviço, com contrato individual de trabalho, filiados nas associações sindicais representadas pela Federação Nacional dos Trabalhadores da Função Pública, qualquer que seja o local de prestação de trabalho 2 - O presente APCP abrangerá, cumpridos os formalismos legais necessários, todas as delegações e departamentos existentes ou que se venham a constituir do I.S.S., I.P.. Cláusula 2ª Vigência 1 O presente APCP entra em vigor no dia da sua publicação no Boletim de Trabalho e Emprego. 2 As tabelas salariais e demais cláusulas de expressão pecuniária terão uma vigência de doze meses. 3 O presente APCP, com excepção da matéria referida no ponto anterior, mantém-se em vigor até ser substituído por outro. Cláusula 3ª Denúncia e negociação 1 O APCP pode ser denunciado por qualquer uma das partes com a antecedência mínima de 3 meses relativamente ao termo do prazo de vigência ou de renovação. 2 A denúncia deve ser acompanhada de Proposta de revisão e remetida à outra parte através de carta registada com aviso de recepção. 3 A contraparte deverá enviar à parte denunciante uma contraproposta no prazo máximo de 30 dias a contar da data de recepção da proposta também através de carta registada; 4 As reuniões de negociação iniciar-se-ão no prazo máximo de 15 dias a contar da data de recepção da contraproposta. Cláusula 4ª Uniformização de conceito Sempre que na presente convenção, se refira as designações trabalhador ou trabalhadores as mesmas devem ter-se por aplicáveis aos dois sexos.

Instituto de Segurança Social Pág. 8 CAPITULO II ADMISSÃO E PREENCHIMENTO DE VAGAS Cláusula 5ª Condições gerais de admissão e preenchimento de vagas 1 O recrutamento e selecção de trabalhadores, seja qual for o contrato que depois venha a ser celebrado, far-se-á sempre com base nos seguintes procedimentos: a) Definição prévia e objectiva das exigências do posto de trabalho a preencher, nomeadamente em relação a competências técnicas, académicas, de experiência e físicas necessárias; b) Publicitação da oferta de trabalho, com conhecimento da mesma ao sindicato; c) Preferência pelo recrutamento interno, mesmo que seja necessária ministrar formação adequada; 2 Ao preenchimento de vagas feito prioritariamente por concurso interno poderão concorrer todos os trabalhadores, incluindo os contratados a tempo parcial e os contratados a termo certo ou incerto, e os prestadores de serviço, que reúnam as condições exigidas para o desempenho das funções. 3 Os avisos deverão ser afixados nos locais habituais com a antecedência nunca inferior a dez dias úteis em relação à data estabelecida para o termo da recepção das candidaturas. 4 Ficando deserto o concurso interno, ou se os candidatos não reunirem as condições exigidas, recorrer-se-á a recrutamento externo dando conhecimento prévio ao sindicato. 5 A apreciação das candidaturas bem como a aplicação dos métodos e critérios de selecção são efectuadas por uma comissão constituída por um trabalhador da área da actividade em que se inserir o posto de trabalho a preencher e um representante do dirigente máximo do serviço, podendo o sindicato indicar um observador. 6 Nos concursos externos de admissão no I.S.S., I.P., é sempre reservado um lugar para candidatos com deficiência, sendo fixada uma quota de 10% do total do número de lugares, com arredondamento para a unidade superior, sempre que o número de lugares a concurso seja igual ao superior a 10. 7 Para efeitos do disposto no número anterior, considera-se candidato com deficiência, o portador de incapacidade igual ou superior a 50%. Cláusula 6ª Contrato de Trabalho 1 O contrato individual de trabalho constará de documento escrito e assinado por ambas as partes, em duplicado, sendo um exemplar para a entidade empregadora e outro para o trabalhador, e conterá os seguintes elementos: a. Nome ou denominação e domicilio ou sede das partes; b. Categoria profissional; c. Horário de trabalho; d. Local de trabalho;

Instituto de Segurança Social Pág. 9 e. Tipo de contrato e respectivo prazo, quando aplicável; f. Remuneração e prestações acessórias; g. Condições particulares de trabalho, quando existam; h. Duração do período experimental, quando exista; i. Data de início do trabalho j. Justificação clara dos motivos do contrato quando for a termo. 2 Na falta ou insuficiência do documento referido no número anterior considera-se o contrato como contrato sem termo resolutivo. Cláusula 7ª Contratos a termo 1 O contrato a termo certo ou incerto só pode ser celebrado para a satisfação de necessidades temporárias do I.S.S., I.P., apenas pelo período estritamente necessário à satisfação dessas necessidades, e só nas seguintes situações: a) Substituição de trabalhador ausente ou que, por qualquer razão, se encontre temporariamente impedido de prestar serviço; b) Substituição de trabalhador em relação ao qual esteja pendente em juízo acção de apreciação de licitude do despedimento; c) Substituição do trabalhador em situação de licença sem retribuição; d) Substituição de trabalhador a tempo completo que passe a prestar tempo parcial; e) Execução de tarefa ocasional ou serviço determinado, precisamente definido e não duradouro; 2 A justificação do prazo tem necessariamente de ser feita pela indicação concreta dos factos que a integram, devendo da sua leitura poder estabelecer-se a relação entre a justificação invocada e o termo estipulado. 3 Salvo disposição legal imperativa em contrário, a falta ou insuficiência da justificação prevista no nº anterior determina a conversão do contrato a termo em contrato por tempo indeterminado ou, caso não exista quadro de pessoal respectivo, a conversão em contrato a termo incerto até à criação daquele quadro. 4 Sempre que pretenda admitir trabalhadores a termo o I.S.S., I.P. comunicará essa sua intenção, assim como os seus fundamentos, à associação sindical em que o trabalhador esteja filiado com uma antecedência mínima de 5 dias úteis em relação à data de celebração do contrato. 5- A cessação do contrato a termo terá também de ser comunicada à associação sindical respectiva assim como o respectivo fundamento. Cláusula 8ª Período experimental 1 Salvo se o contrário for expressamente previsto no contrato individual de trabalho, a admissão dos trabalhadores é sempre feita a título experimental, tendo este período a duração máxima constante nas alíneas seguintes: a) Contratos por tempo indeterminado: 60 dias para pessoal indiferenciado, especializado e qualificado 180 dias para licenciados, bacharéis ou equivalentes e quadros médios altamente qualificados; b) Contratados a termo 30 dias para contratos com duração superior a 6 meses

Instituto de Segurança Social Pág. 10 15 dias para contratos com duração inferior a 6 meses 2 Considera-se nula e de nenhum efeito qualquer cláusula do contrato individual de trabalho que estipule períodos experimentais mais longos que os previstos no número anterior. 3 Mediante estipulação expressa constante do contrato individual de trabalho, pode ser excluído o período experimental. 4 Durante o período experimental qualquer das partes pode fazer cessar unilateralmente o contrato, sem aviso prévio nem necessidade de evocação de motivo ou alegação de justa causa, não havendo direito a qualquer indemnização, salvo se o contrário tiver sido previsto no contrato individual de trabalho. 5 - Findo o período de experiência, a admissão faz-se nos termos do contrato celebrado, contando-se a antiguidade do trabalhador desde a data da admissão a título experimental. Cláusula 9ª Processo biográfico individual 1 A cada trabalhador corresponderá um processo biográfico individual de que constarão, pelo menos, os elementos relativos ao nome, datas de nascimento e admissão, modalidalidades dos contratos, carreira profissional, níveis de remuneração, outros abonos e incentivos recebidos, funções desempenhadas, datas de início e termo das férias, licenças, faltas que impliquem perda de retribuição ou diminuição dos dias de férias, sanções disciplinares e outros elementos relativos à biografia profissional. 2 O processo biográfico individual é organizado pelo I.S.S., I.P. e só pode ser consultado, extraídas cópias ou certidões pelo próprio trabalhador ou por outrem com mandato escrito daquele, mesmo após a cessação do contrato de trabalho sem prejuízo da competência própria das autoridades de inspecção e judiciárias; 3 O trabalhador tem o direito de extrair as fotocopias que entender do seu processo, sem necessidade de apresentar qualquer justificação;

Instituto de Segurança Social Pág. 11 CAPÍTULO III CARREIRA E CLASSIFICAÇÃO PROFISSIONAL Cláusula 10ª Carreiras profissionais 1 O I.S.S., I.P. deve desenvolver uma política de gestão dos seus recursos humanos que motive e proporcione a evolução profissional dos seus trabalhadores, através de formação e de acesso a funções mais qualificadas em ordem a assegurarem condições para desenvolvimento de carreiras profissionais abertas a todos os trabalhadores, nos limites das suas aptidões e capacidades. 2 Todo o trabalhador, seja qual for o contrato de trabalho celebrado, deverá encontrar-se classificado numa das categorias profissionais constantes do (Anexo I), de acordo com as funções efectivamente desempenhadas também constantes desse Anexo, assim como encontrar-se inserido num Nível/Categoria/Escalão da Tabela de Remunerações Base Mensais constantes do Anexo II. Cláusula 11ª Classificação Profissional 1 Quando o trabalhador desempenhar, com carácter de regularidade, tarefas que correspondam a diferentes categorias, será classificado na mais qualificada recebendo a correspondente remuneração. 2 O I.S.S., I.P. só pode baixar a categoria profissional do trabalhador por estrita necessidade deste, no caso de acidente ou doença, como forma de lhe possibilitar a manutenção do contrato de trabalho, com o seu acordo escrito e autorização da IGT e informação prévia aos sindicatos. 3 O I.S.S., I.P. não pode atribuir categorias e graus profissionais não previstas neste Acordo, sem prejuízo de recurso quando tal se tornar necessário, à comissão paritária, nos termos da cláusula 106ª, para criação de novas categorias. 4 Se o interesse do I.S.S., I.P. o justificar pode encarregar temporariamente o trabalhador de funções não compreendidas na categoria profissional para a qual foi contratado ou em que se encontra colocado, desde que tenha o seu acordo, seja por um tempo claramente definido, e desde também que tal não implique modificação substancial da posição do trabalhador ou desqualificação profissional. 5 Se às novas funções corresponder categoria mais elevada o trabalhador terá direito à correspondente remuneração e vantagens inerentes à actividade temporariamente desempenhada. 6 - As disposições constantes dos números anteriores não podem ser modificadas por contrato individual de trabalho sendo nulas as Cláusulas que disponham o contrário Cláusula 12ª Quadros de pessoal

Instituto de Segurança Social Pág. 12 O I.S.S., I.P. enviará aos Sindicatos, até 31 de Maio de cada ano, cópia dos quadros de pessoal, bem como a afixará em local visível e apropriado em todas as instalações fixas durante, pelo menos, 45 dias, na parte respeitante ao pessoal das respectivas instalações.

Instituto de Segurança Social Pág. 13 CAPÍTULO IV DIREITOS, DEVERES E GARANTIAS DAS PARTES Cláusula 13ª Deveres da entidade empregadora 1 O I.S.S., I.P. obriga-se a: a) Cumprir todas as obrigações decorrentes deste APCP e as disposições aplicáveis da legislação do trabalho; b) Instituir ou manter procedimentos correctos e justos em todos os assuntos que envolvam relações com os trabalhadores; c) Providenciar para que haja bom ambiente e instalar os trabalhadores em boas condições nos locais de trabalho, nomeadamente no que diz respeito à higiene, segurança do trabalho e prevenção de doenças profissionais; d) Não exigir do trabalhador a execução de actos ilícitos ou contrários a regras deontológicas da profissão, legalmente reconhecidas, ou que violem normas de segurança estabelecidas na lei ou neste Acordo; e) Facultar ao trabalhador a consulta do seu processo individual, permitindo ao trabalhador fotocopiar as peças solicitadas por ele; f) Passar certificados de que o trabalhador careça, contendo as referências por este expressamente solicitadas e que constem do seu processo individual; g) Promover e facilitar a formação profissional do trabalhador nos termos da lei e do presente Acordo, valorizar o aumento de qualificação profissional obtida em termos de progressão na carreira profissional; h) Reconhecer, nos termos da lei, o direito do trabalhador relativamente a inventos e trabalhos seus; i) Não exigir que o trabalhador execute tarefas que não correspondam às descritas para a sua categoria profissional, salvo nos casos previsto neste APCP; j) Segurar todos os trabalhadores, ainda que deslocados, contra acidentes de trabalho e também contra acidentes pessoais, ainda que ocorram durante as deslocações de ida e regresso do trabalho e durante os intervalos para as refeições; l) Prestar aos sindicatos todos os esclarecimentos que lhe sejam solicitados relativos às relações de trabalho; m) Não opor quaisquer obstáculos ao exercício das funções de dirigentes, delegados sindicais ou de representantes dos trabalhadores nem lhes dar tratamento menos favorável, nomeadamente não os prejudicando na sua carreira profissional; n) Não obstruir ao exercicio e direito de negociação colectiva, designadamente emitindo regulamentos que versem sobre matérias não relacionadas com organização interna dos serviços p) Pagar pontualmente a retribuição devida nos termos deste APCP; q) Assegurar a paridade entre homens e mulheres em cada nível de profissional, incluindo os cargos de direcção ou de chefia; r) Elaborar e manter actualizado um Manual de Acolhimento que deverá conter nomeadamente a estrutura do I.S.S., I.P. e as normas de organização e funcionamento; s) Enviar pontualmente as contribuições para a segurança social do trabalhador que se ausente para além do previsto no nº2 do artº 400 da Lei 35/2004 ou tenha o contrato suspenso nos termos previstos no artº 403 da

Instituto de Segurança Social Pág. 14 mesma lei, sendo depois reembolsada pelo sindicato das respectivas importâncias; t) Remeter até 31 de Maio de cada ano, aos Sindicatos outorgantes que o solicitem expressamente até 30 de Abril do ano seguinte, o Balanço Social; u) Adoptar, no que se refere à higiene e saúde no trabalho, as medidas que decorram da aplicação das prescrições legais e convencionais vigentes, nomeadamente não criando quaisquer obstáculos à eleição dos representantes dos trabalhadores para a SHST e ao exercício normal das suas funções; v) Criar e manter actualizado um quadro de pessoal contratado por tempo indeterminado suficiente para assegurar as actividades permanentes do I.S.S, I.P. 2 O I.S.S., I.P. deve prestar aos Sindicatos outorgantes as informações e esclarecimentos necessários ao cumprimento deste APCP. 3 O I.S.S., I.P. deve prestar igualmente aos trabalhadores os esclarecimentos por eles solicitados em relação a reclamações ou queixas que apresentem, decidindo, se for caso disso, sobre as questões suscitadas. A resposta deve ser prestada no prazo máximo de 30 dias. Cláusula 14ª Deveres dos trabalhadores São deveres dos trabalhadores: a) Cumprir todas as obrigações decorrentes deste APCP e as disposições aplicáveis da legislação do trabalho; b) Exercer com competência, zelo, pontualidade e assiduidade as funções que lhe estejam confiadas; c) Guardar sigilo sobre todos os assuntos de natureza confidencial ou cuja divulgação infrinja a deontologia profissional; d) Cumprir as ordens e directivas dos responsáveis no que diz respeito à execução e disciplina do trabalho, em tudo o que não se mostre contrário aos direitos e garantias dos trabalhadores; e) Respeitar e fazer-se respeitar por todos aqueles com que profissionalmente tenha de privar, prestando a melhor colaboração em matéria de serviço a todos os que dela necessitem; f) Cumprir e fazer cumprir as normas de saúde, higiene e segurança no trabalho; g) Zelar pelo bom estado e conservação dos bens que lhe forem confiados pela I.S.S., I.P.; h) Promover ou executar todos os actos tendentes à melhoria da qualidade dos serviços do I.S.S., I.P., desde que se encontrem convenientemente assegurados os meios apropriados para o efeito; i) Prestar às hierarquias, em matéria de serviço, os esclarecimentos que lhe sejam solicitados; j) Guardar lealdade ao I.S.S., I.P. não negociando por conta própria ou alheia em concorrência com ela, nem divulgando informações referentes à sua organização, métodos de produção ou negócio; l) Participar no diagnóstico das necessidades de formação e frequentar as acções de formação profissional constantes do Plano Anual de Formação do I.S.S., I.P.;

Instituto de Segurança Social Pág. 15 Cláusula 15ª Garantias do trabalhador 1- É proibido ao I.S.S., I.P.: a) Obstar ao normal exercício da actividade profissional, nomeadamente mantendo o trabalhador inactivo; b) Diminuir a retribuição do trabalhador salvo nos casos previstos neste APCP; c) Baixar a categoria do trabalhador salvo nos casos previstos neste APCP; d) Atribuir funções que impliquem desqualificação profissional; e) Transferir o trabalhador para outro local de trabalho salvo os casos previstos neste Acordo; f) Beneficiar ou prejudicar qualquer trabalhador, nomeadamente no que respeita ao recrutamento, promoção, ou progressão na carreira em razão da ascendência, sexo, estado civil, composição do agregado familiar, particularmente a existência de filhos menores, património genético, capacidade de trabalho reduzida, deficiência ou doença crónica, nacionalidade, origem étnica, religião, convicções politicas ou ideológicas conformes à Constituição da República e filiação sindical; g) Opor-se, por qualquer forma, a que o trabalhador exerça os seus direitos bem como despedi-lo ou aplicar-lhe sanções por causa desse exercício; h) Transferir o trabalhador para outro local de trabalho, salvo os casos previstos neste APCP; 2- No caso de violação da proibição contida na alínea a) do número anterior o I.S.S., I.P. constitui-se na obrigação de pagar ao trabalhador lesado uma indemnização de montante igual ao triplo da retribuição correspondente ao período de inactividade, para além da indemnização por danos não patrimoniais eventualmente existentes. 3- Sem prejuízo do disposto no número anterior, se a violação decorrer de conduta do directo superior hierárquico, o trabalhador afectado pode denunciar a situação directamente ao Conselho Directivo do I.S.S., I.P. que terá de agir em sede disciplinar ou criminal.

Instituto de Segurança Social Pág. 16 CAPITULO V FORMAÇÃO PROFISSIONAL Cláusula 16ª Princípios gerais 1 O I.S.S., I.P. deve fomentar a formação e o aperfeiçoamento profissional, não só com o objectivo de melhorar os níveis de qualidade do serviço e de assegurar o desenvolvimento das potencialidades e aptidões dos trabalhadores, mas ainda como condição necessária para o acesso destes a funções mais qualificadas no âmbito de carreiras profissionais bem definidas e adequadas à evolução das diferentes áreas de actividade do I.S.S., I.P. para permitir reconversões, quando necessárias, e adaptações às novas tecnologias. 2 - A frequência de cursos de formação ou de reciclagem autorizada pelo I.S.S., I.P., não pode prejudicar o trabalhador na sua retribuição e regalias, contando o tempo da formação para todos os efeitos como tempo de trabalho. 3 O I.S.S., I.P. obriga-se a passar um certificado de frequência e aproveitamento dos cursos de formação ou aperfeiçoamento profissional que ministrar. 4 - Sempre que os cursos sejam ministrados fora do local habitual de trabalho, ou ultrapassem os limites de duração normal dos períodos de trabalho, são estabelecidas, caso a caso, as condições de deslocação e de pagamento das horas que excedam aqueles limites. Na falta dessa definição, aplicar-se-ão as normas sobre deslocações em serviço e as horas são pagas como de trabalho suplementar se tratasse. Compete ao I.S.S., I.P.: Cláusula 17ª Direito à Formação Profissional a) Elaborar com base num diagnóstico feito com a participação dos trabalhadores um Plano de Formação Profissional anual, ou plurianual, para todos os trabalhadores e obter parecer sobre ele do sindicato; b) O Plano de Formação elaborado deverá garantir a cada trabalhador um período de formação mínima correspondente a 25 horas em 2005 e 35 horas de formação profissional a partir de 2006, aumentando, pelo menos, cinco horas por cada trabalhador em 2006. c) A formação prevista na alínea anterior deverá ser realizada pelo I.S.S., I.P. no ano civil a que diz respeito. d) No caso de não ser possível concretizar o disposto na alínea anterior, o trabalhador tem o direito de utilizar o crédito de horas correspondente para realizar formação numa entidade externa por ele seleccionada sendo os respectivos custos suportados pelo I.S.S., I.P.; e) Para além da formação garantida por lei e da constante do Plano de Formação Anual o I.S.S., I.P. poderá também apoiar a formação por iniciativa individual do trabalhador desde que ela corresponda a necessidades do cargo que ocupa ou venha a ocupar. Cláusula 18º Formação nos contratos de trabalho com jovens

Instituto de Segurança Social Pág. 17 1 O I.S.S., I.P. sempre que admita trabalhadores sem a escolaridade mínima obrigatória e sem qualificação profissional apresentará ao centro de emprego da região e ao Sindicato um plano de formação que possibilite ao trabalhador não só aumentar a sua qualificação profissional mas também obter pelo menos a escolaridade mínima obrigatória, contando o tempo de formação como tempo efectivo de serviço. 2 A execução do Plano de Formação terá de ser aprovado pela Delegação do IEFP que fará o seu acompanhamento, de forma articulada com o I.S.S., I.P..

Instituto de Segurança Social Pág. 18 CAPÍTULO VI SAÚDE, HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO Cláusula 19ª Saúde, higiene e segurança no trabalho Organização de serviços de segurança, higiene e saúde no trabalho 1 O I.S.S., I.P. deve organizar serviços de segurança, higiene e saúde, visando a prevenção de riscos profissionais e a promoção da saúde dos trabalhadores. 2 Através dos serviços mencionados no número anterior, devem ser tomadas as providências necessárias para prevenir os acidentes e doenças profissionais e promover a saúde dos trabalhadores, garantindo-se, entre outras legalmente consignadas, as seguintes actividades: a) Promoção e vigilância da saúde, bem como a organização e manutenção dos registos clínicos e outros elementos informativos relativos a cada trabalhador; b) Informação e formação sobre os riscos para a segurança e saúde, bem como sobre as medidas de protecção e de prevenção; c) Organização dos meios destinados à prevenção e protecção, colectiva e individual e coordenação das medidas a adoptar em caso de perigo grave e eminente; d) Afixação da sinalização de segurança nos locais de trabalho; e) Prevenção planificada num sistema coerente que tenha em conta a componente técnica, a organização do trabalho, as relações sociais e os factores materiais inerentes ao trabalho. 3 O Instituto deve fornecer ao trabalhador e aos seus representantes periodicamente, ou quando for solicitada, nomeadamente a seguinte informação actualizada sobre: a) Os riscos para a segurança e saúde, bem como as medidas de protecção e de prevenção e a forma como se aplicam, relativos quer a cada posto de trabalho, quer em geral em relação ao estabelecimento; b) As medidas e as instruções a adoptar em caso de perigo grave e iminente; c) O Plano de Prevenção elaborado pelo serviço de SHST que, por lei, o I.S.S., I.P. é obrigada a ter. d) As medidas de primeiros socorros, de combate a incêndios e de evacuação a serem executadas pelos trabalhadores ou serviços encarregados de as pôr em prática. 4 O Instituto concederá anualmente aos trabalhadores 10 horas para a formação em SHST que contará, para todos os efeitos, como tempo efectivo de trabalho. 5 O Instituo informará obrigatoriamente os seus trabalhadores de todos os riscos inerentes ao seu posto de trabalho, assim como medidas que deverá tomar para evitar esses riscos, nomeadamente nas seguintes situações: a) Admissão do trabalhador; b) Mudança de posto de trabalho ou de funções; c) Introdução de novos equipamentos de trabalho ou alteração dos existentes; d) Adopção de uma nova tecnologia; e) Actividades que envolvam trabalhadores de diversas empresas. 6 Para além da informação referida anteriormente deverá ser fornecida aos trabalhadores e seus representantes toda a informação prevista na lei.

Instituto de Segurança Social Pág. 19 Cláusula 20ª Representantes dos Trabalhadores para a Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho 1 Compete ao sindicato ou a 100 ou a 20% dos trabalhadores promoverem a eleição dos representantes dos trabalhadores para a SHST. 2 O número mínimo de representantes a eleger será estabelecido de acordo com o constante das alíneas seguintes, salvo se outro regime mais favorável for acordado com os sindicatos atendendo às condições específicas do estabelecido: a) Em estabelecimentos com menos de 60 trabalhadores um representante b) Em estabelecimentos de 60 a 150 trabalhadores dois representantes c) Em estabelecimentos de 150 a 300 trabalhadores três representantes d) Em estabelecimentos de 300 a 500 trabalhadores quatro representantes e) Em estabelecimentos de 500 a 1000 trabalhadores cinco representantes f) Em estabelecimentos de 1000 a 1500 trabalhadores seis representantes g) Em estabelecimentos com mais de 1500 trabalhadores sete representantes 3 O resultado apurado nos termos do número anterior será sempre arredondado para a unidade imediatamente superior. 4 - Para o exercício das suas funções os representantes terão direito, cada um, a um crédito mensal de 25 horas com direito à retribuição, sendo consideradas faltas justificadas as dadas para além daquele limite desde que no exercício daquela função. 5 Os representantes dos trabalhadores (efectivos e suplentes) terão direito a um crédito de horas para formação, sem perda de retribuição, de 48 horas no ano da eleição e de 10 horas em cada um dos anos seguintes. 6 O I.S.S., I.P. responderá no prazo máximo de 15 dias a todas propostas e pedidos de informação fundamentando por escrito a decisão tomada. 7 Mensalmente os representantes dos trabalhadores reunir-se-ão com o Administrador do I.S.S., I.P., não podendo ser delegada tal competência, para tratar assuntos relacionados com a SHST. 8 Semestralmente os representantes dos trabalhadores pronunciar-se-ão sobre um relatório a elaborar pelo serviço da HST relativo aos acidentes de trabalho verificados e às queixas dos trabalhadores relativas a doenças profissionais. 9. Os representantes dos trabalhadores para SHST terão também direito: a) A toda a informação elaborada pelos serviços de SHST necessários ao desempenho das suas funções; b) A apresentar propostas visando a melhoria das condições de trabalho e a prevenção de acidentes de trabalho e de doenças profissionais; c) A pronunciar-se sobre todas as medidas na área da SHST, o que pressupõe que prévia e atempadamente sejam consultados sobre as mesmas e fornecida a respectiva informação, e concedido um prazo mínimo de 20 dias para o efeito. d) No caso de diferendo com o I.S.S., I.P. a solicitarem a intervenção da IGT ou da Delegação do Ministério da Saúde.

Instituto de Segurança Social Pág. 20 e) A exercer livremente todos os outros direitos constantes do Código de Trabalho, da Lei de Regulamentação e de demais legislação. 10 Uma vez por mês, pelo menos, o Conselho Directivo do Instituto reunir-se-á com representantes dos trabalhadores para SHST para tratar de assuntos relacionados com segurança, saúde e higiene no trabalho. Cláusula 21ª Comissão de Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho 1 Será criada uma comissão de SHST constituída por igual número de representantes do I.S.S., I.P., e dos trabalhadores, estes últimos escolhidos de entre os representantes referidos na cláusula anterior. 2 - A Comissão terá como função principal fazer o acompanhamento do trabalho realizado pelos serviços de SHST do I.S.S., I.P.. 3 - Em nenhum caso pode a comissão invadir a esfera de competência própria dos representantes dos trabalhadores definidas na cláusula anterior e na lei. Cláusula 22ª Determinação nas pausas no trabalho 1 - É criada uma Comissão que definirá, num prazo máximo de 6 meses a contar da data de publicação deste Acordo, pausas no trabalho com o objectivo de prevenir o aparecimento de doenças profissionais nos trabalhadores. No estabelecimento das pausas, essa comissão terá em conta o seguinte: a) Bases para a realização do trabalho: a.1- Tipo de esforço a.2- Intensidade do esforço; a.3 Duração do esforço; a.4- Condições do trabalho em que o esforço é realizado; b) Objectivos a alcançar: b.1 Possibilitar ao trabalhador recuperar da fadiga provocada pelo esforço, salvaguardar a sua saúde física e mental; b.2 Manter o nível de produtividade do trabalho previsto e, desta forma contribuir para a rentabilidade da organização. c) Tipos de pausas a definir: c.1- Pausas livremente escolhidas pelo trabalhador; c.2 Pausas organizadas : 2 Sem prejuízo da definição a elaborar pela a Comissão prevista no número anterior, os trabalhadores que trabalhem ininterruptamente em equipamentos com visor ou com rato devem suspender o trabalho por pausas de 10 minutos no fim de cada período de 2 horas de trabalho consecutivas, as quais serão consideradas, para todos os efeitos, como tempo de trabalho efectivo.

Instituto de Segurança Social Pág. 21 CAPITULO VII ACTIVIDADE SINDICAL NO INTERIOR DOS SERVIÇOS Cláusula 23ª Actividade sindical nos serviços - disposições gerais 1 - Os trabalhadores e os sindicatos têm direito a desenvolver actividade sindical no interior dos serviços, nomeadamente através membros da direcção, de delegados sindicais, de comissões sindicais e intersindicais, nos termos da lei e deste APCP. 2 - É vedada ao I.S.S., I.P. qualquer interferência na actividade sindical dos trabalhadores ao seu serviço, nomeadamente procurando limitá-la através de qualquer tipo de discriminação baseada no facto de estar inscrito num sindicato ou de desenvolver actividade sindical, nomeadamente dentro do estabelecimento.. 3 - Os trabalhadores que sejam membros dos corpos gerentes das associações sindicais signatárias deste acordo dispõem de um crédito de quatro dias remunerados por mês para o exercício das suas funções, que podem utilizar em períodos de meio-dia, transferindo livremente para outros membros os créditos não utilizados 4 - Para efeitos do disposto no número anterior constituem os corpos gerentes das associações representadas pela Federação signatária os definidos nos respectivos estatutos. 5 - Os delegados sindicais, membros das comissões sindicais e intersindicais dispõem, para o exercício das suas funções, de um crédito de doze horas remuneradas por mês que conta, para todos os efeitos legais, como serviço efectivo, podendo transferir livremente para outros membros os créditos não utilizados. 6 Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, as faltas dadas por membros dos corpos gerentes definidos no nº4 desta cláusula, assim como dos delegados sindicais, e de membros das comissões sindicais e intersindicais de qualquer um dos serviços para o exercício das suas funções consideram-se justificadas e contam, para todos os efeitos legais como serviço efectivo, salvo quanto à remuneração. 7 - As faltas dados nos termos do número anterior não prejudicam a aquisição do do direito ao aumento da duração do período de férias previsto no nº 3 do artº 213 do Código do Trabalho, 8 - É autorizado a distribuição em qualquer local do I.S.S., I.P. de comunicados e de quaisquer outros documentos subscritos por associações sindicais ou pelos delegados sindicais ou comissão sindical ou comissão intersindical, bem como a respectiva afixação em lugares apropriados situados no interior dos serviços devidamente assinalados, que serão disponibilizados pelo dirigente máximo de cada serviço. Cláusula 24ª Reuniões 1 Os trabalhadores gozam do direito de reunião nos locais de trabalho, fora das horas de serviço, por convocação dos corpos gerentes das associações sindicais representadas pela

Instituto de Segurança Social Pág. 22 Federação signatária, cujos representantes poderão estar presentes, ou dos delegados sindicais, ou membros das comissões sindicais ou intersindicais 2 Os trabalhadores têm direito a reunir-se durante o horário normal de trabalho até ao limite máximo de quinze horas por ano, que contará, para todos os efeitos, como tempo de serviço efectivo, sem prejuízo da normalidade dos serviços de carácter urgente. 3 As reuniões referidas no número anterior podem ser convocadas pela comissão sindical ou intersindical. 4 A convocatória para as reuniões poderá definir os trabalhadores abrangidos apenas relativamente a estes se computando o tempo para efeitos do disposto no nº 2 desta cláusula. 5 A entidade promotora da reunião, nos termos dos números anteriores comunicará, com a antecedência mínima de 48 horas, ao Conselho Directivo ou responsável pelo serviço, cabendo a este num prazo máximo de 6 horas disponibilizar o local apropriado e de fácil acesso. 6 - Os membros dos corpos gerentes das organizações sindicais ou outros representantes, desde que devidamente credenciados pelo sindicato respectivo, podem participar nas reuniões, mediante comunicação ao Conselho Directivo ou responsável pelo serviço, com a antecedência mínima de seis horas. Cláusula 25ª Direitos e garantias dos delegados sindicais 1 Os delegados sindicais têm o direito de exercer, no âmbito das suas atribuições, actividade sindical no interior de cada serviço, sem prejuízo do seu normal funcionamento, designadamente distribuindo documentos e comunicando com os trabalhadores. 2 Os delegados sindicais têm o direito de afixar em cada serviço textos, convocatórias, comunicações ou outras informações, bem como proceder à sua distribuição nos locais de trabalho. 3 - Os locais de afixação serão disponibilizados pelo Conselho de Directivo ou responsável pelo serviço, ouvidos os delegados sindicais adstritos ao respectivo estabelecimento. 4 - Os dirigentes e os delegados sindicais não podem ser transferidos de local de trabalho sem o seu acordo. Cláusula 26ª Instalação para as organizações sindicais O Instituto obriga-se a pôr à disposição dos delegados sindicais, um local situado no seu interior ou na sua proximidade, que seja apropriado para o exercício das suas funções, de acordo com o disposto na lei.

Instituto de Segurança Social Pág. 23 Cláusula 27ª Comunicação de faltas para o exercício da actividade sindical As entidades referidas no nº 4 da Cláusula 23ª deverão comunicar, com o mínimo de um dia de antecedência, as datas e o número de dias de que necessitam os respectivos membros para o exercício das suas funções, ou, em caso de impossibilidade, nos dois dias úteis imediatos ao primeiro dia em que faltarem. Cláusula 28ª Número e comunicação da identificação dos delegados sindicais com direito a crédito de horas 1 - O número de delegados sindicais por associação sindical a quem é atribuído o crédito de horas previsto na lei, é determinado da forma seguinte: a) Estabelecimento com menos de 50 trabalhadores sindicalizados - 1; b) Estabelecimento com 50 a 99 trabalhadores sindicalizados - 2; c) Estabelecimento com 100 a 199 trabalhadores sindicalizados - 3; d) Estabelecimento com 200 a 499 trabalhadores sindicalizados - 6; e) Estabelecimento com 500 ou mais trabalhadores sindicalizados: seis, acrescentando um por cada 200 trabalhadores sindicalizados ou fracção acima de 500. 2 - O resultado apurado nos termos do número anterior será sempre arredondado para a unidade imediatamente superior. 3 - A Federação, ou sindicatos nela filiados, comunicarão ao Conselho Directivo a identificação dos delegados sindicais, bem como daqueles que fazem parte de comissões sindicais e intersindicais de delegados por meio de carta registada com aviso de recepção, de que será afixada cópia nos locais reservados às informações sindicais. Cláusula 29ª Direito a informação e consulta dos delegados sindicais 1 Os delegados sindicais, os membros das comissões sindicais ou intersindical têm direito a informação e consulta relativamente às matérias próprias das suas atribuições, nomeadamente: a) A informação sobre a evolução recente e evolução provável das actividades do I.S.S., I.P., designadamente relatórios de natureza económica e financeira, orçamentos e planos previsionais, incluindo o orçamentos de investimentos e demais instrumentos de gestão; b) A informação e consulta sobre a situação, estrutura e evolução do emprego e condições de desempenho, nomeadamente sobre os critérios de escolha das modalidades de contratação escolhidas e a sua aplicação a casos concretos. c) A informação e consulta atempada sobre as decisões susceptíveis de produzir mudanças na organização do trabalho ou dos contratos de trabalho, nomeadamente ritmos de trabalho, condições de prestação do trabalho, mudança de local, horário de trabalho, turnos, e promoções.

Instituto de Segurança Social Pág. 24 2 As informações referidas no número anterior são prestadas ao delegado sindical por escrito no prazo máximo de 10 dias a contar da data da sua solicitação ou, em caso de inexistência desta, a contar da produção da informação nos casos previstos nas alíneas a) e b) e no caso previsto na alínea c) com a antecedência mínima de 15 dias úteis sobre a adopção das medidas aí referidas. 3 - Os delegados sindicais têm o direito de transmitir a informação obtida às direcções dos respectivos sindicatos Cláusula 30ª Quotizações sindicais 1- O I.S.S., I.P. obriga-se a deduzir nos salários e a enviar ao Sindicato respectivo, até ao dia 15 do mês seguinte àquele a que digam respeito, as quotizações dos trabalhadores nele sindicalizados, se estes tiverem individualmente declarado, por escrito, autorizar esta dedução ou tiverem solicitado expressamente tal dedução e envio. 2 As despesas inerentes ao cumprimento da obrigação prevista no número anterior serão suportadas pelo I.S.S., I.P..

Instituto de Segurança Social Pág. 25 CAPÍTULO VIII PRESTAÇÃO DE TRABALHO Cláusula 31ª Organização temporal do trabalho - princípios gerais 1 O período normal de trabalho é de 7 horas diárias e de 35 horas semanais, distribuído por cinco dias, de segunda a sexta-feira, com ressalva de períodos de menor duração e do regime de turnos. 2 As alterações na organização temporal do trabalho apenas poderão resultar de negociação com a associação sindical signatária do presente acordo, sendo nula a definição do período normal de trabalho em termos médios efectuada por acordo entre o I.S.S., I.P., e os trabalhadores filiados nas associações sindicais representadas pela Federação signatária. 3 - São previstos os seguintes regimes de organização temporal de trabalho: a) Horário fixo; b) Horário por turnos; c) Horário flexível; d) Isenção de horário de trabalho; e) Jornada contínua. 4- Não poderá ser unilateralmente alterado pela pessoa I.S.S., I.P. o horário praticado pelo trabalhador. Cláusula 32ª Regime de horários fixos 1 - No horário fixo a duração diária de trabalho é repartida por dois períodos de trabalho separados por um intervalo de descanso com duração mínima de uma hora e máxima de duas horas, não podendo as horas de início e termo de cada período ser unilateralmente alteradas. 2- Pode haver diferentes modalidades de horário fixo com desfasamento das horas de inicio e de termo dos períodos de trabalho mas sem possibilidade de alteração dentro de cada modalidade. 3- Em qualquer caso, o período de trabalho seguido não pode ser superior a cinco horas. 4- São permitidas modalidades de horário fixo com jornada contínua, sendo a duração diária constante de um único período de trabalho consecutivo sem prejuízo de uma interrupção para refeição não superior a 30 minutos que será considerada para todos os efeitos como tempo de trabalho. 5- Na modalidade de jornada continua o período normal de trabalho diário é reduzido de uma hora.

Instituto de Segurança Social Pág. 26 Cláusula 33ª Regime de trabalho por turnos 1 Trabalho por turnos é aquele em que há lugar à prestação de um trabalho em pelo menos dois períodos diários e sucessivos, de acordo com as necessidades do serviço. 2 - Sempre que o período normal de laboração ultrapasse os limites máximos dos períodos diários de trabalho, deverão ser organizados horários de trabalho por turnos. 3 - Poderão ser organizados os seguintes esquemas de turnos: a) Quatro turnos com folgas variáveis (laboração contínua) de 6 horas; b) Três turnos com folgas variáveis (laboração contínua); c) Três turnos com uma folga fixa e outra variável; d) Três turnos com duas folgas fixas; e) Dois turnos com duas folgas variáveis; f) Dois turnos com uma folga fixa e outra variável; g) Dois turnos com duas folgas fixas. 4 Só poderá ser afecto a trabalho por turnos o trabalhador que tiver dado o seu acordo prévio. 5- O I.S.S., I.P. obriga-se a afixar anualmente até 10 de Dezembro de cada ano as escalas de turno para vigorar no ano seguinte. 6 - O intervalo para refeição terá uma duração mínima de trinta minutos, sendo considerado para todos os efeitos como tempo de trabalho efectivo. 7 - Os intervalos para refeições devem em qualquer dos casos recair dentro dos períodos a seguir indicados: a) Almoço - entre as 12 e as 14.30 horas; b) Jantar - entre as 18 e as 21.30 horas (não podendo o respectivo intervalo ultrapassar esse limite máximo); c) Ceia - entre as 2 e as 4 horas. 8 - Salvo o disposto no número seguinte, no período de tempo estabelecido para as refeições os trabalhadores podem abandonar os seus locais de trabalho. 9 - Quando as refeições não puderem comprovadamente ser tomadas no período fixo prédeterminado ou dentro dos limites e condições previstas nas alíneas anteriores, o trabalho prestado no tempo de refeição é considerado como trabalho suplementar. 10 - Aos trabalhadores que não possam abandonar as instalações para tomarem as refeições o I.S.S., I.P. obriga-se a facultar um local adequado para esse efeito. 11 - Nenhum trabalhador poderá ser mudado do turno para que está escalado senão após um período de descanso nunca inferior a 24 horas. 12 - São permitidas trocas de turnos entre trabalhadores que desempenhem as mesmas funções, desde que sejam acordadas entre eles e previamente aceites pelo I.S.S., I.P. e não originem a violação de normas legais imperativas. Serão recusados os pedidos de trocas de turnos que impliquem a prestação de trabalho no segundo dia de descanso semanal