Aluísio Coutinho Guedes Pinto Gabriela Steffens Sperb Luiz Gustavo de Souza Parente Guedes Pinto ADVOGADOS E CONSULTORES Rua Lacerda Coutinho, 99, Centro CEP 88.015-030 - Florianópolis/SC Roberta Volpato Hanoff Tel./FAX (48) 3224-1762 Mariana Linhares Waterkemper Tatiana de Lacerda Franco Bulhon Fernanda Bunese Dalsenter Alexandre Ayvazian de Alcântara Eduardo Fernando Rebonatto Thaís de Souza Pasin Bruno Condini Renata Wieczoreck Oliveira Rua Lourenço Pinto, 196, Cj. 502, Centro CEP 80.010-160 Curitiba/PR Pedro Henrique Kuerten Goulart Tel./FAX (41) 3044.4353 Luis Felype Silva de Souza Ariane Thives Gustavo Gomes Soares Cristiano Kalkmann Magno da Silva Cadona Florianópolis, 13 de fevereiro de 2014. e-mail: advocacia@guedespinto.adv.br Ref.: Adicional de assiduidade Operador de Sistemas em centrais de monitoramento de alarme SINDESP/SC Considerando que algumas empresas têm questionado junto a este sindicato a respeito da incorporação do adicional de assiduidade para os Operadores de Sistemas em centrais de monitoramento de alarme, vimos por meio deste encaminhar o presente parecer.
No que se refere ao adicional de assiduidade, ficou estabelecido na cláusula décima da CCT 2014/2015, firmada entre a categoria econômica e a profissional: CLÁUSULA DÉCIMA - ADICIONAL DE ASSIDUIDADE Fica suprimido o adicional de assiduidade para todos os trabalhadores da categoria, devendo ser atendidas as regras abaixo: A) Para os empregados que recebem adicional de periculosidade, fica revertido em salário 50% (cinquenta por cento) do adicional de assiduidade no percentual de 3% (três por cento), a partir de 01 de fevereiro de 2014, ficando garantida a conversão dos 50% (cinquenta por cento) restantes, no percentual de 3% (três por cento) a partir da vigência da CCT 2015/2016, conforme previsto na clausula décima da CCT 2013/2014. B) Para os empregados que não recebem adicional de periculosidade, fica revertido em salário o total do adicional de assiduidade, no percentual de 6% (seis por cento) a partir de 01 de fevereiro de 2014. (Destacou-se) CCT 2014/2015: Já com relação ao adicional de periculosidade, assim estabelece a CLÁUSULA NONA - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE As empresas pagarão aos vigilantes, seguranças, atendentes de alarme, fiscais de vigilância e supervisores de segurança, vigilantes orgânicos, assim definidos pela Legislação pertinente, mensalmente, a partir de 1º/02/2014, adicional de
periculosidade no percentual de 30% (trinta por cento), nos termos da Lei nº 12.740/2012. Parágrafo Primeiro: Fica estabelecido que o adicional de periculosidade será pago em substituição do adicional de risco de vida previsto nas CCTs anteriores, conforme autorização de compensação prevista na Lei nº 12.740/2012. (Destacou-se) Neste sentido, observa-se que a cláusula nona remete à Lei nº 12.740/2012, a qual instituiu o pagamento de adicional de periculosidade para as atividades as quais impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. Referida lei foi regulamentada pela Portaria 1.885/2013, publicada em 03/12/2013, que aprovou o Anexo 3 - Atividades e operações perigosas com exposição a roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial - da Norma Regulamentadora n.º 16 - Atividades e operações perigosas, com a redação constante no Anexo da referida portaria. Desta forma, a partir da publicação da portaria em questão, os empregados das empresas prestadoras de serviço nas atividades de segurança privada ou que integrem serviço orgânico de segurança privada, que executam o controle e/ou monitoramento de locais, através de sistemas eletrônicos de segurança, passaram a ter direito ao pagamento de adicional de periculosidade. In verbis: ANEXO 3 (Aprovado pela Portaria MTE n.º 1.885, de 02 de dezembro de 2013) ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM EXPOSIÇÃO A ROUBOS OU OUTRAS ESPÉCIES DE
VIOLÊNCIA FÍSICA NAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA PESSOAL OU PATRIMONIAL 1. As atividades ou operações que impliquem em exposição dos profissionais de segurança pessoal ou patrimonial a roubos ou outras espécies de violência física são consideradas perigosas. 2. São considerados profissionais de segurança pessoal ou patrimonial os trabalhadores que atendam a uma das seguintes condições: a) empregados das empresas prestadoras de serviço nas atividades de segurança privada ou que integrem serviço orgânico de segurança privada, devidamente registradas e autorizadas pelo Ministério da Justiça, conforme lei 7102/1983 e suas alterações posteriores. b) empregados que exercem a atividade de segurança patrimonial ou pessoal em instalações metroviárias, ferroviárias, portuárias, rodoviárias, aeroportuárias e de bens públicos, contratados diretamente pela administração pública direta ou indireta. 3. As atividades ou operações que expõem os empregados a roubos ou outras espécies de violência física, desde que atendida uma das condições do item 2, são as constantes do quadro abaixo: ATIVIDADES OU OPERAÇÕES DESCRIÇÃO Vigilância patrimonial Segurança patrimonial e/ou pessoal na preservação do patrimônio em estabelecimentos públicos ou privados e da
incolumidade física de pessoas. Segurança de eventos Segurança ambiental e florestal Transporte de valores Segurança patrimonial e/ou pessoal em espaços públicos ou privados, de uso comum do povo. Segurança nos transportes coletivos Segurança patrimonial e/ou pessoal nos transportes coletivos e em suas respectivas instalações. Segurança patrimonial e/ou pessoal em áreas de conservação de fauna, flora natural e de reflorestamento. Segurança na execução do serviço de transporte de valores. Escolta armada Segurança no acompanhamento de qualquer tipo de carga ou de valores. Segurança pessoal Acompanhamento e proteção da integridade física de pessoa ou de grupos. Supervisão/fiscalização Operacional Supervisão e/ou fiscalização direta dos locais de trabalho para acompanhamento e orientação dos vigilantes. Telemonitoramento/telecontrole Execução de controle e/ou monitoramento de locais, através de sistemas eletrônicos de segurança. Convém lembrar que a Convenção Coletiva de Trabalho não exclui a aplicação da Lei. Desta forma, salvo melhor juízo, no que diz respeito à incorporação do adicional de assiduidade a função de Operador de Sistemas em centrais de monitoramento de alarme se enquadraria na hipótese prevista na
alínea A da cláusula décima da CCT, uma vez que previsto o pagamento de adicional de periculosidade pela legislação vigente (anexo 3 da NR 16). Sendo o que tínhamos para o momento, colocamo-nos a sua disposição para eventuais esclarecimentos. GUEDES PINTO ADVOGADOS E CONSULTORES