ANEXO I NORMA DE IDENTIDADE, QUALIDADE, EMBALAGEM E APRESENTAÇÃO DO ALGODÃO EM PLUMA

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Transcrição:

ANEXO I NORMA DE IDENTIDADE, QUALIDADE, EMBALAGEM E APRESENTAÇÃO DO ALGODÃO EM PLUMA 1. OBJETIVO A presente norma tem por objetivo definir as características de identidade, qualidade, embalagem e apresentação do algodão em pluma que se destine à comercialização. 2. DEFINIÇÃO DO PRODUTO Entende-se por algodão o produto originado das espécies herbaceum, arboreum, hirsutum e barbadense, pertencentes ao gênerogossypium. 3. CONCEITOS Para efeito desta norma e termo usados na presente especificação, consideram-se: 3.1. - Algodão em caroço e o produto maduro e fisiologicamente desenvolvido, oriundo do algodoeiro, que apresenta suas fibras aderidas ao caroço e que ainda não foi beneficiado. 3.2. - Algodão em pluma Produto resultante da operação de beneficiamento do algodão em caroço. 3.3. - Caroço de algodão - Material despojado (parcial ou totalmente) das fibras, por ação do beneficiamento. 3.3.1. Caroços vestidos Totalmente coberto de linter. 3.3.2. Caroço semi-vestido Parcialmente coberto de linter. 3.3.3. Caroço nu Totalmente desprovido de linter. 3.3.4. Caroço mesclado Proveniente da mistura dos caroços anteriormente descritos. 3.4. Algodão mal beneficiado Algodão em pluma que ainda apresenta caroço e/ou fibras danificadas por processos inadequados de beneficiamento e deslindamento. 3.5. Capulho Fruto proveniente do Algodoeiro. 3.6. Linter Fibras resultantes do deslindamento do caroço de algodão. 3.6.1. Borra de linter Hull fiber Constituída de pequenos fragmentos de linter, extraídos das cascas de caroços, em mistura com o pó deste e o o pó resultante da fragmentação de impurezas durante o processo extrativo. 3.7. Neps Emaranhados de fibras, normalmente ocasionados por fibras imaturas, que não se desfazem durante os processamentos subseqüentes. 3.8. Naps Emaranhados de fibra, maiores que o neps, que se desfazem durante o processo de cardagem. 3.9. Carneiro - Pequenas massas de fibras retorcidas entre elas, de certo comprimento e com aparência de pequenos cordões. Aparecem no benefício de algodão úmido. 3.10. Novelo Pequenos anrdilhados de fibras que ocorrem durante o benefício de algodão muito seco. 3.11. Resíduos Produtos, ou parte deles, que foram separados no beneficiamento ou no desligamento ou ainda na industria de fiação e tecelagem. 3.12. Resíduos de beneficiamento Compreende o entrelaçamento ou enovelamento de fibras de algodão em mistura com caroços, cascas e outras matérias eliminadas no beneficiamento. 3.12.1. Carimã Produtos resultantes do beneficiamento que se caracteriza por suas fibras imaturas ou mortas, provenientes de capulho atacado por pragas e/ou moléstias ou que tiverem o seu desenvolvimento comprometido por outros fatores.

3.12.2. Piolho Constituído de pequenos entrelaçamentos de fibras de algodão de vários tamanhos, em mistura com caroços, fragmentos de cascas e de outras substâncias eliminadas durante o descaroçamento. 3.12.3. Pó de canal Constituição de fibras e de fragmentos desta, em misturas com impurezas que se acumulam no interior da instalação de beneficiamento. 3.12.4. Fibrilha Constituídas de fibras e de fragmentos destas em misturas com impurezas eliminadas nos limpadores de pluma. 3.13. Restos de algodão Amostras ou partes de amostras de algodão em pluma, utilizados na classificação ou provenientes das operações de ensacamento, enfardamento ou de limpeza dos sacos, armazéns e instalações de beneficiamento. 3.13.1. Aparas Partes de amostras ou amostras inteiras de algodão em pluma, de resíduos, depois de descartadas. 3.13.2. Sobras Partes de algodão em pluma, de linter e de resíduos provenientes das operações de ensacamento ou enfardamento. 3.13.3. Varreduras Restos de algodão em plumas de linter e de resíduos diversos. 3.14. Resíduos de desligamento ou piolho de linter Entrelaçamento ou enovelamento de linter em mistura com fragmentos de folhas, cascas e outras matérias eliminadas na operação de desligamento. 3.15. Piolho de fiação Entrelaçamento ou enovelamento de fibras, cascas mantas mechas, pavios e restos de fios, eliminados durantes a fiação. 3.15.1. Piolho de abridor - Entrelaçamento ou enovelamento de fibras, e fragmentos de folhas e cascas provenientes de bateduras do algodão na fase inicial da fiação. 3.15.2 Strips de cardas ou flats Fibras curtas de algodão, resultantes das operações de cardagem assim como os fragmentos de cascas e defeitos de beneficiamentos. 3.15.3. Borra de cardas ou resíduos de cardas Fragmentos de algodão resultantes das operações de cardagem, assim como impurezas de uma forma geral e defeitos de beneficiamentos em quantidade superior ao strips de cardas ou flats. 3.15.4 Strips de penteadeira Mantas ou curtas de algodão de aparência flocosa proveniente da algodão de aparência flocosa proveniente da penteagem. 3.15.5. Pneumafil ou resíduo de marca rogueira ou fitatorio Massa de fibras reaproveitáveis estiradas que não se transformam em pavio ou fio. 3.15.6. Estopa de algodão - Restos de fios provenientes da ultima fase da fiação. 3.15.7. Cascame Resíduos de sala de abertura carda e outros que ainda podem ser fiados. 3.15.8. Varredura Resíduos resultantes do processos de fiação. 3.16. Resíduos de tecelagem Retalhos de tecidos ou misturas com restos de fios. 3.16.1. Trampos desfiados Restos de tecidos resultantes das operações industriais. 3.16.2. Varredura Resíduos resultantes do processo de tecelagem. 4. Classificação O algodão em pluma será classificado em grupos, subgrupos, classes e tipos identificados de acordo com os seguintes critérios: 4.1 Grupos O algodão, de acordo com o ciclo de produção será classificado em 2 (dois) grupos assim denominados: 4.1.1. Grupo I Herbáceo Algodão proveniente de cultivares anuais, produzidos e cultivado nas diversas regiões do país.

4.1.2. Grupo II Mocó ou Seridó algodão proveniente de cultivares perenes, produzido e cultivado na região Setentrional. 4.2. Subgrupos Segundo o método utilizado para determinação do comprimento da fibra o algodão Independentemente do grupo a que pertencer, será classificado em 2 (dois) subgrupos assim denominados: 4.2.1 Comercial - Caracteriza-se pela determinação manual do comprimento da fibra. 4.2.2. Extensão (2,5% SL Comprimento de extensão) Caracteriza-se pelo comprimento de 2,5% das fibras apresentadas em um ensaio de fibrógrafo. 4.3. Classes O algodão em pluma, de acordo com o comprimento da fibra será classificada em 5 (cinco) classes para cada subgrupo assim definidas: CLASSES DE ALGODÃO EM PLUMA SUBGRUPOS CLASSES COMERCIAL EXTENSÃO Extra Longo > 36 mm > 32 mm Longo > 32 a 36 mm > 29 a 32 mm Médio > 28 a 32 mm > 25 a 29 mm Curto > = 24 a 28 mm > = 21 a 25 mm Muito Curto < 24 mm < 21 mm 4.3.1. As classes do subgrupo comercial do algodão serão expressas da seguinte forma: 4.3.1.1. De 2 mm (dois milímetros) em 2 mm (dois milímetros) para o comprimento de fibra igual ou superior a 28 mm (vinte oito milímetros). 4.3.1.2. De 1 mm (um milímetro) em 1 mm (um milímetros) para o comprimento de fibra inferior a 28 mm (vinte e oito milímetros) levando-se em consideração as aproximações matemáticas nos casos de resultados fracionários. 4.3.2. As classes do subgrupo extensão serão expressas conforme os resultados obtidos através do equipamento fibrógrafo 4.4. Tipos Segundo a qualidade o algodão em pluma será classificado em 14 (quatorze) tipos básicos: 4.4.1. A seqüência numérica será de tipos inteiros de 1 a 9 e de meios tipos de 3/4 a 7/8 determinando assim a coleção completa do básico como sendo 1,2,3, 3/4, 4, 4/5, 5, 5/6, 6, 6/7, 7, 7/8, 8 e 9 4.4.2. Para efeito de determinação dos tipos, serão levadas em consideração as características físicas e tecnológicas referentes à presença de manchas, a decoração, as fibras cortadas, enoveladas, imaturas ou mortas, a maciez, a sedosidade, a presença de carimã, matérias estranhas e/ou impurezas assim como a coloração, o brilho e o percentual de desperdício da amostra, mantendo a proporcionalidade entre os tipos. 4.4.3. A diferenciação gradual entre os tipos será definida, obrigatoriamente com base nos padrões físicos oficialmente pelo Ministério da Agricultura, observado a caracterização de todos os defeitos e aspectos do algodão mencionados no item 4.4.1. 4.4.4. O algodão em pluma de coloração levemente avermelhada e o manchada serão classificadas por padrões físicos específicos oficializados pelo Ministério da Agricultura, que estabelecerão a proporcionalidade em termos de qualidade, coloração e manchas.

4.4.5. Os padrões físicos elaborados para os algodões levemente avermelhados representam para os tipos 6, 6/7, 7, 7/8, 8 e 9. 4.4.6. Os padrões físicos elaborados para os algodões manchados representam os tipos 6, 6/7 e 7. 4.4.7. O algodão em pluma quer, pelo seu aspecto,apresentar coloração avermelhada mais intensa que o padrão oficial citado no item anterior, será considerado avermelhado e manter-se-à o tipo encontrado segundo as outras característica de qualidade. 4.4.8. O algodão em pluma que no ato da classificação apresentar-se com mistura de ate 1 (um) tipo de diferença, será classificado com base na parte da amostra que representa o pior tipo. 4.4.9. O fardo de Algodão composto somente por aparas de algodão serão considerados e comercializados com a denominação de aparas. 5. Umidade O percentual de umidade admitido para o algodão em pluma é de 10% (dez por cento) poderá ser considerado para o correspondente desconto do peso liquido do lote. 5.1. O valor percentual que exceder o limite de 10% (dez por cento) poderá ser considerado para o correspondente desconto do peso liquido do lote. 6. Abaixo do padrão Será considerado abaixo do padrão o algodão em pluma que pelos seus atributos não se enquadrar em nenhum dos tipos estabelecidos nos padrões físicos vigentes. 6.1. O algodão em pluma classificado como Abaixo do padrão poderá ser: 6.1.1. Comercializado como tal, desde que esteja perfeitamente identificado e com a identificação colocada em lugar de destaque de fácil visualização e de difícil remoção. 6.1.2. Rebeneficiado, desdobrado e recomposto para efeito de enquadramento em tipo. 6.1.3. Reenfardado e remarcado para efeito de atendimento às exigências das normas 7. Desclassificado 7.1. Será considerado desclassificado todo algodão que apresentar: 7.1.1. Intensamente avermelhado 7.1.2. Intensamente acinzentado ou azulado: 7.1.3. Fermentado, cujas fibras tenham perdido a resistência normal: 7.1.4. Misturado com algodão ganga; 7.1.5. Salvo de incêndio: e 7.1.6. Com veio de linter 7.2. O algodão em pluma considerado desclassificado poderá ser comercializado como tal desde que não apresente risco para industrialização. 7.3. O algodão em pluma que no ato da classificação apresentar-se misturando com caroço de algodão ou fragmento deste polipropileno, pena, picão, carrapicho, restos de tecidos ou outras matérias estranhas que ofereçam riscos para a industrialização, assim como os fardos com mistura em mais de 1 (um) tipo de diferença, e diferenças acentuadas de coloração ou ainda com aparas, não serão classificados pelo órgão oficial de classificação, sendo a comunicação feita ao proprietário. 7.4. Os fardos não classificados pelos motivos citados no item anterior serão, obrigatoriamente, desfeitos e reenfardados pelo proprietário.

7.5. Os fardos refeitos deverão ser identificados com carimbo de reenfardado. 8. Amostragem A retirada ou extração de amostras de cada fardo será efetuada do seguinte modo: 8.1. Retira-se-à uma só via de cada fardo fazendo a amostragem dos lados opostos dos fardos entre a 3ª (terceira) e 4ª (quarta) fita e a amostra deverá pesar 120 g (cento e vinte gramas). 8.2. O saquinho de papel que guardará ou a etiqueta que identificara a amostragem deverá conter apenas o numero e peso bruto do respectivo fardo. 8.3. No romaneio deverá constar não só a identificação da razão social da firma como a relação dos fardos em ordem seqüencial do numero e respequitivo peso bruto. 8.4. Após retirada da amostra o rasgo devera ser encoberto e costurado com nova aniagem pelo proprietário. 9. Apresentação e Embalagem O algodão em pluma, devera se apresentar prensado e enfardado. 9.1. Características do fardos: 9.1.1. Peso bruto entre 150 kg (cento e cinqüenta quilogramas) e 250 kg (duzentos e cinqüenta quilogramas). 9.1.2. Massa especifica entre 400 kg (quatrocentos quilogramas) e 700 kg (setecentos quilogramas) metro cúbico. 9.2. Dimensões do fardo: 9.2.1. Comprimento de 100 cm (cem centímetros) a 110 cm (cento e dez centímetros). 9.2.2. Largura de 40 cm (quarenta centímetros) a 53 cm (cinqüenta e três centímetros). 9.2.3. Altura máxima de 90 cm (noventa centímetros). 9.3. Somente os fardos de resíduos e de restos de algodão poderão ter peso bruto superior ou inferior aos limites acima estabelecidos. 9.4. Material de enfardamento: 9.4.1. O fardo deverá ser revestido com tela de algodão com faixa verde / amarela no meio, nova limpa e que satisfaça as exigências regulamentadas quanto a largura, peso e resistência. 9.4.2. Todo fardo deverá ser amarrado com arame ou fitas metálicas de primeiro uso, admitido-se o uso de até duas fitas ou arames usados ou emendados, em condições de resistirem aos choque de manipulação. 9.4.3. O número de fitas ou arame devera ser 6 (seis) ou mais, por fardo. 9.4.4. Será vedado o uso de materiais de enfardamento diferente no mesmo fardo. 10. Marcação 10.1. Deverá ser feita e em um dos lombos do fardos de tal modo que as telas recebam essa marcação. 10.2. Deverão constar os seguintes elementos: a marca registrada, localidade da usina, safra, número de ordem e peso bruto do fardo. 10.3. Na marcação deverá ser usada somente tinta preta indelével. 10.4. Em caso de exportação deverá constar, também, a palavra Brasil entre os elementos de marcação. 11. Certificado de Classificação 11.1. Deverão constar, para perfeita identificação, no modelo próprio de certificado ou cartão de computador, os seguintes elementos:

- Nome do produto - Usina (marca registrada); - Município (local da usina) e estado; - Número de ordem do fardo; - Grupo; - Subgrupo; - Classe; - Tipo; - Aspecto; - Peso bruto e tara; - Safra;e - Data da emissão. 11.2. O prazo de validade do certificado de classificação será de 18 (dezoito) meses. 11.3. Os certificados de classificação poderão ainda contemplar as características de matérias estranhas e impurezas ou desperdício, de comprimento, uniformidade, resistência, alongamento, finura, reflexão e cor desde que os órgãos de classificação estejam devidamente equipada. 12. Disposições Gerais 12.1. No caso impasse quando à coloração poderá ser feito uso do colorímetro para algodão a fim de dirimir dúvidas. 12.2. No caso de impasse quando ao percentual de desperdício poderá ser feito uso do aparelho analisador Shirley e comparar os resultados com os estabelecimentos nas coleções do padrão básico oficial. 12.3. Compete ao Ministério da Agricultura renovar, periodicamente, as coleções de padrões físicos de algodão das regiões Meridicional e setentrional por intermédio do órgão especializado nesse mister, baseado nos estudos a serem procedidos anualmente pela Comissão Consultiva Nacional de Estudo Técnico do Algodão. 12.4. O Fornecimento de cópia do padrão oficial será feito pelo Ministério da Agricultura através do órgão que coordena a Confecção da coleções. 12.5. O prazo de validade dos padrões físicos será de 2 (dois) anos. 12.6. Os casos omissos serão resolvidos pelo órgão competente do Ministério da Agricultura.

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E DE QUALIDADE PARA A CLASSIFICAÇÃO DO ALGODÃO EM PLUMA 1. Objetivo: o presente Regulamento Técnico tem por objetivo definir as características de identidade e de qualidade para fins de classificação do algodão em pluma. 2. Definição do produto: entende-se por algodão o produto originado das espécies Gossypium herbaceum, Gossypium arboreum, Gossypium hirsutum e Gossypium barbadense 3. Conceitos: para efeito deste Regulamento, considera-se: 3.1. Algodão em Pluma: produto resultante da operação de beneficiamento do algodão em caroço. 3.1.1. Algodão em Pluma beneficiado em processo chamado de serra: usualmente utilizado em fibras de comprimento curto e médio. 3.1.2. Algodão em Pluma beneficiado em processo chamado de rolo: usualmente utilizados em fibras de comprimento longo e extralongo. 3.2. Algodão em Caroço: produto maduro e fisiologicamente desenvolvido, oriundo do algodoeiro, que apresenta suas fibras aderidas ao caroço e que ainda não foi beneficiado. 3.3. Fora de Padrão: produto que não atende, em um ou mais aspectos, os atributos estabelecidos no presente Regulamento Técnico. 3.4. Umidade: percentual de umidade encontrado na amostra e/ou no fardo do produto. 3.5. Grau de reflexão das fibras: é o valor correspondente à quantidade de luz refletida na amostra do algodão. 3.6. Grau de amarelecimento das fibras: é o valor correspondente ao amarelecimento das fibras com a ajuda de um filtro amarelo. 3.7. Diagrama de cor das fibras: é o valor obtido a partir do grau de reflexão e do grau de amarelecimento. 3.8. Índice de uniformidade do comprimento da fibra (UI): é a relação entre o comprimento médio (ML) e o comprimento médio da metade das fibras mais longas (UHM), expresso em porcentagem, na forma contida na Tabela V deste Regulamento. 3.9. Resistência da fibra: é a força, em gramas, requerida para romper um feixe de fibras de um tex, que equivale ao peso em gramas de 1000 (mil) metros de fibra, na forma contida na Tabela VI deste Regulamento. 3.10. Usina: conjunto de máquinas que especificamente beneficiou o fardo, devendo ser identificada por meio do nome da empresa proprietária e ou outros caracteres que possa identificá-la. 3.10.1. Na existência de dois ou mais conjuntos de máquinas num mesmo local e de um mesmo proprietário, estes devem ser identificados individualmente. 3.11. Conjunto de máquinas: são os descaroçadores que alimentam cada prensa da usina. 3.12. Número do fardo: código identificador do fardo, devendo ser único para cada conjunto de beneficiamento (usina), em cada safra. 3.13. Peso bruto do fardo: peso aferido na usina após o enfardamento. 3.14. Peso líquido do fardo: é o peso bruto do fardo menos a tara. 3.15. Safra: ano de colheita do algodão. 3.16. Embalagem: recipiente, pacote ou envoltório, destinado a proteger e facilitar o transporte e o manuseio dos produtos. 4. Classificação: o algodão em pluma será classificado por tipo e comprimento das fibras, sendo que o Tipo será determinado levando em conta a cor das fibras, a

presença de folhas que irá caracterizar as impurezas e o modo de preparação (beneficiamento) do produto. 4.1. As análises para a classificação do algodão serão realizadas por meio do instrumento HVI (High Volume Instrument) ou outros equipamentos, que também analisam as características físicas da fibra (comprimento, índice de uniformidade do comprimento, conteúdo de fibras curtas, resistência, alongamento, índice micronaire, grau de folha, quantidade de partículas de impurezas, área ocupada pelas impurezas em relação à área total, grau de reflectância, grau de amarelamento, diagrama de cor). 4.2. Tipo: será representado por códigos compostos por dois dígitos, que corresponderão às impurezas e à cor presentes na amostra do algodão. 4.2.1. Os códigos de identificação do tipo corresponderão aos Padrões Físicos Universais e a outros padrões descritivos, conforme o constante na Tabela I deste Regulamento. 4.3. Comprimento de fibra: será designado por um Código Universal, na forma apresentada na Tabela II, que expressará sua medida a qual está correlacionada com as medidas em polegadas internacionalmente usadas. 4.4. Grau da folha: será determinado por meio de códigos, discriminados nas Tabelas III e IV deste Regulamento, os quais referem-se à quantidade de impureza que está dentro da escala representada por um jogo de amostras dos Padrões Físicos Universais. 4.5. Micronaire da fibra: é o índice determinado pelo complexo finura/maturidade da fibra. 4.6. Fora de padrão: será considerado Fora de Padrão o algodão que for classificado com os Tipos de códigos 81, 82, 83, 84 e 85, bem como aquele enquadrado na Classe de Folha de código LG8. 4.6.1. A identificação do algodão Fora de Padrão será por meio dos códigos acima citados e ainda poderão ser utilizados outros textos explicativos considerados necessários para descrever adequadamente a condição do algodão, devendo constar no Laudo e no Certificado de Classificação, quando for o caso. 4.6.2. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento poderá, excepcionalmente, autorizar a utilização do algodão em pluma fora das especificações estabelecidas neste Regulamento, devendo disciplinar também os critérios e os procedimentos a serem adotados para o produto nessas condições. 4.7. Umidade 4.7.1. O percentual de umidade para o algodão em pluma, tecnicamente recomendável para sua conservação, é de até 10% (dez por cento). 4.8. Desclassificação: será considerado desclassificado todo o algodão que: 4.8.1. Não se enquadrar nos códigos da Tabela I. 4.8.2. Apresentar como fermentado, cujas fibras tenham perdido a resistência, saldo de incêndio e veio de línter. 5. Apresentação 5.1. O algodão em pluma deverá ser prensado e enfardado com pesos e dimensões de acordo com as prensas existentes no País e com as que vierem a ser instaladas futuramente. 5.2. O fardo deverá ser revestido com tela de algodão de primeiro uso, sendo vedada qualquer mistura de algodão com outras fibras ou outro tipo de embalagem. 5.3. Todo fardo deverá ser amarrado com arame, fitas de materiais plásticos resistentes (que garantam a não-contaminação do algodão) ou fitas metálicas de primeiro uso, em condições de resistirem aos choques de manipulação. 5.3.1. O número de fitas ou arames deverá ser 6 (seis) ou mais, por fardo.

5.4. Será vedado o uso de materiais de enfardamento diferentes no mesmo fardo. 6. Marcação 6.1. A marcação e identificação de cada fardo é de responsabilidade da Usina e deverá ser feita diretamente na tela, de forma legível e indelével, ou por etiqueta com código de barras, contendo as seguintes informações: 6.1.1. Usina, número do fardo, peso bruto do fardo e safra. 6.1.2. Nos casos do uso de embalagens por fora das fitas de amarração, o fardo deverá conter também a identificação por meio de etiquetas. 6.2. Os fardos refeitos e suas respectivas amostras deverão ser identificados com a expressão "reenfardados". 7. Amostragem: a retirada ou extração de amostras de cada fardo será efetuada do seguinte modo: 7.1. A retirada das amostras poderá ser realizada manualmente ou mecanicamente. 7.1.1. Na retirada de amostras mecanicamente, as amostras serão retiradas do fardo com sacador de amostra mecânico, desde que mantenham suas características e não sejam alteradas no processo de retirada. 7.2. Cada fardo será cortado em dois lados opostos e deverá ser retirada uma amostra de cada lado de 75 g, totalizando 150g. 7.3. Cada amostra terá um tamanho de pelo menos 15cm x 30cm. 7.4. Onde for necessário retirar dois jogos das amostras, um único corte deve ser feito em cada lado do fardo, e a parcela do algodão removida de cada corte deve ser separada ao meio em camadas, para fornecer duas amostras completas. Nos casos em que este método resultaria nas amostras com comprimento insuficiente, será aceitável separar as amostras longitudinalmente ao longo das camadas, desde que a parcela exterior de cada lado seja submetida para a classificação. 7.5. As amostras devem ser representativas de cada fardo do qual retirado. 7.6. Manuseio das amostras: as amostras não serão preenchidas nem serão aparadas, e o manuseio será feito com cuidado de maneira a não causar a perda de materiais não-fibrosos (folhas, cascas, talos dentre outros materiais), que mude seu caráter representativo. 7.7. Identificação das amostras: cada amostra será identificada com uma etiqueta, especificando a usina, o armazém, caso seja distinto da usina, e o número e o peso do fardo de onde a amostra foi coletada. 7.7.1. A etiqueta será colocada entre as duas metades da amostra, a amostra firmemente enrolada e acondicionada em um pacote ou em um saco para embarque. Cada pacote ou saco será etiquetado ou marcado com o nome e o endereço da usina ou do armazém. 7.8.1. Se uma amostra retirada de um lado de um fardo for de tipo inferior ou mais curta em comprimento de fibra do que a outra parte retirada do outro lado do fardo, a classificação do fardo será aquela da amostra que apresenta o tipo inferior ou o comprimento mais curto. 8. Certificado de classificação 8.1. O Certificado de Classificação será emitido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, ou pelas pessoas jurídicas devidamente credenciadas pelo mesmo, de acordo com a legislação vigente. 8.2. O Certificado de Classificação é o documento hábil para comprovar a realização da classificação obrigatória, correspondendo a um determinado lote do produto classificado.

8.3. O Certificado de Classificação somente será considerado válido quando possuir a identificação do classificador (carimbo e assinatura), pessoa física, devidamente habilitada e registrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. 8.4. O prazo para contestação do resultado da classificação por meio de solicitação de arbitragem será de 45 (quarenta e cinco) dias, contados a partir da data de emissão do Certificado de Classificação. 8.5. Do Certificado de Classificação deverão constar, além das informações estabelecidas no Regulamento Técnico específico, as seguintes indicações: 8.5.1. A discriminação dos resultados das análises efetuadas para cada determinação de qualidade do algodão em pluma estabelecidos neste Regulamento, bem como as informações conclusivas para o enquadramento em tipo, comprimento de fibra, grau da folha, índice de uniformidade do comprimento de fibra, resistência da fibra, micronaire da fibra, grau de reflexão, grau de amarelecimento, diagrama de cor e índice de fibras curtas e outros, que serão transcritos do seu respectivo laudo de classificação. 8.5.2. A informação de que o algodão em pluma se apresenta misturado com caroço de algodão ou fragmentos deste, capim, fragmentos de caule, polipropileno, pena, picão, carrapicho, restos de tecidos ou outras matérias estranhas. 8.6. Deverão ainda constar do modelo próprio de Certificado ou Cartão de computador os seguintes elementos: 8.6.1. Nome do produto. 8.6.2. Usina (marca registrada). 8.6.3. Município (local da usina) e Estado. 8.6.4. Número do fardo. 8.6.5. Tipo universal. 8.6.6. Comprimento de Fibra (UHM). 8.6.7. Grau da Folha (L). 8.6.8. Índice de Uniformidade do comprimento da fibra (Unf). 8.6.9. Resistência da Fibra (Str). 8.6.10. Índice micronaire (Mic). 8.6.11. Grau de Reflexão das Fibras (Rd). 8.6.12. Grau de amarelamento (+b). 8.6.13. Diagrama de cor das fibras (CG). 8.6.14. Índice de Fibras Curtas (SFI). 8.6.15. Alongamento da Fibra (Elg). 8.6.16. Quantidade de partículas de impurezas (Cnt). 8.6.17. Área ocupada pelas impurezas em relação à área total da amostra (% Área). 8.6.18. Peso bruto e tara. 8.6.19. Safra, conforme declaração do proprietário. 8.6.20. Data de emissão. 8.6.21. Textos explicativos considerados necessários para descrever adequadamente a condição do algodão em pluma classificado como Fora de Padrão. 8.6.22. Os motivos que determinaram a desclassificação do produto. 9. Fraude 9.1. Será considerada fraude toda alteração dolosa de qualquer ordem ou natureza, praticada na classificação e no acondicionamento, bem como nos documentos de qualidade do produto.

10. Equipamentos, instalações e calibrações: devem ser obedecidos rigorosamente os cuidados de uso dos respectivos fabricantes, observando normativas estabelecidas pela Comissão Internacional dos Padrões Universais. 11. Disposições gerais 11.1. No caso de divergência entre as partes quanto ao resultado da classificação, será solicitada arbitragem junto à entidade que realizou a classificação, na forma prevista no regulamento técnico específico estabelecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. 11.2. Compete ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento aprovar as importações das coleções de padrões físicos universais do algodão. 11.3. É de competência exclusiva do órgão técnico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento resolver os casos omissos, porventura surgidos na utilização do presente Regulamento. 12. Tabelas 12.1. Tabela I - Códigos de Determinação do Tipo do Algodão Branco Ligeiramente Creme Creme Avermelhado Amarelado 11* 12 13* - - 21* 22 23* 24 25 31* 32 33* 34* 35 41* 42 43* 44* - 51* 52 53* 54* - 61* 62 63* - - 71* - - - - 81* 82 83 84 85 * padrões físicos, todos os outros descritivos. Legenda: Código 11: Cor Boa Média - GM (Good Middling) Código 21: Cor Estritamente Média - SM (Strict Middling) Código 31: Cor Média - M (Middling) Código 41: Cor Estritamente Abaixo da Média - SLM (Strict Low Middling) Código 51: Cor Abaixo da Média - LM (Low Middling) Código 61: Cor Estritamente Boa Comum - SGO (Strict Good Ordinary) Código 71: Cor Boa Comum - GO (Good Ordinary) Código 81: Abaixo de Padrão Código 12: Cor Boa Média Ligeiramente Creme - GM LT SP (Good Middling Light Spot) Código 22: Cor Estritamente Média Ligeiramente Creme - SM LT SP (Strict Middling Light Spot) Código 32: Cor Média Ligeiramente Creme - M LT SP (Middling Light Spot) Código 42: Cor Estritamente Abaixo da Média Ligeiramente Creme - SLM LT SP (Strict Low Middling Light Spot)

Código 52: Cor Abaixo da Média Ligeiramente Creme - LM LT SP (Low Middling Light Spot) Código 62: Cor Estritamente Boa Comum - SGO LT SP (Strict Good Ordinary Light Spot) Código 82: Abaixo de Padrão Código 13: Cor Boa Média Creme - GM SP (Good Middling Spot) Código 23: Cor Estritamente Média Creme - SM SP (Strict Middling Spot) Código 33: Cor Média Creme - M SP (Middling Spot) Código 43: Cor Estritamente Abaixo da Média Creme - SLM SP (Strict Low Middling Spot) Código 53: Cor Abaixo da Média Creme - LM SP (Low Middling Spot) Código 63: Cor Estritamente Boa Comum Creme - SGO SP (Strict Good Ordinary Spot) Código 83: Abaixo de Padrão Código 24: Cor Estritamente Média Avermelhada - SM TG (Strict Middling Tinged). Código 34: Cor Média Avermelhada - M TG (Middling Tinged) Código 44: Cor Estritamente Média Avermelhada - SLM TG (Strict Low Middling Tinged) Código 54: Cor Abaixo da Média Avermelhada - LM TG (Low Middling Tinged) Código 84: Abaixo de Padrão Código 25: Cor Estritamente Média Amarelada - SM YS (Strict Middling Yellow Stain) Código 35: Cor Média Amarelada - M YS (Middling Yellow Stain) Código 85: Abaixo de Padrão 12.2. Tabela II - Código Universal para a Determinação do Comprimento de Fibra Algodão em Pluma de Comprimento Curto e Médio Comprimento de Fibra em polegadas (UHM) Comprimento de Fibra em milímetros Código Universal Abaixo 13/16 0,79 + curta 20,1 + curta 24 13/16 0,80-0,85 20,2-21,6 26 7/8 0,86-0,89 21,7-22,6 28 29/32 0,90-0,92 22,7-23,4 29 15/16 0,93-0,95 23,5-24,1 30 31/32 0,96-0,98 24,2-24,9 31 1 0,99-1,01 25,0-25,7 32 1.1/32 1,02-1,04 25,8-26,4 33 1.1/16 1,05-1,07 26,5-27,2 34 1.3/32 1,08-1,10 27,3-27,9 35

1.1/8 1,11-1,13 28,0-28,7 36 1.5/32 1,14-1,17 28,8-29,7 37 1.3/16 1,18-1,20 29,8-30,5 38 1.7/32 1,21-1,23 30,6-31,2 39 Algodão em Pluma de Comprimento Longo e Extralongo Comprimento de Fibra em polegadas (UHM) Comprimento de Fibra em milímetros Código Universal 1.1/4 1,20 - abaixo 30,6 - abaixo 40 1.5/16 1,21-1,25 30,7-31,8 42 1.3/8 1,26-1,31 31,9-33,4 44 1.7/16 1,32-1,36 33,5-34,7 46 1.1/2 1,37-1,42 34,8-36,1 48 1.9/16 1,43-1,47 36,2-37,4 50 1.5/8 1,48 e mais 37,5 - mais 52 12.3. Tabela III - Códigos usados para determinar o Grau da Folha do Algodão Padrão Algodão em Pluma de Comprimento Curto e Médio Grau da Folha Código Correspondente Código Determinação Tipo ao de do 1 LG1 11 2 LG2 21 3 LG3 31 4 LG4 41 5 LG5 51 6 LG6 61 7 LG7 71 8 LG8 81

12.4. Tabela IV - Códigos usados para determinar o Grau da Folha do Algodão de Fibra Extralonga Algodão em Pluma de Comprimento Longo e Extralongo Nome Completo do Tipo Grau nº 1 Grau nº 2 Grau nº 3 Grau nº 4 Grau nº 5 Grau nº 6 Grau nº 7 Código AP1 AP2 AP3 AP4 AP5 AP6 AP7 12.5. Tabela V - Índice de Uniformidade do Comprimento da Fibra - % UI = ML/UHM*100 Algodão em Pluma de Comprimento Curto e Médio Categoria (% UI) Muito Alta Acima de 85 Alta 85-83 Média 82-80 Baixa 79-77 Muito Baixa Acima de 77 12.6. Tabela VI - Resistência da Fibra - gramas força por tex Algodão em Pluma de Comprimento Curto e Médio Categoria Muito resistente gf/tex 31 para cima Resistente 30-29 Média 28-26 Intermediária 25-24 Fraca 23 para baixo Alterado pela Instrução Normativa nº 63 de 05/12/2002