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Transcrição:

EMPREGO DOMÉSTICO NO MERCADO DE TRABALHO DA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE ABRIL 2014 Emprego doméstico na Região Metropolitana de Porto Alegre em Em, diminuiu o número de empregadas domésticas na Região Metropolitana de Porto Alegre. Elevou-se o rendimento médio real por hora das diaristas e das mensalistas com carteira de trabalho. Mais de 80% das mensalistas sem carteira assinada e de 70% das diaristas não contribuem para a Previdência Social. A partir da aprovação da Emenda Constitucional n 72, de 2 de abril de, que amplia os direitos dos empregados domésticos como proteção do salário, jornada máxima, horas extras, segurança do trabalho, FGTS obrigatório, dentre outros, criou- -se grande expectativa acerca dos rumos dessa ocupação no Brasil. Mesmo alguns direitos não sendo imediatamente aplicáveis, pois ainda precisam de regulamentação, é possível perceber algumas mudanças nas características do emprego doméstico, ocupação que vem sendo investigada, desde 1992, pela Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre (PED-RMPA). Ainda que não se possa distinguir com precisão quanto tais mudanças foram decorrentes da aprovação da Emenda Constitucional e quanto o foram da conjuntura econômica ou de políticas específicas que também afetam outras categorias de trabalhadores, há informações que ajudam a entender o formato que se está delineando para essa ocupação no mercado de trabalho regional. Neste estudo, são analisadas as informações das mulheres no emprego doméstico, como uma maneira de melhor entender esse segmento em situações típicas, uma vez que os homens, além de comporem uma parcela muito pequena, costumam exercer atividades com características bastante distintas das desempenhadas pelas mulheres, como as de motorista e de jardineiro. O período investigado é o de e, com dados sobre forma de contratação, região de moradia e de trabalho, jornada média de trabalho, rendimento médio real por hora e contribuição para a Previdência Social.

2 As empregadas domésticas na Região Metropolitana de Porto Alegre Em, a participação dos serviços domésticos no total dos ocupados na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) era de 5,1%, sendo que as mulheres representavam 96,9% dos ocupados inseridos nesse segmento 87 mil trabalhadoras, principalmente em atividades de serviços gerais, contratadas com ou sem carteira de trabalho assinada, ou trabalhando como diaristas. A parcela relativa de ocupadas no emprego doméstico apresentou redução de 11,4% na ocupação total feminina em para 10,7% em, confirmando uma tendência de declínio que vem se manifestando no mercado de trabalho regional, ao longo dos anos 2000. Verifica-se uma tendência de ampliação gradativa da participação de diaristas, chegando a 33,7% do emprego doméstico feminino em. Não obstante, as mensalistas com carteira assinada continuam representando a maior parcela relativa do emprego doméstico (46,1%), enquanto as sem carteira assinada situavam-se em 20,2%. (Gráfico 1). Gráfico 1 Distribuição das mulheres empregadas domésticas, por posição na ocupação, na Região Metropolitana de Porto Alegre e

3 Em termos absolutos, em todas as posições na ocupação ocorreu retração do emprego doméstico feminino em : 6,8% entre as mensalistas com carteira assinada, 3,5% entre as sem carteira assinada e 4,6% entre as diaristas (Gráfico 2). Gráfico 2 Índices do nível de ocupação das mulheres empregadas domésticas, por posição na ocupação, na Região Metropolitana de Porto Alegre e NOTA: A base do índice é o ano de 2009 =100. Trabalho e local de moradia Em, 32,1% das empregadas domésticas da RMPA residiam no Município de Porto Alegre, e 67,9%, nos demais municípios da RMPA (Tabela 1). Como parcela importante delas mora fora da Capital, a questão do deslocamento é um tema relevante na análise dessa ocupação e parece afetar grande parte das trabalhadoras.

4 Tabela 1 Distribuição das mulheres empregadas domésticas, por posição na ocupação, segundo o município de moradia na Região Metropolitana de Porto Alegre e (%) PERÍODO E MUNICÍPIO DE MORADIA Com Carteira Sem Carteira Total... 100,0 100,0 100,0 100,0 Município de Porto Alegre... 34,8 39,8 36,6 26,8 Demais municípios da RMPA... 65,2 60,2 63,4 73,2 Total... 100,0 100,0 100,0 100,0 Município de Porto Alegre... 32,1 37,2 (1) 25,5 Demais municípios da RMPA... 67,9 62,8 68,8 74,5 FONTE: PED-RMPA - Convênio FEE, FGTAS, PMPA, SEADE, DIEESE e apoio MTE/FAT. (1) A amostra não comporta desagregação para esta categoria. A dificuldade, para algumas trabalhadoras, de encontrar trabalho próximo de sua moradia aumentou levemente, no último ano. Em, 67,4% das empregadas domésticas da RMPA residiam e trabalhavam no mesmo município (Tabela 2), parcela relativa que era de 68,0% no ano anterior, enquanto a proporção das que moravam e trabalhavam em municípios distintos elevou-se de 32,0% para 32,6%. Sabendo-se que parcela importante delas mesmo as que moram e trabalham no mesmo município se desloca de regiões mais periféricas para trabalhar em regiões mais centrais, é fato que elas têm que percorrer longos trajetos diariamente.

5 Tabela 2 Distribuição das mulheres empregadas domésticas, por posição na ocupação, segundo a região de moradia e de trabalho, na Região Metropolitana de Porto Alegre e PERÍODO E REGIÃO DE MORADIA E DE TRABALHO Com Carteira Sem Carteira RMPA 100,0 100,0 100,0 100,0 Reside e trabalha no mesmo município... 68,0 63,9 78,3 67,6 No Município de Porto Alegre... 34,2 39,0 35,7 26,5 Fora do Município de Porto Alegre... 33,8 24,8 42,6 41,1 Reside e trabalha em municípios distintos... 32,0 36,1 (1)- 32,4 Reside no Município de Porto Alegre... (1)- (1)- (1)- (1)- Reside fora do Município de Porto Alegre... 31,4 35,4 (1)- 32,1 RMPA 100,0 100,0 100,0 100,0 Reside e trabalha no mesmo município... 67,4 64,4 77,1 65,7 No Município de Porto Alegre... 31,4 36,8 (1)- 24,7 Fora do Município de Porto Alegre... 36,0 27,6 46,8 41,0 Reside e trabalha em municípios distintos... 32,6 35,6 (1)- 34,3 Reside no Município de Porto Alegre... (1)- (1)- (1)- (1)- Reside fora do Município de Porto Alegre... 31,9 35,2 (1)- 33,5 FONTE: PED-RMPA - Convênio FEE, FGTAS, PMPA, SEADE, DIEESE e apoio MTE/FAT. (1) A amostra não comporta desagregação para essa categoria. (%) Jornada de trabalho e rendimentos Dentre as mudanças previstas pela emenda constitucional, incluem-se limite de jornada de trabalho em até 44 horas por semana e pagamento pelas horas excedentes. Portanto, um dos possíveis efeitos dessa regulação sobre as condições de trabalho das empregadas domésticas com carteira de trabalho assinada é a redução da jornada, que, em, passou a ser a menor da série da pesquisa: 40 horas na semana. A jornada daquelas sem carteira diminuiu de 42 para 38 horas semanais, em relação ao ano anterior, e a das diaristas passou de 27 para 26 horas semanais. O rendimento médio real por hora aumentou para duas das formas de contratação do emprego doméstico, sendo com maior intensidade entre as diaristas (9,2%) em comparação com as mensalistas com carteira de trabalho assinada (5,3%). Tais rendimentos passaram a valer R$ 7,64 e R$ 5,46 respectivamente (Tabela 3). Esses aumentos, em, acima dos verificados no salário mínimo, podem ser explicados, dentre outras razões, pela legislação do piso regional gaúcho para a ocupação, cujo reajuste foi de 9,99%, pela redução da oferta de trabalhadoras e pelo maior poder de negociação.

6 Tabela 3 Jornada média semanal trabalhada e rendimento médio real por hora das mulheres empregadas domésticas, por posição na ocupação, na RMPA e INDICADORES Com Carteira Sem Carteira Jornada média semanal (1)... 37 42 42 27 Rendimento médio real (2)... 5,49 5,18 (3)- 6,99 Jornada média semanal (1)... 35 40 38 26 Rendimento médio real (2)... 5,83 5,46 (3)- 7,64 (1) Exclui as empregadas domésticas que não trabalharam na semana; refere-se ao número de horas. (2) Excluem as empregadas domésticas que não trabalharam na semana, as empregadas domésticas assalariadas que não tiveram remuneração no mês e as empregadas domésticas que ganharam exclusivamente em espécie ou benefício; valores em reais de nov./13; o inflator utilizado foi o IPC-IEPE. (3) A amostra não comporta desagregação para essa categoria. Proteção social As informações anteriores destacam a situação peculiar das empregadas domésticas, em relação a outras formas de ocupação, e que se referem aos seus baixos rendimentos os menores em relação a outros segmentos de atividade. Mesmo com as melhorias ocorridas no período analisado, chama atenção a situação das mensalistas sem carteira assinada, que, além de não serem beneficiadas pela ampliação dos direitos trabalhistas, são as que menos contribuem para a Previdência Social, provavelmente pela dificuldade de comprometer parcela de seus baixos rendimentos para participar desse sistema (Tabela 4). Tabela 4 Distribuição das mulheres empregadas domésticas, por posição na ocupação, segundo a contribuição para a Previdência Social, na Região Metropolitana de Porto Alegre e PERÍODO E CONTRIBUIÇÃO PARA A PREVIDÊNCIA OFICIAL Com Carteira Sem Carteira Total... 100,0 100,0 100,0 100,0 Contribui... 58,0 99,6 (1)- 22,2 Não contribui... 42,0 (1)- 79,7 77,8 Total... 100,0 100,0 100,0 100,0 Contribui... 58,0 99,6 (1)- 25,3 Não contribui... 42,0 (1)- 82,4 74,7 (1) A amostra não comporta a desagregação para essa categoria. (%)

7 Situação semelhante é verificada entre as diaristas, no que se refere à sua baixa capacidade contributiva, o que se torna ainda mais preocupante, pois há uma tendência de aumento da participação delas no total de empregadas domésticas. Elas representam as maiores parcelas de chefes no domicílio, e são, também, as com menor nível de escolaridade. A situação das diaristas, no que diz respeito à relação de trabalho, assemelha-se à dos trabalhadores autônomos. Estes vêm sendo contemplados com legislação específica, como a do microempreendedor individual, cujo objetivo é possibilitar o acesso a direitos previdenciários e ao novo regime fiscal. Nesse sentido, a criação de mecanismos que facilitem a contribuição e o acesso aos benefícios sociais às diaristas é fundamental, considerando-se que muitas dessas trabalhadoras são provedoras de suas famílias. Instituições participantes: Cooperação Técnica Regional: Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social do Estado do Rio Grande do Sul; Secretaria de Planejamento, Gestão e Participação Cidadã do Estado do Rio Grande do Sul; Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS); Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser (FEE); Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE); Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE); Prefeitura Municipal de Porto Alegre (PMPA). Apoio: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)/ Fundo do Amparo ao Trabalhador (FAT); Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS).