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Transcrição:

Ibovespa encerra novembro em queda de 1,63% e a Carteira Planner cedeu 2,78% O Ibovespa passou a maior parte do mês de novembro em alta, contrariando uma expectativa formada no final de outubro que terminou carregando o peso dos acontecimentos nas áreas política e econômica. O fato é que a forte queda das ações acabou novamente atraindo o fluxo de capital estrangeiro, o que foi determinante para sustentar um movimento de alta durante a maior parte do mês. A última reunião do Federal Reserve sinalizou que o aumento da taxa de juros nos EUA deverá vir mesmo neste mês de dezembro, mas parece que este assunto já foi digerido pelo mercado e já refletiu, pelo menos parcialmente, nos preços das ações que já se encontram bastante desvalorizadas pela avalanche de notícias negativas do lado doméstico. Encerrada a safra de balanços do 3T15, o mercado seguiu refletindo o noticiário de curto prazo, carregado de especulações sobre possível mudança no comando do Ministério da Fazenda, troca de Joaquim Levy por Henrique Meirelles, votações de propostas no Congresso, etc. Sem avanços práticos nesta área, o mercado foi mais uma vez sacudido pelas prisões do líder do governo no Senado, o senador Delcídio do Amaral e do banqueiro André Esteves. O mercado começa a olhar agora possibilidade de o rebaixamento da nota de crédito do Brasil acontecer no curto prazo, a partir da visita dos profissionais da Standard & Poors ao Brasil, nesta semana. Esta possibilidade, embora já considerada pelo mercado poderá trazer mais pressão sobre o mercado, considerando que o rating de grandes empresas, também acaba sendo revisado para baixo. O cenário atual é de inflação em alta, aumento do desemprego, inadimplência, etc. Os juros já elevados e a manutenção da taxa Selic estável em 14,25% pelo Copom, mas com sinalização de uma possível alta na próxima reunião, poderá ditar o rumo dos ativos financeiros na virada do ano. Além disso, do lado político não faltam motivos para aumentar as preocupações dos investidores. Com base em tudo isto, a nossa expectativa para a Bovespa no mês de dezembro não é muito diferente daquela observada no começo de novembro. O bom desempenho do Ibovespa na maior parte de novembro foi reflexo da entrada de fluxo de capital estrangeiro o que poderá não se repetir neste mês pelo acúmulo de problemas neste final de ano, criando um cenário ainda pior para o começo de 2016. Rentabilidade Acumulada - Carteira Planner Desempenho Acumulado em 2015 Mês Carteira Planner Ibov. Dif. (%) Janeiro (4,64) (6,20) 1,56 Fevereiro 5,89 9,97 (4,08) Março (0,18) (0,84) 0,66 Abril 2,69 9,93 (7,24) Maio (4,90) (6,17) 1,27 Junho (2,10) 0,61 (2,71) Julho (1,22) (4,17) 2,95 Agosto (6,43) (8,33) 1,90 Setembro 0,63 (3,36) 3,99 Outubro 0,51 1,80 (1,29) Novembro (2,78) (1,63) (1,15) Dezembro - - - Acum. 2015 (12,42) (9,76) (2,66) Fonte: Planner Corretora e Economatica 115 110 105 100 95 90 85 80 75 70 Carteira Planner Ibovespa jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov Página 1

Desempenho da Carteira em Novembro A Carteira Planner encerrou novembro com queda de 2,78% ante uma desvalorização de 1,63% do Ibovespa. Do lado positivo ficaram: Arezzo, Suzano e Weg. Pesaram mais fortemente sobre a carteira, os papéis de Ferbasa, Taesa e BRF, nesta ordem, embora sejam empresas com perspectivas favoráveis. Portfólio Sugerido: Novembro/15 Empresa Tipo Código Bovespa Cot. Fech to R$ / Ação Preço Justo R$ / Ação Valoriz. Potencial (%) Peso na Carteira Oscilação - % % Contribuição Ibovespa Proposto nov/15 Ano Oscilação Valor de Mercado (R$ bi) Vol. Méd. Neg. / Dia (R$ milhões) Ambev ON ABEV3 18,64 20,00 7,3-2,36 17,69 7,02 10,0 (0,24) 292,3 224,0 Arezzo ON ARZZ3 22,00 26,00 18,2 4,76-15,99 0,00 10,0 0,48 2,0 3,0 BRF ON BRFS3 55,04 70,00 27,2-8,42-11,83 3,40 10,0 (0,84) 45,8 196,7 Ferbasa ON FESA4 6,37 8,50 33,4-13,80-20,57 0,00 10,0 (1,38) 0,6 1,3 Kroton ON KROT3 9,25 13,00 40,5-5,78-39,38 2,19 10,0 (0,58) 14,8 123,2 Lojas Renner ON LREN3 17,50 20,00 14,3-5,41 16,31 1,61 10,0 (0,54) 11,2 72,4 Suzano PNA SUZB5 19,00 19,00 0,0 15,53 71,57 1,09 10,0 1,55 20,7 104,0 Taesa UNIT TAEE11 17,62 21,00 19,2-11,46 1,66 0,00 10,0 (1,15) 6,1 15,1 Ultrapar ON UGPA3 62,73 74,00 18,0-6,37 24,90 2,79 10,0 (0,64) 34,2 121,3 Weg ON WEGE3 15,20 19,00 25,0 5,56 1,29 0,00 10,0 0,56 24,5 37,1 Ibovespa IBOV 45.120 57.700 27,88-1,63-9,76 18,09 100,0 (2,78) 5.785,3 IBRX IBRX 18.848-1,66-8,96 IBRX50 IBRX50 7.667-1,98-9,43 Fonte : Planner Corretora e Economatica Portfólio Sugerido para Dezembro Para o mês de dezembro seguimos com uma visão defensiva em relação ao comportamento da bolsa, diante da expectativa de mais notícias negativas do lado da economia e da política e com os investidores já olhando 2016 com dose mais forte de pessimismo. Portfólio Sugerido: Dezembro/15 Empresa Tipo Código Bovespa Cot. Fech to R$ / Ação Preço Justo R$ / Ação Valoriz. Potencial (%) Peso na Carteira Ibovespa Proposto Valor de Mercado (R$ bi) Vol. Méd. Neg. / Dia (R$ milhões) Ambev ON ABEV3 18,64 20,00 7,3 7,02 10,0 292,3 224,0 Arezzo ON ARZZ3 22,00 26,00 18,2 0,00 10,0 2,0 3,0 BRF ON BRFS3 55,04 70,00 27,2 3,40 10,0 45,8 196,7 Fibria ON FIBR3 57,23 70,00 22,3 1,55 10,0 31,7 86,4 Lojas Renner ON LREN3 17,50 20,00 14,3 1,61 10,0 11,2 72,4 SLC ON SLCE3 17,23 22,90 32,9 0,00 10,0 1,7 5,9 Suzano PNA SUZB5 19,00 19,00 0,0 1,09 10,0 20,7 104,0 Valid ON VLID3 43,00 47,00 9,3 0,00 10,0 2,8 15,1 Ultrapar ON UGPA3 62,73 74,00 18,0 2,79 10,0 34,2 121,3 Weg ON WEGE3 15,20 19,00 25,0 0,00 10,0 24,5 37,1 Ibovespa IBOV 45.120 57.700 27,88 17,45 100,0 5.785,3 IBRX IBRX 18.848 IBRX50 IBRX50 7.667 Fonte : Planner Corretora e Economatica Página 2

1. Ações mantidas na Carteira Ambev (ABEV3) Mantivemos a ação por mais um mês em nossa Carteira, porque acreditamos que a empresa continuará obtendo bons resultados, mesmo em um momento difícil da economia brasileira. No ano, a ação subiu 17,7% até 30/novembro, enquanto o Ibovespa caiu 9,8%. Um exemplo dos bons resultados da empresa foram seus números do 3T15. No trimestre, a Ambev teve um lucro líquido de R$ 3,1 bilhões (R$ 0,20 por ação), ficando 6,3% acima do 3T14. Apesar do mercado mais difícil, a unidade brasileira da Ambev conseguiu no 3T15 expandir seu volume total de vendas em 1,0%, com aumento de 9,4% no preço médio dos produtos vendidos, o que gerou um incremento de 10,5% na receita líquida. Nas outras regiões atendidas pela Ambev, ocorreram aumentos nos volumes de vendas, na receita e nos resultados que compensaram a fraqueza do mercado nacional. É importante destacar que neste ano, até setembro, a Ambev já distribuiu R$ 8,9 bilhões (R$ 0,57 por ação) aos acionistas na forma de dividendos e juros sobre o capital. Além disso, a empresa investiu no período, R$ 800 milhões na recompra de ações, o que também aumenta o retorno total da ação. Acreditamos que a Ambev continue remunerando bem seus acionistas no futuro. As ações da Ambev estão sendo negociadas com indicador Preço/Lucro de 20,7x para 2015 e 18,7x para 2016, considerando as projeções médias do mercado. O Preço Justo médio para ABEV3 é de R$ 20,30/ação, indicando um potencial de alta em 9%. Arezzo (ARZZ3) Seguimos com a Arezzo na carteira para novembro, mesmo com o cenário pouco animador em relação às vendas no comércio e varejo para este final de ano. Os resultados acumulados nos 9M15, mostraram crescimento de 7,4% no lucro líquido trimestral e de 4,2% no comparativo de 9 meses. Em termos de volume vendido, houve ligeira queda no volume de pares e crescimento nas vendas de bolsas, que são pouco representativas no volume total. A geração de caixa operacional foi positiva no 3T15, somando R$ 4,6 milhões, reflexo principalmente do maior lucro operacional do período e do impacto do aumento do capital de giro. A empresa encerrou o período com um caixa líquido de R$ 66,6 milhões. O lucro líquido acumulado em 2015 soma R$ 82,6 milhões, aumento de 4,2% sobre os 9M14. Acreditamos que a Arezzo consiga repetir bom resultado neste último trimestre de 2015 e sua ação deverá refletir este bom desempenho. BRF (BRFS3) Seus papéis registraram forte desvalorização em outubro e novembro, reflexo da queda de margem nas operações brasileiras e política de não repasse de custos para os preços no 3T15. Acreditamos numa oportunidade de posicionamento e por isso mantivemos o papel na nossa carteira. No consolidado, a BRF registrou no 3T15 uma Receita Líquida de R$ 8,3 bilhões (+14%), impulsionada pela expansão internacional da companhia (notadamente no Oriente Médio e África), influenciado positivamente pela valorização do dólar. O EBITDA por sua vez cresceu 35% totalizando R$ 1,52 bilhão, com a margem Ebitda passando de 15,6% para 18,6%. Nesse contexto, o lucro líquido veio 53% superior a igual trimestre do ano passado totalizando R$ 877 milhões. Destaque para a baixa alavancagem da companhia, dado que ao final de setembro o indicador dívida líquida/ebitda era de 1,24x para um endividamento líquido de R$ 6,9 bilhões. Lojas Renner (LREN3) No 3T15, a empresa registrou crescimento de 19,2% na receita líquida, 28,5% no EBITDA e 15,5% no lucro líquido, em relação ao 3T14. No acumulado de 9 meses o lucro líquido somou R$ 252,8 milhões, evolução de 29,5% sobre os 9M14. O bom desempenho do 3T15, foi atribuído à boa aceitação da coleção primavera-verão, combinada com o desempenho de vendas no Dia dos Pais e à alocação de produtos em lojas. Página 3

A ação da Lojas Renner teve queda forte no mês de novembro (5,4%) depois da divulgação de bons resultados nos 9 meses de 2015. Esta queda foi motivada, em parte, pelo ambiente negativo predominante em relação ao comportamento da economia e expectativa para este final de ano, a partir dos dados divulgados para o varejo e comércio. O aumento do desemprego, inadimplência, crédito mais caro, etc, acabam tendo impacto direto nas expectativas para o setor de consumo. No entanto, acreditamos que pela característica de atuação da Renner, com diversidade de produtos e ticket médio ao alcance da maior parte das classes de consumidores, os resultados do 4T15 ainda deverão refletir a força de venda da Companhia. Seguimos com recomendação de compra para a ação LREN3 considerando que o recuo da ação em novembro abre novo espaço para recuperação. Suzano (SUZB5) Seguimos com a Suzano em nossa Carteira acreditando que os bons fundamentos solidificados a partir do processo de maturação de sua unidade no Maranhão e pelo inicio da desalavancagem. Após um período de demanda mais fraca na Europa, esperamos a reversão deste cenário, somado ao câmbio favorável, que continuará impactando positivamente o EBITDA da Suzano. No 3T15, o EBITDA Ajustado totalizou R$ 1,5 bilhão com margem de 49,4%, reduzindo a relação dívida líquida/ebitda Ajustado de 3,3x no 2T15 para 3,0x 3T15. Ainda no 3T15, a Suzano apresentou receita líquida de R$ 3,0 bilhões, aumento de 50,8% em relação ao mesmo período do ano anterior e resultado líquido negativo de R$ 959 milhões. Na sua última reunião com profissionais de mercado, a administração da Suzano passou um quadro bastante otimista para o ano 2016 com destaque para o programa de redução do custo de produção/tonelada em fase de implementação na empresa além de enxergar espaço para novos reajustes de preços à frente. Ultrapar (UGPA3) Permanecemos com UGPA3 em nossa Carteira, em função da qualidade da empresa e da baixa volatilidade destas ações. A Ultrapar tem apresentado lucros crescentes ao longo dos anos, mas no 3T15 a empresa teve redução em seus resultados por conta dos custos do incêndio em seu terminal no Porto de Santos, além do aumento das despesas financeiras e da alíquota do Imposto de Renda. No 3T15, a Ultrapar teve crescimento nos volumes vendidos, receita e margens operacionais da maioria de suas controladas, mas o lucro líquido foi de R$ 296 milhões (R$ 0,54 por ação), valor 9,3% menor que mesmo período de 2014 e 10,0% inferior ao do 2T15. Porém, nos nove primeiros meses de 2015 o lucro líquido alcançou R$ 1,0 bilhão, maior em 15,5% que no mesmo período de 2014. Considerando nossas projeções, UGPA3 está sendo negociada com indicador Preço/Lucro de 26,3x para 2015 e 25,6x em 2016. Nossa recomendação é de Manutenção para a ação, com Preço Justo de R$ 74,00/ação, indicando um potencial de alta em 18%. Weg (WEGE3) - Estamos mantendo a ação na Carteira em função de nossa expectativa de continuidade de bons para a empresa. A Weg tem um histórico de crescimento contínuo de lucros, é muito bem gerida e tem 55% de suas receitas advindas de exportações e de vendas das subsidiárias no exterior, o que lhe garante uma grande resiliência à difícil conjuntura nacional. No 3T15, a Weg continuou sua trajetória de bons resultados. O lucro líquido atingiu R$ 265 milhões (R$ 0,16 por ação) no trimestre, valor 2,6% maior que no que 3T14. Nos primeiros nove meses de 2015, o lucro alcançou R$ 1,1 bilhão (R$ 0,48/ação), que foi 11,7% superior ao de igual período do ano passado. A receita líquida da Weg no 3T15 cresceu 23,9%, comparado ao do mesmo trimestre de 2014, devido principalmente ao aumento de 37,5% das exportações. Os principais mercados da Weg fora do Brasil são a América do Norte (38,2% das vendas no exterior) e a Europa com 24,6%. Página 4

As ações da Weg estão sendo negociadas com um indicador Preço/Lucro de 22,8x para 2015 e 18,5x em 2016, considerando as expectativas do mercado (Bloomberg). O Preço Justo médio é de R$ 17,43/ação, indicando um potencial de alta em 15%. 2. Ações retiradas da Carteira Ferbasa (FESA4) - Continuamos acreditando que a Ferbasa é uma excelente empresa e que suas ações estão sendo negociadas com múltiplos atrativos. Porém, retiramos a ação da Carteira porque depois de uma forte valorização de curto prazo a ação passou por uma realização de lucros, devolvendo todo o ganho anterior. A baixa liquidez da ação também ajudou para a queda no mês de novembro. Além disso, FESA4 saiu do MSCI Brazil, o que deverá reduzir ainda mais sua liquidez no futuro e isso já levou a ação a uma forte queda no último pregão do mês de novembro. A Ferbasa vem recuperando seus resultados no ano, após um primeiro semestre onde a empresa aumentou sua produção, mas reduziu as exportações, por conta de dúvidas na renovação de seu contrato de energia. Superado este problema, a Ferbasa conseguiu no 3T15 aumento de receita, margens e lucros na comparação com 3T14. O lucro líquido no 3T15 foi de R$ 42 milhões (R$ 0,47 por ação), um salto de 103,4% comparado ao 3T14. A empresa já divulgou sua receita líquida de outubro/2015, que atingiu R$ 100,4 milhões, um montante 70,7% maior que no mesmo mês do ano passado. No acumulado até outubro deste ano, a receita líquida foi de R$ 786,4 milhões, valor 10,7% superior ao do mesmo período de 2014. Nossa recomendação para FESA4 é de Comprar com Preço Justo de R$ 11,30/ação, o que indica um potencial de alta em 77%. Considerando nossas projeções, esta ação está sendo negociada com uma relação Preço/Lucro de 3,5x para os resultados de 2015 e 5,7x para 2016. Kroton (KROT3) Retiramos a ação de nossa Carteira, em função do noticiário envolvendo a diminuição da porcentagem do Fies repassada pelo governo para as instituições de ensino. Desse modo, a consolidação e o crescimento acelerado do setor através do lançamento de novas modalidades de ensino e expansão geográfica, mais uma vez se torna nebuloso, diante das incertezas em relação a eventuais medidas que possam ser tomadas pelo governo. Assim, embora ainda confiantes na sustentação dos bons fundamentos da Kroton, optamos pela sua substituição na carteira para dezembro. Nos 9M15 a empresa registrou receita liquida de R$ 3,93 bilhões, crescimento de 54,4% em relação ao mesmo período de 2014, com margem bruta de 68,1%, praticamente estável em relação aos 9M14. No mesmo período comparativo o EBITDA cresceu 57,2% somando R$ 1,66 bilhão e o lucro líquido atingiu R$ 1,38 bilhão, evolução de 56,3% sobre os 9M14. Taesa (TAEE11) A companhia atua no segmento de transmissão, com característica defensiva, baixa inadimplência, que lhe permite um fluxo de caixa previsível e sustentável. O foco de crescimento da companhia tem se dado principalmente através de operações de fusões e aquisições (M&A) e Leilões (projetos greenfields). Seus resultados refletem a consolidação de um modelo de negócios focado na eficiência operacional, simplificação da sua estrutura societária, crescimento sustentável e distribuição de dividendos. Mesmo assim, suas ações registraram um incremento de volatilidade e forte queda de preços. Nesse contexto, estamos retirando suas ações da nossa carteira mensal. Página 5

3. Ações incluídas na Carteira Fibria (FIBR3) Entramos com a ação em nossa Carteira, acreditando na continuidade da demanda por celulose no mercado mundial e também dos altos preços alcançados em 2015. Além disso, a valorização do dólar tem impacto positivo sobre seu faturamento uma vez que a empresa exporta praticamente toda sua produção. Do lado negativo, a variação cambial pesa sobre seu endividamento, o que acabou pesando sobre o resultado financeiro líquido e consequentemente sobre o resultado final. A expectativa é que neste quarto trimestre a relação da variação dólar médio versus dólar final seja favorável à Fibria e seu resultado final seja melhor do que o apresentado no 3T15. SLC Agrícola (SLCE3) A companhia registrou no acumulado do 9M15 um lucro líquido de R$ 86 milhões, 62% acima do 9M14, e que só não foi melhor, devido ao reflexo do câmbio na sua dívida e da forte pressão no fluxo de caixa. O EBITDA ajustado acumulou queda de 17% entre os períodos, totalizando R$ 188 milhões. A empresa vem buscando um equilíbrio entre crescimento, geração de caixa visando a redução do endividamento, e a distribuição de dividendos, com foco na melhoria de produtividade agrícola, maior eficiência operacional e alta escala de produção. Nesse contexto, aliado à forte demanda por alimentos e câmbio favorável, o 4T15 e os próximos anos devem registrar melhora de rentabilidade. O preço da ação ainda não reflete a valorização do portfólio de terras, no valor de R$ 3,4 bilhões, equivalente a R$ 34,40/ação. Valid (VLID3) Retornamos com a Valid à nossa carteira acreditando que a desvalorização da ação abre uma nova oportunidade para sua inclusão na carteira mensal, além de seu perfil mais defensivo pelo setor em que atua, menos exposto às flutuações do câmbio e peso da taxa de juros, considerando que a empresa possui uma situação financeira bastante confortável (relação dívida liquida/ebitda: 1,8x). No 3T15, mesmo com o cenário adverso, a companhia mostrou forte crescimento na receita líquida (+31.7%) somando R$ 1,19 bilhão no período de 9M15, crescimento de 27,0% se comparado aos 9M14. O EBITDA atingiu R$ 226,2 milhões, um aumento de 18,7% sobre os 9M14 e a margem EBITDA ficou em 18,5% nos 9M15, ligeiramente inferior ao mesmo período de 2014, mas ainda muito sólida. O lucro líquido aumentou 17,4% em 9 meses, somando R$ 109,5 milhões, ante os R$ 93,3 milhões dos 9M14. A Valid vem expandindo seus negócios no mercado externo, marcando presença notadamente nos Estados Unidos, em cujo mercado já vem conseguindo expandir seus negócios, com crescimento importante nas aquisições realizadas nos últimos anos. Página 6

Parâmetros do Rating da Ação Nossos parâmetros de rating levam em consideração o potencial de valorização da ação, do mercado, aqui refletido pelo Índice Bovespa, e um prêmio, adotado neste caso como a taxa de juro real no Brasil, e se necessário ponderação do analista. Dessa forma teremos: Compra: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for superior ao potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Neutro: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for em linha com o potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Venda: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for inferior ao potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. EQUIPE Mario Roberto Mariante, CNPI* mmariante@plannercorretora.com.br Luiz Francisco Caetano, CNPI lcaetano@plannercorretora.com.br Cristiano de Barros Caris ccaris@plannercorretora.com.br Ingrid Lima de Jesus ijesus@planner.com.br Victor Luiz de Figueiredo Martins, CNPI vmartins@plannercorretora.com.br Ricardo Tadeu Martins, CNPI rmartins@planner.com.br DISCLAIMER Este relatório foi preparado pela Planner Corretora e está sendo fornecido exclusivamente com o objetivo de informar. As informações, opiniões, estimativas e projeções referem-se à data presente e estão sujeitas à mudanças como resultado de alterações nas condições de mercado, sem aviso prévio. As informações utilizadas neste relatório foram obtidas das companhias analisadas e de fontes públicas, que acreditamos confiáveis e de boa fé. Contudo, não foram independentemente conferidas e nenhuma garantia, expressa ou implícita, é dada sobre sua exatidão. Nenhuma parte deste relatório pode ser copiada ou redistribuída sem prévio consentimento da Planner Corretora de Valores. (*) Conforme o artigo 16, parágrafo único, da ICVM 483, declaro ser inteiramente responsável pelas informações e afirmações contidas neste relatório de análise. Declaração do(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento), nos termos do art. 17 da ICVM 483 O(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento) envolvido(s) na elaboração deste relatório declara(m) que as recomendações contidas neste refletem exclusivamente sua(s) opinião(ões) pessoal(is) sobre a companhia e seus valores mobiliários e foram elaboradas de forma independente e autônoma, inclusive em relação à Planner Corretora e demais empresas do Grupo. Declaração do empregador do analista, nos termos do art. 18 da ICVM 483 A Planner Corretora e demais empresas do Grupo declaram que podem ser remuneradas por serviços prestados à(s) companhia(s) analisada(s) neste relatório. Página 7