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EXPEDIENTE Diretoria José Roberto Zimmerman CRM 52.13458-0 Milton Galper Posener CRM 52.13695-2 Leonardo Ferreira Zimmerman CRM 52.77204-6 Rogério Nogueira de Melo CRM 52.56012-8 Silnice Quintela Administradora Produzido por Selles & Henning Comunicação Integrada Projeto Gráfico Patrícia Ouvinha Editoração eletrônica Paulo Oliveira Jornalista Responsável Juliana Temporal MTB 19.227 Estagiária de Jornalismo Giselle Soares Índice ENTREVISTA Asma e rinite são os principais problemas alérgicos de inverno COMPORTAMENTO Poluição em grandes cidades pode provocar bronquite urbana ESPECIAL Campanha de vacinação contra o vírus H1N1 é considerada a maior do mundo ARTIGO A biodiversidade que habita o corpo humano 04 07 08 10 SAÚDE Vacinar adultos contra gripe reduz contágio em crianças 12 Unidades Centro Rua Sete de Setembro, 92 - salas 905 a 908 Tel: 2224-1594 Tijuca Rua Desembargador Izidro, 22 - Lj. B Tel: 3515-0800 Madureira Estrada do Portela, 99 Grupo 1101 1129 Vacinas: sala 1022 - Tel: 3359-4384 Niterói Rua da Conceição, 188 Sala 2308 Tel: 2622-1254 Administração: 3515-0800 Marcação de Consultas: 3515-0808 E-mail: posatendimento@alergoar.com.br www.alergoar.com.br CORPO HUMANO E SAÚDE Asma: doença crônica, sem cura, mas possível de ser controlada SAÚDE DA CRIANÇA Meningite e pneumonia são doenças preocupantes no inverno ACONTECE NA ALERGO AR Nova sinalização facilita deslocamento dos pacientes nas unidades 13 14 15

Inverno traz doenças características da estação Revista Alergo ar - Nº 2 Ano 1 / 2010 n esta segunda edição da Revista Alergo ar, vamos falar sobre o recém-chegado inverno. A trégua do calor estonteante do Rio de Janeiro traz consigo algumas doenças comuns da estação, que podem ser minimizadas ou até evitadas. Em entrevista, Dr. Clóvis Eduardo Galvão, Diretor da ASBAI (Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia), aborda quais são as doenças comuns da estação e, nas próximas páginas, você vai encontrar orientações de como evitá-las e perceberá que, na maioria dos casos, a vacina é uma das formas mais indicada. EDITORIAL A queda de temperatura pode provocar desconforto respiratório em pelo menos 20% da população brasileira Muito presente na infância, as vacinas também devem ser tomadas pelos adultos e podem evitar doenças comuns, porém desagradáveis, como a gripe, o que explica a matéria da seção Saúde. Já as crianças, podem desenvolver doenças mais graves na estação do frio, como a meningite e a pneumonia. Encontre na seção Saúde da Criança dicas de como mantê-las distantes destes males. A queda de temperatura pode provocar desconforto respiratório em pelo menos 20% da população brasileira, que pertencem ao grupo dos asmáticos. Sensíveis, eles devem ficar atentos para evitar o despertar das crises, conheça melhor a doença na seção Corpo Humano e Saúde. Na seção Especial, a vacina marca presença mais uma vez, agora, na maior campanha nacional de vacinação: contra a gripe H1N1. Superando o índice atingido pelos EUA e pelo México, o Ministério da Saúde comemora o sucesso da campanha que vacinou mais de 81 milhões de brasileiros, até a segunda semana de junho. Nesta revista, você aprenderá a manter a família saudável por todo inverno. 03

ENTREVISTA Asma e rinite são os principais problemas alérgicos de inverno Os principais vilões do frio são os ambientes fechados e roupas guardadas há muito tempo, que facilitam a proliferação de ácaros e fungos. Dentre os problemas alérgicos de inverno, destacam-se a asma e a rinite. A asma acomete de 10% a 25% da população no Brasil, dependendo da faixa etária. Cerca de 10 milhões de brasileiros convivem de forma persistente com a doença. A rinite atinge cerca de 26% das crianças e 30% dos adolescentes brasileiros. Os estados do norte e nordeste do país são os que apresentam maior prevalência da doença. As afirmações são do Dr. Clóvis Eduardo Galvão, Diretor da ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia. Dr. Clóvis Eduardo Galvão Diretor da ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia Alergo ar - Com a mudança da estação do ano (outono para inverno) quais as doenças alérgicas mais comuns que acometem à população e seus sintomas? Dr. Clóvis Eduardo Galvão - As doenças de inverno mais comuns são: asma, rinite, sinusite, gripe, resfriado e bronquite e os agentes causadores são, basicamente, o mofo e a poeira. Os principais vilões do frio são os ambientes fechados e roupas guardadas há muito tempo, que facilitam a proliferação de ácaros e fungos. Dentre os problemas alérgicos de inverno, destacam-se a asma e a rinite. A asma acomete de 10% a 25% da população no Brasil, dependendo da faixa etária. Cerca de 10 milhões de brasileiros convivem de forma persistente com a doença. Em todo o mundo, o número chega a 300 milhões de pessoas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). A asma é a quarta maior causa de hospitalização, correspondendo a cerca de 400 mil internações por ano em todo o país (Datasus, 2001). Esse índice equivale ao terceiro maior gasto do Sistema Único de Saúde (SUS) com uma doença específica, a um custo de aproximadamente R$ 111 milhões. Os custos da asma podem ser divididos em três tipos: os custos diretos (aqueles que podem ser calculados, como médicos, serviços de ambulância, cuidados domésticos, medicamentos e hospitalizações), os indiretos (relacionados a faltas ao trabalho, direitos previdenciários, faltas escolares, redução de produtividade) e os incalculáveis (o sofrimento humano pessoa e familiar). A maneira mais eficaz de reduzir os custos da asma é controlar a doença, por meio de diagnóstico e tratamento adequados. Para evitar crises e internações, é fundamental buscar orientação médica e seguir o tratamento prescrito. Aponta-se que 78% dos pa- 04

Revista Alergo ar - Nº 2 Ano 1 / 2010 cientes com asma têm, também, rinite alérgica e as duas doenças podem ser desencadeadas pelos mesmos alérgenos, que podem ser polens, mofos, pêlos de animais, os ácaros da poeira de casa e a barata. Segundo dados do International Study of Asthma and Allergies (ISAAC), estudo coordenado pelo Dr. Dirceu Sole, Presidente da Sociedade Latino- Americana de Alergia, Asma e Imunologia (SLAAI) e da ASBAI Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia, a rinite atinge cerca de 26% das crianças e 30% dos adolescentes brasileiros. Os estados do norte e nordeste do país são os que apresentam maior prevalência da doença, sendo Salvador a terceira cidade da América Latina no ranking de casos de rinite. Para o alergista, os recentes estudos têm mostrado que houve um aumento significativo no número de pacientes que sofrem de alergias na América Latina. Si n t o m as d a s Do e n ç a s: Os sintomas principais da rinite alérgica são: Espirros repetidos; Coriza líquida em geral abundante; Coceira nasal insistente (ou coçam também os olhos, os ouvidos, céu da boca e garganta); Mucosa nasal: congestionada, as narinas entopem; Olhos: avermelhados, irritados, lacrimejando e coçando; Sensação de escorrimento da secreção pela parte de trás do nariz, que pode provocar pigarro ou tosse insistente; Alteração de olfato e do paladar, tosse crônica noturna, sinusite, amigdalites, faringites e otites repetidas. No caso da asma, os principais sinais de alerta são: Tosse seca persistente - principalmente à noite; Sibilância (chiado no peito); Respiração mais rápida do que o normal; Falta de ar; Cansaço físico; Sensação de aperto ou dor no peito. Alergo ar - Quem são as pessoas mais afetadas pelas doenças alérgicas? Dr. Clóvis Eduardo Galvão - As crianças e os idosos são os que mais sofrem. A população pediátrica é a que mais apresenta crises respiratórias. Estima-se que a rinite alérgica acomete até 40% das crianças. A asma também é uma alergia respiratória muito comum nas crianças. É fundamental saber que gripes ou resfriados recorrentes, sinusites de repetição e mesmo sangramentos nasais podem estar relacionados a quadros de alergia. No caso da asma, além das crises de chiado, quadros de tosse recorrentes, pouca vontade de praticar esportes, podem esconder este diagnóstico. Pais alérgicos têm uma chance maior de gerar filhos com alergia. 05

Revista Alergo ar - Nº 2 Ano 1 / 2010 Embora considerada durante muitos anos uma doença da infância, a asma hoje ocupa uma prevalência cada vez mais alta na terceira idade. Uma crise de asma pode surgir pela primeira vez após os 60 anos de idade, ou ainda, uma pessoa que teve asma na infância pode voltar a ter sintomas na terceira idade. Entretanto, uma pessoa idosa pode ter falta de ar, tosse ou chiados e não ser asma. Por isso, deve-se ter o cuidado de procurar um médico especialista para confirmar o diagnóstico. Alergo ar - Como podemos evitar as doenças alérgicas nesta época do ano? No caso da asma, além das crises de chiado, quadros de tosse recorrentes, pouca vontade de praticar esportes, podem esconder este diagnóstico. Dr. Clóvis Eduardo Galvão - A melhor maneira de se ver livre dessas doenças e passar o inverno tranquilo é a prevenção. As principais recomendações que damos aos nossos pacientes são: manter os ambientes de casa e do trabalho limpos; trocar os lençóis de cama uma vez por semana; lavar as roupas de inverno, tanto de cama quanto de vestir, que ficaram guardadas durante o verão antes de usar; mesmo nos dias frios, deixar as janelas abertas para ventilar o ambiente e deixar o sol entrar; evitar sair de ambientes quentes e ir para lugares muito frio; evitar fumaça de cigarro e odores fortes como perfumes de limpeza da casa; manter uma alimentação saudável, rica em verduras, frutas e legumes, e tomar muita água. Alergo ar - Qual o tratamento indicado? Dr. Clóvis Eduardo Galvão - O tratamento pode ser feito por meio da higiene ambiental, medicamentos e/ou vacinas antialérgicas. Alergo ar - Alguma medida preventiva pode ser tomada em específico no inverno? Dr. Clóvis Eduardo Galvão - Seguem 10 dicas para imunizar o ambiente contra alergias: 1. É necessário seguir uma rotina de limpeza constante; 2. Use um pano úmido para limpar o pó antes que ele se disperse. Utilize máscara e luvas durante a limpeza; 3. Use um aspirador que tenha um filtro HEPA (High Efficiency Particulate Arrestance). Esse filtro reduz os alérgenos transportados pelo ar, prendendo ácaros e outras partículas, não as liberando novamente no ar; 4. Nunca use um espanador para retirar o pó. Ele apenas o espalha, adicionando mais alérgenos no ambiente; 5. Remova todo o carpete. Caso contrário, use carpetes baixos ao invés de felpudos, pois acumulam menos pó; 6. Lave todas as roupas de cama com água muito quente toda semana. Lave as proteções do colchão e os travesseiros a cada duas semanas; 7. Forre travesseiros e colchões com protetores herméticos de plástico ou vinil que são impermeáveis aos alérgenos. Travesseiros e colchões contêm material fibroso, ambiente ideal para o crescimento dos ácaros; 8. Remova velas do quarto, especialmente as de essências, que podem liberar substâncias irritantes ou prejudiciais; 9. Sempre que for tomar banho abra uma janela para reduzir a umidade. Os ácaros gostam de locais quentes e úmidos; 10. Animais de pelúcia devem ser lavados a cada semana e guardados, de preferência, longe da cama. 06

Poluição em grandes cidades pode provocar bronquite urbana A poluição presente no ar das grandes cidades pode desencadear diversas doenças respiratórias, dentre elas a bronquite urbana. Gases como monóxido de carbono, dióxido de carbono e de enxofre, que são despejados no ar por carros, indústrias e pelo cigarro, funcionam como um veneno para os pulmões. Segundo o professor da Faculdade de Medicina da USP, Paulo Saldiva, morar numa cidade grande e poluída como São Paulo, equivale a fumar quatro cigarros por dia. Inflamação da membrana mucosa dos brônquios, a bronquite faz com que os minúsculos cílios brônquicos deixem de eliminar o muco presente nas vias respiratórias. O acúmulo de secreção mantém os brônquios inflamados e contraídos, o que explica a tosse constante e com catarro. O Rio de Janeiro não apresenta níveis de poluição acima do que determina a Resolução CONAMA 003/1990, do Ministério da Saúde, mas ainda assim, as taxas causam transtornos aos moradores da cidade. Os mais afetados são os idosos e as crianças menores de cinco anos, que com frequência precisam de internação em decorrência dos males da poluição atmosférica. O principal poluente do ar é o fumo. Hábito comum entre os moradores das cidades, o fumo pode ser mais maléfico para os que cercam o fumante, do que para ele próprio. A fumaça que entra pela boca do fumante passa pelo filtro, enquanto a fumaça inalada pelas pessoas próximas a ele não tem nenhum tipo de triagem, podendo ter até três vezes mais monóxido de carbono. Quanto menores as partículas poluentes, maior o potencial para causar danos à saúde. Engano acreditar que a poeira levantada por carros em ruas sem asfalto é a mais perigosa. Esta provavelmente ficará retida nos cílios brônquicos maiores, que ficam no nariz e nem vai chegar ao pulmão. Enquanto que as partículas menores, que nem enxergamos, conseguem passar pelos cílios e chegam até o pulmão. A irritação repetida causada por estes invasores é que leva ao desenvolvimento da inflamação nos brônquios. Tendo em vista os males da poluição do ar e o crescimento desenfreado dos agentes poluentes, o Ministério da Saúde criou, em 2001, o Programa Nacional de Vigilância e Saúde Ambiental relacionada à Qualidade do Ar VIGIAR. O Programa tem como objetivo avaliar os riscos COMPORTAMENTO sofridos pela população e formular estratégias para o controle da poluição atmosférica. Medidas estão sendo providenciadas para a melhoria do ar, por enquanto, cabe à população algumas ações paliativas, como o consumo de bastante líquido, para diluir as secreções; o uso de máscaras protetoras, para quem trabalha diretamente com agentes irritantes; e evitar o cigarro de todas as formas, ou seja, não fumar e também manter distancia dos fumantes. Fontes: Ministério da Saúde, Site Dr. Dráuzio Varella, INCA e Conpet (Programa Nacional de Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural). 07

ESPECIAL Campanha de vacinação contra o vírus H1N1 é considerada a maior do mundo m esmo sem atingir a meta em todos os grupos, a campanha de vacinação contra o vírus H1N1 foi considerada pelo Ministério da Saúde a maior do mundo. A Campanha Nacional foi encerrada no dia 2 de junho e vacinou cerca de 73 milhões de pessoas. Dois grupos não chegaram à cobertura mínima de vacinados no término da Campanha Nacional. O primeiro foi o de adultos com idade entre 30 e 39 anos, que teve alcance de 60%. E o segundo o de crianças de 2 a menores de 5 anos, que teve apenas 10% do público-alvo vacinado. A Campanha Nacional de Vacinação contra o H1N1 terminou no último dia 2, mas os municípios devem continuar vacinando os grupos cuja cobertura vacinal ainda não atingiu o mínimo de 80%. A meta de vacinar pelo menos 80% do público-alvo foi atingida, entre doentes crônicos, crianças menores de 2 anos, adultos de 20 a 29 anos, trabalhadores de saúde e indígenas. Mas, a cobertura ainda ficou a desejar entre adultos de 30 a 39 anos (60%, com 17,5 milhões de vacinados e público-alvo de 29 milhões) e crianças de 2 a menores de 5 anos (10%, com 1 milhão de vacinados e públicoalvo de 9,6 milhões). Nesses dois grupos, nenhum Estado chegou a atingir 80% de cobertura. Apesar desses dois índices abaixo do esperado, o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão está satisfeito. Os números mostram o sucesso de nossa estratégia, uma vitória de todo o Sistema Único de Saúde e da sociedade brasileira, disse ele ao site do Ministério. A campanha brasileira foi a que alcançou os maiores números em todo mundo. Os Estados Unidos vacinou 24% da sua população, o México chegou a 20%, enquanto o Brasil atingiu a marca de 37%. Entre as grávidas, a cobertura chegou a 70% mas, neste caso, a estatística está dentro do esperado. O público-alvo foi calculado através da estimativa de nascimentos para todo ano, portanto, devem ser consideradas as gestantes que deram a luz antes da campanha e depois dela. O Ministério da Saúde tem grande preocupação com este grupo, pois é o mais vulnerável à doença. As gestantes representaram uma em cada três mortes causadas pelo vírus H1N1 este ano. Prorrogação e seus resultados Duas semanas após o término da Campanha Nacional de Vacinação, houve uma prorrogação e um salto nas estatísticas, mais oito milhões de pessoas foram vacinados. O Ministério da Saúde publicou nova parcial, no dia 17 de junho, que mostrou que mais de 81 milhões de brasileiros já tomaram a vacina. O que, segundo o Ministério, provou que a determinação de continuar vacinando deu certo e deve ser mantida. Mesmo com a prorrogação, os grupos que inicialmente não tinham atingido a meta continuam sem alcançá-la, mas com um considerável aumento. O grupo de crianças de 2 a menores de 5 anos chegou à marca de 40% do esperado, o que significa um aumento de dois milhões e meio de vacinados em relação ao número atingido no final da Campanha Nacional, no dia 2 de 08

Revista Alergo ar - Nº 2 Ano 1 / 2010 junho. E, o grupo de adultos de idade entre 30 e 39 anos chegou aos 70%, bem próximo a meta estipulada. O Ministério da Saúde acredita que o número de vacinação entre as crianças seja maior, pois algumas devem ter se vacinado junto a um outro grupo, o de menores de 2 anos que atingiu 119% da cobertura; ou na etapa do grupo de portadores de doenças crônicas. Superando a Campanha de Vacinação de contra a Rubéola em 2008, o total atingido pela Campanha contra o vírus H1N1, até 16 de junho, corresponde a 42% da população do país, o que garante ao Brasil a primeira posição como o país que mais vacinou em todo o mundo. Fonte: Ministério da Saúde. 09

ARTIGO A biodiversidade que habita o corpo humano "Diferentes pessoas são habitadas pelas mesmas bactérias, mas cada região de nosso corpo possui uma população característica de bactérias." Fernando Reinach Biólogo Comparando as populações presentes em cada uma dessas 972 amostras, foi possível descobrir algumas correlações importantes. B actérias não estão na lista dos seres vivos preferidos pela humanidade. Essas minúsculas criaturas contaminam nossos alimentos, provocam intoxicações e mortes. Muitas doenças são causadas por bactérias, da sífilis à tuberculose, passando por parte das pneumonias, das infecções urinárias, da garganta e de pequenos ferimentos. Não é sem motivo que a descoberta dos antibióticos é considerada uma das importantes da medicina. O que a maioria das pessoas desconhece é que, mesmo quando estamos perfeitamente saudáveis, centenas de espécies de bactérias chamam nosso corpo de lar, doce lar. Intestinos, boca, ouvido e pele são alguns dos lugares habitados por bactérias. Elas são importantes para nossa saúde, nos ajudam a absorver nutrientes e treinam nosso sistema imune a identificar outras bactérias causadoras de doenças. Ao ocupar muitos desses locais, as bactérias do bem im- pedem que as bactérias do mal (patogênicas) ocupem estes habitats. Os cientistas estimam que em nosso corpo existem dez vezes mais bactérias que células. Nosso corpo é constituído por aproximadamente 10 trilhões de células e abriga 100 trilhões de bactérias. Agora, pela primeira vez, um grupo de cientistas realizou um censo demográfico das populações de bactérias que habitam o corpo humano. O objetivo é conhecer quem mora onde e dessa maneira tentar estabelecer qual a população e a distribuição das bactérias em pessoas normais. Nove adultos saudáveis foram analisados. Cada pessoa foi examinada em quatro datas distintas ao longo de três meses. Em cada data foram coletadas amostras em 27 locais do corpo de cada pessoa. Dezoito locais recobertos por pele, como testa, axilas, braços, pernas e pé foram raspados para coletar amostras de bactérias. Cabelo, intestino, boca, cera do ouvido e secreção nasal tam- 10

Revista Alergo ar - Nº 2 Ano 1 / 2010 bém foram amostrados. Foram obtidas amostras de 27 habitats de cada uma das 9 pessoas em quatro datas distintas, um total de 972 amostras. De cada amostra, foi isolado o DNA das bactérias. Como os genes de cada espécie de bactéria é diferente e grande parte deles já é conhecido, bastou sequenciar todas as cópias de um único gene em cada amostra para identificar que espécies de bactérias estavam presentes e com que frequência. Foram identificadas centenas de espécies de bactérias, distribuídas em 22 filos (grandes famílias), mas a grande maioria delas (92%) pertencia a somente quatro filos (actinobactérias, firmicutas, proteobactérias e bacteriodetas). Comparando as populações presentes em cada uma dessas 972 amostras, foi possível descobrir algumas correlações importantes. Primeiro, as variações ao longo do ano não são muito grandes - os habitantes do seu nariz não mudam muito ao longo dos meses. Segundo, as variações entre os habitats em uma mesma pessoa são grandes: as bactérias que habitam locais muito diferentes como sua testa e suas fezes são diferentes, o que era de se esperar. A surpresa foi que habitats semelhantes, como a testa e as costas da mão, também são habitados por populações diferentes de bactérias. Além disso, foi descoberto que o mesmo habitat em diferentes pessoas (por exemplo, as testas de diferentes pessoas) é mais parecido entre si que habitats semelhantes em uma mesma pessoa (a testa e a mão de uma única pessoa). Com base em dados como esses, os cientistas concluíram que diferentes pessoas são habitadas pelas mesmas bactérias, mas que cada região de nosso corpo possui uma população característica de bactérias. As bactérias parecem ocupar os diferentes habitats presentes no corpo humano do mesmo modo que os vertebrados ocupam os habitats em uma floresta: aves na copa das árvores, peixes nos rios e mamíferos em terra firme. As 100 trilhões de bactérias que ocupam os habitats do nosso corpo parecem estar razoavelmente bem organizadas, cada uma em seu devido lugar. O fato de nosso corpo abrigar uma enorme biodiversidade de bactérias, organizadas em dezenas de habitats distintos, cumprindo funções específicas, nos torna um verdadeiro ecossistema, algo semelhante a uma enorme floresta tropical. Mais informações: Bacterial community variation in human body habitats across space and time. Science, vol. 326 Artigo publicado em O Estado de São Paulo, em 21/01/2010. 11

SAÚDE Vacinar adultos contra gripe reduz contágio em crianças M anter o calendário básico de vacinação das crianças em dia, e até pagar por algumas vacinas que não são fornecidas pelo serviço público, deve ser considerado uma prioridade em muitas famílias. Mas, a maioria das doenças é transmitida pelo contato próximo, como fala, espirros e secreções e, por isso, a vacinação em adultos é importante na prevenção de doenças nas crianças. A gripe, doença altamente contagiosa e muito c o m u m em todo mundo, pode ser evitada com hábitos de higiene e com a vacina contra o vírus causador, o influenza. A vacinação não oferece total imunida- de. Recebendo a vacina, o corpo passa a conhecer o vírus e já cria anticorpos contra ele e, caso ocorra contato com a doença, o organismo poderá responder de forma mais rápida, diminuindo a intensidade ou evitando que a doença se desenvolva. Deixar de vacinar o adulto é permitir que o vírus entre em casa através dos pais e possa chegar até o filho, que mesmo vacinado pode ter reações. A campanha de vacinação contra a gripe é realizada pelo Ministério da Saúde todo ano, desde 1999, e costuma acontecer nos meses que antecedem ao inverno. Fornecida pelo Ministério da Saúde, a vacinação é destinada apenas a idosos, devido a sua predisposição de desenvolver complicações como, por exemplo, a pneumonia. Fora da campanha, a vacina contra a gripe comum pode ser tomada por pessoas de qualquer idade e apresenta o mesmo efeito. Em adultos, o vírus dificilmente avança e causa uma doença mais grave, mas os sintomas - febre alta, dor muscular, dor de cabeça, cansaço e tosse seca - são desagradáveis em qualquer faixa etária. Recomenda-se a vacinação contra a gripe pelo menos uma vez ao ano, dois meses antes do inverno, para que, na chegada da estação fria, o corpo já esteja com altos níveis de anticorpos contra doença. A vacina contra a gripe pode ser encontrada em clínicas especializadas. E, não deve ser tomada por grávidas no 1º trimestre de gestação, bebês com menos de seis meses, pessoas com alergia a ovo e ao timerasol (substância encontrada no mercuriocromo e no mertiolate). Gr i p e X Re s f r i a d o Apesar de terem sintomas parecidos, a gripe é bem mais forte. O resfriado é causado por cerca de 200 vírus diferentes e, devido a essa diversidade, podemos desenvolver a doença dezenas de vezes em toda a vida. Já a gripe é causada por um vírus específico, o influenza. Este vírus está em constante mutação, portanto, a defesa desenvolvida pela primeira gripe pode não ser suficiente para impedir o desenvolvimento da segunda. Fontes: Ministério da Saúde e Site Dr. Dráuzio Varella. 12

Revista Alergo ar - Nº 2 Ano 1 / 2010 Asma: doença crônica, mas possível de ser controlada CORPO HUMANO E SAÚDE T osse frequente, chiado no peito e dificuldade para respirar são sintomas da asma, doença inflamatória e alérgica que atinge a 20% da população brasileira e é responsável por cerca de 350 mil internações por ano. É uma doença crônica, mas na maioria dos casos é possível controlá-la, para isso é necessário dedicação ao tratamento. As vias aéreas dos asmáticos são mais sensíveis e reagem exageradamente a alguns estímulos como fumaça de cigarro, ar frio e alérgenos. Elas incham e produzem maior volume de secreções e, por isso, acabam ficando estreitas, o que causa dificuldade para expirar o ar, criando a sensação de aperto. Apesar de atingir todas as idades, a doença costuma ser diagnosticada ainda na infância, pois o estímulo num sistema imunológico ainda não desenvolvido tem reações mais agressivas. A asma resulta de uma associação entre a herança genética e o contato com os estímulos alergênicos, por isso é frequentemente desenvolvida por mais de um membro da família. Entretanto, ter parentes asmáticos não significa ser portador da doença. O diagnóstico é fundamen- talmente clínico, ou seja, as queixas relatadas ao médico são de grande relevância, informações como o histórico familiar, a intensidade e a frequência dos sintomas são fundamentais. Os exames alérgicos e a prova de função pulmonar complementam o diagnóstico. O tratamento é dividido em três partes: o controle do ambiente, mantendo-o livre dos mais comuns agentes irritantes; tratamento aliviador que é adotado nos casos de crise, como por exemplo, os inaladores, conhecido como bombinhas ; e, o tratamento de manutenção, com broncodilatadores de longa duração e com medicamentos que agem na inflamação dos brônquios. Já as vacinas são úteis para diminuir a sensibilidade alérgica e assim reduzir as chances de uma crise. Junto ao tratamento médico, os asmáticos devem ficar atentos a algumas medidas no seu dia a dia. Evitar contato com os estímulos é fundamental, pois eles funcionam como gatilhos das crises. Objetos que retêm poeira, como carpetes e cortinas, devem ficar distantes; o pó dos móveis deve ser retirado com um pano úmido; evitar varrer a casa e se afastar quando isto estiver sendo feito. O uso do aspirador de pó não é recomendado, pois ele retém apenas as partículas maiores, enquanto que as mais finas ficarão dispersas no ambiente. As máscaras disponíveis em supermercados pouco auxiliam os asmáticos, uma vez que o pó passa pelo filtro. Se for necessária a realização de tarefas que envolvam os gatilhos, como por exemplo, varrer a casa, procure arejar o ambiente e dividir a tarefa em etapas, não ficando por muito tempo expostos aos agentes. Asma X Bronquite Popularmente, a asma é confundida com a bronquite. De fato, as duas doenças têm suas semelhanças, mas não são iguais. Bronquite significa inflamação dos brônquios, uma doença curável, que pode ser desenvolvida por qualquer indivíduo, através de uma gripe, um resfriado ou uma virose. A asma brônquica ou bronquite asmática é também uma inflamação de brônquios, porém esta não é eventual e sim crônica e, nesta, acontecem picos inflamatórios, os surtos. Fontes: ASBAI, ASBAI-RJ, Ministério da Saúde, Site Dr. Dráuzio Varella. 13

SAÚDE DA CRIANÇA Meningite e pneumonia são doenças preocupantes no inverno E vitar a entrada do vento, mantendo o ambiente fechado, e procurar calor humano, dividindo pouco espaço com muita gente, podem resolver os problemas do frio, mas é neste mesmo ambiente que muitas das doenças se propagam. A meningite e a pneumonia são duas das doenças mais preocupantes do inverno e acometem, em sua maioria, as crianças. Visando reduzir a mortalidade infantil causada por estas doenças, que o Ministério da Saúde incluiu mais duas vacinas no calendário básico: a pneumocócica 10-valente, que previne a bactéria causadora de meningites e pneumonias pneumocócicas; e a anti-meningococo C, que evita a doença meningocócica. Com as novas vacinas, pretende-se diminuir em 83% o número de internações causadas por pneumonia nos próximos cinco anos. A meningite é uma inflamação que atinge as meninges (membranas que protege o cérebro). Na maioria das vezes, a transmissão da doença acontece de pessoa para pessoa, através da fala, tosse ou de um espirro. Os sintomas são febre alta, dor de cabeça, rigidez no pescoço e moleza. Como crianças pequenas não sabem relatar estas queixas, cabe aos pais prestar atenção a estes sintomas, principalmente com menores de cinco anos. Considerada uma doença grave, ela pode ser causada por um vírus, uma bactéria, fungos ou parasitas. A viral é considerada a mais leve, enquanto a bacteriana (contemplada pela nova vacina) é a mais grave, que casou 114 mortes só nos quatro primeiros meses de 2009, segundo dados do Ministério da Saúde. O tratamento é feito em regime de internação, com uso de antibióticos, e todos os casos devem ser comunicados à vigilância sanitária. Assim como a meningite, a pneumonia pode ser causada por um vírus, uma bactéria ou um fungo. Os agentes infectantes da pneumonia não são transmitidos facilmente. Dor toráxica, febre e tosse com secreção e falta de ar são sintomas comuns. Quando causado por uma bactéria, o tratamento é feito com antibióticos; já nos casos de infecção por vírus, o próprio organismo costuma tratar de eliminar o causador da doença. O tratamento em crianças geralmente é feito com internação hospitalar devido a complicações próprias da doença, como a dificuldade de respirar. Ter contato com as bactérias não significa desenvolver uma das duas doenças, pois o organismo se defende com anticorpos. As crianças de seis meses a um ano são as mais vulneráveis, justamente por não terem desenvolvido os anticorpos para combater a bactéria. Além das novas vacinas contra as bactérias, outras recomendações são importantes como forma de prevenção: não exponha as crianças a mudanças bruscas de temperatura; manter uma dieta rica em vegetais e frutas, para reforçar o sistema de defesa; mantenha a higiene do ambiente e das mãos; e evite aglomerações, principalmente em locais fechados. A vacina a pneumocócica 10- valente começou a ser oferecida em março deste ano, em todo território nacional, e a anti-meningococo C estará disponível a partir do mês de agosto. Com a inclusão destas duas, o Calendário Básico de Vacinação do Ministério da Saúde passará a ter 13 tipos de vacinas para proteger contra 19 doenças diferentes. Febre alta em crianças não deve ser desprezada. Procure logo um médico para descobrir o motivo. Fonte: Ministério da Saúde e Site Dr. Dráuzio Varella. 14