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Transcrição:

1. (Uel 2015) Leia o texto a seguir. As ideias produzem as imagens de si mesmas em novas ideias, mas, como se supõe que as primeiras ideias derivam de impressões, continua ainda a ser verdade que todas as nossas ideias simples procedem, mediata ou imediatamente, das impressões que lhes correspondem. HUME, D. Tratado da Natureza Humana. Trad. De Serafim da Silva Fontes. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001. p.35. Com base no texto e nos conhecimentos sobre a questão da sensibilidade, razão e verdade em David Hume, considere as afirmativas a seguir. I. Geralmente as ideias simples, no seu primeiro aparecimento, derivam das impressões simples que lhes correspondem. II. A conexão entre as ideias e as impressões provém do acaso, de modo que há uma independência das ideias com relação às impressões. III. As ideias são sempre as causas de nossas impressões. IV. Assim como as ideias são as imagens das impressões, é também possível formar ideias secundárias, que são imagens das ideias primárias. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 2. (Enem 2015) Todo o poder criativo da mente se reduz a nada mais do que a faculdade de compor, transpor, aumentar ou diminuir os materiais que nos fornecem os sentidos e a experiência. Quando pensamos em uma montanha de ouro, não fazemos mais do que juntar duas ideias consistentes, ouro e montanha, que já conhecíamos. Podemos conceber um cavalo virtuoso, porque somos capazes de conceber a virtude a partir de nossos próprios sentimentos, e podemos unir a isso a figura e a forma de um cavalo, animal que nos é familiar. HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1995. Hume estabelece um vínculo entre pensamento e impressão ao considerar que a) os conteúdos das ideias no intelecto têm origem na sensação. b) o espírito é capaz de classificar os dados da percepção sensível. c) as ideias fracas resultam de experiências sensoriais determinadas pelo acaso. d) os sentimentos ordenam como os pensamentos devem ser processados na memória. e) as ideias têm como fonte específica o sentimento cujos dados são colhidos na empiria. 3. (Ufsj 2013) Leia atentamente os fragmentos abaixo. I. Também tem sido frequentemente ensinado que a fé e a santidade não podem ser atingidas pelo estudo e pela razão, mas sim por inspiração sobrenatural, ou infusão, o que, uma vez aceita, não vejo por que razão alguém deveria justificar a sua fé.... II. O homem não é a consequência duma intenção própria duma vontade, dum fim; com ele não se fazem ensaios para obter-se um ideal de humanidade; um ideal de felicidade ou um ideal de moralidade; é absurdo desviar seu ser para um fim qualquer. III. (...) podemos estabelecer como máxima indubitável que nenhuma ação pode ser virtuosa ou moralmente boa, a menos que haja na natureza humana algum motivo que a produza, distinto do senso de sua moralidade. IV. A má-fé é evidentemente uma mentira, porque dissimula a total liberdade do compromisso. No mesmo plano, direi que há também má-fé, escolho declarar que certos valores existem antes de mim (...). Os quatro fragmentos de texto acima são, respectivamente, atribuídos aos seguintes pensadores a) Nietzsche, Sartre, Hobbes, Hume. b) Hobbes, Nietzsche, Hume, Sartre. c) Hume, Nietzsche, Sartre, Hobbes. d) Sartre, Hume, Hobbes, Nietzsche. 4. (Ufsj 2013) Sobre as qualidades úteis da mente, descritas por David Hume, é CORRETO afirmar que a) são aquilo que se pode primeiramente experimentar na arte de raciocinar. b) elas são retratadas no sentido vulgar, pois são diametralmente opostas ao poder e ao bom senso ou razão. c) determinam que as virtudes, como a simpatia, por exemplo, tenham a força ideal a posteriori para o bemestar das sociedades humanas. d) essas virtudes formam a principal parte da moral. 5. (Ufsj 2013) Segundo David Hume, Todo raciocínio abstruso apresenta um mesmo inconveniente, porque a) pode silenciar o antagonista sem convencê-lo; e para nos darmos conta de sua força, precisamos dedicar-lhe um estudo tão intenso quanto o que foi necessário para sua invenção. b) impregna a mente humana com conceitos do idealismo que o induzem ao holismo moderno. c) justifica a disposição que a mente humana tem para se inclinar ao silogismo moderno. d) convida o raciocínio a enigmáticas considerações, direcionando-o ao ceticismo quinhentista.

6. (Ufsj 2013) Para David Hume, os homens são, em grande medida, governados pelo interesse e isso é perfeitamente visível, já que a) tradicionalmente o interesse tem sido visto de dentro para fora, como algo que observamos em nós mesmos, mais do que alguma coisa que outros possam exibir. b) mesmo quando estendem suas preocupações para além de si mesmos, não as levam muito longe; na vida corrente não é muito comum olhar para além dos amigos mais próximos e dos conhecidos. c) vão traduzindo a necessidade que eles têm de se relacionar a partir de um interesse particular, e isso vem somar-se à sua capacidade para a socialização para o seu próprio bem-estar. d) as suas atitudes morais traduzem as suas condutas solipsistas votadas aos mais distintos interesses materiais e espirituais. 7. (Enem 2012) TEXTO I Experimentei algumas vezes que os sentidos eram enganosos, e é de prudência nunca se fiar inteiramente em quem já nos enganou uma vez. TEXTO II DESCARTES, R. Meditações Metafísicas. São Paulo: Abril Cultural, 1979. Sempre que alimentarmos alguma suspeita de que uma ideia esteja sendo empregada sem nenhum significado, precisaremos apenas indagar: de que impressão deriva esta suposta ideia? E se for impossível atribuir-lhe qualquer impressão sensorial, isso servirá para confirmar nossa suspeita. HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento. São Paulo: Unesp, 2004 (adaptado). Nos textos, ambos os autores se posicionam sobre a natureza do conhecimento humano. A comparação dos excertos permite assumir que Descartes e Hume a) defendem os sentidos como critério originário para considerar um conhecimento legítimo. b) entendem que é desnecessário suspeitar do significado de uma ideia na reflexão filosófica e crítica. c) são legítimos representantes do criticismo quanto à gênese do conhecimento. d) concordam que conhecimento humano é impossível em relação às ideias e aos sentidos. e) atribuem diferentes lugares ao papel dos sentidos no processo de obtenção do conhecimento. 8. (Ueg 2012) David Hume nasceu na cidade de Edimburgo, em pleno Século das Luzes, denominação pela qual ficou conhecido o século XVIII. Para investigar a origem das ideias e como elas se formam, Hume parte, como a maioria dos filósofos empiristas, do cotidiano das pessoas. Do ponto de vista de um empirista, a) não existem ideias inatas. b) não existem ideias abstratas. c) não existem ideias a posteriori. d) não existem ideias formadas pela experiência. 9. (Ufsj 2012) Os termos impressões e ideias, para David Hume, são, respectivamente, por ele definidos como a) nossas percepções mais fortes, tais como nossas sensações, afetos e sentimentos; percepções mais fracas ou cópias daquelas na memória e imaginação. b) aquilo que se imprime à memória e nos permite ativar a imaginação; lampejos inéditos sobre o objeto e sua natureza. c) o que fica impresso na memória independentemente da força: ação de criar a partir do dado sensorial. d) vaga noção do sensível; raciocínio com força de lei que legitima a natureza no âmbito da razão. 10. (Ufsj 2012) David Hume afirma que a razão, em sentido estrito e filosófico, só pode influenciar nossa conduta de duas maneiras, a saber: a) a razão por si só funda a moral humana e como tal nela encontra respaldo para instaurar influências, além disso, reduz o campo de influência dogmática sobre a conduta humana. b) ao reconhecer o estatuto racional que fundamenta e legitima a paixão, a moral se estabelece como consequência dessa razão em si mesma, além de determinar o sujeito que age. c) despertando uma paixão ao nos informar sobre a existência de alguma coisa que é um objeto próprio dessa paixão ou descobrindo a conexão de causas e efeitos de modo a nos dar meios de exercer uma paixão qualquer. d) razão e ação prática são princípios ativos fundamentais que conferem poderes aos corpos externos ou às ações racionais ou se fundam, exclusivamente, na intenção que é peculiar ao indivíduo. 11. (Ufu 2012) O texto abaixo comenta a correlação entre ideias e impressões em David Hume. Em contrapartida, vemos que qualquer impressão, da mente ou do corpo, é constantemente seguida por uma ideia que a ela se assemelha, e da qual difere apenas nos graus de força e vividez. A conjunção constante de nossas percepções semelhantes é uma prova convincente de que umas são as causas das outras; [...]. HUME, D. Tratado da natureza humana. São Paulo: Editora da Unesp/Imprensa Oficial do Estado, 2001. p. 29. Assinale a alternativa que, de acordo com Hume, indica corretamente o modo como a mente adquire as percepções denominadas ideias. a) Todas as nossas ideias são formas a priori da mente e, mediante essas ideias, organizamos as respectivas impressões na experiência.

b) Todas as nossas ideias advêm das nossas experiências e são cópias das nossas impressões, as quais sempre antecedem nossas ideias. c) Todas as nossas ideias são cópias de percepções inteligíveis, que adquirimos através de uma experiência metafísica, que transcende toda a realidade empírica. d) Todas as nossas ideias já existem de forma inata, e são apenas preenchidas pelas impressões, no momento em que temos algum contato com a experiência.

Gabarito: Resposta da questão 1: David Hume no Tratado sobre o entendimento humano estabelece princípios de uma filosofia empirista radical levando aos extremos a maneira pela qual compreendemos e conhecemos a realidade. Segundo suas teorias ele coloca que as ideias simples derivam de impressões captadas pelos sentidos, existindo assim uma relação entre as impressões simples e as ideias simples. Desta maneira, estabelecemos uma forte conexão entre as impressões e as ideias, sendo que tanto as ideias quanto as impressões exercem influência uma sobre a outra, o que vai condicionar nosso modo de entendimento. Assim, a conexão estabelecida pelo número de impressões que adquirimos, pela observação e experimentação de um número específico de casos, criando um hábito do entendimento que criar uma dependência das impressões em relação às ideias e, das ideias em relação às impressões. Das ideias primárias se formam as ideias secundárias que seriam as extrapolações realizadas e estabelecidas por uma conjunção entre causa e efeito que atribuímos como verdadeiras pela repetição ao que formos submetidos. Contudo, isto não pode ser feito, pois o que observamos são fenômenos isolados que se apresentam juntos, não percebemos a relação entre eles, derivamos esta relação pela impressão, mas sem, contudo verificar esta impressão. Desta forma, os itens [II] e [III] não correspondem as teorias descritas por Hume. Resposta da questão 2: Hume, sendo empirista, considera que os pensamentos são produzidos pela associação de ideias obtidas pelas sensações do homem, tal como afirma corretamente a alternativa. Resposta da questão 3: Thomas Hobbes (1588-1679) foi um filósofo inglês que hoje é mais conhecido pela sua filosofia política. Na sua principal obra, o Leviatã, o autor estabelece a fundação de uma grande tradição do pensamento político, a tradição contratualista. Apesar de favorecer na sua teoria o governo absoluto de um monarca, ele também desenvolveu pontos decisivos do liberalismo: o direito individual, a necessidade do caráter representativo do poder político, etc. Friedrich Nietzsche (1844-1900) foi um filósofo alemão ocupado principalmente com a questão da fundamentação da moral. Para ele não há qualquer fundamento indiscutível para a moral e, por conseguinte, a ação se justifica por ela mesma e não pela sua conformação com algum código. Sua filosofia é extremamente inspirada nos pensadores pré- socráticos e se organiza através de um método genealógico. David Hume (1711-1776) foi um filósofo escocês dedicado ao desenvolvimento do empirismo e do ceticismo. No seu pensamento a ação moral não possui um caráter absolutamente racional, pois uma ação não pode ser movida unicamente pela razão, ela necessita também das paixões. Jean-Paul Sartre (1905-1980) foi um filósofo francês central para o desenvolvimento da tradição existencialista. Sua ideia fundamental era a de que os homens são condenados a ser livres e com isso ele promove uma inversão, a saber, que a existência precede a essência, ou seja, não existe um criador que nos forma, porém nos formamos durante nossa existência através daquilo que projetamos e realizamos. A existência é primordialmente uma responsabilidade. Resposta da questão 4: [D] A maioria das pessoas concordará prontamente que as qualidades úteis da mente são virtuosas justamente por causa da sua utilidade (D. Hume, T, III, III, IV, 2). O pensamento moral de Hume é baseado na motivação, isto é, a ação moral é motivada pelos sentimentos morais que estabelecem as razões deste comportamento; a moral excita as paixões prevenindo ou motivando as ações e a razão sozinha é incapaz de defender a necessidade de qualquer ação correta. Resposta da questão 5: O hábito é o grande guia da vida humana no sentido de que nenhuma questão de fato é resolvida por algo além dele. Como Hume diz, sem a ação do hábito, ignoraríamos completamente toda questão de fato além do que está imediatamente presente à memória ou aos sentidos (D. Hume. Investigações sobre o entendimento humano. In Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p. 152). Sendo assim, o homem é apenas capaz de crer que a relação de causa e efeito entre a chama e o calor, por exemplo, se mantenha persistente. A crença é um resultado necessário da mente observar regularidades diferentemente da ficção que é uma formulação com aparência de realidade e sem um lastro sensitivo. Nesse sentido, um raciocínio impenetrável é inconveniente, pois estabelece uma ficção capaz de convencer pela sua aparência de realidade, porém incapaz de se demonstrar pela sua ausência de lastro sensitivo. Resposta da questão 6: Para Hume, nada orienta mais efetivamente as ações dos homens que suas opiniões. Certamente, os homens são governados pelo seu interesse, sua razão é refém de suas paixões, e a construção de uma opinião define em geral o

comportamento de um indivíduo. A opinião sobre o que é relevante aos seus e seus próximos constitui a motivação básica da ação moral de um homem. Resposta da questão 7: [E] Da dúvida sistemática e generalizada das experiências sensíveis, Descartes espera começar a busca por algum ponto firme o suficiente para ser possível se apoiar e não duvidar. O chão deste mar de dúvidas no qual o filósofo está submerso é esta única coisa da qual ele não pode duvidar, mesmo se o gênio maligno estiver operando. Esta certeza é a certeza sobre o fato de que se o gênio maligno perverte meus pensamentos, ele nunca poderia perverter o próprio fato de que eu devo estar pensando para que ele me engane. Então, se penso, existo. David Hume (1711-1776), influenciado pela filosofia de John Locke (1632-1704), parte de uma noção da mente humana segundo a qual o homem não possui ideias inatas, porém todas elas provêm da experiência sensível para compor o conhecimento. Sendo assim, o homem conhece a partir das impressões e das ideias que concebe a partir da experiência. De experiências habituais ele constrói conhecimentos baseados em matérias de fato e relações entre ideias. Os conhecimentos sobre matérias de fato são empíricos, portanto, apenas mais ou menos prováveis, já os conhecimentos sobre relações de ideias são puros, portanto, sempre certos sem, todavia, se referir a qualquer realidade sensível. Resposta da questão 11: Hume começa sua teoria dividindo todas as percepções mentais entre ideias (pensamentos) e impressões (sensações e sentimentos) e, então, faz duas alegações fundamentais sobre a relação entre elas. Primeiramente, ele alega que todas as ideias são, no final das contas, cópias das impressões, ou seja, para qualquer ideia que nós tomarmos, encontraremos seus componentes nas sensações externas ou nos sentimentos internos. Segundamente, ele alega que a única diferença entre uma ideia e uma impressão está na vivacidade de uma e de outra, isto é, a única diferença entre a impressão da árvore e a ideia da árvore está na força da sua presença no intelecto. Desse modo, ideias são cópias das impressões e as ideias e impressões diferem na vivacidade da sua presença intelectual. Resposta da questão 8: O empirismo opõe-se ao inatismo ao considerar que as ideias se originam somente da experiência. Essa diferença pode ser bem observada quando se compara a visão de David Hume com a de René Descartes, para quem as ideias verdadeiras surgem de forma inata no sujeito cognoscente. Resposta da questão 9: A alternativa é a única correta. As impressões são as nossas percepções mais fortes, enquanto as ideias são percepções mais fracas. Nessa concepção está expresso o empirismo de David Hume. Resposta da questão 10: [C] A alternativa [C] é a única correta, e corresponde a uma afirmação de David Hume em seu texto Tratado sobre a natureza humana. Essa passagem se insere numa argumentação a respeito da moral, que leva Hume a considerar que a distinção entre o bem o mal não pode ser feita por princípios da razão.