1 Princípios para a vida #2 Dominar e Cultivar, segundo Deus Gênesis 1: 28; 2:15 28 E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra. 5 E tomou o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar. Introdução: Meditando nas Escrituras compreendi três princípios implícitos na narrativa da criação, que são aplicáveis a qualquer instância, seja no trabalho, estudo ou família. Na verdade, entendo que compreendi algo sobre a economia de Deus. A palavra Economia não refere-se somete às finanças, mas especialmente às movimentações humanas, no sentido de administrar a vida e seus recursos. Por essa razão é que os economistas estudam, além de matemática financeira, estatística, sociologia, história e filosofia. Assim, a Economia de Deus aborda caminhos mostrados na criação e falam sobre como a humanidade poderia e deveria se organizar. Estamos meditando sobre três princípios essenciais da Criação. Claro que a Economia de Deus não pode ser resumida a três princípios. No entanto, escolhi três, porque acredito que são necessários para a igreja de nossos dias e especificamente para nossa comunidade. 1. O primeiro deles é a unidade. Deus nos criou a partir de sua própria unidade e por isso, também nos criou com o propósito de refletirmos essa unidade. Ora, se Deus é unidade, e nos criou com o propósito de nos relacionarmos com Ele, então, naturalmente, nos criou com a unidade como princípio básico da vida. 2. Há muitas formas da bíblia explicar isso:
2 A. Deus formou Adão do pó da terra. Isso significa que Adão é um-com-a-terra, porque tem a natureza da terra. B. Deus soprou em suas narinas o fôlego da vida. Isso significa que Adão é um-com-deus, porque recebeu a natureza de Deus. C. Depois, Deus formou a mulher da costela de Adão e eles comungam pelo princípio da unidade que neles está Isso tudo é demonstrado pela frase que foi colocada por Moisés, o escritor do gênesis, na boca de Adão: Esta sim, é osso dos meus ossos e carne de minha Carne Será chamada mulher, porquanto, foi tomada do homem. Isto é, mesma natureza tem química congruente Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, se unirá à sua mulher e os dois serão uma só carne. D. Assim, temos que: D.1 Adão tem a unidade com a terra e com Deus D.2 A partir de Adão, Deus fez Eva, que tem unidade com Adão, com a terra e com Deus, porque todos essas realidades estão inclusas em sua criação. 3. Mas a história não parou aqui. O pecado quebrou a unidade e provocou a separação. 3.1 O pecado causou separação entre Deus e o homem e entre os seres humanos: i. Acusações mútuas aqueles que eram um sofreram abalos em sua relação: Foi a mulher que me deste 3.2 Ambos saíram do paraíso, separando-se de Deus 4. Assim entendemos que a unidade é a natureza humana e que a divisão, que é fruto do pecado, é nossa doença. É a causa de todas as nossas dores.
3 Quando brigamos em casa, o dia se torna péssimo porque nos sentimos separados daqueles a quem nos unimos. Separações e rompimentos são em geral traumáticos, porque quebram unidades. Proposição: Além da condição humana para a unidade, Deus entregou duas missões ao seres humanos: Cultivar e Dominar. É verdade: I. Deus nos mandou cultivar e dominar a terra e a criação. 1. Todavia, por causa do rompimento da unidade, desenvolvemos um estilo de ser e também uma economia que vai contra Deus e seus propósitos na criação. Como resultado: 1. Escravizamos a terra. 2. Dominamos nosso semelhante. 3. estabelecemos um desgoverno e tudo se desequilibrou. 2. Cultivar a terra é o mesmo que garantir nossa subsistência e a das próximas gerações e também a subsistência e saúde da própria terra, dando-lhe condições para que ela descanse. Deus entregou a Israel leis sobre o uso da terra. Uma delas era o ano sabático da terra. Assim como os seres humanos precisam de descanso, o resto da criação também precisa - Ex 23:10-11 "Plantem e colham em sua terra durante seis anos, mas no sétimo deixem-na descansar sem cultivá-la. Esse texto guarda resquícios de uma economia capaz de respeitar o ser humano, os animais e a terra. No entanto, tudo em nosso mundo tornou-se produto industrializado. Perdemos a visão da unidade e do domínio. Duas ações são emblemáticas porque mostram o quanto quebramos a economia de Deus, descrita neste versículo:
4 a. Na antiguidade, a escravidão mostra que dominamos o próximo e usurpamos sua liberdade, fazendo dele um negócio. b. Na modernidade, a Revolução Industrial mostra que dominamos a natureza e fizemos dela um negócio. A natureza tornou-se insumo de uma indústria extrativista. A terra e os animais produzem a ritmo escravo e como resultado, muitos solos deixaram de ser férteis e muitas espécies e animais foram descontinuadas da natureza. Somente nos últimos 20 anos 11 espécies foram extintas Em 1994 foi extinto o Pica-pau bico-de-marfim Em 2009 morreu o último espécime do Íbex na Grécia. Em 24 de junho de 2012 morreu a última tartaruga gigante de Galápagos A descontinuidade de uma espécie causa desequilíbrio nas outras, que vivem o princípio do todo. Conseguimos a proeza de contaminar o mar: A vigilância sanitária já recomenda que devemos evitar comer: Cação, Tucunaré, Pescada, Tainha, Cavala, Garoupa,
5 Arenque e Camarão do mar. Motivo: Alta concentração de Mercúrio metal pesado tóxico. Isso tem acontecido porque os conceitos bíblicos de domínio e de cultivo foram deturpados. 1. DOMINAR Deus criou o mundo com propósitos específicos e uma economia baseada em equilíbrio. Na economia de Deus não se pode dominar sem responsabilizarse Para Deus, dominar a terra é o mesmo que ser guardião da terra. 2. Igualmente, CULTIVAR Cultivar é tornar algo fértil O cultivo da terra envolve o processo de plantar, colher e cuidar para que a terra seja sempre fértil, para as gerações futuras. 3. Mas nossa relação com a terra se corrompeu de modo que Dominar e Cultivar tornaram-se o mesmo que Explorar e Saquear. - A economia cíclica foi quebrada Nossa relação com o próximo se corrompeu e procuramos dominá-lo, no sentido de explorá-lo. Transição: Como tudo isso se aplica a nós, na igreja? Vou falar da igreja de Jesus, porque percebo nela uma forte quebra desses valores. Mas esses princípios são válidos para sua família, para seu emprego e para tudo o mais que você puser nas mãos III. Como resultado da perda da noção de que fazemos parte, há a quebra dos princípios de cultivo e domínio.
6 Se você não se sente parte, não há como e nem porque cultivar e nem como zelar. Isso explica o pouco envolvimento das pessoas nas comunidades de fé. Elas apenas frequentam. Não fazem parte. Mantemos a lógica de uma economia exploratória e industrial.: Se frequento, mas não a cultivo e nem cuido, sou apenas extrator e estou contra o princípio de Deus e mais: Condenarei a comunidade à extinção: Se não falo de Cristo aos meus amigos estou condenando a obra de Deus à extinção, pois Deus nos colocou como suas testemunhas (At 1:8). Se não coopero com os projetos, estou condenando a obra de Deus à mesma extinção dos animais, pois Deus me colocou como cooperador e mantenedor de sua obra. Se não me envolvo com as pessoas e os meios que a igreja oferece de envolvimento, tais como PGs, Dia das mães, Convivências e demais atividades que edificam e integram, estou contribuindo para a despersonalização tome conta da igreja de Jesus e assim estou condenando-a à perda de sua razão de ser, que é ligar pessoas a Deus. Se desfruto do ministério infantil. Deixo meus filhos lá, mas não me importo se as pessoas estão sobrecarregadas ou não. o E PENSO: Enquanto estiver me servindo está tudo bem... No dia que eu achar que não me serve, simplesmente procuro outra igreja que tenha um serviço melhor. Se desfruto dos Grupos de Vida, mas não me importo se estão indo bem ou mal. o Frequento até quando me for conveniente. No dia que me aborrecer vou procurar algo melhor, meu raciocínio é carnal e não espiritual.
7 Então, assim como contaminamos o mar, estamos também contaminando os corações de nossa família e amigos, com o mesmo descaso, não cultivando o Deus me orientou a cultivar. Estarei condenando a obra de Deus à extinção, tal como fazemos com os animais. E não me comprometer com seu futuro e sua manutenção é condená-la à extinção Pode prestar atenção: ser membro de uma igreja e não ser dizimista e ofertante, é repetir o mesmo padrão da cultura do extrativismo. Deixar de dizimar ou de ofertar não trará sobre você maldição de Deus, assim como faze-lo não trará a bênção de Deus. No entanto, faze-lo significa que compreendi o valor da obra de Deus. Significa que me sinto responsável por ela e que a estou cultivando. Por outro lado, deixar de faze-lo é condenar sua obra à descontinuidade. Dízimo e oferta não são coisas obrigatórias. Mas há algo errado conosco quando não entendemos como coisas que fazem parte de nossa obrigação como cristãos. Dízimos e ofertas são parte de um todo integrado e lógico Apesar das diversas mudanças entre o Antigo e o Novo Testamentos, o princípios fundamentais dos dízimos e ofertas, permaneceram os mesmos: Fazer crescer Frutificar Multiplicar Cultivar IV. Conclusão: Você se comporta como guardião cultivador, ou como extrator? O que Deus diz sobre você?
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