2 Embrapa Tabuleiros Costeiros CPATC Aracaju/SE Brasil

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Transcrição:

CARACTERIZAÇÃO DA PRODUÇÃO DE CULTURAS (FEIJÃO, MILHO, MANDIOCA, MAMONA, SISAL) E CRIAÇÃO POR CABEÇA DE BOVINO, CAPRINO E OVINO) NO TERRITÓRIO DO SISAL ( BAHIA ) CHARACTERIZATION OF CROP PRODUCTION (BEANS, CORN, CASSAVA, CASTOR BEAN, SISAL) AND LIVESTOCK (CATTLE, GOAT AND SHEEP) IN THE TERRITORY OF SISAL (BAHIA) Alexandre Cardoso Tommasi 1 Luciano Alves de Jesus Júnior 2 Antonio Martins de Oliveira Júnior 3 Carlos Roberto Martins 4 1 Embrapa Tabuleiros Costeiros CPATC Aracaju/SE Brasil alexandre.tommasi@embrapa.br 2 Embrapa Tabuleiros Costeiros CPATC Aracaju/SE Brasil luciano.alves@embrapa.br 3 Universidade Federal de Sergipe UFS São Cristóvão/SE Brasil antonio_martins@pq.cnpq.br 4 Tabuleiros Costeiros CPATC Aracaju/SE Brasil carlos.r.martins@embrapa.br Resumo O Território do Sisal, localizado no semiárido baiano, conhecido por sua elevada produção de sisal, resultante da alta adaptabilidade dessa cultura e a importância da agricultura familiar (96,6%) em relação à patronal. Em função da pouca diversidade edafoclimática existem sérias limitações quanto à diversificação agropecuária. Porém alguns municípios se destacam isoladamente na produção de culturas específicas e/ou criações. Nesta pesquisa objetivou-se caracterizar a produção das culturas de feijão, milho, mandioca, mamona, e da pecuária (bovino, caprino e ovino), do Território do Sisal, gerar documentos, com base em indicadores, para que as instituições de fomento e pesquisa possam entender melhor a realidade local e assim priorizar, com maior efetividade, a relevância e a urgência das ações de pesquisa dentro desse Território. A estatística descritiva foi utilizada para sintetizar o conjunto de valores, permitindo assim uma visão global dos dados. Os dados foram coletados entre o período 1990 e 2010 de instituições governamentais federais e estaduais. A produção por cabeça de bovinos em Tucano, a de caprinos e ovinos em Monte Santo. Palavras-chave: Semiárido; Território do Sisal; Estatística descritiva. Revista GEINTEC ISSN: 2237-0722. São Cristóvão/SE 2013. Vol. 3/n. 5/ p.56-61 56

Abstract The territory of Sisal, located in semiarid region in Bahia, known for its high production of sisal, resulting from the high adaptability of this culture and the importance of family agriculture (96.6%) in relation to the employer. Depending on the low diversity edaphoclimatic there are serious limitations on agricultural diversification. However, some municipalities stand out alone in the production of specific cultures and/or creations. This research aimed to characterize the production of crops of beans, corn, cassava, castor oil, and livestock (cattle, goats and sheep), of territory of Sisal, create documents based on indicators for institutions of development and research can better understand the local realities and so prioritize, with more effectiveness, the relevance and the urgency in the research actions into this Territory. Descriptive statistics was used to summarize the set of values, allowing a global view of the data. Data were collected between the period 1990 and 2010 from federal and state government institutions. The production per head of cattle in Tucano, the goats and sheep in Monte Santo. Key-words: Semi-Arid; territory of Sisal; Descriptive statistics 1. Introdução O território de identidade do sisal, de acordo com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) é composto por vinte municípios: Araci, Barrocas, Biritinga, Candeal, Cansanção, Conceição do Coité, Ichu, Itiúba, Lamarão, Monte Santo, Nordestina, Queimadas, Quijingue, Retirolândia, Santaluz, São Domingos, Serrinha, Teofilândia, Tucano e Valente. O território pode ser visualizado na Figura 1. Sessenta e três por cento de sua população vivem na zona rural, sendo composto basicamente pela agricultura familiar com 58.238, enquanto a agricultura não familiar com apenas 2.029, ou seja, 3,4%. Este número representa 10,12% do total existente na Bahia (575.850). Revista GEINTEC ISSN: 2237-0722. São Cristóvão/SE 2013. Vol. 3/n. 5/ p.56-61 57

Figura 1. Indicação geográfica do Território do SISAL Dos vinte e quatro Territórios de Identidade definidos pela SEI, o do Sisal apresenta o terceiro pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M 0,60). É o quarto território com o maior indicador de mortalidade infantil em 2000 (59,5 por óbitos de crianças com menos de um ano de idade), segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA (2000). De 2002 a 2006, o PIB do território de identidade do sisal correspondeu a apenas 2% do Produto Interno Bruto - PIB da Bahia. As principais culturas produzidas no território são: milho, feijão, mandioca, sisal, criação de caprino, ovino e bovino. O sisal é a produção mais importante para a população, pois é do sisal que é extraída a fibra usada no artesanato, a principal e maior fonte de renda das cooperativas. Também é utilizada na alimentação dos animais. A análise exploratória dos dados se refere à estatística descritiva, sendo um conjunto essencial de ferramentas que nos permite organizar, sumarizar, interpretar e descrever os dados para melhor compreender a produção das culturas milho, feijão, mamona, mandioca, criações de bovino, caprinos e ovinos entre os municípios. O objetivo do trabalho foi identificar a importância da produção das principais culturas e das criações da agricultura familiar, em cada município do território do Sisal. 2. Metodologia Neste trabalho foram utilizados dados do IBGE, entre os anos de 1990 a 2010, referente a produção das culturas de milho, mandioca, mamona, feijão, sisal, criações de ovinos, caprinos e ovinos. A estatística descritiva foi utilizada para sintetizar uma série de valores, permitindo dessa forma que se tenha uma visão global desses valores. Pode-se organizar e descrever os dados por meio de tabelas, um quadro que resume um conjunto de observações e proporciona a obtenção de respostas rápidas. Feita as tabelas de cada cultura e de cada criação foi somado o total de toneladas de cada município, e depois calculada usando o programa Excel 2003 a frequência simples (Tabela 1) ou percentual de cada município. Revista GEINTEC ISSN: 2237-0722. São Cristóvão/SE 2013. Vol. 3/n. 5/ p.56-61 58

Tabela 1 Esboço da tabela com os as respectivas frequências simples ou percentuais Municipios Percentuais Araci ( x 1 / total ) *100 Biritinga ( x 2 / total ) *100 Candeal ( x 3 / total ) *100 Cansação ( x 4 / total ) *100 Conceição do Coité ( x 5 / total ) *100 Ichú ( x 6 / total ) *100 Itiubá ( x 7 / total ) *100 Lamarão ( x 8 / total ) *100 Monte Santo ( x 9 / total ) *100 Nordestina ( x 10 / total ) *100 Queimadas ( x 11 / total ) *100 Quijingue ( x 12 / total ) *100 Retirolândia ( x 13 / total ) *100 Santaluz ( x 14 / total ) *100 São Domingos ( x 15 / total ) *100 Serrinha ( x 16 / total ) *100 Teofilandia ( x 17 / total ) *100 Tucano ( x 18 / total ) *100 Valente ( x 19 / total ) *100 Total ( x 1 + x 2... + x 19 / total ) * 100 3. Resultados Com base nos resultados apresentados, as maiores percentagens de produção no território do Sisal são: milho se destaca mais na cidade de Quijingue e Tucano com 26,65% e 26,24%, respectivamente; feijão também nas cidades de Quijingue com 26,23% e Tucano com 25,31%; Mandioca em Monte Santo e Tucano com 14,08 % 11,14 %, respectivamente; mamona em Itiúba com 32,83% e Cansanção 22,67 % e de sisal em Santaluz com 20,07 % e Conceição do Coité com 19,47 % (Tabela 3). Na criação de bovinos existe certa homogeneidade entre os municípios, apresentando pouca diferença entre as primeiras: Tucano com 7,26 % e Araci com 7,00%. Na produção de caprinos, Monte Santo se destaca com 27,03 %, enquanto 18,10% na de ovinos (Tabela 3). Revista GEINTEC ISSN: 2237-0722. São Cristóvão/SE 2013. Vol. 3/n. 5/ p.56-61 59

Tabelas 2 Percentuais da produção das culturas (ton.) por município no Território do Sisal Municipios Feijão Milho Mandioca Mamona Sisal Quijingue 26,23 26,65 6,18 5,33 1,39 Tucano 25,31 26,24 11,14 7,24 0,38 Monte Santo 11,42 11,57 14,08 18,22 2,37 Cansação 9,29 9,96 10,32 22,67 2,31 Araci 5,48 5,28 10,73 1,87 6,05 Serrinha 4,7 4,61 10,27 0 0,5 Itiubá 3,48 1,45 7,68 32,83 5,45 Biritinga 3,02 2,94 4,25 2,44 0,02 Teofilandia 2,9 2,64 2,71 5,1 0,75 Conceição do Coité 1,66 1,79 5,95 0 19,47 Lamarão 1,46 1,35 2,16 0 0,01 Candeal 1,4 1,25 1,76 3,15 0,87 Ichú 0,91 1,19 0,74 1,15 0,43 Queimadas 0,67 1 2,7 0 8,5 Santaluz 0,66 0,69 2,84 0 20,07 Valente 0,58 0,6 2,68 0 12,88 Retirolândia 0,45 0,44 2,04 0 6,77 Nordestina 0,36 0,36 1,53 0 4,47 São Domingos 0,29 0,31 1,21 0 7,3 Tabela 3 Percentuais de efetivos de rebanho por cabeça por município no Território do Sisal Municipios Bovino Caprino Ovino Tucano 7,54 8,57 12,29 Araci 7,28 4,03 6,90 Cansação 7,27 9,87 8,36 Conceição do Coité 7,15 5,47 2,33 Monte Santo 6,94 27,08 18,43 Serrinha 6,48 0,48 2,31 Santaluz 6,15 7,65 6,76 Quijingue 6,10 8,80 4,96 Queimadas 5,59 8,07 6,51 Itiubá 5,40 6,52 4,57 Lamarão 5,33 0,10 0,86 Ichú 4,55 0,20 1,17 Valente 4,26 2,61 3,76 Biritinga 4,09 0,23 1,33 Candeal 3,73 0,30 1,86 Teofilandia 3,70 0,74 2,50 Nordestina 3,49 5,10 3,80 Retirolândia 3,01 2,34 6,98 São Domingos 1,97 1,80 4,24 4.Conclusões Revista GEINTEC ISSN: 2237-0722. São Cristóvão/SE 2013. Vol. 3/n. 5/ p.56-61 60

Percebe-se que no Território do Sisal as cidades de Monte Santo, Quinjigue, Itiúba e Tucano são aquelas com maior produção de milho, feijão e mandioca; na produção do Sisal aparece Santaluz, Conceição do Coité e Valente. Na produção pecuária, verifica-se que na criação de bovinos existe certa homogeneidade entre os municípios, sendo Tucano e Araci como os mais importantes; Monte Santo e Cansanção se destacam na produção de caprinos e Monte Santo e Tucano na produção de ovinos. Com esses dados podemos observar que as cidades mais prioritárias para realizações de pesquisas para estes produtos de base da agricultura familiar são Retirolândia, São Domingos e Nordestina Referências COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO CONAB (a). Participação percentual por país na produção mundial de fibras de sisal em 2007. Disponível em: http://www.conab.gov.br. Acesso em: 23 de outubro de 2008. COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO CONAB. Volume exportado e geração de divisas do sisal em 2008. Disponível em: http://www.conab.gov.br. Acesso em: 20 de março de 2009. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MIDIC. Exportações do Estado da Bahia, anos 2007 e 2008. Disponível em: http://www2.desenvolvimento.gov.br. Acesso em: 20 de março de 2009. SUPERINTENDÊNCIA DE ESTUDOS ECONÔMICOS E SOCIAIS DA BAHIA SEI, Atlas dos Territórios de Identidade do Estado da Bahia. CD-ROOM. Salvador: SEI, 2005. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em http://www.ibge.gov.br/. Acesso em: 10 de maio de 2010. Recebido: 07/10/2013 Aprovado: 18/11/2013 Revista GEINTEC ISSN: 2237-0722. São Cristóvão/SE 2013. Vol. 3/n. 5/ p.56-61 61