Arte Poesia conto Crônica Entrevista & Comportamento Quero celebrar a vida...quero celebrar meus gloriosos dias nessa terra. Quero honrar meus Deuses e Deusas! Da velha África, quero celebrar os meus ritos sagrados.
Em tempos de um intenso debate sobre a liberdade de impressa, que se confunde com a liberdade de expressão. Nós, militantes dos movimentos sociais de Itajaí e região, reciclamos velhas formulas, na busca incessante por um mundo verdadeiramente democrático, na busca por mais liberdade e pluralidade. Nesses tempos de ídolos fugazes, fabricados em laboratórios de comunicolos, dos reis e rainhas do marketing. Viemos mostrar outro lado da liberdade de expressão, que os grandes veículos de comunicação de massa teimam em negar. O Estilingue sai do subterrâneo das cópias xerocadas, fotostáticas, para ganhar o mundo virtual. Deixa de ser um projeto puramente local para mostrar outra Santa Catarina para o mundo. O Coletivo de Escritores Periféricos dedicam esta edição para: José Bento Rosa, Vivaldo Terres e Sebastião Lucas (em memória). Índice: Capa...1 Poesia: Patrícia Raphael...2 Poesia: Patrícia Raphael e João Carlos Pereira...3 Poesia(Vozes da África):Tânia Tomé e DinisMuhai...4 Conto: Samuel da Costa...5 Conto: Samuel da Costa...6 Opinião: José Luiz Grando...7 Poesia: Giordano Zaguine Furtado...7 Prosa poética: Amosse E. Mucavele (Vozes da África)...8 Reportagem: Rute Margarida Rita...9 Dar o melhor de mim... A loucura é minha... A sinceridade é minha... A luta é minha... O futuro é meu... A promessa é minha... A conquista é minha... A surpresa é minha... A hora é minha... O carinho é meu... O outro lado é meu... A força é minha... A paixão é minha... A promessa é minha... A amizade é minha... A coragem é minha... A sutileza é minha... O ficar é meu... O sentimento é meu... O pensamento é meu... A provação é minha... O desejo é meu... O receio é meu... O amanhã é meu... A passagem é minha! Patrícia Rapahel Edição: Coletivo dos Escritores Periféricos de Itajaí. Diagramação: Samuel da Costa. Foto da capa: Letícia Regina Rita. Direção de arte: Rute Margarida Rita E-mail:contato.estilingue@yahoo.com.br 2 De Dezembro de 2011 e janeiro de 2012
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E-mail:dinis.muhai@papaia.co.mz 4
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Prainha nada de novo no front 7
Negro como a noite Mas puro como o dia 8
Reportagem Pensar em poesia em Itajaí nos dias de hoje, é o mesmo que pensar no poeta Vivaldo Terres. Nascido em Biguaçu, na grande Florianópolis, me recebe com um grande sorriso em sua casa, no bairro periférico de Itajaí, São Vicente. Comecei minha conversa com o poeta em seu ateliê: '' Sou um grande admirador do poeta acriano J. G de Araújo Jorge. Me inspiro nesse grande ícone da poesia brasileira, para escrever meus poemas''. Prosseguimos nossa conversa, e Vivaldo me dizendo que já editou três livros, dois de poesia e um de conto. ''Na verdade comecei a publicar minha poesia na impressa com ajuda de um amigo meu, mas escrevo há muito tempo, desde minha adolescência. Como já trabalhei em uma escola, os alunos vivam me pedindo poesias para declamarem. Algumas professoras também viviam me pedindo poesias para trabalharem na sala de aula.'' O poeta não se contém, e muito emocionado, abre seu computador para mostrar sua arte literária. E para espanto meu ele faz uma varredura no google, são poesias publicadas em vários veículos de comunicação. Chama-me a tenção a pluralidade das mesmas: Jornal de Santa Catarina, Diário do litoral, Tribuna popular da Bahia. E sites especializados em poesia: Palanque marginal, O Guaruçá, Os Confrades da Poesia entre outros. Mas que chama é o jornal português a Voz de Portugal. Vivaldo me explica que colabora com esse jornal português editado no Canadá desde 2006. ''Esse jornal é impresso para a os emigrados portugueses no Canadá...hoje sou um poeta internacional''. O poeta parece brinca na última frase, mas essa cronista não leva isso na brincadeira. E pergunto para o poeta o que pensa sobre a cena cultural de Itajaí hoje e o que espera do futuro. '' Pra mim hoje o cenário a cultura está muito vago...andando muito lento. É o que nos deixa muito entretecido, tirando a desejo de editar. Mas espero que esse problema esteja no fim. que novas forças aparecem para movimentar o cenário.'' Deixo o ateliê do poeta ainda com muitas dúvidas a respeita dessa figura ímpar na cultura itajaiense. e quantos talentos como Vivaldo devem andar por ai a serem descoberto. Mas antes de ir embora peço ao poeta que declame um dos seus trabalhos, mais uma vez ele ma surpreende um trabalha diz ter escrito há algum tempo, mas parece que fora escrito para os dias de hoje: NASCI POBRE Nasci pobre como muita gente, E sempre senti o poder do dinheiro. Ser pobre no Brasil é ser escravo, E a quem diga que neste país não tem cativeiro. Eu sinto a amargura de ser pobre, E igual a mim sente-se muita gente. Trabalha-se a vida inteira para os outros, E nunca se consegue um salário decente. Ser pobre é ser escravo, digo mais, É não ter esperança no porvir, E saber-se que sai governo e entra governo, E que infelizmente vamos morrer assim. foto divulgação Por : Rute Margarida Rita é produtora cultural em Itajaí E-mail: rrutinha@yahoo.com.br 9