Análise experimental da endentação de membranas hiperelásticas com e sem atrito.

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Transcrição:

Rodrigo Bianchi Santos Análise experimental da endentação de membranas hiperelásticas com e sem atrito. Orientador: Hans Ingo Weber Co-orientador: Djenane Cordeiro Pamplona Rio de Janeiro, Julho de 2015.

1.Introdução O estudo do comportamento de membranas vem recebendo nos últimos anos uma notável atenção em razão da variada aplicabilidade de membranas nas mais diversas áreas da engenharia, incluindo atuadores, robótica, sensores, aeroespacial, bioengenharia e estruturas infláveis para engenharia civil. A teoria de membranas possui ainda uma grande aplicação na área biomédica caracterizando diversos tecidos biológicos, levando a publicação de inúmeros trabalhos relevantes nas últimas décadas. O problema de endentação e penetração em membranas já foi abordado em outros trabalhos recentes, contudo, nenhum destes considera os efeitos do atrito na interação entre as estruturas que compreendem o problema. Este trabalho busca apresentar uma análise numérica e experimental que compare os efeitos do atrito com a simplificação que desconsidera. A análise de endentação, penetração e por fim a ruptura de membranas tem grande importância em diversos setores da indústria. Nos últimos anos diversas pesquisas e produtos foram desenvolvidos com membranas. Estas, tem obtido um espaço cada vez maior nas aplicações, sobretudo para uso de estruturas provisórias infláveis e tensionadas. As estruturas de membrana aliam praticidade, facilidade de transporte e baixo peso quando comparadas com estruturas totalmente rígidas. O contexto deste trabalho foi dar suporte à parte experimental desta linha de pesquisa.

2.Descrição dos Ensaios 2.1- Materiais utilizados e bancada experimental Para a análise experimental foram utilizadas membranas de borracha Angelus Hevea alta resistência, Fig.1. Elas possuem formato quadrado, 125mm de lado e a medição da espessura realizada no laboratório de metrologia da PUC-Rio (feito com o uso de um micrômetro manual) em diferentes pontos de 5 amostras de membrana, apresentou um valor médio de 0,18mm. Os testes foram realizados numa máquina de ensaios Instron modelo 3343, projetada para ensaios de tração e compressão, Fig. 2 (a). Este equipamento possui capacidade de extensão de até 1500mm e de carga aplicada de até 50N. Esta configuração de pequenas cargas e grandes deslocamentos é essencial para a caracterização de materiais hiperelásticos, como o látex utilizado. Para os ensaios propriamente ditos foi confeccionada uma base de acrílico, com 250mm de altura, lados da base de 167mm e espessura de 12mm (todas as placas), Fig.2(b). Figura 1 Membrana de borracha Angelus Hevea - alta resistência

Nesta base de acrílico são fixadas as membranas circulares a serem testadas. A fixação das membranas é feita utilizando anéis de acrílico com diâmetro externo e interno de 15cm e 12cm respectivamente, neles são feitos 8 furos, Fig. 3. Figura 2 (a) Máquina de ensaios Instron modelo 3343 (b) Base de acrílico. Figura 3 Anéis de acrílico confeccionados na máquina de corte laser.

Nos anéis são coladas as membranas com cola do tipo super-bonder e em seguida afixadas na base da máquina através dos furos. Para garantir que as membranas permaneçam planas, aplica-se o super-bonder nos anéis de acrílico e este é levado até às membranas, que repousam em uma superfície plana, para poder centralizar e colar as membranas nos anéis com o objetivo de evitar uma má colagem e comprometer o formato plano relaxado das membranas. Figura 4 Bancada montada para iniciar o teste. O conjunto anel-membrana é levado à base da máquina e fixado através de parafusos. Com a realização destes passos, a bancada estará pronta para o início dos testes, Fig. 4, que exemplifica um ensaio lubrificado.

3. Comparação de resultados 3.1 Ensaios experimentais Da comparação dos ensaios de carregamento com lubrificação para os ensaios sem lubrificação e com lixa, Fig. 5, verifica-se semelhança entre os resultados com lixa e sem lubrificante, estes bastante diferentes do resultado com lubrificante, que para um mesmo deslocamento vertical de um ensaio com lixa necessita uma força 21% menor. 14 12 10 8 6 4 2 0 0 10 20 30 40 50 60 Figura 5 Comparação de ensaios repetidos, sem lubrificante (a), com lubrificante (b) e com lixa (c).

Figura 6 Comparação de ensaios repetidos, sem lubrificante (a), com lubrificante (b) e com lixa (c). Da comparação dos ensaios de carregamento e descarregamento com lubrificação para os ensaios sem lubrificação e com lixa, Fig. 6, verifica-se que a histerese é muito maior no ensaio com lubrificante e que para um mesmo deslocamento as cargas são 25% maiores quando há lixa. 3.2 Ensaios numéricos e experimentais A seguir é apresentada uma comparação entre os resultados numéricos previamente obtidos com os resultados experimentais realizados. Foi utilizado o método dos elementos finitos, procurando-se por parâmetros adequados para a analise numérica. Para a análise numérica foi considerada a energia elástica de deformação, E, que é obtida pela integração da densidade de energia de deformação, w, no volume indeformado da membrana, que é o potencial elástico por unidade de volume indeformado. 1- Resultados numéricos relacionando o coeficiente de atrito e a força necessária para o deslocamento vertical, material Mooney-Rivlin. w = C1(I1 3) + C2(I2 3) (2) C1 =82,405 kpa e C2=99,241 kpa, levantados experimentalmente.

Tabela 1 Comparação dos resultados numéricos e experimentais, material Mooney-Rivlin 2- Resultados numéricos relacionando o coeficiente de atrito e a força necessária para o deslocamento vertical, material Neo Hookeano. w = C1(I1 3) (3) com C1 = 112,32 kpa. Tabela 2 Comparação dos restulador numéricos e experimentais, material Neo Hookeano 3- Resultados numéricos relacionando o coeficiente de atrito e a força necessária para o deslocamento vertical, material Ogden de primeira ordem. μ p w = N (λ α p p=1 α 1 + λ α p 2 + λ α p 3 3) (4) p

α 1 = 1,608 e μ p = 306,972 kpa, levantados experimentalmente. Tabela 3 Comparação dos resutlados numéricos e experimentais, material Ogden ordem 1 4- Resultados numéricos relacionando o coeficiente de atrito e a força necessária para o deslocamento vertical, material Ogden de segunda ordem. μ p w = N (λ α p p=1 α 1 + λ α p 2 + λ α p 3 3) (5) p μ 1 = 64.881 kpa, μ 1 = 294.097 kpa, α 1 = 2.619Pa e α 2 = 0.385Pa, levantados experimentalmente Tabela 4 Comparação dos resultados numéricos e experimentais, material Ogden ordem 2

4. Conclusões Pela análise e comparação dos resultados obtidos experimental e numericamente, podemos concluir que o comportamento apresentado pelas membranas nos diferentes tipos de ensaios realizados foi mais bem representado pela modelagem numérica apresentada pelas equações que regem o comportamento do material de Mooney-Rivlin, principalmente para extensões mais elevadas, onde a diferença percentual entre o valor das cargas nos resultados experimental e numérico foi bastante pequena em todos os tipos de ensaio. A adequação do modelo a extensões menores ainda é objeto de estudo. Pela análise dos gráficos, percebe-se que o crescimento bastante monotônico das curvas do início do carregamento até o segundo ponto de inflexão dificulta a identificação do ponto exato de onde a mesma ocorre, portanto pode-se considerar razoável a modelagem por Mooney-Rivlin dos pontos onde ocorre penetração do endentor na membrana. Outra dificuldade encontrada na hora da definição do ponto de penetração se deve ao fato de que, visualmente, não é possível precisar o momento em que se pode observar um perfil vertical. O segundo ponto de inflexão recorrente nas curvas em todos os tipos de testes não revelou nenhum fenômeno que se pôde observar visualmente até o momento. Bibliografia 1- Arruda, E.M.; Boyce, M.C., A three-dimensional constitutive model for the large stretch behaviour of rubber elastic materials, Journal of the Mechanics and Physics of Solids 41, 389 412, 1993.

2- Fu, Y.B.; Ogden, R.W., Nonlinear Elasticity - Theory and Applications, Cambridge University Press, Cambridge, 2001. 3- Green, A.E.; Adkins, J.E., Large Elastic Deformations and Non-Linear Continuum Mechanics, Oxford University Press, Oxford, 1960. 4- Libai, A.; Simmonds, J.G., The Nonlinear Theory of Elastic Shells, Cambridge University Press, Cambridge, 1998. 5- Ogden, R.W., Large deformation isotropic elasticity on the correlation of theory and experiment for incompressible rubber-like solids, Proceedings of the Royal Society of London, vol. A326, London, pp. 565 584, 1972. 6- Ogden, R.W., Non-linear Elastic Deformations, Ellis Horwood Ltd., Chichester, 1984. 7- Pamplona, D.C.; Weber, H.I.; Sampaio, G.R., Analytical, numerical and experimental analysis of continuous indentation of a flat hyperelastic circular membrane by a rigid cylindrical indenter. International Journal of Mechanical Sciences, v. 87, p. 18-25., 2014. 8- Selvadurai, A.P.S., Deflections of a rubber membrane, Journal of the Mechanics and Physics of Solids 54, 1093 1119, 2006. 9- Saccomandi, G.; Ogden,R.W., Mechanics and Thermomechanics of Rubberlike Solids, Springer, Wien, 2004. 10- Yeoh, O.H., Some forms of the strain energy function for rubber, Rubber Chemistry and Technology, 66, 754 771, 1993. 11- Sampaio, G.R., Análise numérica e experimental de endentação em membranas hiperelásticas planas. Dissertação de Mestrado pelo Departamento de Engenharia Mecânica da PUC-RIO, 2013.