Produtividade na economia brasileira Prof. Hildo Meirelles de Souza Filho Extraído de: Andrade, Márcio Rodrigues de PRODUTIVIDADE NA INDÚSTRIA BRASILEIRA ENTRE 1990 E 2002: COMPARAÇÃO ENTRE INDÚSTRIAS DE PROCESSO E DE MONTAGEM. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal de São Carlos, fevereiro de 2011. Produtividade Relação entre bens e serviços produzidos e os insumos utilizados no processo de produção Bens e serviços/insumos Insumos: trabalho, máquinas, equipamentos, terra, matérias-primas Terra, trabalho, capital. 1
Cálculo da produtividade do trabalho - Microeconômico Microeconômico: chão de fábrica Peças por homem Toneladas por homem Peças por hora trabalhada Toneladas por hora trabalhada Cálculo da produtividade do trabalho - Macroeconômico Macroeconômico Valor bruto da produção industrial/pessoal ocupado Valor bruto da produção industrial (VBPI): valor das vendas de produtos fabricados e serviços industriais prestados pelas unidades industriais. Pessoal ocupado: Número de pessoas ocupadas nas unidades industriais, com ou sem vínculo empregatício. Inclui os membros do conselho administrativo, diretor ou fiscal que desenvolvem atividade na unidades local. Informações prestadas diretamente nos questionários. Valor da transformação industrial/pessoal ocupado Valor da diferença entre o valor bruto da produção industrial e os custos das operações industriais Custos das operações industriais (COI): Soma dos custos diretamente envolvidos na produção, à exceção dos salários e encargos, sendo obtido pela soma das seguintes variáveis: consumo de matérias-primas, materiais auxiliares e componentes; compra de energia elétrica; consumo de combustíveis, consumo de peças e acessórios para manutenção e reparação de máquinas e equipamentos, serviços industriais e de manutenção e reparação de máquinas e equipamentos ligados à produção prestados por terceiros. Produção física/horas pagas A Pesquisa Industrial Mensal Produção Física - Brasil produz indicadores ao comportamento do produto real das indústrias extrativa e de transformação. Número total de horas pagas ao Pessoal Ocupado Assalariado inclusive as horas extras. Valor bruto da produção industrial/horas pagas Fonte IBGE: Pesquisa Industrial Mensal (valor da produção real, produção física, horas pagas e pessoal ocupado) Pesquisa Industrial Anual: (valor da transformação industrial, pessoal ocupado na produção) 2
Produtividade do trabalho para as indústrias de processo e de montagem com base nos dados da PIM, usando o valor da produção real e as horas pagas 1990 a 2000 A Pesquisa Industrial Mensal produz indicadores de curto prazo desde a década de 1970 relativos ao comportamento do produto real das indústrias extrativa e de transformação. 3
Produtividade do trabalho para as indústrias de processo e de montagem com base nos dados da PIA (Pesquisa Industrial Anual), valor da transformação industrial e pessoal ocupado - 1996 a 2002 Produtividade do trabalho para as indústrias de processo e de montagem com base nos dados da PIM, usando a produção física e as horas pagas 1990 a 2000 4
Produtividade do trabalho para as indústrias de processo e de montagem com base nos dados das Contas Nacionais 1990 a 2002 VA = VBP - ( custos e despesas operacionais menos o somatório das depreciações e amortizações dos ativos, impostos e taxas, e terrenos). Produtividade do trabalho para as indústrias de processo e de montagem com base nos dados da PIM (Pesquisa Industrial Mensal, usando a produção física e o pessoal ocupado 1990 a 2000 5
Taxa de crescimento média por ano da produtividade do trabalho, % Países 1991-1995 1996-2000 2001-2004 Índia 6,0 6,0 10,1 Cingapura 10,3 5,6 8,2 Malásia 6,9 5,5 6,9 Tailândia 2,8 1,9 6,2 Estados Unidos 4,2 5,1 6,1 Coréia do Sul 8,9 11,7 6,0 Suécia 7,5 7,4 5,5 Japão 1,9 4,0 5,3 Taiwan 5,2 5,2 4,3 Reino Unido 3,1 2,7 3,9 Hong Kong 7,7 5,5 3,7 México 5,8 5,2 3,6 Bélgica 2,8 3,6 3,3 Alemanha 3,3 3,0 2,6 Austrália 3,3 3,8 2,4 Noruega 0,8 0,9 2,4 Holanda 3,5 2,3 2,3 Argentina 8,4 4,8 2,2 Canadá 4,0 3,4 1,8 França 4,3 4,3 1,5 Dinamarca 3,3 2,9 1,4 Brasil 7,2 5,9 1,3 Itália 3,2 1,1-0,9 Três enfoques para analisar a produtividade do trabalho Da engenharia Efeitos dos métodos e técnicas sobre a produtividade Dos recursos humanos Efeitos das condições de trabalho e das relações humanas na produtividade Da economia Efeitos sobre a economia: inflação, crescimento, emprego, competitividade, renda, distribuição de renda. 6
Importância do crescimento da produtividade para a economia Crescimento da produtividade: aumento da quantidade de bens e serviços por unidade de insumo utilizada Aumento da produtividade = melhor aproveitamento de insumos (trabalho, capital, terra) = aumento da eficiência Redução de custos e competitividade das empresas Produtividade e inflação Produtividade e emprego (desemprego estrutural) Apropriação dos ganhos de produtividade: consumidores, trabalhadores, governo e empresas 7
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Rendimento real, crescimento em 12 meses (%) Questões Identifique e explique os principais fatores determinantes do aumento da produtividade do trabalho na economia brasileira nos anos 1990. Identifique e explique os benefícios do crescimento da produtividade do trabalho para o crescimento sustentado da economia brasileira. Indique algumas políticas para aumentar a produtividade do trabalho na economia brasileira. 9
Identifique e explique os principais fatores determinantes do aumento da produtividade do trabalho na economia brasileira nos anos 1990 Importações: Plano Collor e Mercosul Aumenta importação de insumos e componentes Cai o valor agregado nacional Aumenta a produtividade física Aumento artificial da produtividade, indicador mostra desindustrialização Abertura comercial Competição Fim da inflação: revela os custos Cambio valorizado: pressão para aumentar eficiência Identifique e explique os benefícios do crescimento da produtividade do trabalho para o crescimento sustentado da economia brasileira. Controle da inflação Aumento da produtividade reduz custos = produzir mais com menor custo Aumento da produtividade = aumento de salários e da demanda sem pressão inflacionária Aumento da competitividade da indústria brasileira Menores custos, maior qualidade Distribuição de renda sem conflitos Aumentos não inflacionários dos salários Aumento bem-estar (maiores salários e menores preços aos consumidores) 10
Relatório de Inflação BC set 2012 e Ata de outubro 2012 Relatório de Inflação BC março de 2014 11
Relatório de Inflação BC março de 2014 12