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Transcrição:

EFEITO TOXICO DO MACERADO DA FLOR DE Crotalaria micans Link SOBRE ABELHAS OPERARIA AFRICANIZADAS. Jose Maria do Nascimento 1, Whalamys Lourenco de Araujo 2, Maria da Gloria Borba Borges 3, Maria Elidiana Lucas de Andrade 4, Jose da Silva Sousa 5 1 Graduando do Curso de Agronomia CCTA Pombal PB ; Mestrando em Horticultura Tropical UFCG Pombal - PB; Mestranda em Sistemas Agroindustriais do CCTA UFCG Pombal - PB; 4 Aluna do curso de agronomia do CCTA UFCG Pombal PB; 5 Mestrando em Sistemas Agroindustriais do CCTA UFCG Pombal - PB Resumo - Mais de 600 espécies do gênero Crotalaria são encontradas em diversas regiões do mundo, sendo a maioria tóxica por serem ricas em alcaloides pirrolizidínicos que são as principais toxinas derivadas de plantas, que acometem humanos e animais, onde diversos casos de intoxicação por ingestão dessas plantas são comumente relatados. Objetivou-se avaliar a concentração de macerado de Crotalaria micans na toxidade de abelhas apis. O experimento foi realizado no Laboratório de Entomologia da UFCG, Campus de Pombal - PB. As coletas das flores de C. micans foram efetuadas nas proximidades da UFCG. O pó das flores foi pesado em três frações diferentes (0,1%, o.25%, e 0,50%) e adicionado ao candi e água, colocadas em pequenas tampas de plástico com uma telinha de arame coberto, para evitar que o inseto se afogasse quando a dieta estivesse líquida. As abelhas controle permaneceram vivas até os (25 dias atingindo uma média estatística de 19 dias) e para as tratadas com 0,25%, 0,50% e 1,0% respectivamente apresentaram mortalidades aos 11, 11 e 06 dias. A analise mostrou efeito toxico do macerado em abelhas apis, necessitando de mais estudos para um melhor detalhamento da toxidade. Palavras chave - toxidade, apis, macerado, alcaloides. INTRODUÇÃO No Brasil existem mais de 40 espécies de Crotalaria, sendo umas mais, outras menos tóxicas. Há relatos de que o princípio tóxico desta planta se concentra mais nas flores e nas sementes. A toxicidade do pólen e do néctar para as abelhas é um fenômeno distribuído ao redor do mundo, porém é pouco compreendido. Em algumas regiões as abelhas podem encontrar plantas que provoquem a morte das crias e abelhas adultas (PEREIRA et al., 2004). A escassez do alimento natural obtido das floradas no período seco, principalmente na Região Nordeste,

leva as abelhas a visitar outras espécies de plantas que floram nesse período, porém algumas dessas espécies exercem efeito tóxico aos animais e consequentemente aos polinizadores, causando sua morte, diminuindo as colônias e pondo em riscos as atividades apícolas (ROCHA NETO et. al. 2011). Tendo em vista a escassez da flora no nordeste em épocas secas, do conhecimento C. micans como planta tóxica para animais, e a observação de visitas constantes de abelhas a esta planta, fez-se necessário estudar o efeito tóxico do macerado de flores e C. micans L. sobre abelhas operaria africanizadas em laboratório. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi realizado no Laboratório de Entomologia da UFCG, Campus de Pombal - PB. As coletas das flores de C. micans, levadas para o laboratório para secagem em por 48 horas foram trituradas e peneiradas em três malhas finas de nylon, se acondicionados em tubos plásticos e devidamente etiquetados. O pó das flores foi pesado em três frações diferentes (0,1%, 0.25%, e 0,50%) e adicionado ao candi e água, colocadas em pequenas tampas de plástico com uma telinha de arame coberto, para evitar que o inseto se afogasse quando a dieta estivesse líquida. As operárias foram selecionadas no favo de cria (recém emergidas), sendo assim definidas pelo tamanho e coloração mais clara. Em seguida distribuídas em conjunto de 20 insetos por caixa de madeira medindo 11 cm de comprimento por 11 de largura e 7 cm de altura e orifícios nas laterais fechados com tela de nylon para ventilação, previamente forradas com papel filtro e com tampas de vidro. Distribuídas em três repetições e o controle, perfazendo 12 caixas e 240 abelhas operárias, foram acondicionadas em B. O. D com temperatura ajustada a 32 ºC e umidade de 70%. As coletas de dados foram efetuadas através da contagem de abelhas operárias mortas após cada 24 horas, anotados em planilhas e colocados no programa PRISMA 3.0 que efetuou a estatística e a construção dos gráficos. O resultado da análise estatística foi obtido na comparação entre as concentrações do tratamento e do grupo controle no experimento de ingestão macerado de flores. Para análises dos dados utilizou-se o teste não paramétrico Log Rank Test, na comparação das curvas de sobrevivência.

Sobrevivencia (%) RESULTADO E DISCUSSÕES O resultado da análise estatística obtida na comparação entre as concentrações do tratamento e do grupo controle no experimento de ingestão macerado de flores do Guizo de cascavel pode ser observado na Fig. (1). Guizo de Cascavel 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 0 5 10 15 20 25 Dias Controle 0,25% 0,5% 0,1% Figura 1: Curvas de sobrevivência calculada pelo teste não-paramétrico Log Rank Test conforme a concentração do macerado de flores de Crotalaria micans. Pombal - PB. 2011. Guizo de cascavel 0,25% e controle 0,50% e controle 1% e controle X 2 = 423,4 X 2 = 517,9 X 2 = 580,0 Df = 1 Df = 1 Df = 1 P<0.0001 P<0.0001 P<0.0001 Significativo Significativo Significativo Md. Controle = 19 dias Md. Controle = 19 dias Md. Controle = 19 dias Md. Trat. = 11 dias Md. Trat. = 11 dias Md. Trat. = 06 dias Md. = Mediana As abelhas controle permaneceram vivas até os (25 dias atingindo uma média estatística de 19 dias) e para as tratadas com 0,25%, 0,50% e 1,0% respectivamente apresentaram mortalidades aos 11, 11 e 06 dias.

Mesquita et al (2008) avaliando a toxicidade de flores de jurema branca (Mimosa verrucosa Benth) e jurema maliça (Pithecolobium dumosum), não recomendam as flores dessas plantas como fonte protéica para abelhas, pois se mostraram tóxicas para estes insetos. A análise dos dados mostrou diferenças estatísticas significativas entre os tratamentos e o controle, por isso, sugerindo efeito tóxico do macerado de obtido a partir de flores do guizo de cascavel para operárias de Apis mellifera. Já Silva et. al (2010) não encontrou diferenças significativas para toxicidade de abelhas Apis mellifera africanizadas utilizando pólen de Mimosa tenuiflora na dieta das abelhas em condições controladas. Portanto seria necessário estudar o pólen e o necta do pinhão-roxo, para avaliar a sua toxicidade mais detalhadamente, com relação às abelhas, visto que são esses componentes florais que elas levam para as colmeias e que podem envenenar suas crias. Maracajá et al (2006) e Moura (2006) em seus trabalhos realizados com favela e maniçoba respectivamente, observaram que os tratamentos nas concentrações de 0,25%, obtiveram a média estatística de mortalidade de 15 dias sobre as operárias de Apis mellifera, semelhantes com estes resultados. CONCLUSÕES As abelhas controle permaneceram vivas até os 25 dias, atingindo uma média estatística de 19 dias e para as tratadas com 0,25%, 0,50% e 1,00% respectivamente apresentaram mortalidades aos 11, 11 e 06 dias, sugerindo efeito tóxico do macerado as operárias de Apis mellífera. As abelhas apresentaram mortalidades em todas as concentrações utilizadas no ensaio. REFERÊNCIAS MARACAJÁ, P. B. ; MALASPINA, O.. Efeito de flores de Mimosa hostilis benth. Sobre operárias de Apis melifera em laboratório. In: ENCONTRO SOBRE ABELHAS, 2006, Paineis. Ribeirão Preto : USP, 2006. MESQUITA. L. X. ; MARACAJÁ, P. B. ; FREITAS, R. S.; SAKAMOTO, S. M.; MEDEIROS, C. D., AROUCHA, E. M. M. Toxicidade de flores de Leguminosae Mimosoideae fornecidas artificialmente em condições controladas para Abelhas. In: Congresso Brasileiro de Zootectecnia. Anais... João Pessoa, PB. 2008. MOURA, A. M. N. ; COSTA, COSTA, Y. C. S. ; MALASPINA, O. ; OLIVEIRA, A. M. DE ; LINHARES, P. C. F. ; MARACAJÁ, P. B. Efeito do pó de flor seca de Manihot glaziowii Mull.

sobre operárias de abelhas africanizadas Apis mellifera em condições controladas.. In: Encontro de Pesquisa e Extensão da UERN, 2006, Mossoró. Anais do ENCOPE. Mossoró - RN: UERN, v.1. 2006. PEREIRA, F. M. ; FREITAS, B. M. ; ALVES, J. E. CAMARGO, R. C. R. ; LOPES, M. T. R. ; VIEIRA NETO, J. M.; ROCHA, R. S. Flora Apícola no Nordeste. Embrapa, Documento 104. Teresina-PI. 2004. ROCHA NETO, J.T.; LEITE, D. T.; MARACAJÁ, P. B.; PEREIRA FILHO, R.R.; SILVA, D. S.O. Tóxicidade de flores de jatropha gossypiifolia L. a abelha africanizada em condiçoes controladas. Revista Verde (Mossoró RN Brasil) v.6, n.2, p. 64-68 abril/junho de 2011. SILVA, C. V. ; MESQUITA, L. X. ; MARACAJÁ, P. B. ; SOTO-BLANCO, B. Toxicity of Mimosa tenuiflora pollen to Africanized honey bees (Apis mellifera L.). Acta Scientiae Veterinariae. v. 3 8, n. 2, p.1 6 1-1 6 3. 2010.