FICHA TÉCNICA IMPERALUM Manual de Acústica nº 24 Nº Pág.s: 10 24 04. Maio 2006
MANUAL DE ACÙSTICA IMPERSOM 01 1. MANUAL DE ACÙSTICA A gama acústica IMPERSOM Fruto de todo um trabalho de investigação e de ensaios experimentais levados a cabo pelo LNEC Laboratório Nacional de Engenharia Civil a IMPERALUM desenvolveu uma gama de materiais e soluções acústicas, a IMPERSOM, que se destina a responder às solicitações do mercado no que respeita ás qualidades acústicas dos edifícios. 2. ISOLAMENTOS E CONDICIONAMENTOS ACÙSTICOS EM EDIFICIOS IOS O som no ar Os ruídos provocam perturbações na atmosfera envolvente. Estas perturbações traduzem-se por contracções e dilatações de volumes de ar elementares, correspondendo-lhes respectivamente: Uma alteração de pressão; Um movimento vibratório das partículas do ar. Estas perturbações impressionam o tímpano e em consequência o sistema de audição humano. Assim sendo, e em certas condições, está-se na presença de um som.
02 Velocidade da propagação do som A velocidade de propagação do som representa a velocidade como se propagam as ondas sonoras. De um ponto de vista genérico esta velocidade é independente da amplitude da pressão sonora, todavia é dependente das características do meio de propagação. Para condições correntes têm-se as seguintes velocidades para os meios de propagação indicados: Comprimento de onda. O comprimento de onda é definido pela distância entre duas cristas sucessivas de uma onda, ou melhor, a distância percorrida por perturbação durante o tempo correspondente a um período. Comprimento de onda é expresso em metros. FIG. 1 Expressão para o comprimento de onda. Nivel de pressão, de potência sonora e de nìvel sonoro Os valores das grandezas no domínio da acústica, nomeadamente a pressão e a potência sonoras são expressos em termos dos seus níveis, considerados relativamente a valores de referência. O nível é normalmente determinado e apresentado por bandas de frequência central nominal. O valor de pressão sonora é dado em decibéis. No que respeita ao nível de potência sonora esta define-se pela seguinte expressão: FIG. 2 Equação que expressa a pressão sonora. Onde o W representa o valor dessa potência da fonte ou equipamento. O nível sonoro pretende traduzir a pressão sonora ponderada perceptível ao ouvido humano.
03 Tempo de reverberação O tempo de reverbação de um recinto fechado, para uma determinada banda de frequências, corresponde ao intervalo de tempo necessário para que o nível de pressão sonora, nessa banda, desça de 60 decibéis. O valor de tempo da reverbação depende da frequência, da absorção sonora dos materiais que integram a envolvente exposta (revestimentos ou elementos definidores da compartimentação), dos objectos existentes no recinto fechado e do volume do mesmo. Bandas de frequência O ouvido humano médio tem capacidade de detectar sons com frequências situadas na gama dos 20 Hz. No sentido de tornar exequíveis medições de níveis sonoros numa gama tão alargada, é normal efectuar as análises por bandas de frequências com uma largura pré-definida e normalizada. No caso da acústica dos edifícios, utilizam-se bandas de frequências entre os 100 Hz e os 5000Hz. Valores utilizados frequentemente em acústica de edifícios.
04 Sons aèreos e sons de percurçâo Os sons aéreos derivam da excitação directa do ar. A música, os ruídos de tráfego, a conversação, são alguns exemplos. Os sons de percussão têm origem de um meio sólido (parede, pavimento) e derivam de uma acção de impacto, como por exemplo o martelar, o arrastar de móveis a acção de caminhar, etc.. Índice de isolamento a sons aéreos No que respeita aos sons aéreos, o procedimento de caracterização do isolamento sonoro dos elementos de compartimentação dos edifícios, assenta primeiramente na obtenção de uma descrição das perdas de transmissão sonora entre espaços. Este índice determina-se por comparação com a descrição convencional de referência.
05 Índice de isolamento a sons de percussão No que respeita aos sons de percussão, o procedimento de caracterização do isolamento sonoro dos elementos de compartimentação horizontais, realiza-se no domínio da frequência, a partir de um espectro de radiação. O índice de isolamento de sons de impacto determina-se por comparação do aspecto referido como a descrição convencional de referência. Redução sonora de revestimento de piso ou sistemas de pavimento flutuante A redução sonora proporcionada por este tipo de piso ou revestimento é definida pela diferença entre o índice de isolamento sonora da laje não revestida e o índice de isolamento sonoro da laje com o revestimento aplicado. Transmissão marginal Os valores obtidos com os procedimentos apresentados, quando se refere a ensaios de verificação de desempenho real, tomam em conta todos os processos de transmissão energia sonora que podem ocorrer entre os espaços em presença. A transmissão marginal apenas é contabilizada quando da realização de ensaios em obra e ocorre normalmente por junções e por vias não contabilizáveis. FIG. 3 Transmissão marginal.
06 3. QUALIDADE ACÚSTICA DOS ESPAÇOS A dissipação de energia num recinto fechado processa-se quando o campo sonoro estabelecido é difuso, para condições de incidência nos elementos de contorno segundo todas as direcções. Se o contorno do recinto fechado for constituído de materiais diferentes, define-se o coeficiente de absorção médio, para uma dada frequências ou banda de frequências. Quando uma fonte sonora começa a funcionar num espaço fechado, a potência sonora que emite é superior à dissipada na envolvente e no ar existente desse mesmo espaço. Esta situação evolui para um estado permanente em que a potência sonora da emissão iguala a potência correspondente à dissipação, caso contrário o valor da potência sonora aumentaria indefinidamente. Soluções para correcção acústica dos espaços A capacidade de dissipação de energia sonora num determinado recinto encontra-se directamente ligada com a absorção conferida pelos revestimentos existentes (nas paredes, pavimentos, e tectos), assim como o mobiliário e outros elementos decorativos ou funcionais. A qualificação da dissipação de energia sonora é efectuada com o recurso ao conhecimento do valor do tempo de reverbação. Materiais porosos São aqueles que a parte sólida que os constitui ocupa apenas uma parte do seu volume, sendo o restante formado por pequenos intervalos, abertos para o exterior e que podem (ou não) comunicar entre si. A absorção processa-se fundamentalmente pela dissipação de energia devido ao atrito do ar durante a propagação ao longo dos poros que o definem e, também, por viscosidade e atrito interno na vibração da própria estrutura material.
07 A máxima eficácia no funcionamento destes sistemas é obtida com a colocação do material na posição em que a velocidade de vibração das partículas de ar é maior., permitindo assim reduzir a energia cinética da vibração correspondente. Os processos de dissipação neste tipo de materiais derivam muito da porosidade que exibem, sendo por este facto normalmente eficazes em correcções acústicas a realizar no domínio das altas-frequências. Sistemas ressonantes. Permitem, por absorção mecânica, dissipar a energia sonora em recintos fechados e assim modificar o tempo de reverbação dos recintos. Estes sistemas podem subdividir-se em dois tipos: Painéis ressoantes são extremamente eficazes para correcção de espaços nas bandas de baixa frequência, quando a distância FIG. 4 Sistemas do elemento rígido (parede), a que deveriam ser colocados os ressonantes. sistemas porosos, começa a ser demasiado elevada. No entanto enfermam do facto de serem muito selectivos dado serem dimensionados para uma frequência muito específica. Para reduzir a selectividade em causa e possibilitar que o painel possa absorver energia sonora numa gama de frequências mais extensa, pode ser colocado um material poroso no seu tardoz, obtendo-se assim um comportamento mais extenso em frequências. Ressoadores de Helmholtz é definido por uma cavidade FIG. 5 Ressonantes de acústica, como por exemplo uma garrafa, ou um sistema Helmholtz. análogo. A incidência das ondas sonoras na superfície transversal da entrada do gargalo imprime deslocamentos alternados de massa de ar aí contida, acompanhados de dissipação de energia devido ao atrito do ar contra as paredes do gargalo.
08 3. SOLUÇÕES CONSTRUTIVAS IMPERALUM Impersom pavimentos Destina-se a efectuar a redução dos sons de percussão em lajes divisórias de pisos. Trata-se de uma membrana de betume asfáltico, revestida na face inferior de granulado de cortiça, a qual deverá cobrir toda a laje e dobrar as extremidades de forma a não existir contacto directo entre a betonilha de assentamento e a parede. Dispõem de uma zona de sobreposição, a qual não necessita de qualquer elemento de colagem. Impersom tectos Soluções de condicionamento asfáltico constituídos por painéis de lã de rocha, os quais funcionam no interior de tectos executados a partir de estruturas metálicas e placas de gesso cartonado. Tratam-se de soluções construtivas que permitem efectuar o isolamento a sons entre lajes divisórias de pisos, constituindo assim sistemas que reduzem os níveis de ruído, quer na nova construção quer na construção existente.
09 Impersom paredes Constituídos por painéis de lã de rocha, funcionam em paredes interiores e exteriores dos edifícios. Permitem reduzir sons aéreos, através de colocação de painéis de lã de rocha, especialmente concebidos para este efeito, destro de paredes duplas de alvenaria de tijolo, de gesso cartonado ou mistas de alvenaria/ Gesso. Características técnicas: Edição: Construlink.com IMPERALUM Sociedade Comercial de Revestimentos e Impermeabilizações S.A. Morada: Zona Industrial do Pau Queimado 2870 100 Montijo Telefone: +351 212 327 100 Fax: +351 212 327 101 Email: imperalum@imperalum.pt Homepage: www.imperalum.com