OFERECIMENTO BOLETIM NÚMERO DO DIA 4mi de reais o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, vai injetar do próprio bolso para erguer um hotel no CT do clube; a verba será doada por ele EDIÇÃO 607 TERÇA-FEIRA, 4 DE OUTUBRO DE 2016 Streaming começa a afetar audiência da TV nos EUA POR ADALBERTO LEISTER FILHO Eleição presidencial superaquecida, fragmentação do interesse do público, streaming. As explicações para a queda de audiência do esporte na TV dos EUA são diversas. O fato é apenas um: há muitos anos que as emissoras não experimentavam índices tão baixos em seus principais eventos ao vivo. O redemoinho não poupou nem a NFL, a badalada liga de futebol americano. O jogo aos domingos à noite teve queda de 10% na audiência. Já a transmissão de segunda-feira estreou com os mais baixos índices dos últimos dez anos. Às quintas-feiras, mesmo no horário nobre, a NFL viu um decréscimo de 15% no interesse do público. Em outros eventos, a tendência é a mesma. Apesar de contar com fuso mais favorável, a Olimpíada do Rio teve Queda de audiência do esporte nos EUA começa a preocupar emissoras e mostrar que até mesmo para evento ao vivo o futuro passa pelo uso da transmissão por streaming; para TVs, corrida presidencial no país também ajudou para que a audiência tivesse uma queda 1
queda de 10% na audiência da NBC em relação a Londres 2012. Já a ESPN viu a transmissão noturna de domingo do beisebol gter a pior audiência média em dez anos. Seis corridas da Nascar entre 21 de agosto e 25 de setembro tiveram queda de mais de dois dígitos de audiência em relação às mesmas provas de 2015. ELEIÇÃO TIRA IBOPE DO FUTEBOL A mudança da rodada do futebol para sábado afetou negativamente a audiência da TV Globo. A emissora optou por exibir Botafogo x Corinthians tanto para São Paulo como para o Rio de Janeiro. Sem jogo de sábado na TV aberta, o público não respondeu bem à alteração. Na capital paulista, a vitória do Botafogo rendeu 18 pontos de audiência pelo Ibope. No Rio, o resultado foi ainda pior: 16 pontos. A Fox também viu seu público minguar nos quatro últimos eventos do UFC que exibiu. Recordes negativos de audiência foram vistos nas finais do Aberto dos EUA de tênis e até no midiático Final Four da NCAA (torneio universitário de basquete). É impossível sugerir que haja algo errado, particularmente à luz do fato que estamos em um ano muito diferente em ternos de corrida presidencial. Isso tem captado a atenção. Além disso, é um ano olímpico, analisa Artie Bulgrin, VP sênior de pesquisas e análises globais da ESPN, ao Sports Business Journal. Na opinião dos executivos de TV, é cedo para indicar tendências, tendo em conta que alguns eventos tiveram incremento de audiência. Com as finais da NBA, a ABC conquistou seu maior público desde 1998. Já a NBC teve números positivos no golfe. As emissoras lembram que o esporte é um dos principais ativos na tela. Em 2005, transmissões esportivas ao vivo eram responsáveis por 14 das 100 melhores audiências da TV dos EUA. Dez anos depois, 93 dos eventos top 100 foram de esporte. Para especialistas, porém, a crescente oferta de streaming já faz a torcida migrar para dispositivos móveis, numa audiência que ainda não é mensurada pelos institutos de pesquisa. Chegamos ao ponto de inversão. A indústria televisiva atingiu sua maturidade com o cabo e agora vê a arrancada do streaming, afirma Lee Berke, consultor de mídia, ao SBJ. A migração, porém, ainda é pequena. Nos jogos da NFL transmitidos pelo Twitter, menos de 2% da audiência veio da rede. JAGUAR FAZ ESTREIA NA F-E A montadora Jaguar é mais uma a aderir à Fórmula E, competição que envolve carros elétricos. No próximo final de semana, na abertura da nova temporada da categoria, a Jaguar vai alinhar seus dois carros junto com o patrocínio máster da Panasonic. Com a entrada da empresa, cresce o interesse das montadoras com a competição. A Audi é outra que já anunicou que entrará na Fórmula E, mas apenas a partir do ano que vem. MAGNUS USA FALCÃO NA TV A fabricante de ração animal Magnus usou o patrocínio ao time de futsal de Sorocaba para ativar o seu principal atleta: o ala Falcão, que se aposentou da seleção brasileira. Falcão é o astro da nova campanha publicitária da marca, veiculada nos programas esportivos da Band. O ala atua em parceria com o cachorro que é o mascote da marca e do time de futsal. A ideia da campanha é dar mais visibilidade nacional à Magnus. 2
OPINIÃO Streaming pode ser aliado (e não inimigo) das TVs O uso de dispositivos móveis para acompanhar vídeos só cresce. De cara há uma grande vantagem. Esse tipo de tecnologia permite ao público ver seus programas prediletos quando quiser, e não no horário em que o diretor de programação do canal estabelecer. Nessa nova realidade, o Brasil pode não ser pioneiro, mas não fica tão atrás diante da revolução por que passam os Estados Unidos. Pela primeira vez, os canais de TV, particularmente os de esporte, começam a ver parcela significativa de sua audiência migrando para serviços de streaming. O esporte é a área mais sensível a isso. As competições que alavancaram as emissoras a cabo de várias empresas. Hoje, transmissões ao vivo de eventos monopolizam as maiores audiências da TV nos EUA... E no Brasil! Teoricamente, o apelo do esporte ao vivo atrairia a audiência à tela. No entanto, cada vez mais, não é isso o que ocorre. Mas por que esse público, normalmente o mais jovem, migra para telas minúsculas, se pode assistir aos jogos em TVs cada vez maiores e com POR ADALBERTO LEISTER FILHO diretor de conteúdo da Máquina do Esporte alta definição? Para essa faixa de audiência, a portabilidade é mais importante do que a riquezas de detalhes. Sinal do fim dos tempos? Aparentemente não. É precoso que institutos de pesquisa que medem audiência tenham mecanismos mais sofisticados, diante dessa. Só assim poderão municiar canais e anunciantes sobre o retorno possível da publicidade. A nova tecnologia não destrói nada. Só altera a percepção das pessoas ao ver TV. Santos é mais um a fechar com a Caixa sem receber nada pelo patrocínio POR REDAÇÃO O Santos apresentou na noite de ontem o seu mais novo patrocinador - e um velho conhecido do mercado brasileiro. A Caixa estampará sua marca na camisa do clube até o final do ano, graças a um aordo que permite a licença de uso da marca do banco na camisa. O negócio, porém, não prevê o pagamento de nenhum valor para o clube nesse instante. Como está negociando o acordo para 2017, o Santos usará a marca do patrocinador camisa e será ressarcido por isso no ano que vem. Essa foi a mesma estratégia adotada pelo Botafogo, que recentemente apresentou acordo com a Caixa. Outro clube que tem um negócio similar é o Fluminense, porém o time das Laranjeiras só usará a marca da Caixa em algumas partidas válidas pelo Campeonato Brasileiro. O acerto com a Caixa coloca fim a um jejum de três anos do Santos sem patrocínio máster. O clube era o único da Série A do Brasileiro a atuar sem uma marca no espaço nobre da camisa. O negócio também representa a ampliação do domínio da estatal sobre o futebol. A Caixa agora chega a 13 clubes entre os 20 da Série A. Dois times possuem outro banco estatal na camisa (Inter e Grêmio, com o Banrisul) e só cinco têm patrocinador máster privado: América-MG (banco Intermedium), Palmeiras (Crefisa), Ponte Preta (Brasil Kirim), Santa Cruz (MRV) e São Paulo (Prevent Senior). 4
OS 10+ DE SETEMBRO Setembro marcou o último mês de megaevento no Brasil, com a realização das Paralimpíadas. E os Jogos no Rio dominaram a lista dos melhores do mês. Veja o ranking e clique na imagem para reler a notícia. 1 - LIBERTADORES ANUAL No fim do mês, a Conmebol anunciou o aumento da Copa Libertadores, que passará a ser realizada durante todo o ano e terá mais clubes. Essas novidades visam aumentar a arrecadação do futebol sul-americano. 2 - JOGOS PARALÍMPICOS A duas semanas do evento, as Paralimpíadas eram um grande ponto de interrogação. Sem dinheiro e com baixa procura por ingressos, os Jogos viram o cenário mudar e, em setembro, bater o recorde de público olímpico no Rio. 3 - MARCAS SEM DIFERENCIAÇÃO Bradesco e Nissan foram as únicas patrocinadoras a apostarem na mesma estratégia usada nas Olimpíadas na Paralimpíada. E deu certo! Como as marcas tinham exposição na TV, o retorno foi ainda maior para as empresas. 4 - SOCORRO FEDERAL A incerteza que tomou conta das Paralimpíadas gerou uma derrama de dinheiro estatal no evento. Na semana pré-jogos, Petrobras, Apex e Loterias Caixa despejaram mais de R$ 60 milhões para assegurar as Paralimpíadas. 5 - COPOS PARALÍMPICOS De última hora, a Ambev adquiriu cota de patrocínio da Paralimpíada. Os 23 copos lançados com pictogramas dos esportes paralímpicos viraram febre entre torcecores, algo que já havia ocorrido também nas Olimpíadas. 6 - MÊS NÃO SÓ DE ANIVERSÁRIO No setembro de aniversário, o Corinthians assinou com Estrella Galícia, mas se manteve no Movimento por um Futebol Melhor, negociou a parte traseira da camisa com o fundo Apollo Sports e fechou com a OLX uma ação pontual. 7 - OS NEGÓCIOS DO NBB O Novo Basquete Brasil realizou a segunda edição do NBB MKT Summit, encontro com patrocinadores, em São Paulo. Com mais de 300 pessoas, o evento teve palestras de executivos de NBA, Twitter e Ibope Repucom. 8 - NOVO DONO NO AUTOMOBILISMO A gigante do entretenimento dos EUA Liberty Media adquiriu, no mesmo mês, participação majoritária na Fórmula 1 e na Fórmula E. O grupo quer modernizar os eventos e trazer de volta a F-1 para os grandes mercados. 9 - TWITTER É MÍDIA Setembro marcou a estreia do Twitter como meio de transmissão de eventos ao vivo. A NFL foi a cobaia da transmissão, com um acordo para os jogos de quinta à noite. Na estreia, 2 milhões de pessoas viram o jogo. 10 - AS MARCAS NO E-SPORT Marcas esportivas começam a voltar atenção a modalidades alternativas, especialmente os games. A Adidas patrocina time brasileiro de e-sports. Já a Puma e a Under Armour fizeram ações com jogadores de pôquer.