Plano de Qualificação Institucional da UTFPR PQI

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Transcrição:

Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação PR UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Plano de Qualificação Institucional da UTFPR PQI Curitiba, outubro de 2008

Sumário 1. Dados da Universidade... 3 2. As dimensões do Plano de Qualificação Institucional... 15 2

1. Dados da Universidade Caracterização da Instituição Dados institucionais A Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), criada pela Lei nº 11.184, de 7 de outubro de 2005, é uma autarquia, vinculada ao Ministério da Educação, e goza de autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didático-científica e disciplinar. Com sede em Curitiba, conta com 11 campi localizados nas cidades de Apucarana, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Curitiba, Dois Vizinhos, Francisco Beltrão, Londrina, Medianeira, Pato Branco, Ponta Grossa e Toledo. Compõe o quadro de servidores da Universidade, em 2008, um total de 1290 docentes efetivos e 326 servidores técnico-administrativos. O corpo discente é constituído por 16.053 estudantes regulares, sendo 2219 estudantes matriculados em 18 cursos de educação profissional técnica de nível médio; 13.230 matriculados em 70 cursos superiores de tecnologia, bacharelados e licenciaturas; 604 discentes inscritos em 6 programas de pósgraduação (mestrado e doutorado). A UTFPR registrou em 2006 no cadastro do CNPq um total de 127 grupos. Síntese histórica A história da Universidade teve início no dia 16 de janeiro de 1910, com a inauguração da Escola de Aprendizes Artífices do Paraná, que ofertava ensino primário pela manhã e de ofícios à tarde, nas áreas de alfaiataria, sapataria, marcenaria e serralheria. Em 1937, a Instituição começou a ministrar o ginásio industrial, com a designação de Liceu Industrial do Paraná. Cinco anos depois, em 1942, o ensino industrial foi reorganizado passando a ser ministrado em dois ciclos. No primeiro, havia o ensino industrial básico, o de mestria e o artesanal. No segundo, o técnico e o pedagógico. Com a reforma, foi instituída a Rede Federal de Instituições de Ensino Industrial e o Liceu passou a se chamar Escola Técnica de Curitiba. Em 1943, tiveram início os primeiros cursos técnicos: Construção de Máquinas e Motores, Edificações, Desenho Técnico e Decoração de Interiores. Em 1959, com a unificação do ensino técnico no Brasil, a Instituição ganhou maior autonomia ao passar de Escola Técnica de Curitiba à Escola Técnica Federal do Paraná. Em 1974, foram implantados os primeiros cursos superiores de curta duração de Engenharia de Operação: Construção Civil e Elétrica. Quatro anos depois, em 1978, a 3

Instituição foi transformada em Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (CEFET- PR), ofertando cursos de graduação plena: Engenharia Industrial Elétrica, ênfase em Eletrotécnica, Engenharia Industrial Elétrica, ênfase em Eletrônica/Telecomunicações e Curso Superior de Tecnologia em Construção Civil. A partir de 1990, com o Programa de Expansão e Melhoria do Ensino Técnico, a Instituição iniciou sua expansão para o interior do Paraná. Em 1990, foi implantado o campus Medianeira; em 1993, foi a vez dos campi Cornélio Procópio, Pato Branco e Ponta Grossa; em 1995, Campo Mourão; em 2003, Dois Vizinhos; em 2007, os campi Apucarana, Londrina e Toledo, e, em 2008, Francisco Beltrão. Todos os campi atendem não somente à população de seu município, mas também à dos municípios vizinhos, transformando-se em verdadeiros pólos de desenvolvimento regional. A expansão do ensino também se refletiu na abertura de novos cursos. Na sede de Curitiba implantou-se em 1992 o curso de Engenharia Industrial Mecânica e, em 1996, o de Engenharia de Produção Civil. Após a implantação dos cursos superiores, foram iniciados os programas de pós-graduação. Em 1988, foi criado o primeiro programa de pós-graduação stricto sensu, o curso de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e Informática Industrial (CPGEI). Em 1995, foi a vez do Programa de Mestrado em Tecnologia (PPGTE); em 1999 iniciou-se o doutorado no CPGEI; em 2001, o Programa de Mestrado em Engenharia Mecânica e de Materiais (PPGEM); em 2004, o Programa de Mestrado em Engenharia de Produção (PPGEP), no campus Ponta Grossa, e, em 2007, o Programa de Pós-Graduação em Agronomia (PPGA), no campus Pato Branco. Em 2008, foi implantado o mestrado em Ensino de Ciências e Tecnologia no Campus Ponta Grossa e o Doutorado e o doutorado no PPGTE. Em 2008, foram aprovados pela CAPES o mestrado em Engenharia Civil no Campus Curitiba e o de Engenharia Elétrica no Campus de Pato Branco, que iniciarão suas atividades no próximo ano. Apresentação dos campi O campus Apucarana da UTFPR foi criado com a federalização do Centro Tecnológico de Desenvolvimento Profissional do Norte do Paraná, conhecido como Centro Moda. Iniciou suas atividades em janeiro de 2007, com o curso de Educação Profissional Técnica de Nível Médio Integrado em Industrialização do Vestuário. No segundo semestre de 2007, passou a ofertar o Curso Superior de Tecnologia em Design de Moda. Em 2008 será implantado o Curso Superior de Tecnologia em Processos Químicos, resultando na oferta anual de 200 vagas públicas. Em termos socioeconômicos, a vocação da região está focada 4

no setor têxtil-confecções e na área química, uma vez que Apucarana é o maior pólo de confecções de bonés do país, conhecida como Capital Nacional do Boné, concentrando atualmente mais de 80% da produção de bonés do País. O campus Campo Mourão iniciou suas atividades em abril de 1995, oferecendo os cursos de Educação Profissional Técnica de Nível Médio Integrado em Alimentos e em Edificações. Atualmente, o campus oferece os seguintes cursos: Ensino Médio Técnico Integrado em Informática; Cursos Superiores de Tecnologia em Alimentos e Sistemas para Internet; Engenharia Ambiental, Engenharia de Alimentos e Engenharia de Produção Civil. Campo Mourão é o principal município da mesorregião Centro-Ocidental Paranaense, abrigando seis das 300 maiores empresas paranaenses, dentre as quais se destaca a maior cooperativa da América Latina, a Agroindustrial Cooperativa (Coamo) e suas unidades, atuando no segmento agroindustrial com a produção de margarina, óleos vegetais, moagem de trigo, beneficiamento e fiação de algodão. O campus Cornélio Procópio iniciou suas atividades em 1993 com os cursos de Educação Profissional Técnica de Nível Médio Integrado em Eletrotécnica e Mecânica; em 1998, começou a ofertar os Cursos de Ensino Médio. Em 1999, frente às mudanças apresentadas nos processos produtivos, nas novas formas de organização do trabalho, no alto grau de competitividade e na busca por melhores produtos e serviços, o campus passou a oferecer os Cursos Superiores de Tecnologia em Automação Industrial, Manutenção Industrial e Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Em 2006, o campus passou a oferecer os Cursos de Engenharia Industrial Elétrica, com ênfase em Eletrotécnica, e de Engenharia Industrial Mecânica, além dos cursos de Educação Profissional Técnica, Integrado ao Ensino Médio, nas áreas de Eletrotécnica e de Produção Mecânica. O campus Curitiba foi criado em 2000, inserido no projeto de transformação em Universidade Tecnológica Federal do Paraná, concretizado em outubro de 2005. Por ser oriundo de uma estrutura que poderia ser chamada de sede, o campus Curitiba herdou uma experiência educacional e administrativa de muitas décadas, o que lhe confere o status de campus mais antigo. Na área de ensino, oferta regularmente os cursos de Educação Profissional Técnica nas áreas de Eletrônica, Gestão e Economia, Mecânica, Construção Civil, inclusive na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA); Cursos Superiores de Tecnologia, nas áreas de Comunicação, Design, Construção Civil, Eletrônica, Eletrotécnica, Informática, Mecânica, Bacharelados em Educação Física, Design e Química; cursos de 5

Engenharia, nas áreas: Elétrica, Mecânica, Construção Civil e Informática. O campus possui ainda três programas de pós-graduação: Engenharia Elétrica e Informática Industrial (mestrado e doutorado), Tecnologia (mestrado e doutorado) e Engenharia Mecânica (mestrado), além do Mestrado em Engenharia Civil que será iniciado em 2009. A variedade dos cursos ofertados pelo campus Curitiba atende às necessidades dos diversos setores - comércio, indústria e serviço - tanto da capital quanto da região metropolitana, por essas não comportarem uma única vocação socioeconômica. O campus Dois Vizinhos da UTFPR localiza-se no Sudoeste do Paraná, em uma região tipicamente agrícola que concentra cerca de 60 mil produtores. Em 14 de março de 1997, iniciaram-se as atividades da então Escola Agrotécnica Federal com o curso de Técnico Agrícola com habilitação em Agropecuária. Em 1999, o campus deu início ao primeiro curso Técnico Agrícola no sistema pós-médio, com habilitações em Agricultura, Zootecnia e Agropecuária. Estes eram os cursos ofertados pelo campus até a incorporação à UTFPR, ocorrida em 2003. Atualmente, são oferecidos os cursos de Educação Profissional Técnica em Agropecuária, Curso Superior de Tecnologia em Horticultura e Bacharelado em Zootecnia. As principais atividades econômicas da região baseiam-se na produção agropecuária, nas áreas de lavoura de soja, milho, feijão, trigo, triticale, pastagens para bovinos de leite, e pequenas plantações de fumo e cana-de-açúcar. Na produção animal, destacam-se a criação de suínos, aves e bovinos de leite. O campus Francisco Beltrão está localizado no sudoeste paranaense, região caracterizada pela atividade agrícola, desenvolvida predominantemente em sistema de minifúndios. Possui um parque industrial significativo no qual se destacam indústrias de móveis, metal-mecânica, confecções e agroindústrias. As atuais instalações do campus foram incorporadas à UTFPR em 2007, quando da federalização do Centro de Excelência em Educação Profissional (TEXCEL). O campus iniciará suas atividades acadêmicas no primeiro semestre de 2008, com o curso superior de Tecnologia em Alimentos, opção oriunda do anseio da comunidade local e da infra-estrutura existente. O campus Londrina foi implantado em fevereiro de 2007, funcionando provisoriamente em local cedido pela Prefeitura do Município, ofertando o Curso Superior de Tecnologia em Alimentos. Conta, hoje, com 150 estudantes, 22 docentes e 18 servidores técnicoadministrativos. A vocação socioeconômica do campus Londrina é a área de química, envolvendo as subáreas de Alimentos, Ambiental e Materiais. 6

O campus Medianeira está instalado na região Oeste do Paraná, a 60 quilômetros de Foz do Iguaçu e das fronteiras com o Paraguai e Argentina. O campus, que conta hoje com uma área total construída de 26.525,51m2, sobre um terreno de 72.600m2, recebeu as primeiras turmas dos cursos de Educação Profissional Técnica Integrada, de Nível Médio, em Alimentos e Eletromecânica, em março de 1990. A vocação socioeconômica da região é a agroindústria, que está em franco desenvolvimento. Esse processo de expansão traz consigo a necessidade de apoio tecnológico no que se refere à capacitação de recursos humanos, desenvolvimento de pesquisa e difusão de novas tecnologias. Atualmente, o campus oferece, além dos cursos técnicos de nível médio de Química e Saúde e Segurança no Trabalho, os Cursos Superiores de Tecnologia em Alimentos, Gestão Ambiental, Desenvolvimento de Sistemas de Informação, Manutenção Industrial e um curso de Engenharia de Produção Agroindustrial. O campus Pato Branco encontra-se localizado na Região Sudoeste do Paraná. Iniciou suas atividades em 15 de março de 1993, com os cursos de Educação Profissional Técnica de Nível Médio em Eletrônica e em Edificações. Em 1994, o campus Pato Branco incorporou a Fundação de Ensino Superior de Pato Branco (FUNESP), solicitação do então prefeito e de políticos da região ao então Ministro de Estado da Educação e do Desporto, ocorrendo, assim, a federalização da Faculdade de Ciências e Humanidades de Pato Branco. A transferência da administração e do patrimônio da FUNESP ao CEFET-PR alterou significativamente a estrutura político-pedagógica dessa Instituição e do então CEFET-PR, uma vez que eram ofertados cursos superiores em áreas não exclusivamente vinculadas ao setor empresarial, maior característica da FUNESP. Assim, a partir de 1994, passaram a formar o rol de cursos oferecidos pelo campus Pato Branco os cursos superiores de Administração e Ciências Contábeis, Agronomia, Ciências com habilitação em Matemática, e Tecnologia em Processamento de Dados. Tem início também, em 1994, o curso de Educação Profissional Técnica de Nível Médio em Eletromecânica. No período entre 1995/96, o Curso de Ciências com habilitação em Matemática é transformado em Licenciatura em Matemática. Em 1997, houve a última entrada de alunos para as turmas de Educação Profissional Técnica de Nível Médio Integrado em Edificações, Eletrônica e Eletromecânica. Em contrapartida, passa-se a oferecer o Ensino Médio, com entrada das primeiras turmas, também por intermédio de teste seletivo, em 1998. O ano de 1999 é marcado pelo início dos Cursos Superiores em Tecnologia, cuja implantação determinou o gradativo encerramento dos Cursos de Educação Profissional Técnica de Nível Médio. Surgem assim os Cursos Superiores de Tecnologia em Automação Industrial, Gerência de Obras, Manutenção 7

Industrial e Sistemas de Informação. Em 2000 foi implantado o Curso Superior de Tecnologia de Processos Químicos. O ano de 2006 é marcado por mudanças no ensino de nível médio com a entrada das primeiras turmas dos Cursos de Educação Profissional Técnica de Nível Médio Integrado em Alimentos e Geomensura, e pelo início do Programa de Pós-Graduação em Agronomia (PPGA). A partir da década de 80, a economia da região sudoeste, até então praticamente restrita ao setor primário, se diversificou, com a instalação de novas indústrias, com o predomínio para as de transformação, produtos alimentares, beneficiamento de madeira e de matérias plásticas. O Campus Ponta Grossa iniciou suas atividades em 15 de março de 1993, com os cursos de Educação Profissional Técnica de Nível Médio Integrado em Alimentos e Eletrônica. O Curso de Educação Profissional Técnica de Nível Médio Integrado de Mecânica teve seu início em março de 1994. Em 1998, foi implantado o Ensino Médio. No início de 1999, o campus passou a oferecer, em nível superior, os Cursos Superiores de Tecnologia em Alimentos, com ênfase em Industrialização de Laticínios; Tecnologia em Eletrônica, com ênfase em Automação de Processos Industriais, e Tecnologia em Mecânica, com ênfase em Processos de Fabricação. Em 2004, iniciou-se o Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, autorizado pela CAPES com conceito 3. Em 2008, iniciou-se o Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Tecnologia (mestrado profissional), autorizado pela CAPES com conceito 3. O campus Toledo iniciou suas atividades em 2007, funcionando atualmente nas instalações cedidas pelo Programa de Expansão da Educação Profissional (PROEP), uma iniciativa do Ministério da Educação em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego, que visa desenvolver ações integradas de educação com o trabalho, a ciência e a tecnologia, em articulação com a sociedade. As principais atividades de desenvolvimento da região Oeste do Paraná são: agricultura, pecuária, produção leiteira, avicultura, suinocultura além da indústria de turismo e a produção de energia elétrica (Itaipu Binacional). Os setores indicados como predominantes da região oeste são Agroalimentar, Agro-Biotecnologia, Turismo e Energia. O município conta com indústria de transformação na área de alimentos, medicamentos, têxtil, moveleira, metal-mecânica, informática, entre outras. Toledo se destaca nacionalmente na produção de suínos e possui o maior plantel de aves de corte do estado do Paraná e a quarta bacia leiteira. Além disso, a cidade de Toledo é pólo gastronômico no Estado, conforme Lei Estadual nº. 163, de 24 de maio de 2000. A implantação do campus prevê uma comunidade universitária constituída, inicialmente, de cerca de 700 estudantes, 40 docentes e 49 servidores técnico-administrativos. Em 2007, o campus oferece dois cursos: 8

Curso Superior de Tecnologia em Controle de Processos Químicos e Educação Profissional Técnica de Nível Médio Integrado em Gastronomia. Modelo de Gestão Institucional A UTFPR, se comparada às demais Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), possui características singulares em sua estrutura e funcionamento. A gestão administrativa e acadêmica de uma estrutura multicampi como a da Universidade exige uma ação que seja ao mesmo tempo integradora e autônoma. A integração tem ocorrido pela busca contínua da construção de políticas comuns, por meio da definição de diretrizes institucionais nas áreas de ensino, pós-graduação, administração, finanças e extensão. Para isso, desde 2000, a Universidade vem implantando um modelo sistêmico de organograma no qual a administração institucional e acadêmica atua sob forma matricial, objetivando a preparação para uma estrutura universitária e otimizando o gerenciamento multicampi da Instituição. A estrutura organizacional da Universidade compreende a Reitoria, com sede em Curitiba, quatro Pró-Reitorias de Pesquisa e Pós-Graduação, de Graduação e Educação Profissional, de Relações Empresariais e Comunitárias e de Planejamento e Administração, além das Diretorias dos Campi. Ao lado desta nova estruturação, o orçamento foi descentralizado, conforme os parâmetros de número de alunos, número de cursos e peso destes cursos, oportunizando a gestão autônoma de cada campus. A partir de 1997, com a edição do Decreto nº. 2.208, de 17/04/1997, e da Portaria Ministerial nº 646, de 14/05/1997, a Instituição passou a ofertar o ensino médio em lugar dos cursos técnicos integrados e, em 1998, os cursos superiores de tecnologia, migrando fortemente para a oferta de cursos de nível superior. Essa modificação no perfil institucional reforçou a demanda apresentada ao MEC de se transformar o Centro Federal de Educação Tecnológica na primeira Universidade Tecnológica do país, o que, após sete anos de tramitações, tornou-se lei no dia 7 de outubro de 2005 (Lei nº. 11.184/05), com a transformação do antigo CEFET-PR na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Em 21/11/2005, a Reitoria da UTFPR designou uma Comissão responsável pela coordenação e implementação do processo estatuinte, cujo objetivo último era a elaboração do primeiro Estatuto da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Na origem deste trabalho, a Comissão estabeleceu como meta a elaboração do Projeto Político-Pedagógico Institucional (PPI), documento que define a filosofia e princípios balizadores da atuação da UTFPR. 9

Este documento foi aprovado pela Deliberação nº. 01/2007 do Conselho Universitário, de 9 de março de 2007, e define princípios que reordenam a gestão institucional e acadêmica da UTFPR, visando à excelência acadêmica e ao compromisso social com uma gestão democrática e participativa. Este PPI, fruto da participação coletiva dos vários segmentos internos e externos da comunidade, permitiu construir uma identidade própria da Universidade, explicitando valores como a atuação prioritária na área tecnológica, a articulação do ensino, pesquisa e extensão, a mobilidade acadêmica, nacional e internacional, a interação com a comunidade externa, a gestão democrática, entre outros, como balizadores das ações de planejamento para a atuação da nova Universidade. Após a aprovação do PPI, a Comissão deu início ao processo de construção do novo Estatuto da Instituição, já prevendo uma estrutura organizacional que valorizasse a gestão acadêmica sistêmica e colegiada. Para se ter um exemplo da forma de reordenação proposta no novo Estatuto, já encaminhado ao MEC para homologação, o atual Conselho Universitário (COUNI) da UTFPR, embora continue como órgão deliberativo máximo da administração universitária, passará a ter quatro Conselhos especializados de apoio, cada um correspondendo a uma Pró-Reitoria: o de Graduação e Educação Profissional; o de Pesquisa e Pós-Graduação; o de Relações Empresariais e Comunitárias e o de Planejamento e Administração. Além destes, estão previstos três Fóruns Consultivos: o de Desenvolvimento da UTFPR; o dos Executivos dos Municípios (onde estão os campi da UTFPR) e o Empresarial e Comunitário. Esses Conselhos Deliberativos prevêem gestão democrática e a participação mínima de 70% de docentes, e sua criação objetiva atribuir mais agilidade e transparência aos procedimentos internos. Interação da UTFPR com o setor produtivo Outra característica institucional importante, e que diferencia a UTFPR desde seus tempos de CEFET-PR, é o estreito vínculo com o setor produtivo, abrangendo atividades como: estágios curriculares, projetos cooperativos e serviços tecnológicos, cursos de educação continuada e mesas redondas com empresários e supervisores de estágio. Essa convivência com o mundo do trabalho imprimiu aos currículos da UTFPR uma preocupação com a formação empreendedora dos estudantes, que acabou se estendendo aos docentes. Em todos os campi mais antigos, há incubadoras e/ou hotéis tecnológicos, e prevê-se o apoio à implantação de Parques Tecnológicos em duas regiões do Estado. Essa postura, aliada à 10

área de atuação prioritária da UTFPR a tecnológica tem levado a Instituição a estimular o desenvolvimento de projetos inovadores e o registro de patentes. Essa marca, de ser uma instituição aberta para a sociedade, faz com que a UTFPR desempenhe um importante papel no desenvolvimento estadual, uma vez que se encontra inserida em todas as regiões e oferta cursos em diferentes áreas. Outro aspecto a ser ressaltado são as ações de inclusão social, desenvolvidas junto com empresas parceiras e por iniciativa própria, visando devolver à sociedade parte de todo o recurso que é investido na Instituição. Súmula do Plano de Estruturação da Universidade (REUNI) Se os Planos de Qualificação Institucionais dos atuais CEFET s serão impactados pela transformação em Institutos Federais de Educação Tecnológica (IFETs), o da Universidade Tecnológica Federal do Paraná tem a influência do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI). O REUNI objetiva estimular a reestruturação acadêmica e o aumento do número de vagas do ensino superior público federal, possuindo como meta global a elevação gradual da Taxa de Conclusão da Graduação (TCG) para 90% e a Relação Aluno Professor (RAP) para 18/1. Na UTFPR, os indicadores atuais são de 74,25 % de TCG e 14 de RAP. Importa observar que, prestes a comemorar seu primeiro centenário em 2009, a Instituição granjeou conquistas importantes, cujo fruto tem sido a expansão dos indicadores institucionais, expressos no crescimento do número de campi, no aumento e qualificação do quadro de servidores, nos avanços das suas atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão, no crescimento de vagas públicas de qualidade em todos os níveis e modalidades de cursos ofertados. Na proposta de adesão ao REUNI, ficam claros as dimensões e os avanços quantitativos que a Instituição almeja superar: de 24 cursos de graduação, nas modalidades de bacharelado e licenciatura, ofertados em 2007, a proposta prevê, ao final do Plano, um total de 56 cursos, com as matrículas projetadas passando de 6.868 para 24.743 e as matrículas projetadas em cursos noturnos, de 135 para 4.781 em 2012. Na pós-graduação, está prevista inicialmente a implantação de dez programas de mestrado e um de doutorado, totalizando, ao final do Plano, quatorze mestrados e dois doutorados. 11

As dimensões qualitativas almejadas no Plano já se encontram em planejamento e execução na UTFPR, em decorrência do recente processo estatuinte, no qual a comunidade interna e externa foi mobilizada e contribuiu na construção do Projeto Político-Pedagógico Institucional (PPI) que, integrado ao Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), norteiam e balizam o seu rumo nesse recente patamar de Universidade Tecnológica. As reestruturações acadêmicas em curso e aquelas propostas no Plano, agora com a possibilidade de ampliação do quadro de servidores e do aporte de recursos financeiros previstos, sofrerão notável aceleração, quer pela criação de importantes Núcleos de Apoio, principalmente aqueles direcionados aos discentes e docentes, quer pela criação e ampliação de programas assistenciais e acadêmicos, no âmbito das políticas inclusivas praticadas pela Universidade. O REUNI auxiliará a Universidade a aprofundar suas ações de diminuição da evasão e estímulo à permanência, uma vez que, ao lado das ações de cunho financeiro já previstas para 2008 na UTFPR, o Programa preconiza ações acadêmicas de apoio a estudantes que apresentem dificuldades na aquisição de conhecimentos, além de fomentar a integração entre graduação e pós-graduação. Vale ressaltar, igualmente, dois aspectos basilares da UTFPR, apresentados no seu PPI e que nortearão as propostas apresentadas ao REUNI: a mobilidade acadêmica, interna e externa, e a flexibilização curricular. Na verdade, estes dois princípios estão intimamente relacionados, uma vez que possibilitar o trânsito de discentes interinstitucionalmente e entre instituições do Brasil e do exterior pressupõe uma perspectiva flexível com relação aos currículos praticados na Universidade. Nesse sentido, está-se propondo, no âmbito do REUNI, a criação de um tronco comum nos cursos de engenharia ofertados nos diferentes campi da Universidade, objetivando também possibilitar aos estudantes uma escolha profissional mais madura e após a obtenção de um conhecimento mais aprofundado sobre as diferentes áreas profissionais. Nesse mesmo âmbito, encontra-se a abertura à internacionalização, outro princípio que vem sendo buscado na UTFPR. Nesse mesmo contexto, e de forma a possibilitar que a mobilidade internacional se efetive, estão sendo estimuladas ações que oportunizem aos estudantes acesso a uma ou mais línguas estrangeiras modernas, seja por uma grade curricular mínima, seja como opção extracurricular. Nestas projeções um importante limitador era o quadro de pessoal docente e os investimentos necessários para viabilizar a expansão desejada. Nesse sentido, a proposta de adesão da UTFPR ao REUNI está embasada em diretrizes apontadas no PPI, como a flexibilização, mobilidade, abertura à internacionalização, entre outros aspectos basilares. Concretamente, propomos uma expansão dos cursos de graduação presenciais em todos os 12

campi, ao lado da abertura de pelo menos um novo curso de graduação por campus, e da possibilidade de incremento da pós-graduação, de forma a consolidar nosso perfil enquanto universidade e atender às demandas sócio-regionais do estado do Paraná. Linhas gerais do REUNI Expansão no ingresso, a partir de 2009, pela uniformização das vagas ofertadas em cursos existentes e pela abertura, a partir de 2010, de 29 novas graduações (esse aumento é referenciado ao número de cursos ofertados em 2008); Implantação, a partir de 2010, de onze novos bacharelados, sendo nove cursos engenharia, um curso de Arquitetura e um curso em Informática. Todos esses cursos buscam atender às demanda locais e objetivam promover o desenvolvimento local e regional; Implantação, a partir de 2011, de treze novas licenciaturas com, no mínimo, um curso em cada campi, prioritariamente no turno noturno; Implantação, a partir de 2012, de cinco novos bacharelados, sendo quatro cursos de engenharia e um bacharelado em Sistemas de Informação; Implantação, a partir de 2009, de nove programas de mestrado e um de doutorado; Expansão do quadro de servidores, com previsão de contratação de 679 docentes em regime de dedicação exclusiva (DE) e de 200 servidores técnico-administrativos; Expansão física da Universidade com a reforma, ampliação e novas edificações necessárias aos atendimentos das atividades acadêmicas e administrativas; Estudo, desenvolvimento e implantação de ferramentas de apoio (sistemas computacionais) à gestão acadêmica e à gestão do Plano de Reestruturação e Expansão da UTFPR; Implantação de Núcleos de Apoio e aporto financeiro a Programas existentes e a implantar, para a melhoria do processo ensino-aprendizagem, com reflexos diretos na atuação pedagógica dos docentes, na taxa de conclusão dos cursos e nos do índice de evasão; Estudo e implantação de ampla reestruturação pedagógica com reformulações nas diretrizes curriculares internas (DCIs), nos regulamentos acadêmicos e nos projetos pedagógicos dos cursos (PPCs); Articulação da Universidade com a educação básica por intermédio futuro Núcleo de Educação que terá as seguintes atribuições: gestão do Programa Especial de Formação de Professores; capacitação pedagógica dos docentes; coordenação 13

pedagógica dos cursos de licenciatura; e articulação com as instituições de educação básica conveniadas com a UTFPR; Ampliação de Programas de Assistência Estudantil por meio do aumento do atendimento médico-odontológico, da expansão no auxílio alimentação e transporte, na implementação de bolsas monitoria e do aumento de vagas para estágios internos destinados a estudantes carentes; Consolidação dos processos inclusivos implantados na Universidade implementados pela reserva de 50% das vagas para estudantes oriundos da rede pública de ensino e pela utilização da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM); Ampliação da interação da Universidade com a comunidade pela expansão das atividades de extensão e pelo desenvolvimento de projetos de cunho social; e Integração da graduação da pós-graduação com a implantação da bolsa de auxílio à docência e aumento na participação de discentes da graduação nas pesquisas realizadas na pós-graduação. 14

2. As dimensões do Plano de Qualificação Institucional Este Plano de Qualificação Institucional visa: Qualificar de pessoal em áreas vinculadas a propostas de novos programas de pósgraduação stricto sensu; Fortalecer dos programas de pós-graduação stricto sensu existentes; Diminuir as assimetrias intercampi; Qualificar pessoal em áreas de conhecimento carentes; Melhorar a qualificação profissional em atividades fins; e Apoiar projetos que sejam relevantes para a expansão das atividades de pesquisa e de pós-graduação no âmbito da UTFPR A. Qualificar de pessoal em áreas vinculadas a propostas de novos programas de pósgraduação stricto sensu A criação de um programa de pós-graduação exige um adequado planejamento institucional. Entre as ações que devem constar deste planejamento estão: A contratação de pessoal com formação adequada ao futuro programa; A qualificação de docentes nas áreas específicas, relacionadas com o futuro programa; e O apoio a atividades de pesquisa voltadas aos grupos que nuclearam o futuro programa. Nos próximos anos a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação em conjunto com as Gerências de Pesquisa e Pós-Graduação dos Campi pretende-se estruturar 14 cursos de mestrado acadêmico, 5 cursos de mestrado profissional e dois programas de doutorado. A relação dos novos cursos a serem estruturados por campi encontra-se na Tabela 1. A qualificação docente nos próximos anos deve privilegiar a formação de docentes nas áreas de conhecimento/linhas de pesquisa relacionadas com os futuros cursos de mestrado/doutorado. 15

Tabela 1: Planejamento de cursos por Campi Mestrado Mestrado Doutorado Campus Acadêmico Profissional Programa de Pós-Graduação Campo Ciências e Tecnologia de Alimentos 2 Mourão Ciências e Tecnologia Ambientais Cornélio 1 Procópio Automação e Controle 1 Engenharia Mecânica e de Materais 1 Ciências Ambientais Curitiba Engenharia de Automação e Sistemas de Energia 3 Engenharia de Sistemas Educação Tecnológica Dois 1 Vizinhos Zootecnia Francisco 1 Beltrão Ciência e Tecnologia Agroalimentar Processos e Produtos Agroindustriais Londrina 2 Engenharia Ambiental 1 Ensino de Ciências e Tecnologia Medianeira Tecnologia Ambiental 2 Ciência e Tecnologia de Alimentos Mestrado em Desenvolvimento Regional Pato 2 Branco Química Tecnológica 1 Engenharia de Produção 1 Engenharia de Produção Ponta Grossa Engenharia de Controle e Automação 2 Biotecnologia Agroindustrial 14 5 2 B. Fortalecer os programas de pós-graduação stricto sensu existentes O Sistema de Avaliação da Pós-Graduação foi implantado pela CAPES em 1976 e é composto pelos processos de Avaliação das Propostas de Cursos Novos e a Avaliação dos Programas de Pós-Graduação. Normalmente o conceito 3 é atribuído para os cursos aprovados no processo de Avaliação de Cursos Novos, que autorizam a abertura de um curso novo. A Avaliação dos Programas de Pós-Graduação compreende os processos de Acompanhamento Anual e de Avaliação Trienal do desempenho dos programas e cursos que integram o Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG). O Acompanhamento Anual é realizado no período compreendido entre os anos de realização das avaliações trienais. A Avaliação Trienal é realizada ao final de cada triênio, com atribuição de conceito correspondente ao seu desempenho no triênio, na escala de 1 a 7 adotada. A distribuição dos Programas de Pós-Graduação da UTFPR com os respectivos cursos (mestrado/doutorado) e conceitos é apresentada na Tabela 2. A qualificação docente nos próximos anos deve privilegiar a formação de docentes nas áreas de conhecimento / linhas 16

de pesquisa relacionadas aos cursos de mestrado/doutorado existentes no possibilitar a sua consolidação. Consolidação esta que envolve três estágios: 1. Obtenção do conceito 4 pelos cursos de mestrado novos; 2. Implantação do curso de doutorado pelos programas que possuem conceito 4; e 3. Obtenção do conceito 5. Tabela 2: Programa de Pós-Graduação 2009 Programas Curso Campus Conceito Mestrado Acadêmico/ Curitiba 4 Doutorado Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e Informática Industrial Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica e de Materiais Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia Programa de Pós-Graduação em Agronomia Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica Mestrado Acadêmico/ Doutorado Mestrado Acadêmico Mestrado Acadêmico Mestrado Acadêmico Mestrado Profissional Mestrado Acadêmico Mestrado Acadêmico Curitiba 4 Curitiba 3 Curitiba 3 Ponta Grossa Ponta Grossa 3 3 Pato Branco 3 Pato Branco 3 C. Diminuir as assimetrias intercampi A incorporação/criação dos campi da UTFPR de maneira gradual nos últimos anos incorre naturalmente em assimetrias na titulação de docentes dos diferentes campi da UTFPR. A tabela 3 apresenta a distribuição da titulação de docentes por Campi da UTFPR. Se por um lado, os Campi mais antigos como Curitiba e Pato Branco já atingiram massa crítica razoável, em termos do número de doutores, resultado de um plano de qualificação e política de contratação, outros (Campo Mourão, Cornélio Procópio, Medianeira e Ponta Grossa) ainda necessitam que sejam ações induzidas sejam implantadas objetivando aumentar a qualificação docente. Dois Vizinhos e Londrina, campus novos da UTFPR, se destacam por terem contratados um número expressivo de doutores nos últimos anos. Os outros Campi novos (Apucarana, Francisco Beltrão, Toledo) devem priorizar a contratação de docentes com doutorado como mecanismo de redução de assimetria com os demais campi. 17

A qualificação docente nos próximos anos deve privilegiar a formação de docentes nos campi que possuem menores porcentagens de doutores no sentido de diminuir as assimetrias. Tabela 3: Corpo Docente: Titulação Campus Graduação Aperfeiçoamento Especialista Mestre Doutor Total Apucarana 2 6 6 1 7% 15 Campo Mourão 8 8 54 19 21% 89 Cornélio Procópio 4 32 51 12 12% 99 Curitiba 35 5 98 247 214 36% 599 Dois Vizinhos 3 11 22 61% 36 Francisco Beltrão 5 1 5 4 27% 15 Londrina 2 13 13 46% 28 Medianeira 4 17 55 17 18% 93 Ponta Grossa 8 18 57 26 24% 109 Pato Branco 1 28 104 55 29% 188 Toledo 1 2 12 4 21% 19 69 6 213 615 387 30% 1290 D. Qualificar pessoal em áreas de conhecimento carentes Um Plano de Qualificação abrangente não deve se concentrar apenas nas áreas fins dos cursos da UTFPR. Considerando que a avaliação dos cursos de graduação, não só considera a qualificação dos docentes das disciplinas profissionalizantes, mas também do núcleo comum a formação de docentes em áreas carentes é de suma importância para homogeneização da qualificação docente como um todo. E. Melhorar a qualificação profissional em atividades fins A UTFPR, fundamentada na sua origem como Instituição de educação profissional e tecnológica e na sua Lei de criação, é singular no cenário das universidades federais brasileiras, notadamente por atuar em diferentes níveis e modalidades de ensino, sob uma única base compartilhada de infra-estrutura física, de recursos de custeio e de recursos humanos. Assim, a Instituição atua nas atividades de ensino pela oferta de cursos na: 1. Educação profissional técnica de nível médio (cursos técnicos); 2. Graduação (bacharelados, licenciaturas e cursos superiores de tecnologias); e 3. Pós-Graduação lato e stricto sensu (aperfeiçoamento, especializações, mestrados e doutorado). 18

A qualificação docente nos próximos anos deve privilegiar a formação de docentes em áreas relacionadas as atividades fins (cursos) ofertados pela UTFPR. Tabela 4: Cursos ofertados no 1 o semestre de 2008 Campus Campo Mourão Cornélio Procópio Curitiba Dois Vizinhos Londrina Medianeira Pato Branco Ponta Grossa Engenharia Ambiental Curso Engenharia da Produção Civil Engenharia de Alimentos Engenharia Industrial Elétrica ênfase: Eletrotécnica Engenharia Industrial Mecânica Design Educação Física Engenharia de Computação Engenharia de Produção Civil Engenharia Industrial Elétrica ênfase: Eletrotécnica Engenharia Industrial Elétrica ênfase: Eletrotécnica Engenharia Industrial Elétrica ênfase: Automação Engenharia Industrial Elétrica ênfase: Eletrônica/Telecomunicações Engenharia Industrial Mecânica Engenharia Industrial Mecânica Química Bacharelado/Licenciatura em Química Zootecnia Engenharia Ambiental Engenharia de Produção Agroindustrial Administração Agronomia Ciências Contábeis Engenharia de Produção Civil Engenharia de Produção Eletromecânica Engenharia Industrial Elétrica Licenciatura em Matemática Química Bacharelado em Química Industrial/Licenciatura em Química Engenharia de Produção em Controle e Automação Engenharia de Produção Mecânica 19

F. Apoiar projetos que sejam relevantes para a expansão das atividades de pesquisa e de pós-graduação no âmbito da UTFPR Um levantamento dos grupos de pesquisa da UTFPR atualmente cadastrados no CNPq foi realizado em 22 de setembro de 2008, apresentando os indicadores descritos na Tabela 5. A qualificação docente nos próximos anos deve privilegiar a formação de docentes as áreas de conhecimento/linhas de pesquisa vinculados aos grupos de pesquisa da UTFPR, objetivando a consolidação de pelo menos 10% destes grupos. Tabela 5: Grupos de pesquisa da UTFPR Grande Área Total Co ec ef NE Ciências Agrárias 12 0 0 4 8 Ciências Biológicas 5 0 0 1 4 Ciências da Saúde 2 0 0 0 2 Ciências Exatas e da Terra 23 1 1 4 17 Ciências Humanas 12 0 2 1 9 Ciências Sociais Aplicadas 11 0 1 3 7 Engenharias 50 0 11 10 29 Lingüística, Letras e Artes 4 0 0 0 4 Total 119 1 15 23 80 Legenda: Co = consolidados; ec = em consolidação; ef = em formação; NE = grupos ainda não estratificados. 20