Boletim Prefeitura Agosto de 2016
1 Belo Horizonte, 01 de agosto de 2016. Prezado Cliente, Você está recebendo a edição nº 08/2016 do Boletim Informativo da ETAC Auditoria e Consultoria, na qual encontrará informações relevantes que poderão auxiliá-lo no seu dia-a-dia de trabalho e na tomada de decisões com mais rapidez e segurança. O gestor público está cercado de uma série de regras, as quais deverá seguir, sob pena de responsabilização administrativa, civil e criminal. Exclusivamente para os clientes ETAC, você ainda pode, com seu código de usuário e senha, através do site www.etac.com.br, consultar todos os boletins anteriores e os atuais, inclusive notícias, avisos e acompanhamento dos prazos de remessa de informações aos órgãos de fiscalização. Destacamos as obrigações legais a serem cumpridas no mês de agosto/2016, com orientações específicas sobre a forma de elaboração e encaminhamento. A sua satisfação é muito importante para nós e por este motivo, sempre que necessitar, encontramo-nos à sua disposição. Atenciosamente, Viviane Fernandes de Araújo Diretora Administrativa
2 INDICE 09 DE AGOSTO FISCAP SISTEMA DE FISCALIZAÇÃO DE ATOS DE PESSOAL... 3 ATÉ 15 DE AGOSTO - RELATÓRIOS RESUMIDOS DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA - DATA-BASE 30.06.2016... 4 15 DE AGOSTO RELATÓRIO GESTÃO FISCAL SIACE/LRF 1º SEMESTRE JANEIRO A JUNHO DE 2016 OPÇÃO SEMESTRAL... 5 19 DE AGOSTO ENTREGA DA DCTF JUNHO 2016... 6 31 DE AGOSTO SICOM SISTEMA INFORMATIZADO DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS... 6 AUSÊNCIA DE RETENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA NA FONTE CARACTERIZA RENÚNCIA DE RECEITA... 7 SERVIDOR PÚBLICO QUE COMPÕE SOCIEDADE DE PESSOA JURÍDICA PARTICIPANTE DE LICITAÇÃO INTERPRETAÇÃO TCEMG... 8 PRAZO PARA O TCU EXIGIR COMPROVAÇÃO DE APLICAÇÃO DE VERBAS FEDERAIS POR MEIO DE TOMADA DE CONTAS ESPECIAL... 8
3 09 DE AGOSTO FISCAP SISTEMA DE FISCALIZAÇÃO DE ATOS DE PESSOAL Os dados referentes aos processos de concessão de aposentadoria, reforma e pensão, bem como dos atos de complementação e de cancelamento, de servidores vinculados a regime próprio de previdência RPPS, deverão ser enviados por meio eletrônico, através do FISCAP que está disponível no site www.tce.mg.gov.br, assinados digitalmente, pelo titular do órgão ou da entidade jurisdicionada, na forma da Instrução Normativa nº 03/2011, alterada pela IN 04/2014. Será admitido ao titular do órgão ou da entidade jurisdicionada outorgar procuração em favor de até dois representantes, conferindo-lhes poderes para assinar digitalmente os documentos a serem enviados pelo FISCAP, na forma indicada no Portal do Tribunal, link procuração eletrônica. Deverão ser enviados, digitalizados, também os seguintes documentos, conforme o caso: Ato concessório do benefício, acompanhado, se for o caso, de certidão de inteiro teor, ato de cancelamento ou ato retificador e seus respectivos comprovantes de publicação; Certidão total de tempo de serviço / contribuição; Laudo médico oficial ou seu extrato, no qual constem data da inspeção, CID, CRM, assinatura da junta médica ou do médico perito e indicação se os proventos serão integrais ou proporcionais; Documento comprobatório de dependência entre o ex-segurado e os beneficiários da pensão; Demonstrativo de pagamento relativo à última remuneração percebida e ao primeiro benefício de aposentadoria ou reforma; Demonstrativo de pagamento relativo à última remuneração e à primeira complementação de proventos de aposentadoria percebidas; Demonstrativo de pagamento de proventos relativo ao mês anterior à data do óbito, quando se tratar de ex-segurado aposentado ou reformado; Demonstrativo de pagamento de complementação de proventos de aposentadoria relativo ao mês anterior à data do óbito, quando se tratar de ex-segurado aposentado; Demonstrativo de pagamento referente à última remuneração percebida, caso o ex-segurado tenha falecido em atividade ou na reserva; (art. 5º, 3º, VIII), Demonstrativo de pagamento do benefício da pensão ao beneficiário, relativo ao mês subsequente à concessão; Demonstrativo de pagamento de complementação de proventos de pensão ao beneficiário, relativo ao mês subsequente à concessão; Documento expedido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que comprove a concessão da aposentadoria ou da pensão no Regime Geral de Previdência Social (RGPS), bem como os valores pagos pelo INSS na data da concessão da aposentadoria ou pensão (carta de concessão / memória de cálculo); Demonstrativo de cálculo da complementação de proventos de aposentadoria ou de pensão; Certidão passada pelo Município de que o servidor com direito à complementação dos proventos de aposentadoria cumpriu os requisitos previstos na Constituição da República relativos à aposentadoria a que teria direito se o Município possuísse Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), com a indicação do respectivo dispositivo constitucional; Avaliação médica e funcional, na hipótese de concessão de aposentadoria especial a servidor público portador de deficiência; Na hipótese de concessão de aposentadoria especial a servidor público que exerce atividades sob condições especiais prejudiciais à saúde ou à integridade física: Formulário de informações sobre atividades exercidas em condições especiais (perfil profissiográfico previdenciário PPP; Laudo técnico de condições ambientais do trabalho (LTCAT) ou outro documento hábil a substituí-lo; e
4 Parecer da perícia médica; e Outros documentos hábeis a comprovar situação jurídica declarada no FISCAP, requisitados pelo Tribunal. O Município deverá fazer a remessa das informações para registro ou averbação, em até 40 (quarenta) dias do encerramento do mês com a publicação dos atos concessórios, atos de cancelamento e retificadores. PERÍODO Atos publicados até 30 de junho, ainda não enviados DATA REMESSA AO TCE/MG 9 de agosto Não havendo publicação de ato concessório, ato de complementação e de cancelamento no decorrer do mês, no órgão ou na entidade jurisdicionada, o responsável informará o fato em campo próprio gerado pelo FISCAP. Constatado pela autoridade administrativa o envio incorreto de informação, será admitido apenas um reenvio para retificação, por meio do módulo de alteração de dados contido no FISCAP, no prazo de 15 (quinze) dias após o envio, mantendo-se inalteradas as informações enviadas anteriormente. As informações prestadas ao Tribunal de Contas são de responsabilidade da autoridade concedente e do responsável pelo controle interno da unidade jurisdicionada. O responsável pelo controle interno, ao tomar conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela dará ciência ao Tribunal de Contas, sob pena de responsabilidade solidária, nos termos do art. 74, 1º da Constituição da República e do art. 81, parágrafo único, da Constituição do Estado. A autoridade administrativa que não encaminhar as informações ao Tribunal, enviar extemporaneamente, acarretar prejuízo ao erário em razão da desídia, omissão de dados ou de declaração falsa, ficará sujeita à aplicação de sanções na forma prevista na Lei Complementar nº 102/2008 (Lei Orgânica do Tribunal de Contas), sem prejuízo de outras que se revelarem pertinentes, de ordem administrativa, civil ou penal. ATÉ 15 DE AGOSTO - RELATÓRIOS RESUMIDOS DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA - DATA-BASE 30.06.2016 Encaminhar ao TCE/MG, via internet, os anexos abaixo-relacionados da Instrução nº 12/2008, com database: 30.06.2016, através do SIACE/LRF que está disponível no site www.tce.mg.gov.br.: PREFEITURA MUNICIPAL Anexos Data Remessa TCE/MG 6 Até 15 de agosto 7 Até 15 de agosto 14 Até 15 de agosto Os valores lançados no Anexo 6 deverão observar o seguinte: Receitas consolidadas Prevista: a receita prevista para o bimestre deverá ser compatível com a previsão constante do Anexo 14. Despesas consolidadas Dotação Mensal : a despesa mensal prevista deverá ser compatível com o valor constante no cronograma de desembolso financeiro elaborado após a publicação do Orçamento, conforme determina a Lei de Responsabilidade Fiscal. Os valores lançados no Anexo 14 deverão observar o seguinte:
5 Metas de Arrecadação lançar os mesmos valores informados no relatório Desdobramento das receitas previstas em metas bimestrais de arrecadação, enviado ao TCE em 31 de janeiro de 2015, via SICOM. O não encaminhamento no prazo legal sujeitará o gestor inadimplente à pena de aplicação da multa prevista no art. 85 da Lei Complementar Estadual nº 102/2008 e até mesmo cassação de mandato. Ressaltamos que a multa porventura aplicada pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais não poderá ser paga com recursos da Prefeitura, pois, tem caráter de penalidade à pessoa do prefeito inadimplente. 15 DE AGOSTO RELATÓRIO GESTÃO FISCAL SIACE/LRF 1º SEMESTRE JANEIRO A JUNHO DE 2016 OPÇÃO SEMESTRAL Encaminhar ao TCE/MG, via internet, os anexos abaixo-relacionados da Instrução nº 12/2008, com database: 30.06.2016, através do SIACE/LRF que está disponível no site www.tce.mg.gov.br.: PREFEITURA MUNICIPAL Anexos 1 Data Remessa TCE/MG 3 4 5 8 Até 15 de agosto 9 10 11 12 13 CÂMARA MUNICIPAL Se a contabilidade da Câmara Municipal for realizada diretamente pela contabilidade da prefeitura (a contabilidade da câmara não for independente), a prefeitura deverá também encaminhar ao TCE/MG os seguintes relatórios, com dados exclusivos da câmara municipal: ANEXOS 1 2 DATA REMESSA TCE Até 15 de agosto 4 O não encaminhamento no prazo legal sujeitará o gestor inadimplente à pena de aplicação da multa prevista no art. 85 da Lei Complementar Estadual nº 102/2008 e até mesmo cassação de mandato. Ressaltamos que a multa porventura aplicada pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais não poderá ser paga com recursos da Prefeitura, pois, tem caráter de penalidade à pessoa do prefeito inadimplente.
6 19 DE AGOSTO ENTREGA DA DCTF JUNHO 2016 Conforme disposto na IN RFB nº. 1.110, de 28 de dezembro de 2010 e suas alterações, deverão apresentar a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais Mensal (DCTF Mensal): as pessoas jurídicas de direito privado em geral, inclusive as equiparadas, as imunes e as isentas, de forma centralizada, pela matriz; as unidades gestoras de orçamento das autarquias e fundações instituídas e mantidas pela administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e dos órgãos públicos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário dos Estados e do Distrito Federal e dos Poderes Executivo e Legislativo dos Municípios; e os consórcios que realizem negócios jurídicos em nome próprio, inclusive na contratação de pessoas jurídicas e físicas, com ou sem vínculo empregatício. considera-se unidade gestora de orçamento aquela autorizada a executar parcela do orçamento da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. A obrigação fica sobrestada até ulterior deliberação, em relação às autarquias e fundações públicas federais. As pessoas jurídicas devem apresentar a DCTF até o 15º (décimo quinto) dia útil do 2º (segundo) mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores. Para a apresentação da DCTF, é obrigatória a assinatura digital da declaração mediante utilização de certificado digital válido. A transmissão pela internet deverá ser feita com a utilização do programa ReceitaNet, disponível no site www.receita.fazenda.gov.br. NÃO deverão ser informados os valores retidos na fonte a favor do PASEP, nem as receitas decorrentes de Imposto de Renda Retido na Fonte. A alteração das informações prestadas em DCTF, nas hipóteses em que admitida, será efetuada mediante DCTF retificadora, elaborada com observância das mesmas estabelecidas para a declaração retificada. O não encaminhamento dentro do prazo legal ensejará aplicação de multa ao gestor. CALENDÁRIO 2016 DCTF DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS FEDERAIS MÊS/COMPETÊNCIA DATA LIMITE REMESSA À SRF Junho 15º dia útil de agosto 31 DE AGOSTO SICOM SISTEMA INFORMATIZADO DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS As informações referentes à execução orçamentária e financeira (Acompanhamento Mensal) do mês de JULHO, deverão ser encaminhadas ao TCE MG, até 31 de agosto de 2016, através do portal do SICOM Sistema Informatizado de Contas dos Municípios, conforme disciplinado através da Instrução Normativa nº 03/2015. As informações enviadas por meio do SICOM referentes ao exercício de 2016 serão consideradas na prestação de contas anual do Chefe do Poder Executivo Municipal, na forma da Instrução Normativa nº 03/2015. O chefe do Poder Executivo, desde o exercício de 2014, não mais informa os dados consolidados, ficando responsável de enviar exclusivamente os dados da Prefeitura. Com a remessa da movimentação mensal ao TCE/MG, contendo as informações sobre empenhos, liquidação de despesas, notas fiscais, pagamentos, controles bancários e de caixa, processos licitatórios, contratos,
7 controle por veículo das despesas com combustível, peças e manutenção, controle dos veículos do transporte escolar, etc., será possível a fiscalização concomitante pelo órgão técnico, pois, imediatamente ao receber a informação sobre uma determinada nota de empenho, terá como verificar se a despesa foi licitada, se o empenho foi prévio, se os itens constantes da nota fiscal são os mesmos e se estão com os mesmos valores da licitação/contrato, em que veículo a peça constante da nota fiscal foi utilizada, etc. O envio de informações fora do prazo, por duas vezes durante o mesmo exercício, além das sanções previstas na Lei Complementar Estadual nº 102/2008 (em especial multa paga diretamente com recursos próprios do gestor inadimplente), acarretará o registro do órgão ou entidade na Matriz de Risco do Tribunal. O reenvio das informações após o último dia útil do mês subsequente ao mês de referência, poderá ocorrer no período compreendido entre os dias 8 (oito) e 17 (dezessete) do mês seguinte ao da remessa ou bimestralmente, no período compreendido entre os dias 21 (vinte e um) e 28 (vinte e oito) do segundo mês posterior ao bimestre correspondente, e só será admitido: Para atendimento de diligências determinadas pelo Tribunal; ou Mediante solicitação do gestor, devidamente fundamentada, via Portal do SICOM; Se ocorrer no prazo de até 90 (noventa) dias após o encerramento do exercício de referência; Se obedecer a ordem sequencial mensal das informações já encaminhadas. Na hipótese do reenvio impactar as informações já enviadas por outros órgãos ou entidades municipais, o próprio Tribunal por meio do SICOM e do Diário Oficial de Contas - DOC notificará os gestores cujas informações foram afetadas para novamente enviá-las, no período compreendido entre o dia da notificação e a data limite da próxima remessa. PERÍODO DATA REMESSA AO TCE/MG Junho Até 31 de agosto de 2016 O atraso no envio do SICOM Remessa Mensal, conforme decisão plenária proferida na sessão de 11/03/2015 acarretará ao gestor inadimplente: Multa pessoal no valor de R$3.000,00 (três mil reais) por mês de inadimplência (no SICOM), a qual não poderá ser paga com recursos públicos. AUSÊNCIA DE RETENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA NA FONTE CARACTERIZA RENÚNCIA DE RECEITA O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, ao proferir julgamento na Representação nº 857.684, decidiu que: A ausência de retenção do imposto de renda na fonte do valor das despesas realizadas com serviços contábeis pelo Poder Legislativo Municipal, violou o art. 158, I da Constituição da República, e caracterizou renuncia indevida de receita; Configurou também dano ao erário, porquanto recurso que já integrava, por comando legal, o patrimônio público municipal, foi vertido para o patrimônio de terceiro, de forma indevida; O Chefe do Poder Legislativo Municipal, devolva aos cofres municipais os valores não retidos, devidamente corrigidos.
8 SERVIDOR PÚBLICO QUE COMPÕE SOCIEDADE DE PESSOA JURÍDICA PARTICIPANTE DE LICITAÇÃO INTERPRETAÇÃO TCEMG O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, considerou improcedente a denúncia nº 839.021, ao decidir que: A necessidade de manifestar interesse em participar do certame com antecedência de 24 horas, diz respeito apenas àquelas empresas, que embora cadastradas, não foram convidadas, o que não é o caso; Em que pese não ter sido observado o cadastramento prévio previsto na Lei de Licitações, considera-se cumprido o objetivo da norma, que é garantir a contratação de empresas idôneas e capazes de executar o objeto contratado; Não se pode impedir uma empresa de participar de um processo licitatório só porque esta tem um sócio, gerente ou acionista que é servidor do órgão licitante. É preciso comprovar que o servidor tenha condições de influenciar no processo de maneira a frustrar o seu caráter competitivo. Há o risco desses impedimentos aleatórios, sem fundamentos objetivos e concretos, contrariarem muito mais os princípios da isonomia e da competitividade do processo licitatório. (GN) ALERTAMOS QUE A INTERPRETAÇÃO DO TCEMG não se aplica quando houver expressa previsão contrária na legislação do Município, inclusive Lei Orgânica Municipal. PRAZO PARA O TCU EXIGIR COMPROVAÇÃO DE APLICAÇÃO DE VERBAS FEDERAIS POR MEIO DE TOMADA DE CONTAS ESPECIAL O Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do Resp 1.480.350-RS, de relatoria do Ministro Benedito Gonçalves, julgado em 05.04.2016, decidiu que: É de cinco anos o prazo para o TCU, por meio de tomada de contas especial (Lei n. 8.443/1992), exigir do ex-gestor público municipal a comprovação da regular aplicação de verbas federais repassadas ao respectivo Município. (...) a atuação administrativa está sujeita a prazo para a constituição do crédito não tributário. Isso porque, enquanto que na tomada de contas especial o ônus da prova incumbe ao responsável pela aplicação dos recursos repassados, característica intrínseca do processo de prestação ou tomada de contas; na ação de ressarcimento, imprescritível, o ônus da prova do efetivo prejuízo ao erário incumbe a quem pleiteia o ressarcimento, perante o Poder Judiciário. Dessa forma, não é razoável cogitar, mediante singelo raciocínio lógico, que ex-gestor público permaneça obrigado a provar que aplicou adequadamente verbas públicas após 30, 40 ou 50 anos dos fatos a serem provados, em flagrante vulneração dos princípios da segurança jurídica e da ampla defesa, bases do ordenamento jurídico, afinal é notória a instabilidade jurídica e a dificuldade, ou mesmo impossibilidade, de produção de provas após o decurso de muito tempo. (...).