SEGURANÇA ELETRÔNICA DE ACERVO EM BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS



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VIII ENANCIB Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação 28 a 31 de outubro de 2007 Salvador Bahia Brasil GT 4 Gestão da Informação e do Conhecimento nas Organizações Pôster SEGURANÇA ELETRÔNICA DE ACERVO EM BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS Michele Alves da Silva (DEBIB/UFMA, mii18chele@hotmail.com) Cenidalva M. de S. Teixeira (DEBIB/UFMA, ceni@ufma.br) Resumo: Segurança eletrônica anti-furto de acervos em bibliotecas universitárias. Apresenta segurança de acervo em bibliotecas da antiguidade até os dias atuais. Trabalha segurança eletrônica anti-furto de acervos em bibliotecas, seu histórico, desenvolvimento na sociedade, aplicabilidades, vantagens e desvantagens. Tipos de tecnologias aplicadas em sistemas eletrônicos anti-furto, como radiofreqüência e eletromagnetismo. Discute a relação custo x benefício e propõe métrica para dar subsídios aos gestores na criação de projetos de segurança de acervo. Palavras-chave: Segurança eletrônica. Sistema anti-furto. Segurança de acervo. Biblioteca universitária. Abstract: Safety electronic a group of works anti-theft in libraries university. It presents, a group of works in libraries of the antiquity to the current days. He works safety electronic a group of works anti-theft in libraries, its historical one, development in the society, quality applicable, advantages and disadvantages. Types of technologies applied in systems electronic anti-theft, as frequency of radiations and electromagnetism. It already analyzes electronic safety implanted at libraries university. Keywords: Electronic safety. Univesity library. System anti-theft. Labels electronics. Frequency of radiations. Electromagnetism.

1 INTRODUÇÃO Discutir segurança de acervo em bibliotecas é uma preocupação antiga de bibliotecários e técnicos de bibliotecas de todo o mundo, entretanto, são poucas as publicações que teorizam a este respeito. O que normalmente se encontra na literatura é a discussão mais convencional de conservação de acervo, enfocando os fatores ambientais e biológicos de deterioração. Porém, o maior fator de deterioração dos últimos tempos não tem sido evidenciado, o homem principal destruidores de acervos da história. Desde a antiguidade até os dias atuais, as bibliotecas vêem sofrendo com os maus tratos ao livro por diversos motivos, tais como, religiosos, políticos, poder de posse, financeiro, tudo pode ser um motivo para se furtar, roubar, rasgar, rasurar, ou até mesmo, incinerar uma obra. Ver-se que as razões para tantos roubos e furtos em bibliotecas independem de classe social, nem variam conforme o costume de diferentes regiões do país, como afirma Miranda (2007, p. 01) o desrespeito é democrático [...]. Pobre e ricos, jovens e velhos, universitários e secundaristas, moradores de zonas rurais ou centros urbanos [...] Os livros sofrem com o mau uso por parte de qualquer usuário. É nessa perspectiva, que o presente trabalho investiga sobre segurança eletrônica de acervo em bibliotecas universitárias, em especial tecnologia eletromagnética ou de radiofreqüência. As tecnologias de segurança eletrônica de acervo são aplicáveis a qualquer biblioteca universitária? As bibliotecas universitárias de acervo fechado têm o acervo mais seguro em relação às bibliotecas de acervo aberto? Bibliotecas universitárias públicas sofrem mais que bibliotecas universitárias de universidades particulares? O que fazer com os roubos, furtos e depredações constantes em acervos de bibliotecas universitárias? Que tipo de tecnologia empregar para dificultar a ação destruidora do homem aos acervos? Usar tecnologias eletromagnética ou tecnologias de radiofreqüência? 2 SEGURANÇA DE ACERVOS EM BIBLIOTECAS Desde a idade Antiga a segurança das bibliotecas e conseqüentemente de seus acervos, vem sendo questionada, principalmente, com os casos que ao longo da história tem evidenciado essa temática como um problema para a sociedade. De fato, a segurança dessas bibliotecas eram tão escassa a ponto de [...] nenhuma biblioteca da antiguidade ter sobrevivido [...]. (SOUSA, 2005, p. 5). Isso porque a reunião das obras em grande número ajudava, na verdade, mais a destruição que a preservação, e a maior parte das que sobreviveram pertencia a pequenas coleções particulares. A exemplo, a mais famosa biblioteca da antiguidade, Biblioteca de Alexandria, que teve ao longo de seu percurso três grandes incêndios, provocados pelo homem (MARTINS, 2002). Através de relatos históricos, ver-se que a situação não se modificou na Idade Média, umas das maiores ameaças da biblioteca continua a ser o homem. Nesse percurso da historia, as bibliotecas estavam localizadas no interior dos conventos, tornando-se locais sagrados e [...] acessíveis a uma elite de sábios e homens de letras (MARTINS, 2002, p, 82) subordinadas totalmente a Igreja, só era guardado e conservado o que era de interesse da mesma, deste modo, eram incinerados os livros considerados de literatura profana.

Sousa (2005), afirma que no Brasil a história das bibliotecas remonta a primeira metade do século XVI. Sabe-se que como no resto do mundo, no Brasil, não era diferente, as bibliotecas nasciam e eram instaladas em prédios inadequados, enfrentando problema de orçamento, deficiência no tratamento do acervo e total falta de segurança. (SOUSA, 2005) Como foi o caso das bibliotecas instaladas nos colégios dos jesuítas, Morais (1977), afirma que essas bibliotecas conservavam um acervo de nível universitário, abrangendo varias áreas do conhecimento, mas que como tantas [...] sofreram um terrível golpe com a expulsão da Companhia de Jesus. Todos os seus bens foram confiscados, inclusive as bibliotecas. Livros retirados dos colégios foram amontoados em lugares impróprios, durante anos, [...], uma ou outra obra foi incorporada ao bispada, algumas remetidas para Lisboa, a quase totalidade foi dilapidada, roubada ou vendida como papel velho a boticários para embrulhar ungentos. O clima úmido e os insetos deram cabo do restante [...]. (MORAIS, 1977, p. 6), (Grifo nosso) Assim, as bibliotecas desapareceram quase que totalmente, segundo Sousa (2005), [...] não havia quase nada pra se aproveitar conforme relato de Gonçalves Dias, incumbido pelo governo imperial da missão de examinar o estado das bibliotecas dos conventos em algumas províncias do país.. Hoje, não são diferentes, os motivos continuam os mesmos da antiguidade e somados a eles tem-se agora casos banais. Existem aqueles que furtam pela necessidade do negócio, há aqueles que roubam pelo simples prazer de colecionar e ter em seu poder a obra, outros que roubam por não ter condições financeiras, outros, por um simples ato de vandalismo e rebeldia e aqueles, que furtam folhas e partes de livros por não poder fotocopia-los. Como afirma Gauz (2004, p.1) A história se repete, só mudam os personagens. E se compararmos as histórias de roubos de livros [...] em bibliotecas americanas e bibliotecas brasileiras, podemos verificar vários pontos em comum. O único ponto aliás, ainda não muito considerado e comprovado ai, é a participação de funcionários em algumas etapas do processo, fato mais comum aqui, ou mais falado. Assim, acredita-se que a situação das bibliotecas pioram à medida que não se conhece o predador, este pode estar dentro ou fora das instituições, funcionários, estagiários, bibliotecários, professores, todos são suspeito em casos de furto de bibliotecas. As notícias se revelam independente do tipo de biblioteca, seja, pública, privada, escolar, particular, comunitária, especializada ou universitária. Seja no Brasil, ou no exterior, no nordeste ou sul, em países desenvolvidos ou em desenvolvimento. O problema existe e estampa cada vez mais capas de jornais em reportagens que denunciam o descaso com essa problemática. Nos Estados Unidos, segundo Gauz (2006), um dos maiores ladrões de livros, subtraiu mais de 25 mil livros raros de mais de 300 instituições, estimados em 25 milhões de dólares, Stephen Blumberg, colecionador, queria apenas ter o prazer de ter os livros em sua casa. No Brasil, o Sistema da Biblioteca Universitária da Universidade Federal de Minas Gerais, constatou a falta de 36 mil livros pertencentes a todas as unidades e o extravio de mais de 120 livros de um acervo que totaliza mais de 650 mil obras. Em outubro de 2003, a Polícia Federal prendeu em flagrante uma pessoa com livros raros das bibliotecas da Escola de Arquitetura, das faculdades de Direito e Letras e do Museu de História Natural e Jardim Botânico. Na residência do acusado foram encontrados 95 livros, destes 47 pertencentes ao acervo da Universidade Federal de

Minas Gerais (UFMG) e o restante de outras instituições, como: Biblioteca Pública Luiz de Bessa; Colégio Arnaldo; Instituto Santo Inácio, entre outras. (HERPANHA, 2003) Essas investidas contra acervos de bibliotecas, põem em risco à preservação de fontes documentais para pesquisa que alimentem nossas descobertas, bem como, a garantia de nossa própria história. Miranda (2007) revela que as bibliotecas universitárias, nosso foco maior neste estudo, vêem implantando varias medidas em suas políticas de segurança, dentre elas, sistemas de segurança eletrônica anti-furto que utilizam câmeras de vídeo, portais eletromagnético, tags transparentes e etc. Assim, bibliotecários e gestores da informação precisam conhecer e estar aptos a empregar tais tecnologias para preservar e manter acervos inteiros para a posteridade. 3 SISTEMAS ELETRÔNICOS DE SEGURANÇA EM BIBLIOTECAS Quando se fala de segurança eletrônica, faz-se necessário primeiramente entender o termo segurança eletrônica, que neste contexto, define-se como mecanismo a qual se providencia meios para reduzir a vulnerabilidade de alguma coisa. Essa segurança envolve pessoas, processos e principalmente, tecnologia. Ao se pensar em sistema de segurança informacional se faz necessário buscar um equilíbrio entre controles físicos, lógicos e manuais, que segundo Beal (2004, p. 64), os sistemas de segurança podem ser classificados nas seguintes categorias: físicos: projetados para proteger o ambiente informacional contra ameaças físicas, como incêndio, inundação, raios etc., [...] e proteger a organização de incidentes resultantes do acesso físico, tais como furto e danos propositais e equipamentos; técnicos (ou lógicos): implementados por software, são usados para restringir o aceso e o uso do sistema operacional, redes, programas utilitários e aplicativo; manuais: implementados sem o auxílio de máquinas (por exemplo, colocação de um guarda na entrada para impedir que estranhos [...]). Assim, é foco deste estudo o sistema eletrônico anti-furto de segurança que preserve a acessibilidade física do acervo da instituição. Mas é importante ressaltar que a relação segurança física, lógica e manual é o modelo fundamental para que riscos a que estão sujeitos a instituição possam ser minimizados dentro da melhor relação custo - beneficio. Klodzinski (2005), especialista em Segurança e automação de bibliotecas e Diretor Operacional da empresas MultiSystems, atrela dois termos chave ao conceito de segurança eletrônica em bibliotecas, sendo o primeiro, o livre acesso e o segundo, a integridade do acervo. O sistema de livre acesso se popularizou segundo Santos (2006, p. 6) no [...] final do século XIX, com o sistema de classificação desenvolvido por Melvil Dewey. Santos (2006, apud VALE, FERRARI E ANDRADE, 1996, p.103) entende que: o acervo aberto é um fator facilitador para a biblioteca cumprir seu papel ativo e dinâmico junto ao ensino. É no manuseio dos livros, feito diretamente nas estantes, que o aluno aprende a ampliar sua pesquisa bibliográfica imprescindível à sua formação. Acredita-se que com a implantação do sistema de segurança, e com o sistema de câmeras, sugeridos como medidas preservativas por Vale, Ferrari e

Andrade (1996, p.105), esses problemas sejam minimizado. Connin (1996 apud VALE; FERRARI; ANDRADE, p.105, 1996) constata [...] que os sistemas anti-furto eletromagnéticos e/ou de radiofreqüência, são eficazes e extremamente dissuasivos. Estatísticas realizadas em 1994 demonstram que a instalação desses sistemas fizeram diminuir o furto de documentos em torno de 50% num período de 5 anos e 37% num período de 10 anos. Varias são as medidas de segurança que podem ser empregadas em sistemas de segurança em bibliotecas, como Klodzinski (2005) salienta, essa segurança pode ser trabalhada em três perspectivas: controle de acesso, circuito fechado de TV, prevenção de furto. O controle de acesso a biblioteca perpassa pela identificação de seus usuário, torna-se necessário possuir um cadastro de identificação de todos os usuários potenciais para controlar e gerenciar o controle destes, assim, usa-se atualmente para tal identificação: cartões para usuários; senhas para acesso; catracas eletrônicas e portas de segurança, identificação por biometria, identificação. Das tecnologias implantadas com maior freqüência em bibliotecas, para medidas de segurança são os CFTV, que capturam imagens estrategicamente do ambiente da biblioteca, que podem ser monitoradas em tempo real ou gravadas para pesquisa e ou registros futuros. Esse tipo de tecnologia pode ser empregada, basicamente, com câmeras, que podem ser fixas, Speed-Domes, ou câmeras em trilhos. Da prevenção de furtos por sistema eletrônico de segurança, que se pretende abordar com maior ênfase, enfoca-se as tecnologias de radiofreqüência e eletromagnetismo. São inúmeros os modelos, formatos, tamanhos, tecnologia empregada, layout e empregabilidade de equipamentos dessas tecnologias. 4 SISTEMAS ELETRÔNICO ANTI-FURTO DE SEGURANÇA DE ACERVO EM BIBLIOTECAS Os Estados Unidos da América foram os pioneiros a aplicarem sistemas eletrônicos de segurança anti-furtos na proteção de acervos em bibliotecas. Em 1963 a empresa Sentronic International, criou um sistema baseado em campos eletromagnéticos que teve como primeiro cliente a Biblioteca Pública de Grand Rapids. O sistema era formado por quatro componentes básicos: sensores ou antenas, unidade de controle, unidades de desativação e reativação e etiquetas protetoras, permitindo a sua utilização com acervo aberto nos modos by-pass e livre acesso. (NOGUEIRA, 2002, p.6) Inicialmente os sistemas de segurança não foram bem vistos pelos usuários das bibliotecas, que se sentiam insultados e vigiados, no entanto, no início da década de 70, conforme Nogueira (2002), a segurança eletrônica já era uma realidade em todos os ambientes da sociedade, associando-se a idéia de segurança patrimonial, ganando o fascínio universal dos usuários, ultrapassando o preconceito de desonestidade a mais uma ferramenta de gerenciamento de acervos. Entre as empresas pioneiras na área de segurança eletrônica (anti-furto) de acervo em bibliotecas, destacaram se: a Gaylord Library Magnavox, Knogo (adquirida em 2000 pela IDsystems), Mauser Security e 3M. O mercado brasileiro de sistema de segurança eletrônica de acervo bibliográfico apresenta empresas que se destacam pela sua elevada especialização, experiência e tempo de atuação no mercado: ID Systems, Multisystems, 3M e Mouser Security.

4.1 Tecnologia: radiofreqüência e eletromagnética. Basicamente os sistemas eletrônicos de segurança anti-furto mais adotados na proteção de acervos bibliográficos empregam dois tipos de tecnologia: radiofreqüência e eletromagnética. A Radio-Frequency Identification (RFID) que em português significa Identificação por rádio freqüência, é um método de identificação automática através de sinais de rádio, que recupera e armazena dados através de dispositivos chamados de Tags RFID. (RFID, 2007) As etiquetas de vigilância eletrônica RFID, como também podem ser chamadas, [...] consiste basicamente da utilização de uma etiqueta plana, adesiva, de dimensões reduzidas, contendo um micro-chip em conjunto com sensores especiais e dispositivos que possibilitam a codificação e leitura dos dados contidos na mesma. (NOGUEIRA, 2002, p. 9) Em bibliotecas e centros de informação a tecnologia RFID é utilizada para identificação do acervo, possibilitando reconhecimento e rastreamento de exemplares físicos. Funciona com a presença: de uma tag RFID, que pode ser colocada em qualquer parte do livro; dispositivos fixos, que são os portais e ou antenas; e ativadores e reativadores de mesa ou portáteis, que possibilitam a codificação e leitura dos dados da etiqueta. Entre as vantagens desta tecnologia cita-se: O baixo custo de implantação e manutenção; ocorrência mínima de alarmes falsos; adequadas para mídias magnéticas (fitas de vídeo, áudio, disquetes entre outros); auto-atendimento; controle de acesso de funcionários e usuários; estatística de consulta local; leitura simultânea de até 30 itens num período de um segundo; poderosos algoritmos de anti-colisão que possibilitam leitura de estantes para inventário do acervo em questões de minutos utilizando um leitor de RFID manual; localização de exemplares mal-ordenado no acervo; segurança anti-furto; mantém um histórico de empréstimo e devolução do livro passando os livros por uma esteira rolante com leitora de RFID acoplada; existe compatibilidade entre etiquetas e antenas de fabricantes diferentes; facilita inventários; elimina fontes de trabalho repetitivo. Tem como principais desvantagens: fácil localização da etiqueta pelo usuário; as etiquetas não contém nenhuma rotina ou dispositivo para proteger seus dados; pode sofrer interferências e extravio de seus dados, que podem vir a blindar ou bloquear os sinais de rádio impossibilitando a leitura; vulnerabilidade, pois enquanto etiquetas visíveis uma pessoa pode retirar uma etiqueta de um livro ou troca-la por outro. Porém, até então, o Brasil apenas importava o produto, agora como afirma Fuoco (2007) O Brasil foi inserido no mercado de etiquetas inteligentes via radiofreqüência [...] a partir do lançamento do primeiro chip desenvolvido inteiramente no País. A tecnologia eletromagnética (EM) funciona com um campo magnético produzido por energia elétrica. Os sistemas de tecnologia eletromagnética atuais oferecem detecção tridimensional. Operam tanto no modo by-pass ou desvio quanto no modo livre acesso, já que possibilitam desativar e reativar a proteção da etiqueta. As principais vantagens da tecnologia eletromagnética são: protege o acervo prevenindo furtos e a grande adequação das etiquetas protetoras aos itens existentes no acervo bibliográfico; operar com desativação e reativação; compatibilidade entre etiquetas e antenas de fabricantes diferentes; sinalização

sonora e/ou visual; atendem as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e da Associação Americana de Deficientes Físicos (ADA), quanto a questão do acesso de deficientes físicos; não danificam mídias magnéticas; detectam varias etiquetas ao mesmo tempo; facilita inventários; elimina fontes de trabalho repetitivo. Como principal desvantagem, pode ser destacado, o preço, um pouco além da tecnologia de RF. 4.2 Equipamentos: antenas, etiquetas, desativadores e reativadores Um conjunto básico para a implantação de um sistema de segurança antifurto no que tange a etiquetas eletrônicas, quer por radiofreqüência, quer por eletromagnetismo, requer: etiquetas eletrônicas; antenas anti-furto; desativadores e reativadores. As etiquetas são dispositivos eletrônicos aplicáveis a todos os tipos de materiais da biblioteca, podem ser radiofreqüência ou de eletromagnéticos. As etiquetas de radiofreqüência são semicondutores que recebem uma pequena antena necessária para sinalização, com um adesivo, que é incorporado a uma etiqueta de papel tradicional. Alerta Shoemaker, A menos que você abra e veja a antena, nunca saberá que ela está lá. (VIDA..., 2005). De vários tamanhos e diferentes freqüências, pesando em média de 0,8 a 10grams e com espessura em média de 0,3 mm, são produzidas em varias versões, conforme exemplos. 4x4 4x4 cm Figura 1: Modelos de etiqueta 4X4 RF. Fonte: (RADIO..., 2007) Assim, também são as etiquetas eletromagnéticas, existem em diversos formatos, tamanhos e texturas, são compostas por elementos metálicos que emitem uma determinada freqüência, quando identificada pelos sensores, o disparam o alarme visual e/ou sonoro das antenas. Alguns modelos de etiquetas de tão finas tornam-se praticamente invisíveis. Podem ser reativadas e desativadas centenas de milhares de vezes sem perder sua eficiência. Adaptáveis a qualquer material existente na biblioteca e quando usadas com cola especializada para devidos fins, proporciona um acabamento perfeito. Figura 1: Modelo de etiqueta EM. Fonte: (ELETROMAGNÉTICO..., 2007) As antenas anti-furto, equipamento indispensável para a validade das etiquetas eletrônicas, são encontradas também na tecnologia de radiofreqüência e eletromagnetismo.

No caso das antenas de radiofreqüência, devem ser instaladas próximo ao balcão de atendimento da biblioteca, apresentam um custo de implantação mais acessível, mas, podem apresentar restrições quanto a materiais metálicos. Já as antenas eletromagnéticas possuem um maior nível de segurança, pois não ocorre risco de interferência, podem ser instaladas na porta de saída da biblioteca ou próximo ao balcão de atendimento. A função da antena é ler a tag, emite ondas de rádio que são difundidas em varias direções e em distância que vai de polegadas a alguns metros, dependendo da potência e da freqüência usada. O tempo em que ocorre essa operação é de décimos de segundo, portanto, o tempo de exposição necessário da tag é bem pequeno. (MAUSER..., 2007) As antenas, bem como as etiquetas, também apresentam formas e tamanhos variados, adequando-se ao layout e as necessidade de cada biblioteca. Figura 2: Modelos de antenas Fonte: (SISTEMAS, 2007b) Os desativadores e reativadores são dispositivos físicos, portáteis ou manuais. Na Tecnologia RFID não existe desativação da tag, eis o grande problema que a tecnologia de radiofreqüência pode causar, sua freqüência continua permanente mesmo quando o usuário já efetivou o empréstimo, é por esse motivo, que as antenas RFID devem sempre ficar logo depois do balcão de empréstimo. Já as tags com tecnologia eletromagnética são passiveis de desativação e reativação, varias vezes sem danificar a mesma. Dentre os modelos de desativadores encontrados no mercado, existem os portáteis e os manuais, enquanto que os reativadores, estão divididos entre: manuais, portáteis, eletrônicos e estação de trabalho. E existem os que são desativadores e reativadores ao mesmo tempo. Utilizados para desmagnetizar as etiquetas eletrônicas quando do empréstimo ao usuário e re-magnetizar quando da devolução. Conforme exemplos na figura 3. Figura 3: Reativador / desativador Fonte: (DESATIVAÇÃO..., 2007) Apesar dos benefícios serem visivelmente reconhecidos, percebe-se que a adoção em massa, dessas tecnologias não são uma realidade. O aumento da adesão à tecnologia, entretanto, deverá acontecer porque a maioria dos produtos lançados no mercado tem alcançado resultados esperados pelos seus compradores, confirmando que a relação custo beneficio tem sido vantajosa para a instituição.

5 RELAÇÃO CUSTO x BENEFICIO NA IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE SEGURANÇA Um ponto indispensável a ser discutido ao se pensar em escolher, adquirir e implantar, qualquer sistema de segurança é a relação custo x beneficio que esse sistema vai proporcionar a instituição, aliando a isso, um processo contínuo de avaliação para acompanhar a evolução tecnologia lançada pelo mercado, e assim eliminar, no decorrer do uso do sistema, possíveis falhas. Sob a ótica econômica diretamente empregada no acervo das bibliotecas, os resultados da implantação de um sistema de segurança, seriam contabilizado a partir da implantação do sistema de segurança sobre a preservação e manutenção do acervo, resultando na redução dos casos de furto / depredação. Como afirma Nogueira (2002) Isto é de importância fundamental num momento de grandes restrições orçamentárias que vivemos dentro das instituições públicas e privadas [...]. A existência de custos (investimento) necessita de um projeto que avalie a viabilidade e manutenção da implantação de qualquer sistema de segurança que se queira implantar. O objetivo deste projeto é convencer quem detem os recursos para investimento, faze-lo. Isso pode ser viabilizado através de uma analise de retorno de investimento, no que tange, principalmente, o acervo informacional da instituição. Na literatura, não foi identificado, formulas métricas que avalie esse retorno de investimento, decidiu-se então, propor uma métrica que pode dar subsídios matemáticos reais, para que os gestores tenham um dado concreto para a elaboração de um projeto de justificativas mais sólidas. A análise de retorno de investimento, quanto à preservação do acervo, pode ser calculado, conforme figura 4. MT = PA T SSE = PA T RI = MT SSE = RI Ou seja, Figura 4: Retorno do investimento quanto à preservação do acervo MT - Método tradicional PA - Perda do acervo T - Tempo SSE - Sistema de segurança eletrônico RI Retorno do Investimento Uma vez calculado o valor da perda do acervo sobre o tempo, antes e depois da implantação do sistema de segurança eletrônica, subtraindo esses dois resultados, tem-se um valor que seria o percentual de perdas da instituição, dado que pode ser transformado no retorno de investimento. É importante salientar que os resultados dessa métrica se comportam como dados complexos, pois se trabalha com o valor da informação, que costuma ser um dado intangível. Torna-se aconselhável antes de elaborar o projeto se fazer um inventário que demonstre em dados concretos a quantidade exata de roubos/furtos no acervo. Para que em uma avaliação futura do sistema seja possível avaliar os verdadeiros retornos do investimento. Convém ressaltar que essa métrica deve ser usada levando em consideração no projeto, valores de uma outra instituição, no caso, de uma outra biblioteca, do

mesmo tipo e porte. E assim, no futuro se validar essa métrica como ferramenta na conscientização de administradores na implantação de um sistema eletrônico antifurto de segurança de acervo. A solução parcial de furtos e roubos de bibliotecas influi no custo de equipamentos para atender essa necessidade, que tendem a baixar seus preços no decorrer da demanda. O valor do investimento depende principalmente do tipo de tecnologia aplicada (radiofreqüência ou eletromagnetismo) e do tamanho do acervo da biblioteca. Uma tag, por exemplo, pode variar de R$ 0,20 à R$ 0,40 centavos, valor que viabiliza o investimento desse tipo de tecnologia em varias bibliotecas brasileiras. A resposta ao investimento é observado nos benefícios alcançados por cada instituição que utiliza o sistema, com por exemplo: protege a retirada de materiais sem autorização (furtos); automatiza o fluxo de materiais; gerencia digitalmente o acervo e localiza materiais perdidos; eleva a produtividade da equipe; oferece melhor serviço aos usuários; utiliza com eficiência os recursos da biblioteca; melhora ergonomicamente o local de trabalho; oferece aos usuários maior flexibilidade no empréstimo; torna a biblioteca mais acessível; recebe serviço e suporte de padrão internacional; reduz possibilidades de falha humana. 8 CONCLUSÃO Para combater as investidas do homem contra acervos de bibliotecas, bibliotecários precisam conhecer e estar aptos a empregar as mais novas tecnologias oferecidas pelo mercado para a segurança eletrônica de acervos. Dentre vários equipamentos lançado pelo mercado tecnológico, abordou-se com maior ênfase as tecnologias de RFID e EM, que através de inúmeros modelos de tags inteligentes, antenas, desativadores e reativadores viabilizam a possibilidade de redução nos índices de furto, roubo e depredações de acervos informacionais. Quando avaliadas as vantagens e desvantagens, constata-se que a primeira prevalece em relação a segunda, elevando esse tipo de sistema a serem introduzidos como aliado no staff das bibliotecas. Um outro fator que viabiliza a implantação de um sistema de segurança eletrônico com tecnologia RFID ou EM em acervos de bibliotecas é a balanceada relação custo beneficio, de total relevância para as instituições mantenedoras de bibliotecas, que sempre encontram-se com total restrições orçamentárias. Percebe-se que saber desenvolver um projeto: que identifique o que a biblioteca está interessada em proteger; de quem está preocupada em proteger; determinar as ameaças e oportunidades; pesquisar e sugerir medidas que protegeram os recursos com uma boa relação custo - beneficio e rever continuamente e eliminar possíveis falhas, é o caminho ideal para convencer os administradores a investir no sistema de segurança de acervo. Comprova-se que as tecnologias de tags em radiofreqüência e eletromagnetismo podem ser implantadas com um investimento devolvido a instituição principalmente com vantagens, que são praticamente impossíveis de ser contabilizadas, devido seu valor intangível. Tudo indica que as tecnologias de segurança eletrônica de acervos são aplicáveis a qualquer biblioteca, é claro, levando em consideração seu acervos e os modelos de equipamentos a serem implantados. Espera-se que este estudo sirva de incentivo para muitos outros, bem como, para gestores que pretendem implantar em unidades de informação sistemas

eletrônicos de segurança, visando garantir dessa maneira a integridade física de acervo informacionais. Acredita-se, que se cada um fizer sua parte na luta contra as ações predatórias dos homens a acervos informacionais, o livro não será mais o personagem principal de tantas denuncia e revoltas que são redigidas em páginas policiais e em obras científicas e literárias. Assim, denuncia Sarney (2004, p.1) Os pobres livros não têm segurança pessoal, polícia e guarda como nós. Vivem em absoluta miséria, sem verbas, sem a mínima segurança. O resultado é o que se viu. O velho livro sangrando e de páginas cortadas foi bater numa feira de bregueces, ultrajado como se fosse inutilidade. Um sujeito de bom coração tem pena dele, compra-o compungido (?) e resolve levá-lo para casa. Aí descobre que o pobre velhinho era de morada conhecida, o Museu Nacional, este também passando fome e miséria, sem pão nem água. [Porém]. O livro -repito- é a maior descoberta tecnológica feita pelo homem: cai e não quebra, não precisa de energia nem de ser ligado. Tem todos os inimagináveis programas de computador, viagens, ficção, ciência, tudo e tudo. Como se diz nas escolas de samba, merece respeito e passagem. REFERÊNCIAS BAÉZ, Fernando. História universal da destruição dos livros: das tábuas sumérias à guerra do Iraque. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006. FUOCO, Taís. Brasil desenvolve primeiro chip RFID para controle de estoques: Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), de Porto Alegre (RS), desenvolveu o produto a pedido da Innalogics. 2007. Disponível em: <http://www.computerword.com.br/segurança/2007>. Acesso em 05 jul. 2007 GAUZ, Valéria. Assim como era no principio, agora, e sempre: roubos de livros raros.2004. Disponível em: <http://www.ofag.com.br>. Acesso em: 04 jul. 2007 HESPANHA, Andréa. Universidade quer implantar sistema anti-furto em bibliotecas. Boletim Informativo, Minas Gerais, n.1414, a. 29, 2003. Disponível em: <http://ufmg.br/boletim> Acesso em: 03 jul. 2007-07-10 KLODZINSKI, Antonio. Segurança e automação de bibliotecas: Tecnologia e produtos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA, DOCUMENTAÇÃO E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 21.,2005, Paraná. Anais... Paraná, 2005. Disponível em: <http//febab.org.br/cbbd/trabalhos/antonio_klodzinski.pps>. Acesso em: 01 mar. 2007. MARTINS, Wilsom. A palavra escrita: história do livro da imprensa e da biblioteca. 3. ed. ver., atual. São Paulo: Ática, 2002. NOGUEIRA, Isabel Cristina, et al. Gerenciando a biblioteca do amanhã: tecnologias para otimização e agilização dos serviços de informação. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 2002, Rio de Janeiro. Disponível em: <http://www.sibi.ufrj.br>. Acesso em: 15 jan. 2007

SARNEY, José. Livros e matanças. Folha de São Paulo, São Paulo, 21 maio. 2004. Coluna opinião, p. 1. Disponível em: <http://www.abl.br/artigos/josesarney.html>. Acesso em: 15 jun. 2007 SOUSA, Clarice Muhlethaler de. Biblioteca: uma trajetória. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE BIBLIOTECONOMIA, 3., 2005, Rio de Janeiro. Disponível em: <http://www.paginas.terra.com.br/educação.pdf>. Acesso em: 21 de abril de 2007. VALE, E.A. FERRARI, A.C. ANDRADE, D.C. Porque o livre acesso as estantes?. R. Biblio. Brasil, v.20, n.1, p. 99-107, jan./jun. 1996