AS TRANSFORMAÇÕES NO SISTEMA DE PRODUÇÃO AGRÍCOLA. DEAER Sociologia Rural Veterinária André Felipe Hess

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Transcrição:

AS TRANSFORMAÇÕES NO SISTEMA DE PRODUÇÃO AGRÍCOLA DEAER Sociologia Rural Veterinária André Felipe Hess

INTRODUÇÃO É evidente que está havendo uma profunda mudança na economia agrícola mundial. No período do pós-guerra houve um processo crescente de homogeneização dos sistemas produtivos agrícolas (Mattei, 1998), espelhado no modelo norte-americano, destacando-se aí, o uso de sementes melhoradas, de adubos químicos, dos agrotóxicos e da maquinaria (Schultz, 1965). As transformações da agricultura, ao internalizar o modelo americano, espalharam o processo excludente por todo o espaço geográfico.

Modelo Agrícola sinais de enfraquecimento a partir dos anos 70. Acentuando uma grande crise nos anos 80. Setores que sentiram o efeito dessa crise envolveram os seguintes aspectos: Aspecto econômico; Aspecto social, e; Aspecto ambiental.

Fonte: Ferreira e Gausmann (1996)

Mattei (1998) constata que do ponto de vista econômico, o modelo gerou uma produção alimentar elevada, a qual provocou queda de preços nos principais produtos agrícolas. Além disso, o processo competitivo nos mercados agrícolas mundiais desencadeado pela Europa e pelos EUA causou grandes impactos sobre a agricultura dos países menos desenvolvidos, principalmente a agricultura camponesa. Soma-se a esses dois aspectos, o colapso do sistema regulatório mundial nos anos 70 que afetou economicamente o meio rural, uma vez que houve impactos diretos sobre o modo de acumulação capitalista que vigorava desde o pós-guerra (padrão fordista de acumulação).

No aspecto social, a crise provocou impactos distintos nos países e regiões ocasionando um processo de redução da população do meio rural, a queda de preços e a instabilidade da renda agrícola, causando resultados negativos sobre as condições sociais dos agricultores e motivando a elevação dos índices de pobreza existentes na maioria dos países. Este fato faz com que seja cada vez mais difícil viver exclusivamente da atividade agrícola, ainda mais, porque ela tem sido freqüentemente impactada por um constante avanço tecnológico e extremamente poupador de mão-de-obra (Graziano da Silva, 1997).

Nos anos 80 a grande mudança foi passar da cadeia produtiva estritamente agrícola à cadeia agroindustrial. Para Graziano da Silva (1997) esse fato fez surgir uma gama de diferentes tipos de serviços a esse processo produtivo. No final da década de 80 e começo da década de 90 aparece uma série de alternativas tecnológicas até então não disponíveis, como por exemplo, a de colheitadeira de café, a de cana crua e de vários cereais, muito mais eficientes do que antigamente.

Mattei (1998) enfatiza que os países desenvolvidos já produziram um ator social no espaço rural, que pode ser representado pelo agricultor em tempo parcial. Sua característica fundamental é a de combinar atividades agrícolas com não-agrícolas, dentro ou fora de seus estabelecimentos, tanto nos ramos tradicionais urbano-industriais quanto nas novas atividades que vêm se desenvolvendo no meio rural. Com isso, observa-se uma diminuição do emprego estritamente agrícola sem uma diminuição da população rural. Isto confirma o pensamento de Santos (1997, p.69), que observa que áreas dedicadas à produção agrária, mas utilizando relativamente baixos coeficientes de capital necessitam de aglomerações urbanas, fornecedoras de consumo pessoal e produtivo.

Segundo Galvão (1999) eclodiu no Brasil nos anos 40 e 50 o histórico conflito entre o campo e cidade, nesta época, o País trocou o modelo agroexportador pelo urbano-industrial, por meio da drenagem de renda e cessão de mão-de-obra barata do campo para a cidade, sem política compensatória. Prova disso: fenômeno do êxodo rural, que alterou o padrão de ocupação do território. As cidades, que concentram hoje cerca de 78% da população. No final dos anos 70, o Brasil, com base em políticas de subsídios à agricultura e à agropecuária complementado com o padrão americano, fez com que a sociedade urbanizasse a miséria rural, mostrando uma sociedade moderna de super safra de 80 milhões de toneladas de grãos convivendo com a fome de 30 milhões de indigentes (Gonçalves, 1995).

As políticas públicas para o meio rural geralmente são elaboradas com um viés setorial, sem levar em conta os seus efeitos no desenvolvimento local. Essa fragmentação contribui para o avanço de alguns e para a estagnação de outros setores, agravando os desequilíbrios do que propriamente solucionando os problemas... (Campanhola e Graziano da Silva, 1999, 3/13). No trabalho de Rangel (1961: 7), a crise agrária está referida à superprodução ou escassez crônicas de produtos agrícolas e à superpopulação rural,... desdobrando- se a primeira nos constantes problemas do comércio exterior e a segunda em desemprego urbano... neste contexto define-se uma questão agrária quando o setor agrícola... ou não libera mão-de-obra necessária a expansão dos demais setores, ou ao contrário a libera em excesso.

Funções da agricultura no desenvolvimento econômico, a saber: liberação de mão-de-obra, a ser utilizada no setor industrial, sem diminuir a quantidade produzida de alimentos; criação de mercado para os produtos da indústria; expansão das exportações; financiamento de parte da capitalização da economia (Delfim Netto, 1963).

Cinco funções da agricultura: - liberar mão-de-obra para a indústria; - gerar oferta adequada de alimentos; - suprir matérias-primas para indústrias; - elevar as exportações agrícolas; - transferir renda real para o setor urbano

Avanços de alguns direitos sociais, de longa data reivindicados pelos trabalhadores rurais: muda-se a relação jurídica que rege o direito propriedade fundiária, agora legitimado pela sua função social (Constituição de 1988); universaliza-se os direitos previdenciários estendidos ao regime de economia familiar ; reconfigura-se o espaço rural sob o influxo dos aposentados rurais, dos assentamentos agrários e dos agricultores familiares em nível significativo do ponto de vista do seu impacto social sobre o setor rural.

Sistema de produção e transformação social: Passagem de um modo de produção feudal, escravista, para o modo de produção capitalista. Portanto, a expansão do capitalismo foi um processo lento, irregular e com imensos conflitos, mas que foi conseguido em função da somatória de diversos fatores. Entre os quais se destacam: - a privação dos trabalhadores de qualquer possibilidade de subsistência, a não ser o trabalho assalariado; - a preocupação com a organização e o controle do trabalho; - uma profunda revolução cultural;

- uma metódica e rígida política repressiva contra os trabalhadores que se negavam a aceitar as novas relações sociais impostas; - a institucionalização de mecanismos oficiais através de leis, decretos e documentos oficiais que tinham como função inserir os indivíduos nas novas relações de produção de forma a amenizar os conflitos, então existentes, conseguido inicialmente pelo serviço militar e mais tarde pela escola.

O crescimento das cidades mercantis e do comércio exigiram uma nova forma de trabalho, e, por extensão um novo homem, diferente do homem feudal, um homem preocupado agora consigo mesmo e com a sua subsistência, possuidor de novas habilidades e conhecimentos. O período manufatureiro tem duas origens: a forma complexa - onde trabalhadores de diferentes ofícios executam suas atividades; a forma simples - formado pela aglomeração de trabalhadores do mesmo ofício. Portanto, a manufatura é o período em que os trabalhadores apesar de venderem sua força de trabalho ao capitalista, ainda exercem seus ofícios de forma manual, ou seja, atuam sobre uma realidade objetiva que é o trabalho.

A maquinaria emerge no seio do período manufatureiro, o período manufatureiro vai preparar e proporcionar as condições favoráveis ao advento da fábrica. O processo de industrialização não é um processo fortuito e sem propósito, não ocorre de forma natural, mas surge justamente com o propósito de reduzir custos e aumentar o lucro do capitalista como bem explica Marx: [...] não é esse o objetivo do capital, quando emprega maquinaria. Esse emprego, como qualquer outro desenvolvimento da força produtiva do trabalho, tem por fim baratear as mercadorias, encurtar a parte do dia de trabalho da qual precisa o trabalhador para si mesmo, para ampliar a outra parte que ele dá gratuitamente ao capitalista. A maquinaria é meio para produzir mais valia (MARX, 1987, p.424).

Consolidação da industrialização: as exportações, o mercado interno e a atuação do Governo. O processo de urbanização e seu mercado interno propiciaram condições favoráveis para uma economia industrializada. O incentivo às exportações proporcionava melhorias no transporte marítimo, já o mercado interno impulsionava o transporte terrestre. O papel do Estado nesse processo foi fundamental, principalmente incentivando e financiando a inovação técnica e o desenvolvimento das indústrias de bens de capital e de consumo.

O seu desenvolvimento ocorreu, fundamentalmente pela exploração e degradação do trabalho, ou então, pelo estado de miséria por qual passava a classe operária. Contudo, ao longo de seu crescimento, o capitalismo atravessa por algumas crises, durante as quais se intensifica ainda mais o estado de depauperamento e de fome da classe trabalhadora. O homem a partir da implantação do modo de produção capitalista, passa a ser visto apenas como agente produtivo. É uma profunda e radical transformação social, em todos os níveis, e principalmente no modo de viver do homem. Seus costumes e a prática social têm que ser alterados para atender aos novos interesses da sociedade, ou seja, para atender aos interesses do capitalista e das fábricas.

reduzindo inteiramente os trabalhadores ao papel de simples máquinas, arrebatando-lhes os últimos vestígios de atividade independente, mas incitando-os, precisamente por essa razão, a pensar em exigir uma posição digna de seres humanos (ENGELS, 1985, p.13-14).