Conferência FISCALIDADE VERDE: um contributo para a sustentabilidade 30 de abril de 2013 Fundação Calouste Gulbenkian
As Renováveis e a Eficiência Energética são os principais instrumentos de combate à dependência energética externa e às alterações climáticas, com consequente redução das emissões de GEE. 18.000 16.000 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 Evolução da Dependência Energética Produção Hidrica (GWh) Produção Eólica (GWh) Dependencia Energética 85,7% 85,6% 85,9% 84,6% 84,1% 88,8% 83,9% 82,5% 83,3% 81,2% 76,1% 78,1% 90% 85% 80% 75% 70% 24,6% Evolução prevista da meta global de incorporação de renováveis no CEF (1)(2) 27,3% 28,6% 29,4% 30,5% 31,8% 32,2% 33,8% 34,0% 34,3% 34,5% Inclui medidas de Eficiência Energética decorrentes do PNAEE 2016 0 65% 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Fonte: DGEG (1) Consumo de Energia Final; (2) Previsão PNAER 2013
A incorporação crescente de fontes renováveis no mix energético tem contribuído consideravelmente para a redução das emissões de GEE, com maior incidência no período pós 2005. Produção de Eletricidade FER vs. Emissões de CO 2 Produçao de Eletricidade FER (GWh) Produção Hídrica (GWh) Emissões CO2 do setor Energético (Mt CO2e) (GWh) (Mt CO 2 e) 30 000 70 25 000-23% 60 20 000 15 000 10 000 50 40 30 20 5 000 10 0 Fonte: DGEG; APA 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 0
Custo evitado com importações de combustíveis fósseis (M ) Produção em regime especial (TWh) 800 700 Contributo da PRE-FER para a redução de importação de combustíveis fósseis 13,4 721 13,3 13,6 16,0 14,0 600 500 487 8,5 10,8 439 514 540 12,0 10,0 400 300 5,9 6,9 273 8,0 6,0 200 100 4,0 117 214 4,0 2,0 0 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 0,0 Custo evitado com importações de combustíveis fósseis Produção PRE-FER
Desenvolvimento da economia Criação de emprego Captação de investimentos Fixação de população no interior CONTRIBUIÇÃO DAS RENOVÁVEIS PARA O DESENVOLVIMENTO NACIONAL Desenvolvimento regional - Execução de diferentes tipos de benfeitorias (ex. reparações de estradas, apoio a iniciativas culturais e escolares, ações de preservação ambiental, melhoria da rede primária contra incêndios,
TRIBUTAÇÃO NAS RENOVÁVEIS O caso nacional
TRIBUTAÇÃO DIRETA Pagamento de uma renda aos municípios de 2,5% sobre o pagamento mensal feito pela entidade recetora da energia elétrica produzida. Em 2012 foram pagos cerca de 25 M Derramas Regime económico e financeiro dos recursos hídricos Pagamento da taxa de recursos hídricos cumulativa: Utilização de águas para produção de energia; Utilização de água objeto de bombagem em A.H. com grupos reversíveis; Utilização de águas marinhas em circuitos de refrigeração para produção de energia termoelétrica; Ocupação de terrenos ou planos de água (infraestruturas hidroelétricas e produção energia a partir das ondas do mar) IRS, IRC, IVA
INDIRETA TRIBUTAÇÃO NAS RENOVÁVEIS Procedimentos Concursais Criação de clusters industriais (eólico, fotovoltaico,..) Exportação de Serviços, consultoria, internacionalização de empresas, Pagamentos à cabeça de contrapartidas financeiras ao Estado nos concursos para atribuição de potência eólica (2005), do PNBEPH (2007), mini-hídricas e centrais fotovoltaicas (2010) da PRE 200 M
PRESENTE: TRIBUTAÇÃO NAS RENOVÁVEIS Redução de taxas para promover determinados comportamentos direcionados, quer para a redução ao consumo de energia, quer para a redução de emissões de CO 2 ( Ex. os ARCE Acordos de Redução de Consumos de Energia, têm direito a isenção de ISP para combustíveis industriais). FUTURO Proposta de Diretiva de Tributação dos Produtos Energéticos. Alteração da Diretiva 2003/96/CE, em discussão na Comissão Europeia. Propõe isenção/redução de taxas relativas às emissões de CO 2 com vista a promover determinados comportamentos ambientais na medida do cumprimento de critérios de sustentabilidade.
FUTURA??? TRIBUTAÇÃO NAS RENOVÁVEIS Incidência de IMI! Terrenos arrendados pagamento de IMI será devido pelo proprietário não pelo produtor. Terrenos Baldios grande maioria dos parques eólicos situam-se em terrenos baldios que são isentos de IMI Ex.: um parque eólico é um prédio autónomo destacável do terreno. Tributação? IMI a pagar pelo dono do terreno. Pelo promotor como inquilino?... - Classificação?? Prédio rústico? Prédio Urbano? Outra? Qual?... - Área ocupada? Área varrida pelas pás do aerogerador? - Área ocupada pela sapata do aerogerador? - Área do edifício de comando? - Discricionariedade de classificação por município?
CONCLUSÃO Existe um conjunto complexo de incidência de taxas e impostos sobre o setor energético e em particular sobre as energias renováveis. Qualquer alteração de fiscalidade que se introduza no setor energético e em particular nas renováveis terá de ser ponderada e sujeita a uma rigorosa avaliação de custo-benefício sob pena de se poder condenar soluções estruturais em troca de efeitos a curto prazo
Obrigada pela atenção dispensada Maria José Espírito Santo DGEG Direção Geral de Energia e Geologia Diretora de Serviços de Eletricidade espirito.santo@dgeg.pt