Complexo deltaico do rio Paraíba do Sul: caracterização geomorfológica do ambiente e sua dinâmica recente

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Transcrição:

Complexo deltaico do rio Paraíba do Sul: caracterização geomorfológica do ambiente e sua dinâmica recente Gilberto Pessanha Ribeiro 1,2 1 Universidade do Estado do Rio de Janeiro Faculdade de Engenharia pessanha@uerj.br 2 Universidade Federal Fluminense Instituto de Geociências gilberto@vm.uff.br www.uff.br/atafona 1

Tópicos: 1. Introdução 2. Definições e conceitos: deltas 3. Processos costeiros (ventos, ondas e marés) 4. Dinâmica costeira: erosão e progradação em praias arenosas 5. Mapeamento temático e histórico da planície costeira do rio Paraíba do Sul 6. Mapeamento em execução desde 2004 7. Interpretações geológicas sobre o mapeamento em realização 8. Comentários e conclusões 2

Delta Sistema deposicional alimentado por um rio e que resulta na progradação irregular da linha de costa. Acumulação costeira subaquosas e subaéreas construída a partir de sedimentos trazidos por um rio, adjacentes ou de estreita proximidade, incluindo depósitos que foram modelados pelos agentes da bacia receptora: ondas, correntes e marés. 3

Delta oceânico 4

Deltas dominados por ondas 5

Classificação genética dos deltas 6

Planície deltaica marinha 7

Deltas quaternários do litoral brasileiro 8

Imagem CBERS 2004 RGB234 Área principal de estudos: mosaico de ortofotos digitais Área secundária de estudos: imagens de satélites 9

Mapeamento Costeiro Área principal de estudos 10

Foz do rio Paraíba do Sul: Ano 1956 Fonte: Dias G., 1981 11

Foz do rio Paraíba do Sul: Ano 1964 Fonte: Dias G., 1981 12

Fonte: Dias G., 1981 13

Feições: Sistema de cordões arenosos Planície de maré Planície de inundação Pântanos Fonte: Dias G., 1981 14

Feições: Praias atuais Mangues Pântanos Planície de inundação Lagoas costeiras Fonte: Dias G., 1981 15

Fonte: Fundação CIDE, 1994 16

Fonte: Fundação CIDE, 1994 17

Formação Barreiras Mapa geológico do Quaternário costeiro da metade norte do estado do Rio de Janeiro Depósitos Holocênicos Depósitos Pleistocênicos 18 Fonte: Martin et al., 1997

Mapeamento Costeiro Depósito marinho e flúvio-marinho síltico-arenoargiloso, rico em matéria orgânica, englobando linhas de praia atuais e antigas, além de manguezais Fonte: CDROM DRM-RJ 2001 19

Mapeamento Costeiro Planície costeira: Terrenos arenosos de terraços marinhos, cordões arenosos e campos de dunas Fonte: CDROM DRM-RJ 2001 20

Dados cartográficos: Imagens de satélites Fotografias aéreas GPS Bases cartográficas existentes Dados a partir de outras imagens (visões panorâmicas). 21

Imagem do baixo Rio Paraíba do Sul produzida a partir de composição colorida R3G2B1 LANDSAT7 ETM+ (25/8/1999) Pluma de sedimentos B1 azul B2 verde B3 vermelho B4 infravermelho próximo B5 infravermelho médio B7 infravermelho distante Deriva litorânea (indicativo) Resolução espacial = 30m 22

Imagem do baixo Rio Paraíba do Sul produzida a partir de composição colorida R4G5B3 LANDSAT7 ETM+ (25/8/1999) Paleolaguna B1 azul B2 verde B3 vermelho B4 infravermelho próximo B5 infravermelho médio B7 infravermelho distante Manguezal Lagoa do Campelo Resolução espacial = 30m 23

Imagem do baixo Rio Paraíba do Sul produzida a partir de cena SPOT 8 bits por pixel (2000) Paleocanais São João da Barra (sede) Campos dos Goytacazes (sede) Laguna de Grussaí Laguna de Iquipari Resolução espacial = 10m 24

Imagem do baixo Rio Paraíba do Sul (detalhe 1) produzida a partir de cena SPOT 8 bits por pixel (2000) Ilha barreira Banco arenoso Atafona (área urbana) Cordão arenoso Depósito (baixio) lamoso Pluma de sedimentos Resolução espacial = 10m 25

MOSAICO DE ORTOFOTOS, ANO 2000 ESCALA 1/30.000 Fotografias aéreas métricas ano/escala/resolução espacial: 1954 1/30.000 3,8 m 1964 1/30.000 3,8 m 1974 1/30.000 3,8 m 1976 1/20.000 2,5 m 2000 1/8.000 1,0 m 2000 1/30.000 3,8 m (foto) 26

A metodologia utilizada partiu da interpretação e análise de mosaicos fotográficos produzidos a partir de séries históricas de fotografias aéreas. 1974 1954 1964 2000 27

PLANÍCIE SUL: Litoral bastante retilíneo; Sucessivos cordões arenosos; 13 sistemas de cristas de praia. 28

PLANÍCIE SUL: sondagens 29

Pontal arenoso caracterizado por seu caráter dinâmico. 30

Dinâmica do pontal arenoso em Atafona 31

PLANÍCIE NORTE: Cristas arenosas intercaladas com baixios lamosos; Formação de um sistema de ilhas barreiras; Ao norte de Gargaú as cristas arenosas voltam a ser semelhantes às encontradas na planície sul. 32

EVOLUÇÃO DA FRENTE DELTAICA AO LONGO DOS ANOS 33

TENDÊNCIA PROGRADACIONAL DA FRENTE DELTAICA DO RIO PARAÍBA DO SUL 34

TENDÊNCIA PROGRADACIONAL DA FRENTE DELTAICA DO RIO PARAÍBA DO SUL 35

4. Conclusões Os resultados alcançados permitiram: Estabelecer a configuração espacial das feições costeiras em escala regional Conhecer a tendência da dinâmica costeira local Mapeamento com detalhes de feições contidas na planície e associá-las à erosão em Atafona Avaliar o processo erosivo e associá-lo às evidências de que no passado geológico evento desse tipo já ocorreu com fortes evidências Contribuir para apoiar projetos técnicos aplicados ao gerenciamento costeiro Divulgação... 36

37

FOTOGRAFIA AÉREA PANORÂMICA DA FOZ DO RIO PARAÍBA DO SUL ADQUIRIDA EM 08/05/2003 Atafona 38

FOTO PANORÂMICA DO HOTEL DO JULINHO, INTERDITADO PELA DEFESA CIVIL, NA FRENTE EROSIVA EM ATAFONA 39

DETALHE DA AVENIDA LITORÂNEA PARCIALMENTE DESTRUÍDA PELO MAR 40

FRENTE EROSIVA PRÓXIMA AO PONTAL DE ATAFONA 41

O MANGUEZAL TAMBÉM SOFRE COM O AVANÇO DO MAR 42

FOTO AÉREA DA ÁREA URBANA DO BALNEÁRIO DE ATAFONA Mai./2004 43

FOTO AÉREA DE PARTE DO CAMPO DE DUNAS EM ATAFONA Mai./2003 44

FOTO PANORÂMICA DE CASAS PARCIALMENTE DESTRUÍDAS NA FRENTE EROSIVA EM ATAFONA Jan./2004 45

FOTO PANORÂMICA DE CASAS PARCIALMENTE DESTRUÍDAS NA FRENTE EROSIVA EM ATAFONA Jan./2004 46

CONSTRUÇÃO DESTRUÍDA PELO MAR 47

Mapeamento Costeiro Agradecimentos: IBAMA-Campos DRM-RJ Equipes dos projetos de pesquisa e apoios das agências de fomento: Atafona, RJ: avaliação do processo de erosão marinha (CNPq) Erosão marinha no delta do rio Paraíba do Sul, RJ, presente, passado e futuro, avaliação de impactos (FAPERJ) www.uff.br/atafona 48

49

50

Mapeamento Costeiro www.uff.br/atafona 51

Delta lacustre 52

Diápiro de lama prodeltaica 53

Arcabouços faciológicos dos deltas 54

Classificação dos deltas oceânicos 55

Transformação de estuário em delta 56

Evolução paleogeográfica para as planícies costeiras do litoral brasileiro entre Macaé (RJ) e Maceió (AL) 57

Evolução paleogeográfica para as planícies costeiras do litoral brasileiro entre Macaé (RJ) e Maceió (AL) 58

5.100 anos AP 5.100 4.200 anos AP Estádio 1 Estádio 2 59

5.100 4.200 anos AP 5.100 4.200 anos AP Estádio 2 Estádio 3 60

5.100 4.200 anos AP 5.100 4.200 anos AP Estádio 3 Estádio 4 61

5.100 4.200 anos AP 5.100 4.200 anos AP Estádio 5 Estádio 6 62

3.600 2.800 anos AP 3.600 2.800 anos AP Estádio 6 Estádio 7 63

3.600 2.800 anos AP 2.700 2.500 anos AP Estádio 7 Estádio 8 64

2.500 anos AP 2.500 anos AP Estádio 9 Estádio 10 65

2.500 anos AP 2.500 anos AP Estádio 11 Estádio 11 66