ENSAIO DE VIGAS DE MADEIRA LAMELADA COLADA

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Transcrição:

LAMELADA COLADA Relatório Final Requerente: Signinum - Gestão de Património Cultural; Rua Sete, N.º 85, Paredes, 4845-024 Rio Caldo, Terras de Bouro Identificação do trabalho: Ensaios de vigas de madeira lamelada colada Local de trabalho: Laboratório de Engenharia Civil da Universidade de Aveiro Aveiro, 07 de agosto de 2014

ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO... 3 2. DESCRIÇÃO DOS ENSAIOS... 3 3. RESULTADOS... 5 4. CONCLUSÃO... 9 Bibliografia... 9

1. INTRODUÇÃO Por solicitação da empresa Signinum - Gestão de Património Cultural com sede na Rua Sete, N.º 85, Paredes, 4845-024 Rio Caldo, Terras de Bouro, vem o Departamento de Engenharia Civil da apresentar os resultados dos ensaios realizados em vigas de madeira lamelada colada no Laboratório do Departamento de Engenharia Civil da. A execução e coordenação dos trabalhos estiveram a cargo do Professor Doutor Aníbal Costa e do Professor Doutor Humberto Varum. 2. DESCRIÇÃO DOS ENSAIOS Foram ensaiadas à flexão duas vigas de madeira lamelada colada da classe GL 28h de acordo com as disposições da norma EN 408 [1] e com as dimensões de 17 x 31 x 730 cm 3 e 17 x 21 x 730 cm 3. As vigas são compostas por lamelas de pinho coladas entre si e unidas topo a topo por uniões dentadas. A viga de maior secção é composta por 9 lamelas e a de menor secção por 6 lamelas de igual espessura ao longo do eixo longitudinal da viga. Ambas as vigas apresentavam nós distribuídos por várias lamelas com diâmetros compreendidos entre 2 e 4cm, sensivelmente. As vigas foram rececionadas no Laboratório do Departamento de Engenharia Civil da no dia 18 de junho de 2014 e acondicionadas no seu interior até à data do ensaio. A viga de maior secção foi ensaiada no dia 28 de julho e a de menor secção no dia 31 de julho. As vigas foram instrumentadas em 9 pontos, de acordo com o esquema da Figura 1, com transdutores de deslocamento de forma a aferir flechas, rotações e esmagamento nos apoios. Foram usados dois tipos de transdutores: transdutores de fio (Fi) e LVDT s (Linear Variable Displacement Transducers, Li). Os transdutores foram colocados: (i) a meio metro dos apoios (F1, F2, F6 e F7); (ii) a meio vão (F4); (iii) nos pontos de aplicação da carga de ensaio (F3 e F5); e, (iv) sobre os apoios (L16 e L17).

Figura 1 Esquema de ensaio e instrumentação das vigas de madeira A distância entre apoios e os pontos de aplicação da carga foram definidos de acordo com os artigos 10º e 13º da norma EN 408 [1]. De acordo com esta norma, as peças a ensaiar devem ser simetricamente carregadas sobre um vão igual a 18 vezes a altura da viga e os pontos de aplicação da carga devem distar de 5 vezes a altura desta. A carga foi imposta durante o ensaio a uma velocidade de 1 mm/s e a duração dos ensaios foi inferior a 300 s, de acordo com a disposição constante no ponto 13.2º da norma EN 408 [1].

3. RESULTADOS De acordo com a norma NP EN 1194 [2], as estruturas de madeira lamelada colada da classe GL 28h apresentam as seguintes propriedades mecânicas: Tabela 1 Propriedades mecânicas para madeira lamelada colada da classe GL28h (1) [kg/m 3 ] E 0,mean (1) [MPa] f m (2) [MPa] 410 12600 28 1 Valor médio 2 Valor característico (quantilho 5% inferior) A rotura observada por ambas as vigas foi uma rotura tipo frágil. Na Figura 2 é possível visualizar-se os danos que as vigas apresentaram após os ensaios. a) b) Figura 2 Rotura apresentada pelas vigas após ensaio de flexão: a) viga de secção 17 x 31 cm 2 b) Viga de secção 17 x 21 cm 2 Os diagramas Força versus Deslocamento, apresentados na Figura 3, confirmam o carácter de rotura frágil e representam um comportamento linear até ao momento em que se dá a rotura.

a) b) Figura 3 Diagramas Força vs Deslocamento a meio-vão (F4): a) viga de secção 17x31 cm 2 de secção 17x21 cm 2 ; b) viga Na Tabela 2 apresenta-se o resumo dos resultados obtidos nos ensaios de flexão para ambas as vigas, de acordo com as disposições da norma EN 408 [1] para a resistência à flexão (f m ) e para o módulo de elasticidade global (E m,g ). Além destes valores apresentam-se ainda a carga máxima (F max ) aplicada durante o ensaio e as rotações nos apoios esquerdo e direito das vigas ( esq e dir ), respetivamente. Tabela 2 Resultados dos ensaios de flexão Viga F max f m E m,g Flecha esq dir [cm 3 ] [kn] [MPa] [MPa] [mm] [º] [º] 17 x 31 x 730 119,13 44,08 15376,00 63,13 2 2 17 x 21 x 730 86,90 47,47 12556,88 53,60 2 2 Para a viga de maior secção, 17 x 31 cm 2, a força máxima aplicada foi de 119,13 kn, a que corresponde uma tensão normal máxima de 44,08 MPa e uma flecha máxima a meio vão de 63,13 mm. Para a viga de menor secção, 17 x 21 cm 2, a força máxima aplicada foi de 86,90 kn, a que corresponde uma tensão normal máxima de 47,48 MPa e uma flecha máxima a meio vão de 53,60 mm. Ambas as vigas apresentaram uma rotação de 2º, na seção sobre os apoios.

A resistência à flexão (f m ) obtida para ambas as vigas foi calculada de acordo com as disposições constantes do ponto 13.3º da norma EN 408 [1]: ( 1 ) em que: a distância entre uma posição de carga e o apoio mais próximo, em milímetros; F max força máxima registada no ensaio, em Newtons; W módulo de flexão, em milímetros ao cubo. O módulo de elasticidade global (E m,g ) foi determinado de acordo com as disposições constantes no artigo 10º da norma EN 408 [1] e de acordo com a expressão: ( 2 ) em que: l distância entre apoios (vão) em flexão, em milímetros; b base da secção, em milímetros; h altura da secção em milímetros; (F 2 F 1 ) incremento de carga na porção reta do diagrama Força vs Deslocamento entre 0,1F max e 0,4F max com uma correlação linear superior a 0,99 e que contenha pelo menos a porção reta entre 0,2F max e 0,3F max, em newtons; (w 2 w 1 ) incremento de deformação correspondente a (F 2 F 1 ), em milímetros. A Figura 4 apresenta os valores de deslocamento vertical nos apoios das vigas. Valores negativos nos gráficos da Figura 4 representam deslocamentos verticais

descendentes, enquanto que valores positivos representam deslocamentos verticais ascendentes. A viga de menor secção apresentou um ligeiro esmagamento em ambos os apoios, designadamente, junto ao apoio esquerdo apresentou uma deformação de 0,14 mm e junto ao apoio direito 0,39 mm, Figura 4 b). A viga de maior secção apresentou um ligeiro esmagamento no início do ensaio, no apoio da direita, que foi recuperado à medida que a viga foi sendo carregada. Os sensores L16 e L17, colocados sobre a viga e ao eixo desta e dos apoios, podem ter registado um pequeno ajuste deste apoio e após os 20 kn de carga passaram a registar a elevação da viga provocada pela rotação dos apoios. a) b) Figura 4 Deslocamento vertical nos apoios das vigas, registado pelos sensores L16 e L17 : a) viga de secção 17x31 cm 2 b) Viga de secção 17 x 21 cm 2

4. CONCLUSÕES As vigas ensaiadas apresentaram uma resistência à flexão (f m ) de 44,08 e 47,47 MPa, para a viga de maior secção e de menor secção, respetivamente. Verifica-se que a resistência à flexão obtida é superior ao descrito na norma NP EN 1194 [2] (ver Tabela 1) em cerca de 1,6 vezes para a viga de maior secção e 1,7 vezes para a viga de menor secção. Para o módulo de elasticidade os resultados diferem muito pouco do que consta na mesma norma. Nomeadamente, para a viga de maior secção o módulo de elasticidade é 1,2 vezes maior enquanto que para a viga de menor secção os valores são muito próximos. O esmagamento ocorrido junto aos apoios da viga de menor seção, ainda que na ordem das décimas de milímetro, pode dever-se à insuficiente largura dos apoios especificada na norma EN 408 [1] e utilizados no ensaio desta viga. Departamento de Engenharia Civil da, 25 de agosto de 2014 Equipa Técnica Aníbal Costa Prof. Catedrático - UA Humberto Varum Prof. Auxiliar - UA Hugo Rodrigues Prof. Eng. Colaborador UA Jorge Fonseca Bolseiro UA

Bibliografia [1] CEN, 2003, "EN 408 - Timber structures - Structural timber and glued laminated timber - Determination of some physical and mechanical properties.," p. 31. [2],, - struturas de madeira adeira lamelada c lada lasses de resist ncia e determina d s al res caracter stic s," Instituto Português da Qualidade, p. 16.