Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP Programa de pós-graduação em Engenharia Ambiental Mestrado em Engenharia Ambiental Simulações de triagem de projetos no licenciamento ambiental: uma análise comparativa dos sistemas estaduais no sudeste brasileiro Autores: Caroline Priscila Fan Rocha Prof. PhD Alberto Fonseca Ouro Preto, 15 de outubro de 2014
INTRODUÇÃO Apresentação da Proposta Triagem Determinação do Escopo dos Estudos 1 Isento de licenciamento Elaboração dos Estudos Ambientais 2 3 4 Sujeito ao licenciamento, sem AIA Sujeito ao licenciamento, com AIA simplificada Sujeito ao licenciamento, com AIA aprofundada Análise Técnica Tomada de Decisão Acompanhamento Audiência pública Figura - Principais etapas do processo de licenciamento ambiental com AIA no Brasil. Fonte: A autora.
INTRODUÇÃO Significância dos potenciais impactos AIA Desnecessária (e.g. autorização, cadastro) AIA Simplificada (e.g. RCA) AIA Aprofundada (e.g. EIA/RIMA)? Figura - Avaliação de impacto ambiental segundo a significância do impacto. Fonte: Modificado de SILVA et al. (2013).
OBJETIVOS OBJETIVO GERAL: Analisar comparativamente os critérios e procedimentos de triagem e escopo, de modo a identificar oportunidades de melhorias. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Caracterizar e comparar criticamente as etapas de triagem e de escopo. Apresentar os desafios e as implicações dessas etapas. Apresentar propostas de melhorias que possam ser implementadas pelas instituições analisadas.
SÍNTESE METODOLÓGICA Procedimentos para coleta de dados: (1) Pesquisa bibliográfica e pesquisa documental; (2) Simulações de triagem / estudos de caso; (3) Entrevistas abertas e semi-estruturadas.
RESULTADOS SINTETIZADOS FCE Triagem em MG FOBI Triagem no ES, RJ e *SP * Para algumas atividades.
RESULTADOS SINTETIZADOS Minas Gerais Potencial poluidor / degradador geral Pequeno Médio Grande Pequeno 1 1 3 Porte Médio 2 3 5 Grande 4 5 6 Espírito Santo Potencial poluidor / degradador Baixo Médio Alto Pequeno I I II Porte Médio I II III Grande II III IV Rio de Janeiro Potencial poluidor Insignificante Baixo Médio Alto Mínimo 1 2 2 3 Pequeno 1 2 3 4 Porte Médio 2 2 4 5 Grande 2 3 5 6 Excepcional 3 4 6 6 Tabelas - Matrizes de enquadramento. Fonte: Modificados de COPAM (2004), IEMA (2010) e Rio de Janeiro (2009).
RESULTADOS SINTETIZADOS Estudo de caso 1: Usina hidrelétrica Principais semelhanças entre os estados: 1. Tipo de licença (LP). 2. Necessidade da AIA e seu grau de exigência (AIA aprofundada EIA/RIMA). 3. Solicitação de Audiência Pública. 4. Prazo para concessão da licença (máximo de 12 meses). Principais diferenças entre os estados: 1. Critérios de triagem (e.g. MG: porte e potencial poluidor/degradador préestabelecidos, SP: análise caso a caso). 2. Termo de Referência dos estudos ambientais (MG: geral, e ES/RJ/SP: específico). 3. Custo do licenciamento (e.g. ES: R$ 27.940,86, e RJ: R$ 136.069,16).
RESULTADOS SINTETIZADOS Estudo de caso 2: Mineração de granito Principais diferenças entre os estados: 1. Fase junto ao DNPM - Requerimento de Lavra (SP licença concedida somente com o PAE aprovado. 2. Área contemplada no licenciamento (MG/RJ: uma frente de lavra, e ES/SP: área total lavrável contida na poligonal do DNPM ou pit final da mina ). 3. Tipo de licença (MG: AAF, e ES/RJ/SP: LP). 4. Necessidade da AIA e seu grau de exigência (MG: AIA não exigida, ES/SP: AIA simplificada estudos simplificados, e RJ: AIA aprofundada EIA/RIMA). 5. Termo de Referência dos estudos ambientais (específico somente no RJ). 6. Solicitação de Audiência Pública (apenas no RJ). 7. Custo do licenciamento (e.g. ES: R$ 485,93, e RJ: R$ 86.524,49). 8. Prazo para concessão da licença (e.g. MG: 1 dia, e RJ: até 12 meses).
RESULTADOS SINTETIZADOS Estudo de caso 3: Estação de Tratamento de Esgotos Principais semelhanças entre os estados: 1. Necessidade da AIA e seu grau de exigência (AIA simplificada estudos simplificados). 2. Termo de Referência dos estudos ambientais (genéricos). 3. Prazo para concessão da licença (máximo de 6 meses). Principais diferenças entre os estados: 1. Tipo de licença (MG/SP: LP/LI, ES: LP, e RJ: LAS). 2. Custo do licenciamento (e.g. ES: R$ 1.538,77, e SP: R$ 82.036,82). 3. Prazo de validade da licença (e.g. SP: até 3 anos, e RJ: até 10 anos).
RESULTADOS SINTETIZADOS Estudo de caso 4: Posto de combustível Principais semelhanças entre os estados: 1. Necessidade da AIA e seu grau de exigência (MG: não exigida, ES/RJ/SP: AIA simplificada estudos simplificados). 2. Termo de Referência dos estudos ambientais (genéricos). Principais diferenças entre os estados: 1. Parâmetros de enquadramento (MG/ES: capacidade de armazenagem; RJ: área de produção e armazenamento, e número de empregados; e SP: não há parâmetros). 2. Tipo de licença (MG: AAF, ES/SP: LP, e RJ: LAS. 3. Custo do licenciamento (e.g. SP: R$ 747,70, e RJ: R$ 3.282,60). 4. Prazo para concessão da licença (MG: 1 dia, e ES/RJ/SP: máximo de 6 meses).
PRINCIPAIS PROPOSTAS DE MELHORIA Apresentação informatizada da proposta e triagem do projeto; Formulário de caracterização do projeto; Formulário de classificação ou enquadramento do projeto; Critérios e parâmetros de triagem do projeto; Leis e regulamentos de triagem; Fator locacional; Impactos socioambientais; Impactos cumulativos e sinérgicos; Significativo impacto ambiental; Participação do público na triagem.
PRINCIPAIS CONCLUSÕES Foram encontradas várias divergências entre procedimentos e critérios de triagem. Tais diferenças entre os parâmetros de triagem parecem ser mais um resultado de escolhas arbitrárias burocráticas do que de peculiaridades científicas e/ou técnicas encontradas em cada estado. A pesquisa corrobora a importância de harmonizar os critérios de triagem no Brasil respeitando, no entanto, as peculiaridades regionais e locais. A situação atual pode criar incentivos indesejáveis ou desincentivos à implantação de projetos em determinadas jurisdições: prejudiciais à atração de investimentos e sem claros benefícios para o meio ambiente e a sociedade.
Obrigada! caroline.fanrocha@gmail.com albertof@em.ufop.br