Gilberto Goulart P inheiro Advogado -O AB

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Sumário PARTE I ASPECTOS PROCESSUAIS GERAIS

Transcrição:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE E ANEXOS DO FORO DA COMARCA DE ITAJAÍ/SC. Autos:... Ref: MANDADO DE SEGURANÇA C/C ANTECIPAÇÃO DE TUTELA Preparo: JUSTIÇA GRATUITA NA FORMA DA LEI 1060/50 PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO ART. 4. DA LEI N 8.069/1990. X, representada pela mãe Y, já qualificados nos autos da ação em epígrafe, que move em face do Senhor Prefeito Z representante do Município de Itajaí/SC, vem, por seu advogado infra-assinado, inconformado com a respeitável decisão do D. juízo a quo, que indeferiu a petição inicial em Mandado de Segurança com fundamento forte no artigo 267, inciso I c/c 295, inciso III ambos do Código de Processo Civil, artigo 6º, 5º c/c artigo 10 da Lei nº 12.016/09 interpor RECURSO DE APELAÇÃO CUMULADO COM TUTELA ANTECIPADA RECURSAL VAGA EM CRECHE com fulcro nos artigos 496, inciso I e 513 e seguintes do CPC. Requer ainda que Vossa Excelência receba o presente recurso, dando prosseguimento nos termos da lei. Razões em anexo. Neste termos, pede deferimento. Itajaí,... Advogado OAB/SC nº 00.000

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA. Apelante: X Apelado: PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAJAÍ/SC - PREFEITO Y Origem: VARA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE E ANEXOS DO FORO DA COMARCA DE ITAJAÍ/SC. Autos:... Preparo: JUSTIÇA GRATUITA NA FORMA DA LEI 1060/50 PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO ART. 4. DA LEI N 8.069/1990. RAZÕES DE APELAÇÃO EGRÉGIO TRIBUNAL ILUSTRES DESEMBARGADORES COLENDA CÂMARA A apelante, conforme aponta a inicial, propôs MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA visando sua colocação, em período integral, na CRECHE- BERÇARIO..., ZONEAMENTO, ZONA..., BAIRRO..., mantida pela Prefeitura Municipal de Itajaí/SC, tendo sido indeferida pelo D. Juízo a quo, com fundamento forte no artigo 267, inciso I c/c 295, inciso III ambos do Código de Processo Civil, artigo 6º, 5º c/c artigo 10 da Lei nº 12.016/09. Data vênia respeitável decisão merece reforma in totum pelos argumentos expostos a seguir: EGREGIA CÂMARA; Pugna a Apelante pela Reforma do decisum em razão do lamentável engano do D. Juízo de Primeiro Grau que, equivocadamente entendeu pela inexistência Direito Liquido e certo e de direito processual.

Ainda, sua Excelência o Magistrado a quo, ao tomar sua decisão pugnou pela ausência de Direito Liquido e Certo, objeto do Mérito do pedido, sendo, desta forma, controversa sua decisão conforme os argumentos de Direito que sequem: I DA RESOLUÇÃO DE MÉRITO NO INDEFERIMENTO DA INICIAL. Ao receber a peça inicial, Sua Excelência o Juiz de Primeiro Grau decidiu em sua análise pela inexistência do Direito Liquido e Certo da Impetrante desta forma realizando exame de mérito da demanda, mas, extinguindo o processo. (fl. xx). Sabe-se que, entendendo o Magistrado pela inexistência do referido direito deveria este decidir por sentença denegatória, pois, trata-se do mérito da ação e não pela extinção sem o julgamento do mérito, conforme foi sua decisão. Vejamos o entendimento segundo Sergio Ferraz: O direito líquido e certo é, a um só tempo, condição da ação e seu fim último. Assim, a sentença que negue ou afirme o direito líquido e certo realiza o próprio fim da ação; trata-se de uma decisão de mérito. Cuida-se de condição da ação não-ortodoxa, amalgamada com a própria finalidade da ação, condição não afinada integralmente aos cânones da lei processual. Por tudo isso, a sentença que nega a existência do direito líquido e certo é verdadeira decisão de mérito, e não, apenas, declaratória de inexistência de uma condição da ação. Deve ela, por conseqüência, concluir pela denegação do writ, e não pela extinção do processo sem julgamento do mérito"mandado de Segurança (Individual e Coletivo) Aspectos Polêmicos. Malheiros Editores. São Paulo, 1992. [4] AMS 89.04.18601-3 PR, DJU 7/2/90. Notadamente os Tribunais Pátrio vem entendendo e decidindo no mesmo sentido, vejamos: Apelação Cível Nº 70045609732, Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sandra Brisolara Medeiros, Julgado em 15/02/2012). APELAÇÃO CÍVEL. MANDADO DE SEGURANÇA. INDEFERIMENTO DA INICIAL FUNDAMENTADO NA AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO. FLAGRANTE DELIBERAÇÃO SOBRE O MÉRITO. IMPOSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DO REGULAR TRÂMITE PROCESSUAL. PRECEDENTES DESTA CORTE E DO STJ. SENTENÇA DESCONSTITUIDA. APELO PROVIDO, EM DECISÃO MONOCRÁTICA. ART. 557, 1º-A, DO CPC. Argumentou o Magistrado, que no seu entendimento o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado aos autos da Ação Civil Pública nº 033.11.011895-5 entre o Ministério Público do Estado de Santa Catarina e o Município de Itajaí, retira da Apelante o Direito Processual em razão da

inexistência de Direito Liquido e Certo, decisão esta que será contrariada pelos motivos de direito seguir apresentados: II DAS RAZÕES DA EXISTÊNCIA DO DIREITO PROCESSUAL Fundamentou o Magistrado a quo, com base no Termo de Ajustamento de Conduta firmado entre o Ministério Público e o Município de Itajaí/SC, através de Ação Civil Pública (fls...), que a Apelante carece de direito processual por entender que a competência de Ação Civil Pública e do Ministério Público. Ocorre que a Apelante não pretende discutir a respeito do acordo firmado entre as partes (TAC) provendo futuras vagas em creche e sim obter seu direito Constitucional conforme requerido nos autos, propugnado, por ser legítimo, em ação própria com base nos fatos e no direito. Quanto à legitimidade, contrariando o entendimento do Magistrado de 1º Grau, Rodolfo de Camargo Mancuso 1 dispõe da seguinte forma a cerca dos diferentes valores atribuídos ou negados ao (TAC). (...) na medida em que concernem os valores superiores e transcendentes à esfera individual (...) revela-se indisponíveis e assim, não comportariam transação, a se ter presente o art. 841 do Código Civil: Só quanto a direitos patrimoniais de caráter privado se permite a transação. Esclarece ainda o Ilustre doutrinador: É que em regra, não estará afastada a possibilidade da tutela individual pelo mesmo fato. Afirma ainda em seus ensinamentos que terceiros não podem dispor sobre interesses individuais ponderando desta forma: Em decorrência, a indisponibilidade, em casos que tais, se impõem, também e justificadamente em função da via processual, que por ser coletiva, acionada por terceiro em defesa de interesses alheios, torna-se incompatível com o poder de disposição E ao final entende o autor que (...) a nota da indisponibilidade está, igualmente, presente nos interesses individuais e homogêneos. Ainda neste sentido encontramos em Hugo Nigro Mazzilli 2 ao tratar dos Termos de Ajustamento de Conduta: 1 Ação Civil Pública: em defesa do meio ambiente, do patrimônio cultural e dos consumidores: Lei 7.347/85 e legislação complementar: Rodolfo de Camargo Mancuso. -10ed. Ver. E atual. S.Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007 p. 235.

(...) os co-legitimados ativos não agem em busca de direito próprio e sim de interesses transindividuais (p.356). E segue: o legitimado extraordinário não tem disponibilidade do conteúdo material da lide. Como a transação envolve disposição do próprio direito material controvertido, a rigor o legitimado de oficio não pode transigir sobre direito dos quais não é titular (p.356). Conforme observado anteriormente no entendimento de Rodolfo Mancuso, os direitos transindividuais não são direitos disponíveis aos colegitimados. Ainda nas lições Hugo Mazzilli encontramos o seguinte entendimento: nenhum dos legitimados ativos tem a disponibilidade do direito material lesado. Assim, os compromissos de ajustamento que tomam são garantias mínimas em proveito da coletividade e nunca concessões de direito material em favor do causador do dano (p.372). Observa-se, tanto no entendimento de Mancuso como de Mazzilli que uma vez celebrado o TAC, fica vedado apenas o acesso jurisdicional para todos os co-legitimados coletivos para pedir aquilo que o TAC já lhes dá, não para aquilo que a TAC deixa de lhes dar ou tenta lhes retirar. O TAC esta legitimado para assegurar direito nascido de acordo não para retirar direito anteriormente adquirido Constitucionalmente como o Liquido e Certo ou reprimir a busca individual do direito através da jurisdição. Sintetizando afirmamos que o entendimento de que o TAC não pode vedar acesso à jurisdição, tanto na busca do direito individual quanto do coletivo. Observe-se ainda que o próprio Magistrado a quo, afirma tratar-se de direito constitucional a ser garantido pelo estado (fl...), desta forma num, aparente, aparente conflito de normas se assim o possa se asseverar, prevalece, forte constitucionalmente, o direito Liquido e Certo da Apelante conforme podemos ver afirmado no presente acórdão: E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO - CRIANÇADE ATÉ SEIS ANOS DE IDADE -ATENDIMENTO EM CRECHE E EM PRÉ-ESCOLA EDUCAÇÃO INFANTIL DIREITO ASSEGURADO PELO PRÓPRIO TEXTO CONSTITUCIONAL (CF, ART. 208, IV) - COMPREENSÃO GLOBAL DO DIREITO CONSTITUCIONAL À EDUCAÇÃO - DEVER JURÍDICO CUJA EXECUÇÃO SE IMPÕE AO PODER PÚBLICO, NOTADAMENTE AO 2 MAZZILLI, Hugo Nigro. A defesa dos interesses difusos em juízo: meio ambiente, consumidor, patrimônio cultural, patrimônio público e outros interesses. 21ª ed. rev. ampl. e atual. São Paulo: Saraiva, 2008,

COLENDA TURMA Gilberto Goulart P inheiro MUNICÍPIO (CF, ART. 211, 2º) RECURSO IMPROVIDO.(STF - Ag. Reg. No Recurso Extraordinário 410.715-5-SP. Min. Celso de Mello). Ante o exposto, requer que o presente recurso seja acolhido e provido como medida indispensável à realização da justiça nos seguintes termos: 1. seja acolhida a tese I-DA RESOLUÇÃO DE MÉRITO NO INDEFERIMENTO DA INICIAL; e Tese II- DAS RAZÕES DA EXISTÊNCIA DO DIREITO PROCESSUAL, com a natural desconstituição in totum a decisão do D. Juízo a quo, determinandose o regular prosseguimento do feito, pugnando a ora apelante a esta Egrégia Câmara, seja julgado o pedido procedente com a consequente CONCESSÃO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA RECURSAL, ordenando à autoridade coatora à IMEDIATA COLOCAÇÃO DA IMPETRANTE EM PERÍODO INTEGRAL NA CRECHE- BERÇARIO..., ZONEAMENTO..., ZONA..., BAIRRO..., mantida pela Prefeitura Municipal de Itajaí/SC, com a fixação de astreintes para garantia da efetividade da liminar, nos termos do artigo 461, 4º e 5º do Código de Processo Civil, por ser esta uma medida da mais lídima, extrema, necessária e salutar JUSTIÇA; 2. prioridade de tramitação do processo em atendimento ao ART. 4. DA LEI N 8.069/1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente; 3. o benéfico da justiça gratuita na forma da lei 1060/50. Termos em que, pede deferimento. Itajaí,... Advogado OAB/SC 00.000