METODOLOGIA DO INDICADOR DE PREÇOS DO ARROZ ESALQ/SENAR-RS

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Transcrição:

METODOLOGIA DO INDICADOR DE PREÇOS DO ARROZ ESALQ/SENAR-RS 1. OBJETIVOS Atualizada em novembro de 2015. O presente documento descreve a Metodologia do Indicador do Arroz em Casca ESALQ/SENAR- RS, objeto de convênio entre a Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), com responsabilidade de execução pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo. 2. DEFINIÇÕES Agente Colaborador (AC): Indústrias/engenhos, cooperativas, secadores/armazenadores, produtores e comerciantes. Arroz beneficiado polido Tipo 1: O arroz beneficiado é definido como o produto maduro que foi submetido a algum processo de beneficiamento e se encontra desprovido, no mínimo, da sua casca. É classificado como Tipo 1 quando, após a determinação do rendimento do grão, apresenta como limite máximo de tolerância, expresso em percentual sobre o peso, 0,10% de matérias estranhas e impurezas, 0,15% de mofados e ardidos, 1,75% de picados e manchados, 2% de gessados e verdes, 1% de rajados, 0,5% de amarelos e 7,5% de quebrados e quirera (Instrução Normativa n. 6, de 2009, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA). Arroz em casca (natural): É o produto que ainda não passou por qualquer preparo industrial ou processo tecnológico (Instrução Normativa n. 6, de 2009, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA). Beneficiadoras: Estabelecimentos dedicados ao descascamento e polimento do arroz. CDO (Taxa de Cooperação e Defesa da Orizicultura): Taxa equivalente a 3,292% (três inteiros e duzentos e noventa e dois milésimos por cento) do valor da Unidade Padrão Fiscal (UPF) RS vigente no mês do respectivo pagamento, por saco de 50 quilogramas de arroz em casca, produzido no Estado. Este valor é atualizado anualmente, assim que houver oficialização por parte do Governo do Estado. Comerciantes: Agentes que compram o arroz do produtor e vendem-no às beneficiadoras e/ou atuam como intermediário na negociação entre as partes - corretores inclusive. Indicador: O Indicador do Arroz em Casca ESALQ/SENAR-RS é uma média ponderada dos preços do arroz em casca, posto indústria, com rendimento do grão de 57% maior e 58% (menor, igual e maior) de grãos inteiros, com cerca de 10% de grãos quebrados por 100 gramas. O importante é que se tenha renda do benefício de 68%, para produção de arroz beneficiado polido Tipo 1. Considera-se a classificação informada pelo agente colaborador. Os preços são coletados nas regiões de produção de arroz em casca do Rio Grande do Sul. A média é ponderada com base no volume beneficiado em cada uma das seis regiões beneficiadoras deste estado. Localização do agente colaborador: Localidades onde estão situados os agentes vendedores, compradores ou comerciantes de arroz em casca, onde se obtêm informações sobre os negócios de arroz em casca no estado do Rio Grande do Sul. Página 1 de 7

Preço: É o valor em Reais relatado pelos agentes colaboradores, referente a negócios efetivos ou a ofertas de compra e/ou de venda de arroz em casca (preços nominais), na modalidade spot, cotado por saca de 50 kg, posto-indústria (frete incluso), líquido da Contribuição do Empregador Rural para Seguridade Social (CESSR) e da Taxa de Cooperação e Defesa da Orizicultura (CDO). Os preços a prazo são convertidos para valor à vista considerando o prazo em dias entre a negociação e o efetivo pagamento pelo comprador, com base na taxa diária do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) do dia anterior, coletada na Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP). Produtores: Produtores rurais de arroz em casca. Região beneficiadora: Cada uma das regiões (conjuntos de municípios) de destino do arroz em casca para beneficiamento no estado do Rio Grande do Sul, quais sejam: Campanha, Depressão Central, Fronteira Oeste, Zona Sul, Planície Costeira Interna e Planície Costeira Externa. As regiões são definidas de acordo com a divisão administrativa do Instituto Rio Grandense do Arroz IRGA. Região de produção: Origem da produção de arroz em casca. Renda do benefício: Percentual do arroz beneficiado, ou beneficiado e polido, obtido a partir do processamento do arroz em casca (Instrução Normativa n. 6, de 2009, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA). Rendimento do grão: O percentual em peso, de grãos inteiros e de grãos quebrados, resultantes do beneficiamento do arroz (Instrução Normativa n. 6, de 2009, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA). Secadores/armazenadores: Estabelecimentos dedicados à secagem e ao armazenamento do arroz em casca. Taxa CDI (Certificado de Depósito Interbancário): Instrumento financeiro que possibilita a troca de recursos entre instituições financeiras. Diariamente, a CETIP divulga a Taxa DI Over, que indexa as operações do mercado interbancário. Valor crítico: valor correspondente a 25% acima da média dos coeficientes de variação dos últimos 20 dias em que o Indicador foi divulgado no site do Cepea. 3. ESTRUTURA DO INDICADOR 3.1. Regiões de coleta O Estado do Rio Grande do Sul está dividido em seis regiões de beneficiamento: Campanha, Depressão Central, Fronteira Oeste, Zona Sul, Planície Costeira Interna e Planície Costeira Externa. A participação de cada uma das seis regiões no processamento estadual é considerada como sua respectiva ponderação no cálculo do Indicador do Arroz em Casca ESALQ/SENAR-RS. Essas participações regionais no processamento estadual são obtidas junto ao IRGA, referindo-se ao ano civil anterior, quando consolidado e disponibilizado pelo mesmo. 3.2. Seleção e avaliação de agentes colaboradores Identificadas as indústrias/engenhos, cooperativas, secadores/armazenadores, produtores e comerciantes de cada região, independentemente de sua capacidade de negócios, os mesmos são contatados para preenchimento de uma ficha de cadastro inicial, que será utilizada pelo Cepea para avaliação da aptidão do agente em fazer parte do grupo de colaboradores. Alguns Agentes Colaboradores também podem entrar em contato espontaneamente, prontificando-se a colaborar. Página 2 de 7

Caso atenda aos critérios mínimos e se disponha a relatar informações periódicas (diárias ou não), passará a ser considerado um agente colaborador. A decisão sobre a participação ou não do novo AC levará em consideração: A representatividade do potencial AC em sua região e nos negócios no setor; O detalhamento e a qualidade das informações prestadas para o cadastro inicial; A localização geográfica de sua atuação; Informações sobre sua credibilidade, considerado seu tempo de atuação no mercado, informações levantadas através de websites, informações de outros agentes colaboradores e aquelas obtidas dos contatos indicados pelos agentes; A frequência com que realiza negócios; Interesse específico do projeto do Indicador em incluir o potencial AC avaliado, em função da necessidade de aumentar a, de sua atuação específica ou da região em que atua. Para permanecer como colaborador é preciso que o agente seja considerado como efetivo. Para esta avaliação, a cada 60 dias será considerado: a) Frequência com que o colaborador atende as ligações da equipe Cepea: o não atendimento em mais de 60% das vezes em que foi contatado, sem justificativa plausível, implicará em eliminação do AC; b) Frequência com que relata preços de negociação, inclusive ofertas de compra e venda: o não relato de preços em mais de 50% das vezes em que atendeu as ligações da equipe Cepea, sem justificativa plausível, implicará em eliminação do AC; c) Frequência com que, tendo relatado valor que tenha sido excluído pelos critérios estatísticos, não apresentar justificativa plausível para a ocorrência do valor relatado: se em mais de 50% dos dias em que relatar preço ocorrer este fato, implicará em eliminação do AC. Objetivando atualizar o cadastro de colaboradores, o Cepea também pode, quando necessário, realizar viagens para as regiões de produção, de beneficiamento e de localização do agente colaborador. Nessas oportunidades, são contatados sindicatos e associações, técnicos privados e públicos, cooperativas, indústrias/engenhos, comerciantes e também produtores atuantes no mercado e, por isso, em condições de relatar informações sobre a comercialização do produto. 4. PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO INDICADOR A seguir, serão apresentadas as etapas de elaboração do Indicador. 4.1. Horários Coleta: Diariamente, entre 09h30 e 17h15, horário oficial de Brasília, os agentes colaboradores são contatados via telefone, sendo questionados sobre os itens seguintes, os quais são apurados e registrados na Ficha de Ligação do Arroz do respectivo colaborador: Preços de negócios realizados, ofertas de compra e/ou ofertas de venda e os respectivos prazos de pagamento; Rendimento e tipo do arroz; Página 3 de 7

Região beneficiadora e de produção; Custo com o transporte (Frete); Incidência de impostos no preço relatado; Justificativa para estabilidade ou variação em relação ao último preço relatado; Outras informações relevantes para o acompanhamento do mercado. Os dados apurados na ligação são registrados na Ficha de Ligação do respectivo AC, assim como armazenadas nos Sistema Eletrônico do Cepea, do qual será utilizado para cálculo do Indicador. No sistema eletrônico, a cada informação será registrada o tipo de mercado da mesma, com as seguintes opções: valor efetivo ou não efetivo (ofertas de compra ou de oferta de venda). Todos os colaboradores cadastrados são contatados de acordo com a periodicidade acordada. Caso o colaborador solicitar o recebimento, por exemplo, a cada dois dias, o preço relatado num dia também será considerado como válido no dia seguinte. Caso no retorno da ligação no segundo dia o agente não foi contatado, não haverá preço armazenado para o mesmo. Os colaboradores não alcançados na primeira tentativa são procurados novamente em até mais duas vezes, havendo disponibilidade de tempo, tendo em vista o horário de fechamento do Indicador. O agente colaborador, eventualmente, pode também espontaneamente relatar informações de preços por mensagem eletrônica, como por e-mail, através do endereço institucional da equipe (arrcepea@usp.br). Nestes casos, as mensagens ficarão armazenadas durante 90 dias em diretório do próprio programa de correio eletrônico. Informações enviadas por colaboradores seguem o mesmo destino que as coletadas a partir de contato do Cepea. Fechamento do Indicador: o tratamento dos dados, considerando as estatísticas analisadas, e o cálculo do Indicador são realizados a partir das 17h15 e finalizam até as 18h00, horário oficial de Brasília/DF. Entrega do Indicador: Após o fechamento do Indicador, o Gestor Operacional confirma a finalização do Indicador e das médias regionais para a Tecnologia da Informação. 4.2. Tratamento dos dados: A CESSR e a CDO são descontadas dos preços (brutos) informados, de forma a se obterem preços líquidos: a. A alíquota da CESSR (conhecida como Funrural) é estabelecida por lei em 2,3%. Deve ser subtraída do preço informado toda vez que o agente colaborador comunica que este imposto integra o valor informado; b. O valor da CDO é vinculado à UPF-RS e coletado anualmente junto ao IRGA para fins de cálculo do Indicador. Deve ser descontado do preço informado quando o agente colaborador relatar que o preço considera esta taxa. Os preços líquidos, quando valores a prazo, são transformados para valores à vista (valor presente) pela taxa de CDI diária: valorà vista valor a prazo Pr azodepagamento 1 CDI diária Página 4 de 7

Após as transformações acima, adiciona-se o valor do frete entre a região de produção e a região de beneficiamento, caso os valores relatados sejam preços a retirar na região de produção. Quando o agente colaborador não informar o valor do frete, será usado um valor médio calculado pela equipe Arroz/Cepea. 4.3. Obtenção da média inicial Uma vez obtidos os preços líquidos à vista para cada informação relatada, é calculada a média aritmética de cada região beneficiadora; O preço médio à vista de cada região é multiplicado pelo respectivo peso, calculado com base na participação da região no beneficiamento do Estado disponibilizada anualmente pelo IRGA; Caso para uma das regiões não haja dados relatados, no dia, esta região fica fora do Cálculo do Indicador, sendo o seu peso no beneficiamento total do Estado redistribuído às demais regiões, proporcionalmente às suas respectivas participações; A soma das médias aritméticas regionais multiplicadas pelos respectivos pesos, sem tratamento estatístico, será denominada de média inicial. 4.4. Critérios Estatísticos: 4.4.1. Amostragem: Avalia-se se, em cada região, se não houve casos excepcionais que impediram a coleta de informações e se não se caracteriza como uma excepcionalidade. Caso em uma ou mais regiões o número de informações válidas limitar-se a um preço, ou a preço(s) de uma única empresa, deve-se incluir na as informações relatadas no dia anterior por agentes não alcançados no dia em questão, independente de terem sido preços de negócios efetivos ou ofertas de compra e venda. Caso não houver novas informações para serem inseridas, deve-se acrescentar à média da região do último dia útil em que o Indicador foi calculado. 4.4.2. Tratamento da Amostra 4.4.2.1. Na região Com base na em que foi calculada a média inicial, obtêm-se as seguintes estatísticas: média, desvio padrão, máximo e mínimo de cada região. Com base na inicial de cada dia, excluem-se os dados que estiverem fora do intervalo de dois desvios padrão para cada média regional. A exclusão utilizando este critério será realizada apenas uma vez para cada região. 4.4.2.2. Para o Indicador: média estadual Com base no conjunto de dados que permaneceram nas s regionais, após o primeiro tratamento estatístico e cálculo das médias regionais, calcula-se a média geral aritmética, desviopadrão, valor máximo, valor mínimo e coeficiente de variação (CV), antes da ponderação. Página 5 de 7

Em seguida, excluem-se todos os dados que estiverem fora do intervalo definido por dois desvios padrão da média do estado. Calcula-se novamente a média, desvio-padrão e o coeficiente de variação (CV) da geral. Compara-se o CV ao valor crítico (25% acima da média dos CV s dos últimos 20 dias em que o Indicador foi divulgado no site do Cepea). Se o CV for igual ou inferior ao valor crítico, procede-se ao cálculo da média ponderada, que será o Indicador. Nos dias em que o CV estiver acima do valor crítico, procede-se da seguinte forma: a) Calcula-se a média aritmética da ; b) Calcula-se a diferença dessa média e a média do dia anterior (Indicador do dia anterior); c) Se a diferença absoluta entre as médias for maior do que um desvio padrão calculado no fechamento do Indicador no dia anterior, mantêm-se os valores da atual, procedendo-se o cálculo da média que será o Indicador. d) Se a diferença absoluta entre as médias for menor ou igual do que um desvio padrão calculado no fechamento do Indicador no dia anterior, serão excluídos dados sucessivamente até que o CV torne-se igual ou inferior ao valor crítico. Após esse procedimento, procede-se o cálculo da média que será o Indicador. Resumidamente, os procedimentos seguidos para exclusão de dados nos dias em que o CV estiver acima do valor crítico são: i. Calcula-se a diferença monetária entre a média e o valor mínimo e divide-se pelo desvio-padrão da, conforme a fórmula: Onde, Dif valormínimo média valormínimo desvpadr Difvalormínimo: diferença monetária mínima; média: média inicial, conforme item 3.2.6.1; valormínimo: menor preço da ; desvpadr: desvio padrão da. ii. Calcula-se a diferença monetária entre o valor máximo e a média e divide-se pelo desvio-padrão da : Onde, Dif valormáximo valormáximo média desvpadr Difvalormáximo: diferença monetária máxima; média: média inicial, conforme item 3.2.6.1; valormáximo: maior preço da ; desvpadr: desvio padrão da. iii. Retira-se da o dado que estiver mais distante da média, representado pelo maior valor nominal resultante dos cálculos acima. Página 6 de 7

iv. Repete-se o processo, retirando dado a dado, até que o CV fique igual ou inferior ao valor crítico; 4.5. Cálculo do Indicador: Para cálculo do Indicador, o preço médio de cada região é ponderado pela respectiva capacidade de beneficiamento. A soma dos preços regionais multiplicados pelos respectivos pesos será o Indicador do dia. 5. Excepcionalidades: Nos dias em que houver casos excepcionais que impeçam o atendimento aos critérios estatísticos e/ou a divulgação do Indicador, o colegiado interno, formado pelo Coordenador Científico, Gestor de Área e pelo Gestor Operacional, arbitrará o referido Indicador. Em dias que for feriado no estado do Rio Grande do Sul, mas não for feriado nacional, será considerado como válido o valor do último Indicador publicado pelo Cepea. Nos dias em que houver casos excepcionais, que não permitam a aplicação dos processos estatísticos, como no parágrafo anterior, na divulgação do Indicador no site do Cepea constará a frase Hoje o Indicador foi Arbitrado. Página 7 de 7