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Transcrição:

URV Em razão da votação ocorrida na Corte Especial em 27/07/2016, que unanimemente entendeu serem devidos valores de URV aos servidores no processo administrativo que corre com esse fim (pedido apensado ao da Associação dos Magistrados no processo nº 3474941), mostrou-se necessário explicar melhor a atuação do SINDJUSTIÇA/GO para os desdobramentos positivos da questão, bem como o panorama atual, delimitado dividindo-se a ação judicial e administrativa, nos seguintes termos: PROCESSO ADMINISTRATIVO: Em 31/08/2010 o SINDJUSTIÇA ingressou com requerimento administrativo pleiteando junto ao TJGO o pagamento de URV, em razão da errônea conversão da moeda feita pelo Estado à época da transição da moeda para Real, ocorrida em 1994. Como a Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (ASMEGO) já havia ingressado com pleito idêntico (mesmo objeto e mesma causa de pedir, somente representados diferentes) o SINDJUSTIÇA/GO entendeu por bem à época requerer o apensamento de seu pedido administrativo junto ao dos juízes, para que a decisão sobre o tema na seara administrativa fosse idêntica para magistrados e servidores da casa. Até que se chegasse na votação do processo pela Corte Especial do TJGO, entretanto, alguns obstáculos foram enfrentados pelo sindicato, e todos eles foram superados, sendo o pior deles a perda por parte da administração do processo administrativo do SINDJUSTIÇA que pleiteava essa URV, fato esse que tornou necessário que o sindicato fornecesse cópias de todo o feito à administração do TJGO (por sorte e competência, o SINDJUSTIÇA tinha em seus arquivos cópias de todo o procedimento administrativo, fato esse fundamental para possibilitar decisão simultânea de magistrados e servidores do pleito). Como dito, as atitudes proativas e atentas do SINDJUSTIÇA/GO, bem como as certeiras estratégias jurídica e política adotadas foram fundamentais para o deferimento do pleito ocorrido na votação colegiada de 27/07/2016, ocasião em que a Corte Especial do TJGO decidiu pelo deferimento conjunto do pagamento da URV para magistrados e

servidores, referente ao período de 1994 até 2005, condicionando o pagamento, entretanto, à renúncia ou quitação acerca dos valores referentes à esse período na ação judicial dos servidores com o mesmo fim, bem como com as diretrizes a serem impostas pelo presidente do órgão, por ser o gestor financeiro do Poder Judiciário Estadual. Nessa diapasão, após a decisão colegiada da Corte Especial que reconheceu o direito, essa entidade sindical oficiou a administração para que pudéssemos ter acesso aos valores individualizados que cada servidor tem direito, com o fito de melhor informa-los, em mais um desdobramento positivo da estratégia jurídica irrepreensível adotada pelo SINDJUSTIÇA/GO nesse processo. Agora, entretanto, antes do trânsito em julgado do referido acórdão administrativo, tempestivamente os representantes dos magistrados interpuseram embargos de declaração contra trecho da decisão do desembargador redator, pois entenderam não estar devidamente claro e reconhecido no referido acórdão que tal verba tem natureza indenizatória, declaração essa que é crucial para saber-se de onde virão as verbas que pagarão essa dívida, se irá incidir ou não Imposto de Renda no valor a ser recebido, se será pago com precatórias ou não, etc. Em razão desses embargos o processo administrativo que trata da questão encontra-se concluso ao redator, desembargador Carlos Alberto França. E como o dispositivo embargado do acórdão refere-se à parte que engloba tanto servidores quanto magistrados, entendemos que o que vier a ser decidido pelo redator e colegiado em relação à declaração pretendida valerá também para os servidores do Tribunal, razão pela qual também teremos que aguardar esse desdobramento. Assim, de toda forma, atualmente extraímos do acórdão proferido pela Corte que foi reconhecido o direito pleiteado dos servidores no ítem b da referida decisão, que ordena ao presidente do TJGO o pagamento da URV. Após o julgamento desses embargos, nos restará averiguar o que foi decidido e, com tais informações, fazer interlocuções institucionais com a Presidência do TJGO e demais autoridades pertinentes e necessárias, tudo para que os servidores possam receber o quanto antes o pagamento na via administrativa do processo nº 3474941, dentro dos parâmetros estabelecidos na lei e no acórdão do órgão colegiado publicado originalmente em 04/08/2016.

O sindicato, por sua vez, continuará com seu trabalho, especialmente em três frentes: 1) Cobrando da Corte Especial (e em especial do redator) agilidade na análise dos embargos interpostos; 2) Após decisão sobre os embargos e trânsito em julgado do acórdão administrativo, com interlocuções diretas com o presidente do TJGO e demais autoridades relacionadas para cobrar o cumprimento dos ditames estabelecidos em lei e no acórdão e; 3) Tentando fazer com que o pagamento dos juros e correções monetárias dessa decisão possam ser pagas separadamente, o que será pedido via ofício administrativo junto ao presidente, caso os embargos de declaração não tenham efeito desejado e, se aceito, deverá significar o recebimento dessa parte da dívida através do orçamento do FUNDESP, o que possibilitaria um recebimento muito mais célere e direto desses valores. PROCESSO JUDICIAL: Mesmo tendo entrado com o pleito administrativo apensado ao dos magistrados cobrando a URV, o SINDJUSTIÇA/GO, visando garantir o legítimo interesse dos seus servidores e se precavendo de eventuais desdobramentos negativos do pleito administrativo, ingressou com Ação Ordinária de Cobrança, protocolizada em 20/05/2011 sob o nº de protocolo 201102093992, objetivando o pagamento da diferença salarial no importe de 11,98%, (onze, noventa e oito por cento) de URV. Em seus argumentos, o SINDJUSTIÇA sustentou que deveriam ter sido considerados no cálculo os valores percebidos nos últimos 4 meses anteriores à conversão (novembro/1993 a fevereiro/1994) com base nos valores e datas dos efetivos pagamentos, e não nas datas que os servidores habitualmente recebiam (e que deveriam continuar ter recebido), seguindo o previsto na Medida Provisória nº 434/1994, 457/94, 482/94 e pela Lei Federal nº 8.880/94. Na ocasião, referidas normativas previam o pagamento dos funcionários públicos pelo equivalente em Unidade Real de Valor URV do ultimo dia do mês de competência, independente da data do efetivo pagamento, fixando os critérios desta conversão da moeda no tocante aos vencimentos, soldos e salários e das tabelas de função de confiança e gratificação dos servidores públicos.

Ou seja, a forma de correção adotada pelo Estado afrontou o ordenamento constitucional e gerou redução ilegal de vencimentos, razão pela qual a correção de 11,98% deveria incidir sobre todas as diferenças devidas até o momento do reajuste, incluindo os reflexos de 13º salário, férias, adicionais, anuênios e demais consectários salariais. O Estado, logicamente, contestou nossa petição inicial, alegando vários supostos óbices ao pagamento. O SINDJUSTIÇA/GO, sempre diligente, impugnou a contestação, e o MM. Juiz do feito vinculado à causa, qual seja, o dr. Fernando de Mello Xavier, da 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual, em 24/11/2014 (após interposição de agravo pelo Estado contra sua primeira decisão) julgou procedente o pedido exordial, condenando o réu a conceder, para toda a carreira dos servidores do Poder Judiciário, o reajuste de 11,98% sobre a remuneração de servidores ativos, inativos e pensionistas, devidos desde 1º de Março de l.994, porém respeitando o limite prescricional do quinquênio anterior ao ajuizamento da ação. Segundo a decisão, tal reajuste deverá incidir sobre salário, 13º, gratificações, adicionais e demais consectários salariais a que fazem jus os servidores, devendo incidir atualização monetária pelo INPC desde a data que o pagamento deveria ter sido efetuado e juros de mora de 0,5% ao mês a partir da citação até o advento da Lei nº 11.960/09, que deu nova redação ao artigo 1º-F da Lei 9.494/1997, com efeitos retroativos de 20/05/2006 até a data do efetivo pagamento. Por fim, condenou o Estado ao pagamento das custas e honorários, e remeteu o processo para o órgão superior, devido ao duplo grau de jurisdição das ações contra a Fazenda Pública. O Estado de Goiás interpôs recurso de Apelação contra essa sentença que julgou procedente o pedido exordial, e o sindicato, sempre atento e vigilante aos direitos de seus substituídos, ofereceu Contra Razões à essa apelação, em 26/02/2015. Na decisão da 3ª Câmara Cível sobre a apelação, proferida pelo Desembargador Walter Carlos Lemes, foi mantida a condenação do Recorrente (Estado de Goiás) no pagamento das diferenças salarias, referentes a URV, conforme pleiteado na inicial. Entretanto, essa decisão reformou a sentença singular quanto aos juros e correção monetária, para fins de atualização monetária e compensação da mora, por força da declaração de inconstitucionalidade parcial do artigo 5º da Lei nº 11.960/09, entendendo

que juros e correções deveriam ser calculados com base nos mesmos critérios que eram adotados no período anterior à vigência da Lei nº 11.960/2009, qual seja, com incidência de uma única vez, até o efetivo pagamento, dos índices oficias de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança, consoante dispõe o artigo 1º-F da Lei 9.494/97. Essa decisão foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás no dia 23/04/2015, e o Estado, não satisfeito, requereu a análise desse pleito pela Corte Especial do TJGO, ocasião em que a sentença do desembargador Walter Carlos fora mantida. O Estado de Goiás, então, como última arma processual, ingressou com Recursos Especial e Extraordinário ao STF e STJ, pleiteando a reforma dessa decisão, e tais processos foram remetidos aos respectivos órgãos em 18/08/2016. O SINDJUSTIÇA/GO, logicamente, apresentou defesa contra esses últimos recursos do Estado, e aguarda com otimismo o julgamento em última instância judicial dessa matéria, uma vez que até então todas as decisões do processo foram favoráveis ao pleito dos servidores. Assim, a expectativa do sindicato é que sejam mantidas as decisões anteriores, o que, se ocorrer, significará a correção dos salários de toda a carreira em 11,98%, desde 2006 até os dias atuais, além de representar pagamento de juros, atualização monetária e demais consectários legais à todos servidores que ingressaram ao Poder Judiciário entre 2006 até a data do efetivo pagamento.