PLANTAS MEDICINAIS E TÓXICAS



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Transcrição:

1 PLANTAS MEDICINAIS E TÓXICAS TAINÁ VILELLA 1, BRUNO SAVIOTTI BARROS DE ANDRADE 1, UACY MELLO 1, NAILA NORD 1, FERNANDO ÁTILA CAMPOS SILVA 1 e SEBASTIANA LINDAURA ARRUDA REIS 2 RESUMO: Os estudos foram realizados em julho/1999, no Centro de Estudos Ambientais na Fazenda Curicaca Pantanal de Poconé, MT, com o objetivo de levantar o potencial medicinal e tóxica das plantas. Para tanto, utilizou-se do conhecimento empírico de um pantaneiro da região, e de levantamentos científicos para completar informações sobre os potenciais medicinais das 36 espécies apresentadas. 1 Alunos do curso em ciências ambientais- escola livre porto Cuiabá, MT.

2 MEDICINAL AND TOXIC PLANTS ABSTRACT: The studies took place in Environmental Studies Center in Curicaca Farm, Pantanal Poconé, in July 1999. The purpose was to identify the potencial from medicinal and poison plants. Therefore, we were helped by native from Pantanal and his personal knowledge, moreover we too scientific knowledge from books. This way we got information to catalogue the 36 species.

3 INTRODUÇÃO É de conhecimento geral que no reino vegetal as plantas desempenham as mais diferentes funções, com graus variados de utilização. Define-se como planta medicinal qualquer vegetal que tenha em sua composição elementos que propiciem a cura e que sejam utilizados em forma de remédio (caseiro ou não) (Guarim Neto, 1996a,b). Seguramente, a planta toda é usada na medicina caseira para a cura de doenças. Dessa forma, são utilizadas as raízes, os caules e ramos, as folhas, as flores, os frutos e mesmo a resina, o látex e o sumo de determinadas espécies (Guarim Neto, 1996a,b) No Pantanal, há uma biodiversidade dessas plantas medicinais, com infinidade de usos, mas ressalta-se que, se usadas em excesso, podem levar à loucura ou à morte. Estudos realizados por Silva (1996), sobre a percepção e uso das plantas nas áreas alagáveis e não alagáveis do Pantanal, mostram que os pantaneiros reconhecem e classificam distintas unidades de paisagens. Há, no interior da cultura dos pantaneiros, um conjunto de mecanismos ecológicos próprios, derivado de um longo processo de observação, experimentação e classificação da natureza, a partir de uma interação secular, direta e íntima com os ecossistemas de que fazem parte. Existem algumas espécies que não produzem propriedades benéficas, e sim prejudiciais à saúde do homem. No Pantanal, há plantas potencialmente nocivas tanto a animais quanto ao homem, muitas delas bastante estudadas nos seus princípios ativos e correspondentes efeitos maléficos, mas de vez em quando aparecem outros, ainda desconhecidos, causando sérios danos. Essas plantas gastam grandes somas para serem erradicadas das pastagens, indiscriminadamente, sem estudá-las na sua biologia e ecologia, por serem de difícil extirpação (Albuquerque, 1991).

4 MATERIAL E MÉTODOS Para a observação das plantas com potencial medicinal, foi realizada uma caminhada em algumas trilhas da Fazenda Curicaca- Poconé, MT, ao longo das margens do rio Novo, que banha o referido local. Para tanto, contou-se com o conhecimento empírico do pantaneiro João Santos Alves que apresentava o nome vulgar das plantas e as suas propriedades medicinais. Para completar as informações citadas, foram pesquisadas algumas literaturas concernentes às plantas medicinais, procurando evidenciar o potencial medicinal e tóxico, como também descrições taxonômicas (família e espécie). RESULTADO E DISCUSSÃO 1. ACURI Attalae phalerata Mart. Família: Palmae, Aracacea CONHECIMENTO EMPÍRICO - Quando o fruto está na fase do broto contém um líquido salgado que pode substituir o colírio, além de ser utilizado como soro e tratar doenças como catarata. CONHECIMENTO CIENTÍFICO Do seu caule adquire-se um licor fortificante, com leve teor alcóolico. 2. ALFACE-D'ÁGUA Pistia stratiotes Família: Araceae CONHECIMENTO CIENTÍFICO - Suas propriedades são diuréticas. Pode ser utilizado contra problemas de hemorróidas, diabetes, asma, hérnias principalmente infantis; pode ser usado em forma de infusão, emplasto, suco ou pó da folha seca.

5 3. ALGODÃO-DO-BREJO Ipomoea fistulosa Mart ex Choisy Família: Convolvulaceae CONHECIMENTO EMPÍRICO - Seu chá é contra gastrite e hemorragia. CONHECIMENTO CIENTÍFICO - O banho com sua folha é contra erisipela, hematoma, vermelhidão da pele, frieiras, micose e como cicratizante. 4. ANGICO Anadenanthera falcata Família: Leguminosae-Mimosoideae CONHECIMENTO EMPÍRICO - O chá de sua casca serve para combater tosse, gripe, bronquite, dor de cabeça, além de sinusite. CONHECIMENTO CIENTÍFICO - Sua casca é cicatrizante e dela também pode-se obter um chá que limpa o sangue e funciona contra hemorragia. Suas sementes podem ser usadas no tratamento de hipertensão arterial e dor de cabeça, porém se ingerida em excesso pode causar alucinação. 5.ARAÇÁ Psidium sp. Família: Myrtaceae CONHECIMENTO EMPÍRICO - O chá do broto serve para combater febre alta; seu fruto é comestível. CONHECIMENTO CIENTÍFICO - O chá feito a partir do broto tem alta concentração de tanino, o que alivia no tratamento de diarréia e o faz atuar como cicatrizante. Seu fruto é adstringente e o chá ou infusão da raiz é diurético. 6. AROEIRA Myracroduon urundeuva Família: Anacardiaceae

6 CONHECIMENTO EMPÍRICO - O chá produzido a partir da casca combate gripe, tosse, bronquite, além de ser tranqüilizante e balsâmico. Quando fervida, sua casca forma uma gelatina que pode substituir o gesso no caso de fratura. CONHECIMENTO CIENTÍFICO - A casca é balsâmica e tônica, e serve para hemorróidas, liberação de vias respiratórias e urinárias e combate a diarréia. Tem comprovado efeito antiinflamatório, cicatrizante contra úlceras e alergias. 7. Arrebenta-laço Sphinctanthus hasslerianus Chodat Família: Rubiacea CONHECIMENTO EMPÍRICO - Se for ingerido causa peste de raiva em animais. CONHECIMENTO CIENTÍFICO - O fruto maduro é utilizado no tratamento de furúnculos; as folhas servem para banhos contra micose e coceiras. 8. ASSA-PEIXE Vernonia scabra Família: Compasitae / Asteraceae CONHECIMENTO CIENTÍFICO - O xarope feito a partir da raiz combate a tosse e gripe, contendo propriedades aromáticas e estimulantes. Do seu broto pode-se fazer um chá contra doenças nos olhos, além de liberar vias respiratórias. 9. CANAFÍSTULA Cassia grandis Família: Leguminosae Caesalpinioideae CONHECIMENTO EMPÍRICO - Sua casca tem função cicatrizante e a resina existente na vagem cura dores de ouvido. A vagem é tóxica, podendo causar fortes diarréias. 10. CAPIM-NAVALHA Scleria sp. Família: Cyperaceae

7 CONHECIMENTO CIENTÍFICO - Quando seu caule e folhas são fervidos servem para fazer gargarejo; combatem infecção de garganta, enquanto um banho feito das mesmas partes pode ser usado para tratar de varizes. 11. CAROBÃO Vacaranda cuspidifolia Família: Bignoniaceae CONHECIMENTO EMPÍRICO - O chá de sua casca cura manchas no corpo, pano branco e mal funcionamento do pulmão. CONHECIMENTO CIENTÍFICO - O chá ou infusão da casca pode purificar o sangue; o chá da raiz auxilia no tratamento de sarna e coceiras, já o chá da casca ou da folha trata febres. 12. CARNE-DE-VACA Combretum leprosum Família: Combretaceae CONHECIMENTO EMPÍRICO - Com o chá de sua casca ou apenas a casca com água tem a função cicatrizante, prevenir irritações na pele e lavar feridas. CONHECIMENTO CIENTÍFICO - Com a folha e a entrecasca podem-se obter medicamentos contra hemorragias, que fazem suar e são calmantes. 13. CARRAPICHO-CHATO Desmodum barbatum Família: Leguminosae Popilionoideae CONHECIMENTO CIENTÍFICO - A planta toda é usada em forma de banho para corrimento vaginal, para banhar cabeça de criança e facilitar o rompimento dos dentes. Pode se obter também um chá diurético.

8 14. CARVÃO-BRANCO Callistene fasciculata Família: Vochysiaceae CONHECIMENTO EMPÍRICO - Seu chá é utilizado no tratamento de câncer, gastrite e asma. CONHECIMENTO CIENTÍFICO Pode-se obter uma resina que serve para bronquites, catarro nos peitos, e sua casca pode ajudar no combate à diabete. 15. CHICO-MAGRO Guazuma tomentosia Família: Sterculiaceae CONHECIMENTO EMPÍRICO - A gelatina retirada do fervimento de sua casca é utilizada para emagrecer; combate a seborréia, queda de cabelo e é ótima contra tosse e asma. Quando utilizado (para emagrecer), excessivamente faz mal, causando vômitos e disenteria. CONHECIMENTO CIENTÍFICO - O chá das folhas é sudorífera e purgativa; o chá da entrecasca é usado no tratamento de feridas, enquanto que a entrecasca em si pode ser fervida e utilizada para combater hemorróidas. Seu perigo está na casca que contém tanino. 16. CIPÓ-RABO-DE-ARRAIA Crissuis sp. Família: Vitaceae CONHECIMENTO CIENTÍFICO - Da raiz pode-se fazer um chá diurético e contra verrugas, como também fazer um emplasto para ferroada de arraia. Essa planta pode ser tóxica por conter tanino.

9 17. CIPÓ-TRIPA-DE-GALINHA Bauhinia glavra Família: Leguminoseae Caesalpinioideae CONHECIMENTO EMPÍRICO - O cipó e a raiz amassada ou um chá feito a partir de um dos dois combate a diarréia. CONHECIMENTO CIENTÍFICO - A raiz quando amassada é usada para livrar a dor de barriga. 18. DORME-DORME Mimosa sp. Família: Leguminosae Mimosoideae CONHECIMENTO CIENTÍFICO - Das folhas ou da flor adquire-se chá para estimular o sono. 19. EMBAÚBA Cecropia pachystachya Família: Cecropiaceae CONHECIMENTO CIENTÍFICO - O chá da folha é utilizado no tratamento de bronquite; o chá do broto, fruto, folha e casca combate a tosse, erisipela, doenças nos olhos, diabetes, diarréias, feridas e corrimento vaginal. Da folha pode-se tratar o coração, enquanto o suco da raiz estimula o coração e a urina, além de melhorar a boa respiração. 20. ERVA-CIDREIRA-DO-CAMPO Líppia alba (mill.) N.E. Brown Família: Verbenaceae CONHECIMENTO EMPÍRICO - Seu chá serve para curar inchaço. CONHECIMENTO CIENTÍFICO - Da folha e do caule pode se obter o chá que tem muitas propriedades medicinais, como: calmante, antigripal, sudorífica, estomacal, além de estimular a menstruação, enquanto sua raiz possui efeito laxante. Combate cólicas

10 estomacais, males nervosos, insônia, dor reumática, asma, problemas de coração, circulação e intestino. 21. ERVA-DE-PASSARINHO Psittasanthies sp. Família: Loranthaceae CONHECIMENTO CIENTÍFICO - Das folhas adquire-se um xarope usado no tratamento de bronquite e asma, além de atuar como expectorante. 22. ESPINHEIRO-SANTO Machaerium aculeatum Roddi Família: Leguminosae CONHECIMENTO EMPÍRICO - Da sua casca extrai-se um chá que combate a anemia e os problemas cardíacos. CONHECIMENTO CIENTÍFICO - O chá da sua casca é usado no tratamento de diarréia, enquanto sua folha ajuda em caso de tosse e câncer. 23. FIGUEIRA Ficus sp. Família: Moraceae CONHECIMENTO EMPÍRICO - Seu leite com a água serve como vermífugo e sua folha é utilizada para dar banho em idosos em caso de reumatismo. CONHECIMENTO CIENTÍFICO - Seu látex é usado na extração de verrugas, calo seco e olho-de-peixe. 24. GONÇALEIRO Astronium fraxinofolium Família: Anacardiaceae CONHECIMENTO EMPÍRICO - O chá do broto ou da casca é utilizado para combater a febre de bebê, e melhorar o desenvolvimento dos dentes da criança, além de auxiliar no tratamento de dores de estômago.

11 CONHECIMENTO CIENTÍFICO - A casca tem função adstringente e combate a diarréia. O fruto cáustico possui um óleo que livra calos e parasitas de pé. 25. GRAVATÁ Bromelia balansae Mz Família: Bromeliaceae CONHECIMENTO EMPIRÍCO: Planta medicinal que combate a tosse por meio de fervura da sua raiz. CONHECIMENTO CIENTÍFICO: Do suco do seu fruto podem-se adquirir medicamentos, calmante que ativa a circulação que combate a pressão alta. 26. JATOBÁ Himenaea Caurbarll L. Família: Leguminosae Caesaepiniodeae CONHECIMENTO EMPÍRICO - Na área da medicina sua resina serve para problemas de sangue; a casca, para febre e tosse e tem seu fruto comestível. CONHECIMENTO CIENTÍFICO - A seiva e a semente são ótimos fortificantes, enquanto o chá retirado do seu fruto é utilizado no tratamento de tosse, bronquite, dor de estômago e costas, sinusite, contusão antiinflamatório da garganta, vermes e diarréias. 27. GENIPAPO Genipa americana Família: Aracacea CONHECIMENTO CIENTÍFICO - Suas propriedades são diuréticas e anti-sifílicas. Pode ser utilizado contra problemas de hemorróidas, diabetes, asma, hérnias principalmente infantil, pode se utilizar em forma de infusão, implasto ou pó da folha seca.

12 28. LIXEIRA Curatella americana L. Família: Dilleniaceae CONHECIMENTO EMPÍRICO - Suas folhas são utilizadas contra diabetes, pressão alta e artrite, já suas folhas servem para tosse bronquite e resfriado. CONHECIMENTO CIENTÍFICO - Sua casca e folha servem para tratar feridas e tratar da úlcera, porém seu fruto causa alergia. 29. LOURO BRANCO Cordia glabrata Família: Baraginaceae CONHECIMENTO EMPÍRICO - O chá de sua casca combate insônias e cansaços. CONHECIMENTO CIENTÍFICO - O banho de suas folhas é utilizado para acalmar os nervos e limpar a pele. 30. MANGABA Hancornia speciosa Família: Apocynaceae CONHECIMENTO EMPÍRICO - O chá de sua casca é utilizado em problemas de úlceras, dentição e problemas de rim. CONHECIMENTO CIENTÍFICO - Suas folhas podem ser preparadas em banhos para doenças epiteliais (de pele). O chá de sua folha combate a gripe. A casca cura doenças internas, protege os pulmões e abcessos internos. A casca também serve para caimbras, fígado, cólicas menstruais e em regimes. 31. MORCEGUEIRA Andira inermis H.B.K Família: Sterculiaceae CONHECIMENTO EMPÍRICO - Para alguns animais é tóxica, apenas os morcegos a comem.

13 CONHECIMENTO CIENTÍFICO - A casca é amarga e narcótica, é usada em forma de chá. Tem função de purgante, vermífugo, vomitativo (alta dose) e cicatrizante. 32. PARA-TUDO Tabebuia aurea Família: Bignoniaceae CONHECIMENTO EMPÍRICO - Seu chá serve para cura de anemia, dores estomacais, em geral dores provenientes de uma má alimentação. CONHECIMENTO CIENTÍFICO - É um importante remédio para o pantaneiro que masca sua casca ou a bebe com água, no caso de problemas com estômago, fígado, amarelão, vermes, diabete, febre e malária, sua seiva combate frieiras. Se tostada sua folha pode substituir o chá mate como estimulante. O uso prolongado da folha pode vir a curar verminose e anemia, hepatite, problemas diuréticos, gripes e inflamações. A planta é purgativa. Os índios já usavam o para-tudo contra febre. 33. PAU DE NOVATO Triplaris gardmeriana Wedd Família: Polygonaceae CONHECIMENTO CIENTÍFICO - O chá de sua casca é utilizado no tratamento de hemorróidas, diarréia e ínguas, além de servir como estimulante sexual. 34. ROSQUINHA Helicteres guazumaefolia H.B.K. Família Sterculeaceae CONHECIMENTO CIENTÍFICO - Das folhas ou da flor se obtém um chá contra febre. A raiz pode purificar quando uma queimada feita a partir de sua parte subterrânea para limpeza de útero, principalmente após o parto.

14 35. SARÃ Sapium obariotum KI Família: Euphorbiaceae CONHECIMENTO CIENTÍFICO - Seu látex é cicatrizante, mas causa irritação nos olhos. 36. TAPERA Hiptis suavialins Poir Família: Labiatae CONHECIMENTO CIENTÍFICO - O chá da folha ou inflorescência é usado no tratamento de gripe, hemorragias principalmente pós parto, da planta toda usa-se no oitavo mês de gravidez para facilitar a contração dos músculos do parto e para desinchar as pernas. Um banho feito desta árvore pode ser utilizado no tratamento de reumatismo.

15 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS: ALBUQUERQUE, J. M. Plantas tóxicas no jardim e no campo. 1991. p. 29. GUARIM NETO, G. Plantas medicinais. 1996a. (Cadernos do NERU Educação Ambiental,5). GUARIM NETO, G. Etnobotânica Mato-Grossense: o homem e o uso dos recursos vegetais do cerrado, Pantanal e floresta. In: SIMPÓSIO DE ETNOBIOLOGIA E ETNOECOLOGIA,1., 1996b, Feira de Santana. p.46. SILVA, C.J. da Percepção e uso das plantas no Pantanal de Mato Grosso. In: SIMPÓSIO DE ETNOBIOLOGIA E ETNOECOLOGIA, 1., 1996, Feira de Santana. p. 22.