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SUMÁRIO. Empresas no Simples 14. Inadimplência 09. Síntese 03. Inflação 05 PIB 04. Crédito 10. Empreendedorismo. Juros 06. Expediente.

Transcrição:

BOLETIM DE CONJUNTURA MACROECONÔMICA FEVEREIRO 2017 SEMANA 1 PAINEL DE CONJUNTURA MACROECONÔMICA

Atento ao quadro de instabilidade econômica e com o intuito de auxiliar nas tomadas de decisões do mercado, o ISAE reuniu profissionais das áreas financeira e econômica e criou o Comitê Macroeconômico, com o objetivo de agregar valor à sociedade por meio de pesquisas, análises e interpretações de dados macroeconômicos. O Comitê Macroeconômico é coordenado por Rodrigo Casagrande, professor do Mestrado em Governança e Sustentabilidade do ISAE, e Fabio Alves da Silva, executivo de finanças da Renault. É composto por profissionais que possuem competências complementares, provenientes de diferentes instituições, como ISAE, Banco Central do Brasil, Renault e SEBRAE. O comitê também conta com a participação de alunos do CFO Strategic, programa do ISAE em parceria com o IBEF (lnstituto Brasileiro de Executivos de Finanças), que capacita o profissional de finanças com foco nas pessoas que impulsionam as ações e potencializam os resultados, além de alunos do Programa de Mestrado em Governança e Sustentabilidade do ISAE. Equipe Técnica André Alves Adriano Bazzo Christian Bundt Luciano De Zotti Jefferson Marcondes Coordenação Técnica Fabio Alves da Silva Coordenação Geral Rodrigo Casagrande 01

Atividade Econômica: Agronegócio mais forte é igual a PIB maior? Confiança do empresário e do consumidor crescem pouco no início de 2017. Preço e Juros: IPCA estabilizando no centro da meta. SELIC: corte de 1% não está na previsão. Balança comercial e Câmbio: Balança comercial com expectativa de superávit em janeiro. Câmbio: menor nível em três meses. Os maiores parceiros comerciais do Paraná em 2016. Mercado de Trabalho: Brasil ocupa sexta posição no ranking mundial de desemprego ampliado. Setor Público: Ações contra os efeitos danosos da inadimplência. 02

AGENDA DA SEMANA Dia Indicador / Evento 31/01 Sondagem Industrial de janeiro 31/01 Pnad Contínua de dezembro 01/02 Balança comercial mensal de janeiro 01/02 IC-BR Janeiro 03/02 IPC (FIPE) 03/02 Sondagem de Serviços de Janeiro Atividade econômica Agronegócio mais forte é igual a PIB maior? Depois de encolher 12,2% em 2016 (em relação a 2015), a safra de grãos em 2017 promete crescer 16,1% em relação a 2016, segundo o IBGE. Já a produção pecuária cresceu perto de 2% em 2016 em relação a 2015. Mas será que PIB nacional e PIB Agro estão umbilicalmente ligados? Com certeza guardam relação, que pode ser vista no Gráfico 1, porém não é uma relação diretamente proporcional, pois o efeito do agronegócio no PIB é mediado por outras variáveis, como a cotação do dólar, o preço internacional das commodities e a produtividade. A Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA) afirma que o PIB Agro corresponde a cerca de 22% do PIB nacional. Para alguns economistas a atividade agropecuária é mais importante para manter a liquidez em dólar do país (em função das exportações) do que sua influência no PIB nacional. Não obstante, todos concordam que a super safra pode ser a fiel da balança em 2017, já que as atividades industriais não apontam expectativas de crescimento significativas. 03

Na produção agrícola, merece destaque a previsão de crescimento da produção na Região Nordeste, que deve ser 73% maior que em 2016, depois de queda de 43% em 2016 em relação a 2015. Dentre as culturas, a soja deve ganhar quase 10% de aumento na área plantada e o milho 31%. Nesse cenário desponta o Paraná, o segundo estado brasileiro em produção de soja, que deve ter aumento em seu PIB no que depender do agronegócio. Continuamos apostando no maior aumento do PIB no Paraná que no Brasil. E um dos fatores mais importantes para nossa aposta é justamente o agronegócio. Confiança do empresário e do consumidor crescem pouco no início de 2017 Em janeiro de 2017 o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-CNI), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), registrou pequena alta depois de três meses consecutivos de queda. Em janeiro de 2017 o índice da CNI marcou 50,1 pontos, praticamente sobre a linha divisória que separa confiança de falta de confiança. Agora foi a vez da CNI apresentar os números de confiança do consumidor, que aumentou 3,5% em janeiro de 2017 frente ao último dezembro, alcançando os 103,8 pontos. O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC-CNI) de janeiro do ano corrente está 5,3% acima do registrado no mesmo período de 2016. Ainda assim, o indicador continua 4,5% abaixo da média histórica, que é de 108,7 pontos. Dos componentes dos INEC-CNI, merece destaque o otimismo para as perspectivas em relação à renda pessoal, ao emprego e à inflação. Apesar do otimismo, a população está cautelosa com as compras de maior valor, como automóveis, móveis, eletrodomésticos. Outro componente do INEC-CNI, o índice de expectativas de compra de maior valor nos próximos seis meses, caiu 2,6% em relação a dezembro e está 4,5% menor do que o de janeiro de 2016. Para o economista da CNI, Marcelo Azevedo, esse número reflete especificamente um comportamento mais cauteloso devido à perda de parte do rendimento com a recessão prolongada. Na prática, a reação das expectativas de compra de maior valor depende da confirmação da queda da inflação e do desemprego e da melhora da renda da população. Todos esses fatores já vêm sendo apontados neste Painel de Conjuntura Macroeconômica há várias edições. A explicação para tais números parte do pressuposto do maior tempo e recursos tomados nas compras de maior valor. Sendo assim, a expectativa dos consumidores deve melhorar ao passo que as pessoas se sentirem mais seguras em seus empregos e com suas condições financeiras. 04

Preço e Juros Inflação: IPCA estabilizando no centro da meta. O IPCA fechou 2016 em 6,29%. O acumulado nos últimos 12 meses do IPCA-15 aponta 5,94%. Segundo o relatório Focus, pela Mediana agregada o IPCA 2017 ficará na casa de 4,70%, a quarta redução semanal consecutiva na expectativa. A previsão para 2018 segue firme e constante em 4,50% na 27º semana consecutiva, manifesta confiança depositada nas ações do BC. A expectativa de longo prazo dos analistas de mercado está ajustada à continuidade do IPCA orbitando o centro da meta atual, pelo menos num horizonte de cinco anos. SELIC: corte de 1% não está na previsão. O COPOM reduziu a taxa Selic para 13,00% a.a. na reunião do dia 11 de janeiro e o BC já visualiza a taxa entre 9,0% e 9,5%, para a SELIC no final de 2017. O mercado aposta em um corte de 0,75 p.p. na próxima reunião, mesmo havendo sinais de que não será surpresa se o corte for um pouco maior. Questões como a reação da produção industrial e a continuidade dos ajustes fiscais crescem em importância neste processo decisório. 05

Com a inflação orbitando o centro da meta atual no longo prazo e o dólar reagindo satisfatoriamente, o esforço continua a ser o de impulsionar a retomada do crescimento econômico brasileiro. A expectativa para o crescimento do PIB 2017, desafiando algumas estimativas de órgãos internacionais, depende da manutenção destas condições favoráveis. É de se esperar a confirmação de que, enfim, o BC tenha reassumido as rédeas. Balança comercial: expectativa de superávit As exportações até a 3ª semana do ano apresentam um aumento de 16% em relação ao mesmo período de 2016, atingindo o volume de US$9,775 bilhões. A razão foi o aumento nas vendas das três categorias de produtos: os semimanufaturados subiram 28,6%, tendo como carro chefe o açúcar sem refino, ferro/aço e celulose; os básicos subiram 24,1%, com destaque para o minério de ferro, petróleo cru, grãos e farelo de soja; e os manufaturados, tais como veículos de carga, óleos combustíveis e açúcar refinado, entre outros subiram 2,5%. Comparativamente a dezembro/2016 houve uma retração de 10,1%, sendo os produtos manufaturados os principais responsáveis pela queda. 06

Até a 3ª semana de janeiro de 2017 as importações tinham atingido o volume de US$8,377 bilhões, 8,2% acima da média de janeiro/2016. Nesse comparativo, os gastos se concentraram principalmente com adubos e fertilizantes, produtos de moagem e combustíveis. Ante dezembro/2016 houve crescimento de 6,6%, em função dos aumentos em equipamentos eletrônicos, veículos, plásticos e químicos. No acumulado até a 3ª semana de janeiro de 2017 a balança comercial registrou superávit de US$1,398 bilhões. Com esse resultado devemos encerrar o primeiro mês do ano com superávit. Câmbio: menor nível em três meses A cotação do dólar encerrou a quarta semana de 2017 no menor nível em três meses, atingindo a cotação de R$/US$3,1596 de acordo com a PTAX 800 divulgada pelo BCB. Uma queda de 3,05% em relação a PTAX 800 de encerramento de 2016, correspondendo a redução de R$0,10 em menos de um mês. O dólar sofreu ajustes por conta da expectativa de elevação da taxa de juros americana em função dos riscos inflacionários da gestão de Donald Trump e pelo resultado mais fraco da atividade econômica. Somadas às expectativas de captações em USD por empresas locais como o bônus de US$4 bilhões emitidos pela Petrobras, estes fatores derrubaram a cotação da moeda. Os maiores parceiros comerciais do Paraná em 2016. De acordo com os dados do MDIC, o Paraná apresentou US$4,1 bilhões de superávit no resultado da balança comercial de 2016, com suas exportações atingindo US$15,1 bilhões. Este resultado representa 8,59% das exportações e importações do país. Dentre os três principais países importadores das mercadorias paranaenses estão a China com 23%, Argentina com 10,13%, seguido dos Estados Unidos com 5,15%. Os três países aumentaram suas participações, respectivamente em 10,08%, 41,44% e 11,92% em relação a 2015. Trinta países representam 84,07% dos países importadores de mercadorias paranaenses. A maior concentração, com 38,55%, está na Ásia. A América Latina responde por 23,66%, A União Europeia por 14,48% e o Oriente Médio por 8,81%. Países sem agrupamento específico representam 7,23% das exportações do estado. 07

Mercado de Trabalho: Brasil ocupa 6a posição no ranking de desemprego ampliado. De acordo com estudo realizado pelo Banco Credit Suisse com 31 nações, o Brasil está ocupando a sexta posição no ranking de desemprego ampliado com uma taxa de 21,2% (dados do IBGE de novembro de 2016), estando acima da média dos países analisados que gira em torno de 16,1%. O Brasil também está com uma taxa de desemprego acima de países com renda comparável como o México 18,3% e Turquia 15,9%. O Brasil só está atrás de países afetados pela crise internacional conforme gráfico a seguir. 08

Esta é a primeira vez que o Brasil entra nessa pesquisa considerando a taxa ampliada, que leva em conta uma métrica mais complexa. A taxa ampliada inclui quem trabalha de maneira informal por falta de emprego formal, quem trabalha menos do que poderia ou desistiu de procurar trabalho, enquanto que a taxa de desemprego tradicional considera apenas quem procura trabalho e não encontra. Setor Público: ações contra os efeitos danosos da inadimplência. Esta semana apresenta como destaque a homologação das 77 delações da Odebrecht, pela Presidente do STF, Cármem Lúcia. Também está ocupando boa parte dos noticiários o recolhimento de Eike Batista ao complexo penitenciário de Bangu 9, situação esta que pode entornar ainda mais o caldo da instabilidade política brasileira. É impossível prever os nomes que ainda serão envolvidos na Operação Lava Jato e essa incerteza tende a paralisar as tomadas de decisões importantes para o país, como é o caso da reforma da previdência, somente para citar um exemplo. Na esteira da turbulência que a economia vem enfrentando, foi divulgado que os maiores bancos privados do país estão com uma estratégia que foca medidas preventivas para evitar recuperações judiciais e falências em massa nas empresas brasileiras. O objetivo é mitigar a intensificação da crise e evitar o chamado efeito cascata de estragos na já combalida economia nacional. Fontes de mercado afirmam a lista de monitoramento abarca cerca de R$ 300 bilhões em dívidas de médias e grandes empresas, sem considerar a dívida da Oi e parte das renegociações de dívidas já feitas por algumas das empresas do grupo Odebrecht. No tocante às famílias, o Banco Central modificou a regra do crédito rotativo dos cartões de crédito. Pela nova regra, que entra em vigor a partir de abril/2017, nenhum usuário de cartão de crédito poderá permanecer mais que 30 dias utilizando o limite rotativo do cartão. Após esse prazo, os bancos serão obrigados a migrar os clientes para outras linhas de crédito. Essa iniciativa do BCB visa diminuir o endividamento das famílias brasileiras, situação essa apontada por diversos economistas como um dos fatores que freiam a recuperação econômica. 09