O Financiamento das Micro, Pequenas e Médias Empresas no Estado de São Paulo

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Transcrição:

O Financiamento das Micro, Pequenas e Médias Empresas no Estado de São Paulo Resumo: As micro, pequenas e médias empresas (MPME) têm um papel de destaque no desenvolvimento e na economia do Brasil. Apesar de sua importância, existe uma carência de estudos sobre o segmento. O objetivo deste estudo foi identificar as fontes de financiamento mais utilizadas pelas MPME localizadas no estado de São Paulo. Adicionalmente, procurou levantar a finalidade das operações de financiamento e o conhecimento dos proprietários de MPME sobre os fundos garantidores de crédito. A amostra não probabilística é formada por 45 empresas. O instrumento de coleta de dados foi um questionário com perguntas fechadas, enviado por e-mail a proprietários de MPME. Os dados foram coletados em julho de 2015. Os resultados apontaram que: a) a fonte de financiamento mais utilizada pelas empresas, no momento da pesquisa, era o pagamento de fornecedores a prazo; b) das empresas que solicitaram empréstimo bancário, 88% receberam o valor solicitado; c) 64% dessas empresas solicitou empréstimo para capital de giro; d) a proporção de empresas que utilizou financiamento bancário aumentou no período 2010-2015; e) os respondentes apresentaram baixo conhecimento sobre os fundos garantidores de crédito. Palavras-Chave: pequenas empresas, financiamento, fundos garantidores de crédito. 1. Introdução As micro, pequenas e médias empresas (MPME) têm um papel importante no desenvolvimento e na economia do Brasil. Elas são responsáveis pela produção de grande parte do total de bens e serviços e pelo emprego de grande contingente de mão de obra com diversos níveis de qualificação, além de contribuírem com a arrecadação de impostos e estimularem a inovação e a competição. Nos últimos anos, devido a melhorias nas condições macroeconômicas do Brasil, as MPME tiveram acesso a financiamentos bancários a taxas de juros mais baratas (MDIC, 2013). Em 2013, do total de R$190,4 bilhões de recursos desembolsados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o segmento das MPME recebeu R$63,5 bilhões, crescimento de 26,8% em relação ao ano anterior (GANDRA, 2014). O volume total de crédito bancário em relação ao PIB atingiu 56% em 2013, sendo que a relação volume de crédito pessoa jurídica/pib foi de 30,2%, um aumento de 13,3% em relação ao ano anterior (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2013). Apesar desses indicadores, o crédito no Brasil ainda é escasso. Em países desenvolvidos, a relação com o PIB é superior a 100%, como na Holanda, onde a relação foi de 179% em 2013. Em países vizinhos, como o Chile, por exemplo, essa relação atingiu 83% no mesmo ano (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2013). Apesar do cenário favorável dos últimos anos, as MPME no Brasil ainda encontram muitas dificuldades para obter financiamento, seja em instituição financeira pública ou privada (ZICA; MARTINS, 2010). Essa dificuldade no acesso ao crédito bancário fez com que as MPME recorressem a outras alternativas de crédito como: pagamento de fornecedores a prazo, cartão de crédito, cheque especial e empréstimo de parentes e amigos (SEBRAE, 2014a). Diante desse cenário, o objetivo desta pesquisa foi identificar as fontes de financiamento mais utilizadas pelas MPME localizadas no estado de São Paulo. Adicionalmente, procurou levantar a finalidade das operações de financiamento e o conhecimento dos proprietários de MPME sobre os fundos garantidores de crédito. A pesquisa procurou responder ao seguinte questionamento: Quais as fontes de financiamento mais utilizadas pelas MPME localizadas no estado de São Paulo? Para classificar o porte das 1

empresas foi utilizada a classificação do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Apesar da relevância das MPME para a economia e a geração de empregos, existe uma carência de estudos e pesquisas sobre o segmento no Brasil. O próprio Sebrae (2015a) reconhece que um dos maiores problemas nos estudos sobre MPME é a escassez de informações e de estatísticas atualizadas, o que ocasiona uma lacuna de conhecimento. O presente estudo contribui para diminuir essa lacuna ao ampliar o conhecimento existente sobre o financiamento das MPME. 2. Fundamentação Teórica 2.1. Definição de Micro, Pequena e Média Empresa Não existe um critério único para definir o porte das empresas (LIMA, 2001). As classificações variam de país para país e de acordo com as políticas de apoio e promoção (SOUZA, MAZZALI, 2008). Os critérios quantitativos mais utilizados para definir o porte das empresas são número de empregados, receita operacional bruta anual e faturamento bruto anual. No Brasil, as classificações variam dependendo do órgão/entidade. A classificação adotada pelo BNDES e aplicável a todos os setores, baseia-se na receita operacional bruta anual, e foi definida nas circulares nº 11/2010 e 34/2011 (Tabela 1). Porte Microempresa Pequena empresa Média empresa Média-grande empresa Grande empresa Fonte: BNDES (2015, p. 6). Tabela 1 Porte segundo BNDES Receita operacional bruta anual Até R$2,4 milhões Acima de R$2,4 milhões até R$16 milhões Acima de R$16 milhões até R$90 milhões Acima de R$ 90 milhões até R$ 300 milhões Acima de R$ 300 milhões O Sebrae define o porte em função do número de pessoas ocupadas e do setor de atividade econômica (Tabela 2). 2

Tabela 2 Porte segundo Sebrae Porte Atividade Econômica Indústria Comércio e Serviços Microempresa Até 19 pessoas ocupadas Até 09 pessoas ocupadas Pequena empresa De 20 a 99 pessoas ocupadas De 10 a 49 pessoas ocupadas Média empresa De 100 a 499 pessoas ocupadas De 50 a 99 pessoas ocupadas Grande empresa Acima de 500 pessoas Acima de 100 pessoas Fonte: Sebrae (2015a) 2.2. Importância das Micro, Pequenas e Médias Empresas Em 2013, na maioria dos países, as grandes empresas não representavam mais de 5% do total de empresas existentes (LONDON, 2013). O relatório anual elaborado pela European Comission (ANNUAL REPORT ON EUROPEAN SMEs 2013/2014, 2014) aponta o importante papel que as MPME tiveram na recuperação da economia dos 28 países da União Europeia (UE). Em 2013, elas representavam 99,8% do total de 21,2 milhões de empresas não financeiras; empregavam 88,8 milhões de pessoas (66,8% do total de empregos) e representavam 58,1% do PIB (Tabela 3). Tabela 3 Nº de empresas, nº de empregos, participação no PIB das MPME na EU em 2013 Porte Nº de empresas (%) Nº de empregos (%) PIB (%) Microempresa 92,4 29,1 21,6 Pequena empresa 6,4 20,6 18,2 Média empresa 1,0 17,2 18,3 MPME 99,8 66,9 58,1 Grande empresa 0,2 33,1 41,9 Total 100,0 100,0 100,0 Fonte: Annual report on European SMEs 2013/2014 (2014, p. 15). Em 2013 no Brasil, o universo das MPME representava 99% do total de empresas do país. O segmento foi responsável pela geração de cerca de 67% dos empregos formais, por 59,3% da massa salarial e por 27% do PIB (SEBRAE, 2015a) (Tabela 4). 3

Tabela 4 Nº de estabelecimentos e distribuição de empregos por porte no Brasil em 2013 Porte Nº de estabelecimentos (%) Nº de empregos (%) Microempresa 92,8 23,5 Pequena Empresa 6,2 28,6 Média empresa 0,6 15,4 MPME 99,6 67,5 Grande empresa 0,4 32,5 Total 100,0 100,0 Fonte: Adaptado de Sebrae (2015b, p. 49 e 181) 2.3. Financiamento nas Micro, Pequenas e Médias Empresas A decisão de financiamento é uma das três decisões financeiras que o empresário precisa tomar para atingir o objetivo de maximizar o valor da empresa. As outras duas são: decisão de investimento e decisão de alocação do resultado líquido. A empresa pode utilizar capital próprio e capital de terceiros para financiar suas atividades. O capital próprio é formado por recursos dos proprietários. Já o capital de terceiros é formado por recursos financeiros onerosos, como as linhas de crédito bancárias, e por recursos financeiros não onerosos, como o pagamento de fornecedores a prazo. No caso das linhas de crédito bancárias no Brasil, elas podem ser classificadas, segundo a origem, em crédito direcionado e crédito livre. No caso dos recursos livres, as taxas de juros, os prazos e as garantias são determinadas pelo mercado. Os recursos são de fontes privadas e são constituídos de linhas de crédito de bancos privados e públicos. São exemplos, as contas garantidas e o desconto de duplicatas. Já nos recursos direcionados, encontram-se os empréstimos do BNDES. Esses créditos têm sua aplicação definida nos programas de crédito de fomento (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2013). Em 2009, o Sebrae realizou uma pesquisa com o objetivo de avaliar as principais características do universo das micro e pequenas empresas brasileiras quanto à questão do seu financiamento. A amostra era formada por 4.200 micro e pequenas empresas, dos três setores indústria, comércio e serviços, de todos os estados do Brasil. O instrumento de coleta de dados foi um questionário estruturado com 21 questões. As entrevistas foram feitas por telefone, no período de 16 de março a 15 de maio de 2009. Os resultados apontaram que no momento da pesquisa, as fontes de financiamento mais utilizadas eram: pagamento de fornecedores a prazo (71%), cheque especial/cartão de crédito (49%) e cheque pré-datado (45%). A pesquisa mostrou também que a utilização de empréstimo bancário cresceu no período de 2005-2008, passando de 7% em 2005 para 22% em 2008. Das empresas que solicitaram empréstimo bancário, 86% conseguiram realizar a operação e 14% tiveram sua solicitação negada. A principal razão dada pelos bancos, a essas empresas que não conseguiram o empréstimo, foi a insuficiência de garantias reais (16%) (SEBRAE, 2009). Em outra pesquisa realizada pelo Sebrae (2014a) com o objetivo de avaliar as principais características do universo dos pequenos negócios no Brasil, quanto à questão do seu financiamento, a amostra era formada por 5.341 empresas, de todos os estados do Brasil. Quanto ao porte, a amostra era composta por microempreendedores individuais, 4

microempresas e empresas de pequeno porte, dos setores: indústria, comércio, serviços e construção. O período de coleta de dados foi de julho a outubro de 2013. As fontes de financiamento mais utilizadas no momento da pesquisa eram: pagamento de fornecedores a prazo (63%), cheque especial/cartão de crédito (54%) e cheque pré-datado (43%). A pesquisa revelou que a utilização de crédito bancário teve um aumento de 2009 a 2012, passando de 10% em 2009 para 22% em 2012 e um declínio de 2012 a 2013, quando passou para 17%. Das empresas que solicitaram empréstimo bancário, 17% tiveram seu pedido negado. A principal razão apontada pelos bancos para não conceder o financiamento foi saldo médio insuficiente (14%). Pesquisa mais recente do Sebrae (2014b) com o mesmo objetivo de avaliar as principais características do universo dos pequenos negócios no Brasil, quanto à questão do seu financiamento contou com uma amostra de 1.500 empresas, de todas as regiões do Brasil, dos setores: indústria, comércio e serviços. Quanto ao porte, as empresas da amostra englobavam microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte. As entrevistas foram realizadas por telefone no período de agosto a setembro de 2014. No momento da entrevista, os tipos de financiamento mais utilizados eram: pagamento de fornecedores a prazo (61%), pagamento com cheque pré-datado (35%) e cartão de crédito (25%). A pesquisa revelou que no período de 2010 a 2014 houve um aumento na proporção de empresas que tomaram financiamento bancário. Vinte e oito por cento dos entrevistados tiveram sua solicitação de empréstimo negada. A principal razão apontada pelos bancos para a não concessão do crédito foi conta corrente (ou empresa) muito nova (11%). O gráfico 1 apresenta as fontes de financiamento utilizadas pelas empresas nas três pesquisas realizadas pelo Sebrae citadas acima. O pagamento de fornecedores a prazo foi a alternativa mais utilizada. Porém sua utilização diminuiu de julho de 2009 a novembro de 2014, passando de 71% a 63%. Já a proporção de empresas que utilizou financiamento bancário aumentou no mesmo período, passando de 12% em 2009 para 46% em 2014. 5

Gráfico 1 Fontes de financiamento utilizadas pelas empresas Fonte: Adaptado de Sebrae (2009, 2014a, 2014b) 2.4. Fundos Garantidores de Crédito A baixa qualidade das informações disponibilizadas pelas MPME e as metodologias de análise de crédito utilizadas pelas instituições financeiras, que não são adequadas às peculiaridades das MPME, acabam criando barreiras de acesso ao crédito pelo segmento (MDIC, 2013). Para compensar o risco percebido, as instituições financeiras exigem avais ou garantias. Assim, a insuficiência de garantias é a principal restrição dos financiamentos para as MPME (STIGLITZ; WEISS, 1981; CARVALHO; ABRAMOVAY, 2004; MORAIS, 2008; SEBRAE, 2009). Para tentar minimizar esse problema, foram criados os fundos garantidores de crédito. Eles são uma alternativa para as MPME que não possuem garantias reais suficientes para serem utilizadas nas operações de crédito (CNI, 2010). A utilização dos fundos aumenta a chance de as empresas terem seus financiamentos aprovados (CNI, 2010). Os quatro principais fundos são: Fundo de Aval, Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas, Fundo Garantidor de Investimento e Fundo de Garantia de Operações. O Fundo de Aval (FDA) é um fundo operado pela Desenvolve SP e conta com recursos do Tesouro do Estado de São Paulo. Aplica-se a todas as linhas de financiamento, exceto para operações de capital de giro. Já o Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (FAMPE) é um fundo do Sebrae e tem a finalidade exclusiva de complementar as garantias exigidas pelas instituições financeiras (DESENVOLVE SP, 2014). 6

O Fundo Garantidor de Investimentos (FGI) é um fundo administrado pelo BNDES e oferece garantias às linhas de crédito oferecidas pelo BNDES (CNI, 2010). O Fundo de Garantia de Operações (FGO) é um fundo administrado pelo Banco do Brasil e oferece garantias às linhas de crédito de capital de giro e investimento (CNI, 2010). 3. Método de Pesquisa Aplicando os critérios propostos por Vergara (2006), esta pesquisa classifica-se como exploratória, descritiva, de campo e bibliográfica. É exploratória porque são poucos os estudos sobre o tema. É descritiva porque tem como objetivo a descrição das características de determinada população. É de campo porque fez uma investigação empírica. E é bibliográfica porque fez uso de material publicado em livros, revistas, websites. A fim de atingir o objetivo proposto, foi utilizado o método quantitativo. O universo da pesquisa é formado pelas MPME localizadas no estado de São Paulo. A escolha deu-se em virtude de o Estado ocupar o primeiro lugar do ranking de 2013 contribuição dos estados para o PIB do Brasil, respondendo por 31,4% do PIB nacional (CALEIRO, 2014). Foi utilizada a amostragem não probabilística por acessibilidade, em que a seleção dos elementos é feita pela facilidade de acesso a eles. O instrumento de coleta de dados foi um questionário com 28 perguntas fechadas, enviado por e-mail a 533 proprietários de MPME, ex-alunos de uma importante escola de negócios do estado de São Paulo. Retornaram 55 questionários e 45 (8,4%) foram considerados válidos, pois apresentavam todas as questões respondidas. Junto com o questionário foi enviada uma carta explicando o objetivo da pesquisa, garantindo o anonimato das respostas e solicitando a participação. Para classificação do porte foi utilizado o critério do Sebrae, pois essa é a classificação mais utilizada em pesquisas (MORAIS, 2008). A coleta de dados realizou-se em julho de 2015. O questionário estava dividido em 3 blocos. O primeiro bloco procurava caracterizar a empresa com perguntas sobre o ano de fundação, a cidade onde está localizada, o setor de atividade econômica e o número de funcionários. O segundo bloco procurava levantar informações sobre as operações de financiamento das empresas, com perguntas sobre: as fontes de financiamento utilizadas pelas empresas no momento da pesquisa; a solicitação de empréstimo bancário nos últimos 5 anos; a finalidade do empréstimo; o valor solicitado e o valor liberado pelo banco; o prazo concedido pelo banco para pagamento do empréstimo; e o conhecimento dos respondentes sobre os fundos garantidores de crédito. O terceiro bloco procurava caracterizar o respondente com perguntas sobre: sexo, idade, cargo e formação. (Devido à falta de espaço, o questionário não foi anexado ao artigo. Ele pode ser solicitado aos autores). Para a tabulação dos dados utilizou-se o programa estatístico Statistical Package for Social Science (SPSS) versão 18.0 for Windows. A estatística descritiva foi escolhida para organizar, resumir e apresentar os dados estatísticos (STEVENSON, 1981). 4. Análise dos Resultados O primeiro bloco do questionário procurava caracterizar a empresa. A primeira pergunta levantava o tempo de existência das empresas. Cerca de 50% tinha 14 anos de existência. A mais antiga tinha 48 anos e a mais nova, menos de 1 ano de existência. Vinte e duas empresas (48,9%) estavam localizadas na cidade de São Paulo. Cerca de 50% das 7

empresas da amostra eram do setor de serviços. Utilizando a classificação de porte do Sebrae, 84,4% da amostra era formada por microempresas e pequenas empresas (Tabela 5). Tabela 5 Porte das empresas segundo a classificação do Sebrae Atividade econômica Porte Indústria Comércio Serviços Total n % n % n % n % Microempresa 3 25,0 4 44,5 15 62,5 22 48,8 Pequena empresa 7 58,3 3 33,3 6 25,0 16 35,6 Média empresa 2 16,7 2 22,2 3 12,5 7 15,6 Total 12 100 9 100 24 100 45 100 O segundo bloco do questionário tinha como objetivo levantar informações sobre as operações de financiamento das empresas. A Tabela 6 apresenta as fontes de financiamento utilizadas pelas empresas no momento da pesquisa. O pagamento de fornecedores a prazo era a fonte mais utilizada com 23,1%. Em seguida vinha o cartão de crédito com 19% e em terceiro, o empréstimo em bancos privados com 13,2%. Analisando-se por porte, a fonte mais utilizada pelas microempresas era o cartão de crédito (26%), seguida pelo pagamento de fornecedores a prazo (20,7%). Para as pequenas empresas, o pagamento de fornecedores a prazo era a fonte mais utilizada (22,9%), seguida pelo cartão de crédito (12,4%). Para as medias empresas, o pagamento de fornecedores a prazo era a fonte mais utilizada (33,2%). Assim como nas pesquisas realizadas pelo Sebrae (2009, 2014a, 2014b), a fonte de financiamento mais utilizada pelas MPME, no momento da pesquisa, era o pagamento de fornecedores a prazo. Mas a proporção de empresas que utilizava essa fonte de financiamento é bem menor que a encontrada nas pesquisas do Sebrae (2009, 2014a, 2014b). A segunda fonte mais utilizada nesta pesquisa cartão de crédito, também apareceu em segundo lugar nas pesquisas do Sebrae (2009, 2014a, 2014b), juntamente com o cheque especial, que na pesquisa atual apareceu em quarto lugar. A proporção de empresas que utilizava cheque especial é bem menor nesta pesquisa em comparação com as do Sebrae (2009, 2014a, 2014b). O cheque especial é uma modalidade de financiamento mais cara que o empréstimo bancário. Sua utilização pelas MPME sugere dificuldade de acesso a modalidades de financiamento com taxas de juros mais baixas. 8

Tabela 6 Fontes de financiamento utilizadas pelas empresas, segundo o porte Porte Fontes de financiamento Micro Pequena Média Total empresa empresa empresa n % n % n % n % Pagamento de fornecedores a prazo 12 20,7 11 22,9 5 33,2 28 23,1 Cheque pré-datado 3 5,2 2 4,2 1 6,7 6 5,0 Cartão de crédito 15 26,0 6 12,4 2 13,3 23 19,0 Cheque especial 5 8,6 5 10,4 0 0 10 8,3 Empréstimo em bancos privados 10 17,2 5 10,4 1 6,7 16 13,2 Dinheiro de amigos/parentes 7 12,1 1 2,1 0 0 8 6,6 Desconto de duplicatas/títulos 1 1,7 5 10,4 1 6,7 7 5,8 Contrato de leasing 0 0 2 4,2 1 6,7 3 2,5 Microcrédito 0 0 1 2,1 0 0 1 0,8 Factoring 0 0 0 0 0 0 0 0 Empréstimo em cooperativa de crédito 0 0 1 2,1 0 0 1 0,8 Empréstimo com agiota 0 0 0 0 0 0 0 0 Empréstimo em nome de pessoa física 2 3,4 2 4,2 0 0 4 3,3 Empréstimo em bancos públicos 1 1,7 4 8,3 2 13,3 7 5,8 Outra 1 1,7 2 4,2 1 6,7 4 3,3 Nenhuma das alternativas 1 1,7 1 2,1 1 6,7 3 2,5 Total 58 100 48 100 15 100 121 100 Obs.: o respondente podia assinalar mais de uma alternativa. A proporção de empresas que utilizava empréstimo bancário em bancos privados e/ou públicos, nesta pesquisa, é menor que a das pesquisas do Sebrae (2009, 2014a, 2014b). Nenhuma empresa da amostra utilizava factoring ou agiota. Apenas uma empresa utilizava empréstimo em cooperativa de crédito e apenas uma empresa utilizava microcrédito. O Gráfico 2 apresenta as fontes de financiamento utilizadas pelas empresas da amostra, no momento da pesquisa. 9

Gráfico 2 Fontes de financiamento utilizadas pelas empresas, no momento da pesquisa Das 45 empresas da amostra, 25 (55,6%) solicitaram empréstimo bancário, sendo que todas conseguiram realizar a operação e 22 (88%) receberam 100% do valor solicitado. As razões apontadas pelos bancos às três empresas para liberar apenas parte do valor solicitado foram: faturamento baixo (67%) e falta de crédito para o perfil (33%). Quanto ao porte das empresas que receberam parte do valor solicitado, duas eram microempresas e uma era média empresa. As solicitações de empréstimo foram feitas a bancos privados (64%), a bancos públicos (28%) e aos dois, bancos públicos e privados (8%) (Tabela 7). Tabela 7 Instituição financeira consultada segundo o porte Porte Instituição Financeira Micro empresa Pequena empresa Média empresa Total n % n % n % n % Banco Público 1 8,3 4 40,0 2 66,7 7 28 Banco Privado 11 91,7 4 40,0 1 33,3 16 64 Ambos 0 0 2 20,0 0 0 2 8 Total 12 100 10 100 3 100 25 100 10

O Gráfico 3 mostra os anos em que as empresas solicitaram financiamento bancário no período 2010-2015. No primeiro semestre de 2015, 15 empresas (23%) solicitaram empréstimo bancário. Em 2014, foram 14 empresas (21,5%) e em 2013, 11 (16,9%). O gráfico aponta uma tendência de aumento na utilização de empréstimo bancário. Esse resultado reforça o achado do estudo do Sebrae (2014b) de que a proporção de empresas que utiliza empréstimo bancário vem crescendo nos últimos anos. Gráfico 3 Ano em que as empresas solicitaram empréstimo bancário Obs.: o respondente podia assinalar mais de uma alternativa. Quanto à finalidade da operação, 64% das empresas solicitou empréstimo para capital de giro, 20% para investimento e 16% para capital de giro associado a investimento, também chamado de investimento misto. Nesse último, a empresa financiou ativo permanente e necessita de recursos para a compra de matéria-prima, por exemplo. As microempresas e as pequenas empresas solicitaram mais empréstimo para financiar capital de giro, ao passo que as médias empresas solicitaram mais empréstimo para investimento (Tabela 8). Tabela 8 Finalidade do empréstimo bancário segundo o porte Porte Finalidade Microempresa Pequena empresa Média empresa Total n % n % n % n % Capital de giro 10 77,0 6 66,7 0 0,0 16 64,0 Investimento 1 7,7 1 11,1 3 100,0 5 20,0 Investimento misto 2 15,3 2 22,2 0 0,0 4 16,0 Total 13 100 9 100 3 100 25 100 11

Quanto ao valor dos empréstimos solicitados, a mediana foi de R$125 mil, apresentando um valor mínimo de R$5 mil e um valor máximo de R$10 milhões. O prazo dado pelo banco para pagamento do empréstimo variou de 12 a 120 meses, com mediana de 36 meses. A última pergunta do bloco 2 investigava o conhecimento dos respondentes sobre os fundos garantidores de crédito. Dos 45 respondentes, 39 (86,7%) afirmaram não conhecer os fundos. Dos 6 que afirmaram conhecer apenas 3 citaram algum. Foram citados: FAMPE, FGI e Desenvolve SP, com uma citação cada. As respostas indicam um desconhecimento dos fundos garantidores de crédito por parte dos micro, pequenos e médios empresários. As instituições responsáveis pela administração dos fundos precisam rever suas estratégias de divulgação. Elas não estão atingindo seu público-alvo. O terceiro bloco do questionário procurava caracterizar o respondente. Trinta (66,7%) eram do sexo masculino e 15 (33,3%) do sexo feminino. Cerca de 65% dos respondentes tinham idade entre 26 e 40 anos. Quanto ao cargo, 87% era sócio-gerente. A respeito da formação, todos os respondentes tinham nível superior completo e 42,2% cursaram pósgraduação lato sensu. 5. Conclusões O objetivo deste estudo foi identificar as fontes de financiamento mais utilizadas pelas MPME localizadas no estado de São Paulo. A estatística descritiva indicou que cerca de 50% das empresas têm 14 anos de existência, estão localizadas na cidade de São Paulo e são do setor serviços. Perto de 50% da amostra é formada por microempresas e pequenas empresas. No momento da pesquisa, o pagamento de fornecedores a prazo era a fonte de financiamento mais utilizada pelas empresas, seguida pelo cartão de crédito e pelo empréstimo em bancos privados. As pesquisas do Sebrae (2009, 2014a, 2014b) encontraram resultado semelhante. Das empresas que solicitaram empréstimo bancário, 88% receberam 100% do valor solicitado. As solicitações foram feitas preferencialmente a bancos privados. Quanto à finalidade da operação, 64% eram para capital de giro. Os resultados mostraram também que a utilização de empréstimo bancário aumentou no período de 2010 a 2015. O baixo conhecimento dos respondentes sobre os fundos garantidores de crédito sugere deficiência na veiculação de informações por parte das instituições responsáveis pela administração desses fundos. Essas instituições não estão atingindo os empresários de MPME. Suas ações precisam ser revistas. A pesquisa apresenta algumas limitações. O método de amostragem empregado para selecionar as empresas da amostra foi o não probabilístico por acessibilidade. Assim, não é possível generalizar os resultados encontrados para a população. O tamanho da amostra também é uma limitação. Outros estudos podem ser realizados a partir deste. Diante da carência de estudos sobre as MPME, este trabalho contribuiu para ampliar o conhecimento sobre o financiamento do segmento. 6. Referências ANNUAL REPORT ON EUROPEAN SMEs 2013/2014. 2014. A partial and fragile recovery. Disponível em: <ec.europa.eu>. Acesso em: 23 jun. 2015. 12

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