Profa. Dra. Deusa Maria R. Boaventura. Projeto 1 A FORMA DA CIDADE E OS SEUS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS. 1. DIMENSÕES ESPACIAIS NA MORFOLOGIA URBANA. 1.1. A forma urbana: A noção de forma aplica-se a conjuntos urbanos de diversas grandezas e complexidades. Fala-se de forma física para uma praça, uma rua, um bairro, uma cidade e até para uma área metropolitana. 1.2. As escalas urbanas Dimensão e escalas sempre estão implícitas nas formas urbanas. - As formas urbanas são constituídas pela composição de diferentes unidades espaciais e elementos morfológicos. 1
Dimensão territorial a escala da cidade. É onde existe a articulação de diferentes formas à dimensão urbana, diferentes bairros ligados entre si. Bairros, grandes infra-estruturas viárias, grandes zonas verdes. Quanto à forma as cidades podem ser lineares, radiocêntricas, em malha ortogonal, radiais e etc Dimensão urbana a escala do bairro É onde existe verdadeiramente á área urbana, ou a parte da cidade. Elementos morfológicos a serem considerados: praças, quarteirões, monumentos, jardins áreas verdes. 2
A escala Dimensão setorial: a escala da rua É quando se considera a menor unidade, ou porção do espaço urbano, com forma própria. Elementos morfológicos considerados: edifícios,rua, praça, traçado, árvores e demais vegetações, desenho do solo e mobiliário 2. ELEMENTOS MORFOLÓGICOS DO ESPAÇO URBANO 2.1- O solo - 2.1.1.Topografia 2.1.2. Revestimentos e pavimentação: meio-fio, passeios empedrados, as faixas asfálticas, os ladrilhos e etc. 2.1.3. Mobiliário urbano: painéis, anúncios, placas, tótens, bancos, bancas, quiosques, canteiros, árvores, telefones... 3
2.2. O edifício Através dele se constitui o espaço urbano e se organizam os diferentes espaços identificáveis e a própria forma urbana: a rua, a praça, o beco, as vielas, as avenidas, etc. Os edifícios agrupam-se em diferentes tipos, decorrentes de suas funções e formas, estabelecendo relações biunívocas com as formas urbanas. Ex 1. quanto a forma: casa térrea, sobrados, edifícios com pilotis, casa com pátio central, igrejas de naves retangulares, igrejas de plantas centrais, edifícios residenciais com áreas de lazer, edifícios com ou sem afastamentos laterais, edifícios com telhados, com coberturas planas e et. Ex. 2. edifícios comerciais, edifícios residenciais, edifícios comerciais e residenciais, edifícios administrativos, edifícios institucionais, edifícios religiosos, de lazer, industriais e outros 4
2.3. O lote O edifício não pode ser desligado do lote ou superfície que ocupa A forma do lote é condicionante da forma do edifício e, consequentemente, da forma da cidade.. Até os anos vinte e trinta do século passado ele foi o lugar do edifício e um meio e instrumento de planificação e separação entre o espaço público e o privado. Mas no urbanismo moderno o lote deixa, por assim dizer, de existir, uma vez que os edifícios não ocupam ao solo definido pela sua projeção vertical. Ex. As super- quadras de Brasília 5
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2.4. O quarteirão: é um conjunto de edifícios agrupados entre si, ou sistema fechado e separado dos demais; no caso das cidades tradicionais é o espaço delimitado pelo cruzamento de vias e subdividido em lotes para a construção de edifícios. Em termos hierárquicos, pode-se dizer que ele é um elemento superior ao lote, e identifica-se com coma definição do espaço urbano. O quarteirão agrega e organiza os outros elementos da estrutura urbana: o lote e o edifício, o traçado e a rua, e as relações que estabelecem com os espaços públicos, semipúblicos e privados. 2.5. A fachada - Nas cidades tradicionais, a relação com o espaço urbano vai se processar pelas fachadas. Entalado entre duas empenas, cada edifício dispõe apenas da fachada para a comunicação com o espaço urbano.. São as fachadas que vão exprimir as características distributivas (programas, funções, organizações), o tipo edificado, as características e linguagens arquitetônicas o estilo, a expressão estética, a época. A fachadas é o invólucro visível da massa construída, e é também o cenário que define o espaço urbano. O edifício e o tecido da cidade. - O quarteirão - A ruptura com o quarteirão 7
A linguagem dos edifícios 8
Arquitetura Moderna Os elementos da arquitetura moderna são as janelas, as portas, os diferentes artefatos, a cobertura, a estrutura e etc. Características: O plano é a base da nova plástica Continuidade entre interior e exterior Ausência de ornamentos Num primeiro momento renúncia a cor e a textura. Após a segunda guerra mundial este elementos são aceitos principalmente nos trabalhos de Aalto. Repertório de formas não ligadas ao passado. A dissociação da estrutura e das paredes leva a formulação, por parte de Le Corbusier dos cinco pontos da arquitetura: a planta livre, a fachada livre, terraço jardim, pilotis e janela em fita. Estrutura pontual e não mural Gropius, Le Corbusier, Mies Van Der Rohe, F. Ll Wright 9
Lina Bo Bardi, Lúcio Costa e Reidy 3. O traçado / a rua O traçado é um dos elementos mais claramente identificáveis tanto na forma de uma cidade como no gesto de a projetar.. Regula a disposição dos edifícios e quarteirões, liga os vários espaços e partes da cidade. O traçado e a rua existem como elementos morfológicos nos vários níveis ou escalas da forma urbana. 10
As praças - São elementos morfológicos das cidades ocidentais e distingue-se de outros espaços, que são resultado acidental de alargamento ou confluência de traçados pela organização espacial e intencionalidade do desenho. É o lugar intencional do encontro, da permanência, dos acontecimentos, das práticas sociais, de manifestações da vida urbana e comunitária e de prestígio, e comumente, de funções estruturantes e arquiteturas significativas. O largo do mercado, a adro fronteiriço à igreja, ou outros espaços vazios Praça Charles de Gaulle 11
O monumento Obra de arquitetura ou escultura destinada a transmitir à posteridade a recordação de um grande feito; ou obra de arquitetura considerável pela sua dimensão ou magnificiência. 12