NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DE PROPOSTAS DE CRIAÇÃO DE NOVOS CURSOS DE MESTRADO ACADÊMICO / MESTRADO PROFISSIONAL



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Transcrição:

NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DE PROPOSTAS DE CRIAÇÃO DE NOVOS CURSOS DE MESTRADO ACADÊMICO / MESTRADO PROFISSIONAL A representação da Área do Direito junto a procurou arrolar um conjunto de regras que facilitem a apresentação de uma proposta de cursos novos, com lastro na Constituição da República e legislação vigente, tudo a partir de várias reuniões realizadas pelos programas que integram, na Área, o SNPG, conforme documento já elaborado na primeira delas e onde constou, com ampla divulgação: O Fórum de Coordenadores se reuniu em Salvador 1, sob os auspícios do Programa de Pós- Graduação em Direito da Universidade Federal da Bahia UFBA, nos dias 02 e 03 de dezembro de 2004 e revisou os critérios anteriormente estipulados, sob a luz das novas diretrizes contidas na Portaria CAPES 68, de 2004, os quais devem sempre ser considerados qualitativamente, e não apenas como um singelo apanhado de critérios numéricos. Referidos critérios serão aplicados pela representação da Área, que oferecerá parecer, o qual deverá ser acolhido ou não pelo Conselho Técnico Científico. Assim, para efeito de julgamento de cursos novos: 1) Serão considerados tão-somente os docentes permanentes na avaliação, não sendo levados em conta para apreciação do corpo docente os colaboradores. 2) Os docentes colaboradores e visitantes somente serão considerados como integrantes do corpo docente de um curso novo na hipótese de áreas do conhecimento jurídico que necessitem desse tipo de compromisso (p. ex., propriedade intelectual), ou em regiões periféricas. 3) Incluído no total do corpo docente permanente será aceito até 10% de docentes que preencham as condições previstas no art. 2º, 2º, inciso I, da Portaria 68/04 (aposentados, bolsistas prodoc, conveniados). 4) Não serão aceitos docentes no corpo permanente que tenham regime de trabalho inferior a 40 horas/aula semanais na IES (dedicação integral, não sendo necessária a dedicação exclusiva). 5) Incluídos no total do corpo docente permanente será aceito percentual de até 20% de docentes que preencham as condições previstas no art. 2º, 2º, inciso III, da Portaria 68/04 (docentes permanentes de mais de um programa, vinculados à mesma ou a outra instituição). Um docente não poderá participar, como permanente, em mais do que dois Programas. 1 Estiveram presentes os Programas de Pós-Graduação em Direito das seguintes IES, que deliberaram e votaram as diretrizes mencionadas neste documento: PUC-Rio, UFPR, UNISANTOS, FDC, PUC-MG, FDV, UFPB, UEA, UFPA, FUNDINOPI, USP, UNIVEM, UNESP, UFMG, UNIPAR, UNISC, UFRGS, UGF, PUC-PR, UNISINOS, UNESA, UNIMES, ITE, UERJ, UFSC, UNIFOR, UNIVALI, UEM, UFPE, UFBA.

6) Para a abertura de um novo curso de mestrado em Direito é necessário que a proposta contenha pelo menos 10 Doutores em Direito no corpo docente permanente. Todavia, a interdisciplinaridade continua a ser entendida como um elemento vital de qualidade no curso, não sendo fixado um percentual mínimo de titulados em Direito para o corpo docente permanente. Em suma, há um piso e não uma proporção. 7) Será aceito um número máximo de duas vagas discentes por docente permanente por ano para os cursos novos em nível de mestrado. 8) Será avaliada a pertinência e adequação da produção dos docentes, mormente do Corpo Permanente. 9) A proposta deverá conter compromisso de permanência dos docentes com o Programa e vice-versa, por força das regras que regem a primeira avaliação após aprovação. 10) Na apresentação do acervo da biblioteca, devem ser apontados de forma específica e clara quais os periódicos constantes do referido acervo que sustentarão a proposta do Programa, Áreas de Concentração e Linhas de Pesquisa, assim como se os livros apontados nas bibliografias das disciplinas compõem o referido acervo. 11) Na apresentação da infra-estrutura devem constar dados que permitam aferir se a IES é acessível às pessoas portadoras de deficiência, mencionando a existência (e o número) de banheiros adaptados, rampas de acesso às instalações da IES e às instalações do Programa e demais requisitos de acessibilidade conforme a legislação. 12) Salvo as peculiaridades das propostas, os requisitos para Mestrado Profissional serão os mesmos do que para os Mestrados Acadêmicos. Os demais requisitos de coerência e consistência da Proposta do Curso, da Produtividade Docente e Consolidação da Capacidade de Pesquisa (produção nos últimos 03 anos), já foram disciplinados pelo Conselho Técnico Científico e devem ser obedecidos pela proposta. Prof. Dr. Jacinto Nelson de Miranda Coutinho Representante da Área do Direito

NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DE PROPOSTAS DE CRIAÇÃO DE NOVOS CURSOS DE DOUTORADO Nos dias 6 e 7 de junho de 2005, nas dependências da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná, reuniu-se o Grande Comitê da Área do Direito, Coordenado pelo professor Doutor Jacinto Nelson de Miranda Coutinho. Na esteira da resolução (sobre Normas para apresentação de propostas de criação de novos Cursos de Mestrado) do Comitê da Área de Direito aprovada no Fórum de Coordenadores realizado nos dias 2 e 3 de dezembro de 2004, na sede do Programa de Pós-graduação em Direito da Universidade Federal da Bahia, em Salvador, o Grande Comitê da Área de Direito entendeu necessário estabelecer um conjunto de requisitos para implantação de cursos novos de doutorado, na linha das exigências feitas para a apresentação de novos cursos de mestrado. Deliberou-se que um Programa de Pós-graduação que pretenda os dois níveis (mestrado e doutorado) deve demonstrar que possui um plus de qualidade, que vá além do que oferece no nível mestrado. Assim, para que um Programa de Pós-graduação busque alcançar o nível mais elevado (doutorado), não basta que tenha alcançado a nota 4. Deve, portanto, demonstrar que o nível doutorado agrega valor teórico-reflexivo ao mestrado existente. Afinal, o nível doutorado demanda reflexões de outro patamar e alcance. Não basta, por exemplo, que a proposta de implementação de doutorado apenas altere a carga horária do mestrado, mantendo a mesma grade ou acrescentando disciplinas. Trata-se de níveis diferentes e diferenciados de exigência, demandando, portanto, estrutura curricular própria. Do mesmo modo, tais considerações são válidas para o corpo docente. Diante disto, seguindo a mesma lógica da resolução do Comitê de Área (decisão de outubro de 2004), o atual Grande Comitê de Área definiu as seguintes diretrizes a serem seguidas para a apresentação de novas propostas de implantação de doutorados: 1. Somente poderão ser encaminhados novos projetos de doutorado após uma avaliação continuada que indique equilíbrio positivo no desempenho do programa. 2. Para a abertura de um novo curso de Doutorado em Direito é necessário que o Projeto contemple no corpo docente permanente pelo menos 15 Doutores com produção acadêmica em Direito, dos quais no mínimo 12 portem o título de Doutor em Direito. A interdisciplinaridade continua a ser um elemento de qualidade no curso. É necessário tornar este critério mais flexível na hipótese de redução das desigualdades regionais.

3. Serão considerados tão-somente os docentes permanentes na avaliação do pedido de implantação do doutorado, não sendo levados em conta para apreciação do item corpo docente os colaboradores, o que não significa que o Programa não possa contar com um grupo de docentes desse jaez. 4. Os docentes visitantes somente serão considerados como integrantes do corpo docente de um curso novo na hipótese de áreas do conhecimento jurídico que necessitem desse tipo de compromisso (p. ex., propriedade intelectual), ou visando a redução das desigualdades regionais. 5. Sobre o total do corpo docente permanente: 5.1.Será aceito até 20% de docentes em tempo parcial ou pertencentes a mais de um Programa de Pós-graduação, na mesma ou outra IES (art. 2º, 2º, incisos II e III, da Portaria 68/04). O docente que participar de mais de 02 Programas, ou aqueles que sobejarem o limite aqui estabelecido, serão considerados como docentes colaboradores. 5.2. No percentual de 80% restante será aceito até 10% de docentes aposentados (com Termo de Compromisso de Participação no Programa), bolsistas prodoc ou docentes conveniados (art. 2º, 2º, inciso I, da Portaria 68/04); 5.3. É necessário que em pelo menos 50% do tempo disponível haja efetiva participação do docente permanente em atividades vinculadas ao Programa de Pós-graduação em Direito. 6. O número mínimo de 15 (quinze) docentes de que trata o item segundo é valido para Programas que estejam baseados em uma área de concentração e no máximo em 3 (três) linhas de pesquisa. Cada Linha de Pesquisa deve contar com, no mínimo, 3 (três) docentes permanentes. A cada área de concentração que exceder a este patamar, deverão ser agregados 5 (cinco) docentes permanentes (p.ex.: um Programa que pretenda implantar o doutorado com 2 áreas de concentração, não poderá ter menos de 20 docentes permanentes, na conformidade dos critérios estabelecidos no item 5, retro). 7. Para o doutorado novo, será aceito um número máximo anual de até 5 (cinco) ingressos. 8. A proposta do Programa deve estar calcada em um forte conteúdo formativo - reflexivo, contendo disciplinas (seminários) obrigatórias para todas as linhas e áreas, além de disciplinas ou seminários que identifiquem tematicamente a(s) linha(s) de pesquisa, formando um eixo temático que ligue, organicamente, a(s) área(s) às linhas de pesquisa, para que não haja uma formação fragmentária do doutorando. 9. A formulação do projeto didático-pedagógico do nível doutorado pressupõe estrutura curricular própria, cujo modo de execução, no âmbito do Programa, poderá

apresentar zonas de intersecção no limite das especificidades dos níveis de mestrado e doutorado. 10. A grade curricular deve ter consistência, apta a cobrir tematicamente as linhas e área(s). Deve ser evitada a inclusão de disciplinas meramente informativas, que são características de cursos de especialização ou até mesmo de graduação. Além das disciplinas/seminários, é recomendável que o Programa ofereça seminários de pesquisa. 11. A(s) área(s) de concentração deve(m) ter abrangência temática, cobrindo o conteúdo das linhas de pesquisa. Uma área de concentração com duas ou três linhas que com ela não guardam ligação representa uma inconsistência. Da mesma maneira, linhas de pesquisa que não guardam ligação com a área e um mínimo de organicidade entre si apontam para a falta de coerência do programa. Do mesmo modo, na hipótese do Programa conter duas áreas, estas devem guardar uma ligação, sob pena de não ser um Programa e, sim, dois. Em síntese, a IES não pode perder de vista que está estabelecendo um Programa e não dois ou três. 12. Na hipótese de o Programa estar estruturado em mais de uma área de concentração e/ou em mais de duas linhas de pesquisa, não há impedimento de o projeto de doutorado vir a ser estruturado em menor número de áreas ou linhas. 13. O exercício docente no doutorado pressupõe produção intelectual e experiência em pesquisa, especialmente de orientação de mestrado, aptas aos afazeres do nível proposto. 14. Permanecem em plena vigência os demais requisitos de coerência e consistência da Proposta do Curso, da Produtividade Docente e Consolidação da Capacidade de Pesquisa (produção nos últimos 05 anos), disciplinados pela Área do Direito para o triênio 2004-2006, seja para novos Programas, seja para os do SNPG. 15. Não se admite doutorado fora de sede. 16. Mantém-se a recomendação de não serem abertos novos Programas de Doutorado em Direito antes da aprovação pela do projeto apresentado. 17. O Comitê de Área apreciará os pedidos de doutorado que forem apresentados em rede. 18. Os cursos de Doutorado existentes e os que ingressarem no sistema devem respeitar as regras da Área estabelecidas em 27 de março de 2002, informando à Representação de Área o deferimento e o indeferimento de pedidos de revalidação de diplomas obtidos no exterior. Somente podem revalidar diplomas estrangeiros os Programas que possuam a nota 5 (cinco) e que já tenham concluído, com defesa pública, o mínimo de 10 (dez) teses de doutorado. 19. As regras de revalidação estabelecidas em 27 de março de 2002 aplicam-se igualmente à revalidação de diplomas de mestrado obtidos no exterior.

Curitiba, 07 de junho de 2005 01. JACINTO NELSON DE MIRANDA COUTINHO (REPRESENTANTE UFPR ) 02. LUIZ ALBERTO DAVID DE ARAÚJO (REPRESENTANTE-ADJUNTO ITE/BAURU) 03. ANDREAS KRELL (UFAL/UFPE) 04. ANTONIO CELSO PEREIRA (UERJ/FDC) 05. ANTONO MAUÉS (UFPA) 06. CLAUDIO ROBERTO CINTRA BEZERRA BRANDÃO (UFPE) 07. FERNANDO FACURY SCAFF (UFPA) 08. HELENO TAVEIRA TORRES (USP/PUC-SP) 09. INGO SARLET (PUC-RS) 10. JAIME WANDERLEI GASPAROTO (UNIVEM) 11. LENIO LUIZ STRECK (UNISINOS) 12. LUIZ ANTÔNIO RIZZATO NUNES (UNIMES) 13. LUIZ EDSON FACHIN (UFPR) 14. LUIZ GUSTAVO GRANDINETTI DE CARVALHO (UESA) 15. MARCELO CATTONI (UFMG/PUCMINAS) 16. MARTONIO MONT ALVERNE BARRETO (UNIFOR) 17. ORIDES MEZZAROBA (UFSC) 18. RICARDO PEREIRA LIRA (UERJ) 19. VICENTE BARRETO (UERJ)