Daisy Catharina Rodrigues 1, Caroline Mariana de Aguiar 2 Sérgio Luiz de Lucena 3

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Transcrição:

HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DO BAGAÇO DA CANA DE AÇÚCAR: PRODUÇÃO DE CELULASES POR Aspergillus niger E AVALIAÇÃO DAS CINÉTICAS DA FERMENTAÇÃO E DA DESATIVAÇÃO ENZIMÁTICA Daisy Catharina Rodrigues 1, Caroline Mariana de Aguiar 2 Sérgio Luiz de Lucena 3 1 4 RESUMO Celulases foram produzidas cultivando se o fungo Aspergillus niger em meio de cultura com bagaço de cana de açúcar pré tratado com NaOH 4%(m/v) como única fonte de carbono. A cinética da fermentação foi determinada analisando se a atividade enzimática e medindo se o ph do meio ao longo do tempo. A desativação enzimática foi avaliada nas condições de resfriamento (4 C) e de congelamento ( 18ºC) no armazenamento do caldo enzimático. Para a avaliação da cinética foi utilizado o bagaço de cana de açúcar pré tratado como substrato da hidrólise. Nas condições estudadas, foi concluído que o Aspergillus niger produz celulases quando cultivado em meio com bagaço de cana de açúcar pré tratado como fonte de carbono e que o tempo ideal para coleta do caldo enzimático foi de aproximadamente sete dias, com produtividade máxima de 0,0013 U/mL h para a fermentação com 10g/L de bagaço e 0,0018 U/mL h para as bateladas com 50 e 100g/L. O complexo celulásico presente no caldo enzimático não sofre desativação se armazenado a 18 C por 43 dias, porém, perde sua atividade em 43% após 48h se armazenado a 4 C. PALAVRAS CHAVE: resíduos lignocelulósicos, enzimas, fungos. ENZYMATIC HYDROLYSIS OF SUGARCANE BAGASSE: CELLULASES PRODUCTION BY Aspergillus niger AND EVALUATION OF FERMENTATION AND ENZYMATIC DEACTIVATION KINETICS SUMMARY Cellulases were obtained by fermentation using the fungus Aspergillus niger in a medium containing NaOH 4%(w/w) pretreated sugarcane bagasse as the only carbon source. The fermentation kinetic was observed by determining the enzymatic activity and the medium ph through the fermentation timecourse. The enzymatic deactivation was evaluated in the enzymatic broth by cooling (4 C) or freezing ( 18 C) storage conditions. The pretreated sugarcane bagasse was used as the hydrolysis substrate for the determination of the kinetics. Aspergillus niger fungus produced cellulases when cultivated in a medium containing pretreated sugarcane bagasse and the ideal time for collecting the enzymatic broth was seven days, with maximum productivity of 0.0013 U/mL.h for the 10g of sugarcane bagasse/l batch and 0.0018 U/mL.h for the both 50 and 100g of sugarcane bagasse/l. The cellulasic complex presents in the broth does not suffer deactivation if stored at 18 C for 43 days, however it s activity drops by 43% if stored at 4 C during 48 hours. KEYWORDS: lignocellulosic materials, enzymes, fungus. INTRODUÇÃO 1 Acadêmica do curso de Engenharia Química, Unioeste, Campus de Toledo, Toledo PR, daisyktharina@hotmail.com. 2 Mestre, Tecnólogo em Controle de Processos Químicos, UTFPR, Campus de Medianeira, Medianeira PR. 3 Doutor, Engenheiro Químico, CECE, Campus de Toledo, Unioeste, Toledo PR, lucenasergio@yahoo.com.br. 4 Resultados não divulgados anteriormente

A celulose é a mais abundante biomassa renovável e sua produção mundial foi estimada em 1x10 10 MT por ano (ALVIRA et al. 2009). Segundo TAMANINI (2004), a utilização de resíduos provenientes da exploração da biomassa lignocelulósica para obtenção de bioprodutos é uma alternativa para a produção de energia e de alimentos, já que os resíduos da agroindústria constituem reservas naturais renováveis disponíveis em grandes quantidades. A cana de açúcar é uma planta de suma importância para a economia brasileira, tornando se grande geradora de empregos e de energia via industrialização desta em açúcar e álcool (MANZANO et al. 2000). O bagaço de cana é produzido em grandes quantidades pelas indústrias de açúcar e álcool no Brasil (CARDONA et al. 2009) e, após a separação da garapa, o bagaço excedente é em parte queimado para a geração de calor e energia para a própria usina (ARMAS & BIANCHI 1990). Em geral, 1 ton de cana gera 280 kg de bagaço e 5,4x10 8 tons de cana de açúcar seca são processadas anualmente no mundo. Cerca de 50% desse resíduo é usado em usinas de destilaria como fonte de energia e o restante é estocado. Em virtude da importância do bagaço de cana como resíduo industrial, existe grande interesse no desenvolvimento de métodos para a produção biológica de combustíveis e produtos químicos que oferecem vantagens econômicas, ambientais e estratégicas (CARDONA et al. 2009). O uso do bagaço na busca por produtos de valor agregado apresenta uma série de vantagens: já vem processado das moendas; está disponível em grandes quantidades; tem custo mínimo; está pronto para uso no local, evitando aumento de custo devido ao transporte (OLIVÉRIO & HILST 2005). O bagaço de cana é composto basicamente por celulose (41,7 a 45,3%), hemicelulose (31,6 a 34%) e lignina (12,6 a 16,5%) (MANZANO 2000; PIRES 2004). A celulose é um polímero formado por ligações β(1 4) entre moléculas de β D glicose. A maior parte da estrutura de celulose é organizada em regiões cristalinas altamente ordenadas, nas quais as cadeias de celulose são rigidamente empacotadas e de difícil hidrólise. Cerca de 15% dessa estrutura é formada por uma região chamada de amorfa, a qual pode ser facilmente hidrolisada (SHULER 1992). O grau de cristalinidade e o empacotamento provocado pela estrutura complexa da lignina limitam a hidrólise da celulose por qualquer agente hidrolítico (OJUMU 2003). O pré tratamento da biomassa lignocelulósica é uma etapa necessária para alterar algumas características estruturais dos materiais lignocelulósicos, aumentando a acessibilidade da celulose ao ataque enzimático. Pré tratamentos alcalinos aumentam a digestibilidade da celulose e são mais eficazes na solubilização de lignina, expondo a celulose e causando menor solubilização da hemicelulose do que pré tratamentos com ácido ou processos hidrotérmicos. Hidróxido de sódio, potássio, cálcio e amônio são adequados aos pré tratamentos alcalinos. NaOH provoca inchaço, aumentando a superfície interna da celulose e causa diminuição do grau de polimerização e cristalinidade, o que provoca a desestruturação da lignina (ALVIRA et al. 2009). A hidrólise enzimática pode ser utilizada para a produção de açúcares de resíduos lignocelulósicos devido às condições suaves de trabalho relacionadas ao ph, temperatura e ausência de subprodutos (CARRILLO et al. 2005). Hidrólise enzimática da celulose é uma reação realizada pelas enzimas celulases, as quais são altamente específicas. Celulases são uma mistura de várias enzimas, dentre as quais pelo menos três grandes grupos estão envolvidos no processo de hidrólise da celulose: endoglucanases, que atacam as regiões de baixa cristalinidade na fibra de celulose, gerando cadeias livres; exoglucanases, que removem unidades de celobiose a partir das extremidades livres da cadeia; glucosidase, que hidrolisam a celobiose à glicose (MUSSATTO et al. 2008). Na natureza, existe uma grande variedade de micro organismos que produzem celulases, mas apenas alguns são conhecidos como verdadeiros celulolíticos (ROBSON & CHAMBLISS 1989). Muitas espécies de fungos possuem a habilidade de degradar a celulose produzindo as enzimas extracelulares celulases. Os principais gêneros são Trichoderma, Penicillium, Aspergillus e Fusarium (DASHTBAN et al. 2009). O fungo Aspergillus niger é fonte de celulases destinadas ao uso alimentício e não alimentício e pode ser considerado, algumas vezes, superior aos outros fungos, 2

reconhecidamente bons produtores dos complexos celulolíticos e hemicelulolíticos, como Trichoderma reesei. (AGUIAR & MENEZES 2000). As enzimas são desativadas, ou seja, perdem sua função catalítica, por vários fatores o que constitui uma limitação importante em muitos processos biotecnológicos. Desativação é definida como um processo em que a estrutura secundária, terciária ou quaternária de uma proteína é modificada (NAIDU & PANDA 2003). A desativação enzimática pode ocorrer devido à fatores como temperatura e ausência de substrato (BAILEY & OLLIS 1986). Estudos de desativação ajudam a compreender a relação entre estrutura e função de uma enzima em particular (NAIDU & PANDA 2003). O presente trabalho teve como objetivo analisar a cinética da produção de celulases pelo fungo Aspergillus niger e também analisar a cinética da desativação das enzimas celulases presentes no caldo enzimático quando este é armazenado nas condições de resfriamento ou de congelamento. 3 MATERIAIS E MÉTODOS MATERIAIS Aspergillus niger foi cedido pelo laboratório de Bioquímica do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, UNIOESTE Cascavel, Brasil. A manutenção do fungo foi realizada em meio de cultura Ágar Sabouraud Dextrose a 4 C com repicagens periódicas. O bagaço de cana de açúcar foi cedido pela Cooperativa Agrícola Regional de Produtores de Cana COOPCANA Paraíso do Norte, Brasil. MÉTODOS PREPARO DO INÓCULO O desenvolvimento do Aspergillus niger foi realizado em meio de cultura ASD com incubação por sete dias a 30 C. Para obter o inóculo foram adicionados 10mL de água esterilizada no tubo contendo o fungo. Em seguida, realizou se a raspagem dos esporos assepticamente com um bastão de vidro utilizando se, assim, esta suspensão de esporos para o ensaio de fermentação (adaptado de AGUIAR & MENEZES, 2000). A determinação de esporos em suspensão na solução foi realizada com o auxílio de câmara de Neubauer. CINÉTICA DA FERMENTAÇÃO Utilizou se bagaço de cana de açúcar pré tratado com NaOH como fonte de carbono (AGUIAR & MENEZES 2000) em meio de cultura adaptado de MANDELS & WEBER (1969). Adicionou se 1mL de Tween 80 por litro de meio de cultura e 10, 50 e 100g/L de bagaço. As três bateladas foram esterilizadas a 120 C por 20 min. Em seguida, adicionou se suspensão de esporos com concentração de, aproximadamente, 1x10 6 esporos/ml e fez se a incubação a 30 C com agitação periódica. Periodicamente, amostras foram coletadas assepticamente e filtradas em papel filtro para a determinação da atividade enzimática. A produtividade foi calculada dividindo se o valor da atividade enzimática obtida (U/mL) pelo número de horas de fermentação (h). CINÉTICA DE DESATIVAÇÃO ENZIMÁTICA Realizou se ensaios de fermentação em duas bateladas com bagaço de cana deaçúcar a 100g/L por sete dias. Após o término da fermentação, porções de 20mL dos caldos

enzimáticos foram armazenadas a 4 C e a 18 C. Porções dos caldos foram retiradas em diferentes intervalos de tempo para a determinação da atividade enzimática. HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DO BAGAÇO DE CANA DE AÇÚCAR E DETERMINAÇÃO DA ATIVIDADE ENZIMÁTICA A hidrólise enzimática foi realizada adaptando se o método proposto por GHOSE (1987), utilizando se bagaço de cana pré tratado como substrato de hidrólise e diminuindo se o tempo de incubação para 50 min. As concentrações de açúcares redutores foram determinadas pelo método do DNS descrito por MILLER (1959). Segundo GHOSE (1987), uma unidade de atividade enzimática libera 1µmol de açúcar redutor por ml de caldo por minuto (U = µmol ml 1 min 1 ). Os resultados de atividade enzimática foram expressos em U/mL. 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES CINÉTICA DA FERMENTAÇÃO A Figura 01 mostra os resultados de atividade enzimática (AE) ao longo do tempo de fermentação para bateladas com 10g, 50g e 100g de bagaço de cana de açúcar por litro de caldo. 0,350 0,300 0,250 10g/L 50g/L 100g/L AE (U/mL) 0,200 0,150 0,100 0,050 0,000 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360 390 420 450 480 510 540 Tempo (h) Figura 01. Atividade enzimática (AE) em função do tempo de fermentação para três diferentes quantidades de bagaço de cana de açúcar utilizadas como substrato fonte de carbono na produção de celulases pelo fungo A. niger. Observa se (Figura 01) que a produtividade máxima foi de 0,0013 U/mL h para a batelada com 10g/L e 0,0018 U/mL h para as bateladas com 50 e 100g/L, com atividades de 0,208 U/mL para a batelada com 10g/L, 0,300 U/mL para a batelada com 50g/L e 0,297 U/mL para a batelada com 100g/L, após 164h de fermentação. Portanto, o tempo ideal para a coleta do caldo da fermentação é de, aproximadamente, sete dias. AGUIAR & MENEZES (2000) em estudo de produção de celulases de Aspergillus niger com bagaço de cana de açúcar prétratado com NaOH 4% como fonte de carbono, obtiveram valores de atividade enzimática de aproximadamente 0,27 U/mL para 10g/L de bagaço de cana. MENEZES et al. (1991) obtiveram valores próximos a 0,25 UI/mL de celulase total de Aspergillus niger, quando utilizaram bagaço de cana pré tratado com solução de NaOH, como fonte de carbono.

Os resultados de atividade enzimática apresentaram se mais altos para os sistemas em batelada com 50g/L e 100g/L provavelmente devido à maior quantidade de fonte de carbono no meio. Maiores quantidades de celulose presente no meio acarretam uma elevação dos níveis de endoglucanases (OLSSON et al. 2003), as quais são responsáveis pela liberação de glicose, celobiose e celodextrinas direto da cadeia de celulose. Observa se também que, após 308 h de fermentação, ocorreu um aumento na atividade enzimática, provavelmente, devido ao fenômeno denominado crescimento críptico (ROSE & WILKINSON 1967; LI et al. 2008). Em paralelo aos resultados de atividade enzimática, obteve se medidas de ph das três bateladas. Os resultados de ph dos caldos em função do tempo de fermentação estão apresentados pela Figura 02. 5 ph 6,00 5,50 5,00 4,50 4,00 3,50 3,00 2,50 2,00 1,50 1,00 0,50 0,00 10g/L 50g/L 100g/L 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360 390 420 450 480 510 540 Tempo (h) Figura 02. Variação do ph dos caldos em função do tempo de fermentação para três diferentes quantidades de bagaço de cana de açúcar utilizadas como substrato fonte de carbono na produção de celulases pelo fungo A. niger. Observa se (Figura 02) uma diminuição do ph do caldo para os sistemas em batelada com 50 e 100g/L, inicialmente de 5,03 e 5,00, caindo para 2,67 e 2,29, respectivamente após 212h de fermentação. A redução do ph dos meios de fermentação pode ter ocorrido devido à produção de ácidos orgânicos pelo fungo. Para a batelada com 10g/L, o ph manteve se constante ao longo da fermentação, o que pode ter ocorrido devido à baixa quantidade de fonte de carbono, acarretando em uma reduzida quantidade de açúcares liberados no meio. Segundo PRATA & SANTOS (2003), baixas concentrações de açúcares no meio fermentativo provocam baixos rendimentos na produção de ácidos. CINÉTICA DE DESATIVAÇÃO ENZIMÁTICA A Figura 03 apresenta os resultados de atividade enzimática (AE) ao longo do tempo quando o caldo enzimático de uma fermentação foi armazenado a 18 C.

6 AE (U/mL) 0,240 0,220 0,200 0,180 0,160 0,140 0,120 0,100 0,080 0,060 0,040 0,020 0,000 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 Tempo (dias) Figura 03. Variação da atividade enzimática (AE) ao longo do tempo para amostras do caldo enzimático armazenadas a 18 C. Observa se (Figura 03) que a atividade enzimática manteve se aproximadamente constante, sendo 0,181 U/mL no tempo zero (logo após a extração) e 0,203 U/mL após 43 dias de armazenamento na temperatura de 18ºC. Assim, pode se afirmar que o complexo celulásico permanece estável quando congelado naquela temperatura por 43 dias. A Figura 04 apresenta os resultados de atividade enzimática (AE) ao longo do tempo quando o caldo enzimático foi armazenado a 4 C. 0,330 0,300 0,270 0,240 AE (U/mL) 0,210 0,180 0,150 0,120 0,090 0,060 0,030 0,000 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 Tempo (dias) Figura 04. Variação da atividade enzimática (AE) ao longo do tempo para amostras do caldo enzimático armazenadas a 4 C. A atividade enzimática do caldo dessa fermentação, conforme Figura 04, reduziu de 0,263 U/mL no tempo zero para 0,185 U/mL após 24h e para 0,151 U/mL após 48h de armazenamento, mantendo se aproximadamente constante até o 13º dia (0,148 U/mL). Portanto, a redução da atividade enzimática foi de, aproximadamente, 30% após 24h e de, aproximadamente, 43% após 48h, sugerindo que o caldo enzimático deve ser utilizado logo após a extração ou congelado a 18 C para aplicação posterior.

7 CONCLUSÕES O Aspergillus niger produz celulases quando cultivado em meio com bagaço de canade açúcar pré tratado. Analisando se a cinética da fermentação, observa se que o tempo de fermentação ideal para coleta do caldo enzimático, com produtividade máxima, foi de aproximadamente sete dias utilizando 100g/L de bagaço de cana como substrato fonte de carbono na fermentação. Também, o complexo celulásico não sofre desativação se armazenado a 18 C por 43 dias, porém, perde sua atividade em cerca de 43% após 48h se armazenado a 4 C. AGRADECIMENTOS Cooperativa Agrícola Regional de Produtores de Cana, por ter cedido o bagaço da cana de açúcar. Ao Grupo de Pesquisas em Recursos Pesqueiros e Limnologia e ao Grupo de Estudos de Manejo na Aqüicultura da Universidade Estadual do Oeste do Paraná pela contribuição à parte experimental do trabalho. REFERÊNCIAS AGUIAR, C. L.; MENEZES, T. J. B. Produção de celulases e xilanases por Aspergillus niger IZ 9 usando fermentação submersa sobre bagaço de cana de açúcar. B. CEPPA. v. 18, p. 57 70, 2000. ALVIRA, P.; TOMÁS PEJÓ, E.; BALLESTEROS, M.; NEGRO, M. J. Pretreatment technologies for an efficient bioethanol production process based on enzymatic hydrolysis: A review. Bioresource Technology. doi: 10.1016/j.biortech.2009.11.093, 2009. ARMAS, C. M.; BIANCHI, E. Aporte energético da indústria em usina sucro alcooleira viabilidade econômica. Stab, álcool e subprodutos. v.8, p. 41 45, 1990. BAILEY, J. M.; OLLIS, D.F. Biochemical Engineering Fundamentals. McGraw Hill Itnl Editions, p. 928, 1986. CARDONA, C. A.; QUINTERO, J. A.; PAZ, I. C. Production of bioethanol from sugar cane bagasse: Status and perspectives. Bioresource Technology. doi: 10.1016/j.biortech.2009.10.097, 2009. CARRILLO, F.; LIS, M. J.; COLOM, X.; LÓPEZ MESAS, M.; VALLDEPERAS, J. Effect of alkali pretreatment on cellulase hydrolysis of wheat straw: Kinetic study. Process Biochemistry. doi: 10.1016/j.procbio.2005.03.003, 2005. DASHTBAN, M.; SCHRAFT, H.; QIN, W. Fungal Bioconversion of Lignocellulosic Residues; Opportunities & Perspectives. International Journal of Biological Sciences. v.5, p. 578 595, 2009. GHOSE, T. K. Measurement of cellulase activities. Pure and Applied Chemistry. v.59, p. 257 268, 1987. MANDELS, M.; WEBER, J. The production of cellulases. In: Advances in Chemistry Series. v.95, p. 391 414, 1969.

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