RECUPERAÇÃO E IMPERMEABILIZAÇÃO DE OBRAS HISTÓRICAS



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Transcrição:

RECUPERAÇÃO E IMPERMEABILIZAÇÃO DE OBRAS HISTÓRICAS Autores: Angelo Derolle Filho Maria Amélia Silveira Resumo As edificações antigas tombadas pelo Patrimônio Histórico têm sérios problemas de restauração e de impermeabilização devido a vários agentes que causam sua deterioração de fachadas e de coberturas, tais como: variações de temperaturas, vento, água, sais, biodeterioração, poluição atmosférica, ação do homem, etc. Pelo fato de não poderem ser descaracterizadas em seu aspecto visual e arquitetônico exigem soluções diferenciadas das convencionais. O patrimônio arquitetônico é um bem valioso quer do ponto de vista econômico, quer cultural. O turismo e o lazer são cada vez mais importantes na sociedade. A existência de monumentos emblemáticos é a principal atração a determinados locais, gerando recursos financeiros, direta e indiretamente. O trabalho visa apresentar exemplos de intervenções com sucesso feitas em obras antigas, inclusive tombadas pelo patrimônio histórico, em diferentes cidades do Brasil. Apresentaremos as metodologias construtivas adotadas para a restauração, impermeabilização e fotos ilustrativas de diversas etapas das obras. Palavras-chaves recuperação estrutural, impermeabilização, Patrimônio histórico, 1 INTRODUÇÃO casos de obras. O Brasil possui um amplo e significativo patrimônio em terra. Entretanto muito poucas pesquisas foram feitas no sentido de dar maior suporte cientifico à conservação e recuperação destas construções. Uma dificuldade frequente na conservação e recuperação de edifícios é a utilização de materiais e técnicas originais, isto porque os materiais utilizados podem não ser encontrados no mercado, e caso encontrem, é difícil encontrar uma mão de obra qualificada que domine as técnicas de aplicação, portanto devemos utilizar materiais de tecnologia nova que primeiramente recupere e posteriormente proteja as estruturas.

2 TIPOS DE INTERVENÇÕES EM OBRAS HISTÓRICAS. - RESTAURAÇÃO é o conjunto de operações com vista à recuperação da forma original de uma construção respeitando todas as fases da construção. - CONSERVAÇÃO conjunto de operações que tem por objetivo aumentar a durabilidade e prevenir a degradação de um edifício ou monumento. - MANUTENÇÃO são intervenções periódicas realizadas visando corrigir algumas anomalias que podem influenciar na vida útil da construção, sem perda do seu desempenho. 3 CRITÉRIOS A SEREM ADOTADOS NAS INTERVENÇÕES EM OBRAS HISTÓRICAS. - DURABILIDADE é uma característica que os materiais deverão ter para cumprir a sua missão de preservar os edifícios e monumentos antigos das intempéries e adversidades, característica obtida por um bom sistema de impermeabilização. - AUTENCIDADE conceito inseparável das operações de recuperação restauro e conservação, que nunca possa por em dúvidas a identidade, veracidade dos edifícios ou monumentos originais. - COMPATIBILIDADE ENTRE MATERIAIS Os materiais e as técnicas de aplicação devem ser compatíveis com os materiais já existentes, minimizando as alterações das características de rigidez da construção e do funcionamento estrutural original, evitando o aparecimento de novas patologias por apresentarem diferentes comportamentos físicos e/ou químicos. 4 RECUPERAÇÕES REALIZADAS NOS SEGUINTES TIPOS DE ESTRUTURAS. Podemos citar dois tipos distintos de metodologias construtivas : 4.1 TAIPA A taipa de pilão e um sistema rudimentar de construção de paredes e muros. A técnica consiste em comprimir a terra em formas de madeiras ou grandes caixas, denominadas de taipas, onde o material a ser socado e disposto em camadas de aproximadamente de quinze centímetros de altura. Essas camadas após apiloadas são reduzidas à metade da altura. Essa técnica e usada para formar as paredes externas e as internas, estruturais, sobrecarregadas com pavimento superior ou madeiramento de telhados. A técnica da taipa foi trazida ao Brasil pelos portugueses e largamente utilizadas no período colonial, sobretudo na região Sudeste, onde grande parte das igrejas e construções de dois ou mais pavimentos foram edificadas com a técnica de taipa de pilão. EXEMPLOS DE CONSTRUÇÕES - Centro Histórico de Santana de Parnaíba (SP) 1625. - Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário Pirenopolis (GO) -1728. - Igreja Matriz de São João Batista Caçapava (SP) 1705.

- Igreja de Santana de Parnaíba (SP) 1892. - Santa Casa de Misericórdia de Paraty (RJ) 1822. 4.2 ALVENARIA EM TIJOLOS DE BARRO O tijolo cozido é um material cerâmico, maciço ou furado, obtido pela preparação com moldagem da argila como matéria-prima e posterior secagem e cozedura a temperaturas apropriadas. A argila é posta para secar ao sol por um período de 1 a 2 dias, só depois os blocos são cozidos em fornos, com temperatura em torno 900ºC, com um tempo de cozimento de aproximadamente 3 dias, após este período são posto para esfriar ao tempo. 5 PATOLOGIAS ENCONTRADAS NOS EDIFÍCIOS HISTÓRICOS. -PATOLOGIAS ESTRUTURAIS EM PAREDES. Nas paredes encontramos vários tipos de patologias, tais como degradação total das argamassas aplicadas com total falta de coesão, resistência e de aderência nos materiais utilizados nos assentamentos (BARRO). - UMIDADE EM RODAPÉS E FACHADAS Devido à falta de impermeabilização das fundações, as estruturas já estavam apresentando alto grau de deterioração, tanto pela presença da umidade ascendente como pela presença da umidade lateral. - REVESTIMENTOS E ARGAMASSAS DAS PAREDES As argamassas de revestimentos perderam totalmente sua aderência, resistência por ficar expostas sem proteção por longo tempo sem manutenção sob a ação de chuvas, vento, biodeterioração, poluição atmosférica e ate mesmo por ação humana. - FISSURAS Rachaduras, trincas, fissuras estão entre os inúmeros problemas que as estruturas dos prédios antigos podem apresentar. As causas podem ser decorrentes dos materiais utilizados durante a construção, como tijolos, massa de assentamento, reboco, emboço, como também dos movimentos na estruturas do edifício, da incidência de umidade causada por infiltrações, ou de vários desses fatores simultaneamente. 6 MATERIAIS UTILIZADOS E SUAS CARACTERÍSTICAS. 6.1 HIDROFUGOS DE SUPERFICIE Constituem de pintura que se aplicada sobre uma superfície molhada, que por cristalizar os poros da estrutura tem as seguintes características e desempenhos: -São aderentes por penetrarem ligeiramente nos capilares da superfície. - Aumentam a resistência mecânica da estrutura, possibilitando a sobreposição de impermeabilizantes, chapiscos e argamassas de revestimento. -É quimicamente resistente a água de contato e possuem boa resistência ao desgaste. - Não atacam quimicamente os materiais constituintes das estruturas e não serem atacados por eles.

- Podemos considera-los impermeabilizantes e terem seu desempenho por longo tempo. EXEMPLOS Silicatos, fluorsilicatos de magnésio, zinco e alumínio. 6.2 ADESIVOS Misturado na argamassa de cimento e areia e aplicados para recuperar partes falhas, tem como finalidade os seguintes desempenhos nas argamassas: melhorar a aderência, a resistência evitar fissuras por retração. EXEMPLOS Adesivos acrílicos, base de borrachas (SBR) e PVA. 6.3 SELANTES OU CALAFETADORES Tem como características principais, resistir aos esforços de tração, compressão, cisalhamento, impacto, puncionamento, vibração, torção, abrasão, impermeabilidade a percolação da água, expandirse e contrair-se quando submetido a tensões, sem transmitir ao substrato de base, tensões elevadas que possam desagregá-lo ou provocar o seu descolamento. Os produtos para vedação de juntas ou fissuras apresentam variedade no desempenho frente às solicitações impostas acima. Assim sendo devem ser analisadas as características dos produtos e as exigências de desempenho de cada tipo de necessidade. EXEMPLOS Quanto ao número de componentes. MONOCOMPONENTES Curam quando ou adquirem a forma final quando entram em contato com o meio ambiente, sob ação do ar ou umidade SELANTES DE POLIURETANO, por evaporação de solvente da sua composição SILICONE, ACRÍLICOS, BUTÍLICO, ASFALTOS ELASTOMÉRICOS EM BASE SOLVENTE ou por ação de temperatura ASFALTOS POLIMÉRICOS APLICADOS A QUENTE. BICOMPONENTES Produtos que vulcanizam pela ação de um catalisador-poliuretano ou POLISSULFETO. Quanto a sua viscosidade. AUTONIVELANTES São produtos de baixa viscosidade, cuja fluidez sob ação da gravidade permite que os mesmos se amoldem à seção da junta. São utilizados em juntas horizontais (Selante SL1). TIXOTRÓPICOS São produtos de elevada viscosidade, permitindo sua aplicação em superfícies verticais, inclinadas ou horizontais invertida (teto)- Selante NP-1 e Ultra.

6.4 IMPERMEABILIZANTES Tem como função proteger a estrutura que esta sendo recuperada, evitando a percolação da água ou umidade e formando uma camada isolante do solo para a estrutura e da estrutura para o revestimento final. EXEMPLOS Impermeabilizantes a base de cimento modificados com polímeros, conforme a norma da ABNT NBR 11.905. 6.5 HIDROFUGOS DE MASSA São partículas finas insolúveis, em regra sais metálicos de ácidos orgânicos em emulsões e que se adicionam outros produtos tensoativos, que tem como objetivo obturar os capilares e impedir a penetração de água por redução da tensão capilar no interior das argamassas. São produtos que se incorporam na argamassa e sua dosagem não deve exceder 2% da massa de cimento. EXEMPLOS Estearatos de cálcio, zinco, alumínio ou magnésio. 7 METODOLOGIA PARA RECUPERAÇÃO, IMPERMEABILIZAÇÃO E REVESTIMENTO. 7.1 PREPARAÇÃO da SUPERFÍCIE Retirar todo o revestimento solto, argamassa de assentamento desagregada e sem aderência. Limpar e escovar com escova de aço. Saturar bem a estrutura. 7.2 RECUPERAÇÃO Com a estrutura ainda saturada aplicar uma demão farta do endurecedor a base de silicato ou fluorsilicato Constatada a firmeza do substrato, aplicar um chapisco de cimento + areia, no traço 1: 3 e na água de amassamento uma mistura de emulsão adesiva, no traço 1: 2, emulsão adesiva e água. Desempenar o chapisco de tal forma para que o mesmo repare todos os espaços deixados entre os tijolos. Aguardar a cura por aproximadamente 72 horas. 7.3 IMPERMEABILIZAÇÃO Molhar bem a estrutura e aplicar o impermeabilizante a base de cimentos poliméricos, em demãos cruzadas, aguardando o tempo de secagem indicado pelo fabricante. Na ultima demão misturar o impermeabilizante com areia limpa, lavada e seca de granulometria de média para grossa, na proporção de uma pá para um conjunto de 18 Kg do impermeabilizante.

7.4 REVESTIMENTO O revestimento final deverá ser uma argamassa de cimento e areia no traço 1: 3, com aditivo impermeabilizante mineral (Hidrófugo de Massa), na proporção de 2 litros para cada saco de 50 Kg de cimento. 8 CONCLUSÕES FINAIS Participamos da recuperação de algumas obras, utilizando este sistema apresentado. As estruturas recuperadas variaram de taipa de pilão a tijolos de barro cozidos, onde só conseguimos e alcançamos nossas expectativas a partir do momento em que criamos condições na estrutura para receber a impermeabilização. Essas, antes em processo de degradação acelerada, não suportando e soltando todo o revestimento aplicado sobre a mesma não tinham como receber a camada impermeabilizante, necessária para a preservação desse nosso valioso patrimônio histórico. 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. Técnicas tradicionais de construção, anomalias e técnicas de intervenção em fachadas e coberturas de edifícios antigos. Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Tese de Mestrado de Engenharia Civil Autor João Pedro Pinto Guimarães. Materiais de Construção Argamassa e Rebocos. Autores João Guerra Martins e Joaquim Soares Assunção. Serie Materiais 3 edição / 2010-Guia de Paraty / RJ Arquitetural Colonial - Prefeitura Municipal de Santana de Parnaíba SP Publicado em 23/09/2008. Histórico da Paróquia de Nossa senhora D Ajuda de Caçapava / SP 2012. - Instituto de Química. Universidade de São Paulo (USP) São Paulo/SP. Nanoestruturas de silicatos 01/02/2012. Autor Flavio Maron Vichi LENGEN, JOHAN VAN Manual do Arquiteto Descalço. Rio de Janeiro, TIBALivros, 2004. Manual Técnico VIAPOL Edição 12 Setembro/2012. ABNT NBR 13.528/2010: Revestimento de Paredes de Argamassas inorgânicas Determinação da Resistência de Aderência à Tração. ABNT NBR 7.200/1998: Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassa inorgânica Procedimento. ABNT NBR 11.905/1995: Sistema de impermeabilização composto por cimento impermeabilizante e polímeros.

Restauração de fachada Direcional condomínios. BASSO Pinturas. Selantes para uso em construção Allquímica produtos para recuperação do concreto. 10.ANEXO FOTOGRÁFICO Foto 1- Museu do Ouro a ser restaurado- Salvador BA

Foto 2 Outra vista da degradação do edifício Museu do Ouro Sequencia de trabalhos na Igreja Matriz de Caçapava

Foto 3: Parede original em taipa e outras intervenções executadas anteriormente onde já se vê paredes em alvenaria Foto 4: O revestimento já totalmente desplacado e solto está sendo removido

Foto 5: Vista da parede original em taipa com marcas de cupim Recomposição da alvenaria

Foto 6: Aplicação do silicato, bloqueador de umidade, sobre os tijolos bem molhados Foto 7: Parede já revestida de argamassa

Foto 8: Parede chapiscada na parte superior e já impermeabilizada com argamassa polimérica na parte inferior

Foto 9: Uma das fachadas já completamente restaurada. Foto 10- Outra fachada da Igreja Matriz de Caçapava totalmente restaurada e impermeabilizada.