Regime Jurídico da SCIE O desafio da Autoprotecção

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Transcrição:

Regime Jurídico da SCIE O desafio da Autoprotecção Lisboa 12 Novembro 2013 1

Regime Jurídico da Segurança Contra Incêndio em Edifícios Medidas de Autoprotecção Enquadramento; A autoprotecção no RJ-SCIE (aspectos que mais dúvidas têm suscitado); Aplicação aos edifícios existentes, à data da entrada em vigor do RJ-SCIE; Debate. 2

Medidas de Autoprotecção - Enquadramento Motivação para a publicação do RJ-SCIE A decisão de publicar um Regulamento Geral de SCIE foi motivada por um incêndio devastador? Chiado (Lisboa - 1988) CREIO QUE NÃO! Resultou da aceitação, por parte do SNBPC (então recém-criado, em 2003), da posição da comunidade técnica da segurança contra incêndio, com destaque para a Ordem dos Engenheiros (Especialização em Engenharia de Segurança), sobre a necessidade de criação de um Regulamento Geral de SCIE. 3

Medidas de Autoprotecção - Enquadramento Antecedentes Na legislação anterior ao RJ-SCIE, já existiam disposições de organização e gestão da segurança, nomeadamente as Normas de Segurança contra Incêndio a aplicar na exploração de: Edifícios de Tipo Hospitalar (Portaria n.º 1275/2002); Edifícios de Tipo Administrativo (Portaria n.º 1276/2002); Edifícios Escolares (Portaria n.º 1444/2002). A maior limitação dessas Normas de Segurança resultava da sua aplicação ser obrigatória apenas para os novos edifícios. 4

Medidas de Autoprotecção - Enquadramento Percepção do risco Risco visão simplificada R i = P o * S c Medidas de prevenção Medidas de protecção A percepção de um risco apenas com base na probabilidade de ocorrência é comum na nossa sociedade. 5

Medidas de Autoprotecção - Enquadramento Risco Percepção da SCIE Só se estabelecem medidas de segurança para mitigar um risco quando se reconhece algum valor no «bem» a proteger. Segurança Valor Os dois maiores obstáculos à efectiva concretização das Medidas de Autoprotecção são a fraca educação em segurança e a mera visão burocrática das disposições regulamentares. 6

Medidas de Autoprotecção - Enquadramento Elementos da cadeia de valor da SCIE Donos de Obra e Responsáveis de Segurança; Projectistas; Empreiteiros gerais; Empresas que comercializam, instalam e mantém produtos, dispositivos e sistemas de segurança; Directores de obra e de fiscalização de obra; Entidades fiscalizadoras da SCIE (ANPC, SRPCMadeira, SRBPCAçores e Câmaras Municipais); Corpos de Bombeiros; Empresas Seguradoras. 7

A Autoprotecção no RJ-SCIE Regime Jurídico da SCIE Aspectos diferenciadores mais importantes Um único regulamento que: Cobre todo o ciclo de vida dos edifícios e recintos Medidas de Autoprotecção obrigatórias; Explicita competências, responsabilidades e mecanismos de fiscalização. 8

A Autoprotecção no RJ-SCIE Cobertura de todo o ciclo de vida dos edifícios e recintos As medidas de autoprotecção (organização e gestão da segurança) aplicam-se também a edifícios e recintos já existentes A operacionalização de Medidas de Autoprotecção constitui, sem dúvida, o maior desafio do RJ-SCIE! 9

A Autoprotecção no RJ-SCIE Regime Jurídico da SCIE Disposições que dependeram da obrigatoriedade das medidas de autoprotecção Atribuição de responsabilidades no decurso da exploração de edifícios e recintos; Registo na ANPC de entidades que exercem a actividade de comercialização, instalação e manutenção de produtos e equipamentos de SCIE; Inspecções regulares e extraordinárias; Regime sancionatório (em parte). 10

A Autoprotecção no RJ-SCIE Regime Jurídico da SCIE Aspectos diferenciadores Clarificação das responsabilidades, de forma uniforme e em função do risco Artigos 5º e 6º D-L n.º 220/2008 ANPC (SRPC Madeira e SRBPC Açores) Autores e coordenadores de projectos Empresas responsáveis pela execução de obras Directores de obra e de fiscalização de obras Proprietários, entidades exploradoras ou entidades gestoras de edifícios e recintos 11

Número 3 Responsável de Segurança Responsabilidade no decurso da exploração UT I - Habitação Artigo 6º D-L n.º 220/2008 A manutenção das condições de segurança contra risco de incêndio aprovadas e a execução das medidas de autoprotecção aplicáveis aos edifícios ou recintos destinados à utilização-tipo I referida na alínea a) do n.º 1 do artigo 8.º, durante todo o ciclo de vida dos mesmos, é da responsabilidade dos respectivos proprietários, com excepção das suas partes comuns na propriedade horizontal, que são da responsabilidade do administrador do condomínio. A Autoprotecção no RJ-SCIE 12

A Autoprotecção no RJ-SCIE Responsável de Segurança Número 4 Responsabilidade no decurso da exploração UT distintas da UT I - Habitação Artigo 6º D-L n.º 220/2008 Durante todo o ciclo de vida dos edifícios ou recintos que não se integrem na utilização-tipo referida no número anterior, a responsabilidade pela manutenção das condições de segurança contra risco de incêndio aprovadas e a execução das medidas de autoprotecção aplicáveis é das seguintes entidades: a) Do proprietário, no caso do edifício ou recinto estar na sua posse, b) De quem detiver a exploração do edifício ou do recinto, c) Das entidades gestoras no caso de edifícios ou recintos que disponham de espaços comuns, espaços partilhados ou serviços colectivos, sendo a sua responsabilidade limitada aos mesmos. 13

A Autoprotecção no RJ-SCIE Responsável de Segurança Cada Utilização-Tipo tem um único Responsável de Segurança. Uma mesma pessoa ou órgão gestor de uma entidade pode ser o Responsável de Segurança de várias Utilizações-Tipo, localizadas num único edifício, num campus ou em diversos edifícios dispersos pelo território nacional. 14

A Autoprotecção no RJ-SCIE As medidas de Autoprotecção contemplam: Medidas preventivas (procedimentos de prevenção ou planos de prevenção); Medidas de intervenção (procedimentos de emergência ou planos de emergência internos); Registo de segurança; Formação em SCIE; Simulacros. O plano de segurança interno é constituído: Pelo plano de prevenção; Pelo plano de emergência interno; Pelos registos de segurança. 15

A Autoprotecção no RJ-SCIE Concretização das medidas de autoprotecção Art.º 198º RT-SCIE Utilização -tipo I II Categoria de risco 3ª (apenas para os espaços comuns) 4ª (apenas para os espaços comuns) 1ª 2ª 3ª e 4ª Medidas de autoprotecção mínimas exigíveis Procedimentos de prevenção Registos de segurança Procedimentos em caso de emergência Formação em segurança contra incêndio para o delegado de segurança e acções de sensibilização para os ocupantes dos fogos de habitação Plano de Segurança Formação em segurança contra incêndio para o delegado de segurança e acções de sensibilização para os ocupantes dos fogos de habitação Procedimentos de prevenção Registos de segurança Procedimentos de prevenção Registos de segurança Procedimentos em caso de emergência Acções de sensibilização em segurança contra incêndio Plano de Segurança Formação em segurança contra incêndio 16

A Autoprotecção no RJ-SCIE Concretização das medidas de autoprotecção Art.º 198º RT-SCIE Utilização -tipo III, VIII, VI, IX, X, XI e XII IV, V e VII Categoria de risco 1ª 2ª 3ª e 4ª 1ª (sem locais de risco D ou E) 1ª (c/ locais de risco D) e 2ª (sem locais de risco D ou E) 2ª (c/ locais de risco D ou E), 3ª e 4ª Medidas de autoprotecção mínimas exigíveis Procedimentos de prevenção Registos de segurança Plano de prevenção Registos de segurança Procedimentos em caso de emergência Formação em segurança contra incêndio Plano de Segurança Formação em segurança contra incêndio Procedimentos de prevenção Registos de segurança Plano de prevenção Registos de segurança Procedimentos em caso de emergência Formação em segurança contra incêndio Plano de Segurança Formação em segurança contra incêndio 17

A Autoprotecção no RJ-SCIE Equipa de segurança Art.º 200º RT-SCIE Utilização-tipo Categoria de risco N.º mínimo de elementos da equipa I 3ª e 4ª Um 1ª e 2ª Um II 3ª e 4ª Dois 1ª Um 2ª Três III, VIII, X, XI e XII 3ª Cinco 4ª Oito 18

A Autoprotecção no RJ-SCIE Equipa de segurança Art.º 200º RT-SCIE Utilização-tipo IV e V VI e IX VII Categoria de risco N.º mínimo de elementos da equipa 1ª (s/ locais de risco D ou E) Dois 1ª (c/ locais de risco D ou E) e 2ª (s/ locais de risco D ou E) Três 2ª (c/ locais de risco D ou E) Seis 3ª Oito 4ª Doze 1ª Dois 2ª Três 3ª Seis 4ª Dez 1ª (s/ locais de risco E) Um 1ª (c/ locais de risco E) e 2ª (s/ locais de risco E) Três 2ª (c/ locais de risco E) e 3ª Cinco 4ª Oito 19

Quem pode fazer parte da equipa? N.º 1 do Art.º 200.º do RT-SCIE: Guarnição do posto de segurança N.º 4 do Art.º 200.º do RT-SCIE: 4 Durante os períodos de funcionamento das utilizações-tipo, o posto de segurança que as supervisiona deve ser mantido ocupado, em permanência, no mínimo por um agente de segurança. Presença do Delegado de Segurança N.º 6 do Art.º 200.º do RT-SCIE: A Autoprotecção no RJ-SCIE Equipa de segurança 1 Para concretização das medidas de autoprotecção, o RS estabelece a organização necessária, recorrendo a funcionários, trabalhadores e colaboradores das entidades exploradoras dos espaços ou a terceiros. 6 Nos estabelecimentos que recebem público das 3.ª e 4.ª categorias de risco, o delegado de segurança, que chefia a equipa, deve desempenhar as suas funções enquanto houver público presente, podendo os restantes agentes de segurança ocupar-se habitualmente com outras tarefas, desde que se encontrem permanentemente susceptíveis de contacto com o posto de segurança e rapidamente mobilizáveis. 20

A Autoprotecção no RJ-SCIE Equipa de segurança Número mínimo de elementos em permanência durante o período de funcionamento de um estabelecimento hoteleiro (UT VII) - n.º 3 do Art.º 200.º do RT-SCIE Utilizaçãotipo VII Categoria de risco 1ª (sem alojamento - restauração) 1ª (com alojamento) 2ª (sem alojamento) 2ª (com alojamento) 3ª N.º mínimo de elementos da equipa 1 3 5 4ª 8 Efectivo em locais de risco E (capacidade de alojamento) 50 200 800 > 800 21

A Autoprotecção no RJ-SCIE Equipa de segurança Número mínimo de elementos em permanência durante o período de funcionamento de um lar de 3ª idade (UT V) - n.º 3 do Art.º 200.º do RT-SCIE Utilizaçãotipo V Categoria de risco N.º mínimo de elementos da equipa 1ª (sem locais de risco D ou E) 2 1ª (c/ locais de risco D ou E) 2ª (s/ locais de risco D ou E) 2ª (c/ locais de risco D ou E) 6 3 3ª 8 4ª 12 Efectivo em locais de risco D ou E 25 100 400 > 400 22

A Autoprotecção no RJ-SCIE Inspecções regulares Os edifícios ou recintos e suas fracções estão sujeitos a inspecções regulares, a realizar pela ANPC ou por entidade por ela credenciada, para verificação da manutenção das condições de SCIE aprovadas e da execução das medidas de autoprotecção. Exceptuam-se as UT I, II, III, VI, VII, VIII, IX, X, XI e XII da 1.ª categoria de risco. Periodicidade das inspecções regulares: 1.ª categoria de risco de três em três anos; 2.ª categoria de risco de dois em dois anos; 3.ª e 4ª categorias de risco anual. As inspecções regulares são solicitadas pelo Responsável de Segurança que também pode solicitar inspecções extraordinárias. 23

A prática de aplicação da Autoprotecção Cenários de aplicação Na aplicação dos requisitos de autoprotecção constantes do RJ-SCIE a edifícios e recintos podem destacar-se vários cenários quanto ao objecto das medidas: 1.Edifícios novos; 2.Eventos em recintos itinerantes ou provisórios e ao ar livre; 3.Edifícios existentes; 4.Alterações (incluindo ampliações) em edifícios ou recintos existentes que são consideradas operações urbanísticas; 5.Alterações em edifícios ou recintos existentes que não constituem operações urbanísticas. 24

A prática de aplicação da Autoprotecção 1. MAP em edifícios novos Principais dificuldades: Ter as medidas de autoprotecção elaboradas até 30 dias antes da entrada em utilização do edifício; Não há experiência na utilização do edifício. Principais vantagens: O sistema de segurança foi ou será testado muito em breve (ensaios finais de recepção da segurança em obra); A configuração de alguns sistemas de segurança pode ser mais facilmente «adaptada» às particularidades de exploração do edifício; A documentação de segurança está normalmente disponível (por exemplo, as instruções de exploração). 25

A prática de aplicação da Autoprotecção 2. MAP de eventos em recintos itinerantes ou provisórios e ao ar livre Principal dificuldade: Não existindo normalmente uma operação urbanística, muitas vezes não são exigidas medidas de autoprotecção. Principal desafio: Atitude proactiva da ANPC junto das entidades licenciadoras (maioritariamente as Câmaras Municipais) estabelecendo em conjunto os mecanismos de controlo da segurança desses eventos. 26

A prática de aplicação da Autoprotecção 3. MAP em edifícios existentes Principais dificuldades: Documentação de segurança não disponível (por vezes nem as plantas do edifício existem); Desconhecimento sobre a configuração dos sistemas de segurança; Possíveis «inconformidades graves» de segurança, tendo como referencial o RJ-SCIE. Principais vantagem: Há experiência na utilização do edifício; Já existem algumas medidas de organização e gestão da segurança (formalizadas ou não). 27

A prática de aplicação da Autoprotecção 3. MAP em edifícios existentes Principal oportunidade: Reabilitar o edifício para a segurança: Quer através da melhoria de algumas medidas físicas de segurança (activas e passivas) trata-se de um acto voluntário do Responsável de Segurança; Quer através da criação de medidas de autoprotecção formatadas de modo a compensar eventuais lacunas de medidas físicas de segurança. Ponto a atender - n.º 3 do Art.º 193º do RT-SCIE: A ANPC tem o poder discricionário na apreciação destas medidas de autoprotecção. 28

A prática de aplicação da Autoprotecção 3. MAP em edifícios existentes N.º 3 do Art.º 193º do RT-SCIE: Em edifícios e recintos existentes à data de entrada em vigor deste regulamento, onde as características construtivas ou os equipamentos e sistemas de segurança apresentem graves desconformidades com o disposto no presente regulamento, podem ser exigidas medidas compensatórias de autoprotecção mais gravosas do que as constantes deste título, sempre que a entidade competente o entenda. 29

A prática de aplicação da Autoprotecção 4. Alterações (incluindo ampliações) em edifícios ou recintos existentes que são consideradas operações urbanísticas Principal dificuldade: Manutenção do edifício em operação durante as obras. Principais vantagens: Há experiência na utilização do edifício; Em regra, é fácil adaptar as medidas de autoprotecção à nova situação. Ponto a atender: Em muitos casos as medidas de autoprotecção não têm que ser submetidas à ANPC para nova apreciação. 30

A prática de aplicação da Autoprotecção 5. Alterações em edifícios ou recintos existentes que não constituem operações urbanísticas Principal dificuldade: Gestão dessa situação por parte do Responsável de Segurança. Principais vantagens: Há experiência na utilização do edifício; Em regra, é muito fácil adaptar as medidas de autoprotecção à nova situação. Ponto a atender: Estas medidas de autoprotecção não têm, em regra, que ser submetidas à ANPC para nova apreciação. 31

A prática de aplicação da Autoprotecção As medidas de autoprotecção (organização e gestão da segurança) são obrigatórias em todos os edifícios e recintos (incluindo os já existentes). Apesar de não se termos acesso a informação estatística relevante, admite-se que bastante menos de 50% dos edifícios e recintos em exploração tenham medidas de autoprotecção elaboradas e, ainda menos, operacionais. Dos organismos públicos, que deveriam ser os primeiros a dar o exemplo, qual a percentagem com medidas de autoprotecção operacionais?? 32

A prática de aplicação da Autoprotecção Registos de Segurança São uma «ferramenta» do Responsável de Segurança muito útil para a rastreabilidade do processo de manutenção das condições de segurança e do efectivo cumprimento das medidas de autoprotecção. Burocratizar os registos de segurança é totalmente contrário aos objectivos que orientaram a publicação da regulamentação de segurança actualmente em vigor. 33

A Autoprotecção no futuro COMPETÊNCIA O RJ-SCIE prevê algumas formas de garantir as competências inerentes às diferentes funções e responsabilidades. Este desafio parece estar a ser vencido em algumas das valências da cadeia de valor da segurança - O esforço de formação e de organização tem sido notório nos casos de projectistas e de prestadores de serviços de instalação e manutenção de medidas de segurança. Importa desenvolver acções para vencer totalmente este desafio, estendendo essa formação. 34

A Autoprotecção no futuro COMPETÊNCIA Propostas para vencer este desafio: Manutenção das acções de formação encetadas por escolas superiores, associações profissionais e empresariais, bem como por empresas do sector da segurança; Desenvolvimento de programas de formação de técnicos das entidades fiscalizadoras de SCIE; Investimento na formação em SCIE para: Directores de Obra; Técnicos de fiscalização de obras; Delegados de segurança; Outros agentes de segurança envolvidos na exploração de edifícios. 35

A Autoprotecção no futuro Medidas de Autoprotecção Operacionais na totalidade dos edifícios Propostas para vencer este desafio: Educação de segurança/sensibilização para Responsáveis, Delegados e agentes de segurança os utilizadores dos edifícios têm que entender as medidas de segurança; Envolvimento das associações representativas dos diversos sectores de actividade (turismo, comércio, indústria, ensino, saúde, áreas sociais, cultura, transportes, etc.); Concretização de uma estratégia de intervenção por parte das entidades fiscalizadoras; Apoio e aconselhamento aos RS por parte dos técnicos de segurança (projectistas, instaladores, seguradoras, etc.). 36

OBRIGADO! carlosfcastro@netcabo.pt 37