Ponte 25 de Abril 50 ANOS 1966-2016
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce. Fernando Pessoa
Passado os desafios
1876 A proposta do Eng.º Miguel Pais, de nacionalidade portuguesa: Ponte em alvenaria e aço, rodoferroviária, a construir no corredor Grilo - Montijo. Duplo tabuleiro, com 76 vãos e vão corrente de 60 metros. Esta ideia, apesar do apoio dos técnicos, opinião pública e organismos oficiais, não teve seguimento.
1888 A proposta do Eng.º Lye, de nacionalidade norte-americana: Ponte em alvenaria e aço, ferroviária, a construir no corredor Almada - zona do Tesouro Velho (atual Chiado). Tinha prevista uma estação ferroviária próxima do Largo das Duas Igrejas. Esta proposta não teve seguimento.
1889 A proposta dos Eng.ºs Bartissol e Seyrig, de nacionalidade francesa: Ponte metálica em arco, rodoferroviária, a construir no corredor Rocha do Conde de Óbidos - Almada. Duplo tabuleiro, com 12 vãos, os vãos extremos com 115 e 150 metros e os restantes com 160 e 300 metros, alternadamente. Iniciativa falhada.
1890 A proposta de uma empresa metalomecânica alemã: Ponte em alvenaria e aço, ferroviária, a construir no corredor Beato - Almada. Tabuleiro metálico, tipo cantilever, com vãos de 200 metros. Localização muito próxima à sugerida pelo Eng.º Miguel Pais. Projeto considerado notável, desconhece-se a reação das entidades oficiais.
1890 A proposta do Eng.º André de Proença Vieira, de nacionalidade portuguesa: Ponte a construir no corredor Alcântara - Almada. 1899 A proposta da Associação dos Eng.º Civis Portugueses: Ponte rodoferroviária, a construir no corredor Grilos - Montijo.
1913 A proposta de uma empresa portuguesa: Ponte a construir no corredor Rocha do Conde de Óbidos - Almada. Única informação conhecida. 1919 A proposta da empresa portuguesa H. Burnay & Cia: Túnel a construir no corredor Cacilhas Santa Apolónia.
1921 A proposta do Eng.º Alfonso Peña Boeuf, de nacionalidade espanhola: Ponte de betão armado em arcos parabólicos, rodoferroviária, a construir no corredor Rocha do Conde de Óbidos - Almada. Tabuleiro único, albergando uma via-férrea dupla e quatro vias rodoviárias, com 14 vãos, vão corrente de 150 metros e flecha de 40 metros. Ideia rejeitada para defesa do porto de Lisboa.
1926 A proposta da empresa portuguesa Cortez & Bruhns, do Arq.º José Cortez: Ponte suspensa, rodoferroviária, a construir no corredor Rua do Patrocínio, Lisboa - Almada. Tabuleiro único, albergando uma viaférrea dupla e quatro vias rodoviárias, com 3 vãos, vão central com 1.340 metros e os vãos extremos com 750 metros.
1929 A proposta do Eng.º António Belo, de nacionalidade portuguesa: Ponte ferroviária, a construir no corredor Beato Montijo, integrada numa concessão. Esta proposta apoiava-se na ideia do Eng.º Miguel Pais, 50 anos antes, e merece a atenção do Governo, que prossegue com os estudos.
1934 O Ministro das Obras Públicas e Comunicações, Eng.º Duarte Pacheco, propõe a construção de uma ponte rodoferroviária no corredor Beato Montijo, integrada numa concessão. Lançado o concurso público para apresentação de propostas, este seria anulado pois nenhum dos concorrentes correspondia às exigências do caderno de encargos.
1938 A nova proposta da empresa americana United States Steel Products, concorrente no concurso de 1934: Reformula proposta anterior mas não obteve acordo, apesar da simplificação e redução de custo apresentadas. A proposta do Eng.º Zuzarte de Mendonça, de nacionalidade portuguesa: Ponte suspensa, rodoferroviária, a construir no corredor Belém Almada.
1951 Nova proposta do Eng.º Alfonso Peña Boeuf, de nacionalidade espanhola: Ponte suspensa, a construir no corredor Alto de Santa Catarina - Almada. Tabuleiro com 3 vãos, vão central com 600 metros e os vãos extremos com 300 metros. Mais tarde sugeriu uma ponte suspensa com um vão central de 2.000 metros, sem qualquer apoio no rio Tejo. Estudos inexistentes em ambas as propostas.
1960 As propostas dos concorrentes à construção da travessia sobre o Tejo, na sequência do concurso público internacional promovido pelo Governo: Concorrente 1: Sociedade Atlântico Portuguesa de Empreendimentos ( ) Autor do projeto: Prof. Albert Caquot. Solução rodoviária: 1.300.000.000$00 ( 6.484.372,66 ). Solução rodoferroviária não apresentou.
1960 As propostas dos concorrentes à construção da travessia sobre o Tejo, na sequência do concurso público internacional promovido pelo Governo: Concorrente 2: Société Des Forges & Ateliers Du Creusot ( ) Autor do projeto: Prof. Chadenson. Solução rodoviária: 1.992.275.143$00 ( 9.937.426,52 ) Solução rodoferroviária: 2.379.040.743$00 ( 11.866.605,20 )
1960 As propostas dos concorrentes à construção da travessia sobre o Tejo, na sequência do concurso público internacional promovido pelo Governo: Concorrente 3: United States Steel Export Company ( ) Autor do projeto: Eng.ºs Steinman, Boynton, Gronquist & London. Solução rodoviária: 1.764.190.000$00 ( 8.799.742,62 ) Solução rodoferroviária: 2.449.750.000$00 ( 12.219.301,48 )
1960 As propostas dos concorrentes à construção da travessia sobre o Tejo, na sequência do concurso público internacional promovido pelo Governo: Concorrente 4: Demag AG, Siemens ( ) Autor do projeto: Prof. Kurt Klöppel. Solução rodoviária: 1.656.800.000$00 ( 8.264.083,56 ) Solução rodoferroviária: 2.375.000.000$00 ( 11.846.450,06 )
1962-1966 Início dos trabalhos de construção: 5 de novembro. Conclusão dos trabalhos de construção: 6 de agosto. Autor do projeto da ponte suspensa: Steinman, Boynton, Gronquist & London. Autor do projeto das fundações das torres da ponte suspensa e de toda a estrutura do viaduto de acesso norte: Tudor Engineering Company. Empreiteiro: United States Steel Export Company, Sorefame, ( ). Custo final da obra: 2.200.000.000$00 ( 10.973.553,74 ). Ponte é batizada de Ponte Salazar.
1962-1966 Principais dados geométricos: Ponte suspensa: Comprimento do vão principal: Distância entre amarrações: Altura livre acima do nível da água: Altura das torres acima do nível da água: Diâmetro dos cabos principais: N.º de fios de aço de cabo principal: Diâmetro do fio de aço: Comprimento total de fio de aço: Profundidade do maciço da torre sul abaixo do nível da água: Profundidade do maciço da torre norte abaixo do nível da água: Viaduto de acesso norte: Comprimento total: N.º de vãos: Vão maior: 1.012,88 m 2.227,64 m 70,00 m 190,50 m 58,60 cm 11.248 un 4,88 mm 54.196 km 80,00 m 35,00 m 937,10 m 14 un 76,00 m
1973 A manutenção e exploração da ponte suspensa e viaduto de acesso norte passam, em janeiro, para a responsabilidade da Junta Autónoma de Estradas. Até então era da responsabilidade do Gabinete da Ponte sobre o Tejo. 1974 A Ponte é rebatizada de Ponte 25 de Abril.
1990 O aumento do tráfego rodoviário determina a reformulação do número de vias em cada sentido. Inicialmente com 2 faixas de rodagem e 2 vias em cada sentido, passa neste ano a 1 única faixa e 5 vias, a central reversível. Pintada de branco, ficou conhecida como a noiva. Com vista a um futuro alargamento para 6 vias e proceder aos estudos de lançamento da fase ferroviária foram iniciadas as diligências para a elaboração do projeto que foi adjudicado à firma Steinman, Boynton, Gronquist & Bridsal. Ficaria concluído em 1994.
1994 O projeto de instalação da via-férrea, alargamento do tabuleiro rodoviário e beneficiação geral da ponte sobre o rio Tejo, genericamente, compreendia : - Instalação de um cabo secundário, ancorado exteriormente em maciços novos; - Reforço de viga de rigidez e de outros elementos estruturais; - Instalação de um tabuleiro ferroviário no viaduto de acesso norte; - Alargamento do tabuleiro rodoviário da ponte e viaduto de acesso para 6 vias; - Beneficiação geral da pintura, instalações elétricas e outros equipamentos, etc.
1994 Os concorrentes às obras de instalação da via-férrea, alargamento do tabuleiro rodoviário e beneficiação geral da ponte sobre o rio Tejo: Concorrente 1: Conduril, Baudin; Concorrente 2: Soares da Costa, Impregilo; Concorrente 3: Dragados, Monberg, Abrantina, A. Silva e Silva, Ramalho Rosa; Concorrente 4: Bento Pedroso Const., Teneenge, Cleveland S., Mague, Somague; Concorrente 5: DSD, American Bridge, Wayss, Teixeira Duarte, SLM.
1994-1999 Início dos trabalhos de construção: 26 de janeiro. Conclusão dos trabalhos de construção: 4 de abril. Autor do projeto da ponte suspensa: Steinman, Boynton, Gronquist & Bridsal. Autor do projeto do viaduto de acesso norte: GRID. Empreiteiro: DSD, American Bridge, Wayss, Teixeira Duarte, SLM. Custo final da obra: 47.500.000,00.
1994-1999 Principais dados geométricos: Ponte suspensa: Alteamento das torres para apoio dos cabos secundários: Alteamento dos pilares de desvio para apoio dos cabos secundários: Diâmetro dos cabos secundários: N.º de fios de aço de cabo secundário: Diâmetro do fio de aço: Comprimento total de fio de aço: Viaduto de acesso norte: Comprimento total do tabuleiro ferroviário: N.º de vãos do tabuleiro ferroviário: Vão maior do tabuleiro ferroviário: 3,70 m 5,35 m 35,44 cm 4.104 un 4,98 mm 20.000 km 917,35 m 13 un 76,00 m
1999 A coexistência da exploração rodoviária e ferroviária na Ponte, da responsabilidade de entidades distintas IEP, REFER, LUSOPONTE levantava a questão da coordenação entre estas entidades em matéria de segurança, quer em termos de atuação preventiva quer na resposta a eventuais situações de emergência. Publicado o Decreto-Lei n.º 282/99, de 26 de julho, que cria a Autoridade de Segurança da Ponte 25 de Abril. A Autoridade tinha como missão coordenar e gerir, de forma integrada, a segurança da exploração rodoviária e ferroviária na Ponte 25 de Abril e Túnel do Pragal.
2003 Celebrado Protocolo de Cooperação entre o IEP, a REFER e o LNEC para a observação da Ponte 25 de Abril. Objeto do Protocolo: Acompanhamento do comportamento estrutural global da Ponte 25 de Abril; Implementação do sistema de monitorização permanente previsto no Plano Geral de Observação;
2008 Publicado o Decreto-Lei n.º 95/2008, de 6 de junho, que revoga o Decreto-Lei n.º 282/99, de 26 de julho, e estabelece o regime de atribuições na manutenção, conservação corrente e periódica, beneficiação, grande reparação ou reformulação das características da Ponte, e na coordenação e gestão integrada da segurança da exploração rodoviária e ferroviária.
2008 Superestrutura Inspeção, manutenção, conservação; Beneficiação e grande reparação ou reformulação das características; Estudos, projetos, fiscalização, assistência à qualidade técnica e económica dos trabalhos; Coordenação e gestão da segurança de exploração. Infraestrutura ferroviária Inspeção, manutenção, conservação; Beneficiação, grande reparação e renovação dos elementos ferroviários. Manual da Qualidade Atividades a realizar na fase de operação; Procedimentos a adotar pelas entidades; Imputação custos à EP, REFER, LUSOPONTE. Conselho de Segurança Órgão consultivo em matéria de segurança Concessão rodoviária Manutenção nos precisos termos fixados no segundo contrato de concessão da nova travessia rodoviária sobre o rio Tejo, em Lisboa. Concessão rodoviária Zelar pela gestão da concessão
2008-2015 A EP cria unidade orgânica especificamente para a Ponte 25 de Abril, cuja missão é assegurar o cumprimento das suas atribuições e competências conferidas pelo Decreto-Lei n.º 95/2008, de 6 de junho: Gabinete da Ponte 25 de Abril; Ponte 25 de Abril;
2008-2015 Principais atividades desenvolvidas na área da conservação: Aquisição de serviços plurianuais integrados de inspeção e manutenção da estrutura, operação e manutenção das plataformas móveis e manutenção dos elevadores; Aquisição de materiais consumíveis destinados à manutenção; Aquisição de serviços plurianuais de monitorização estrutural; Aquisição de equipamentos para o sistema de monitorização estrutural;
2008-2015 Principais atividades desenvolvidas na área da conservação: Aquisição de serviços para execução de inspeções especiais: Inspeção subaquática aos maciços de fundação das torres;
2008-2015 Principais atividades desenvolvidas na área da conservação: Aquisição de serviços para execução de inspeções especiais: Inspeção subaquática aos maciços de fundação das torres; Determinação experimental das forças instaladas nos 336 pendurais dos cabos de suspensão;
2008-2015 Principais atividades desenvolvidas na área da conservação: Aquisição de serviços para execução de inspeções especiais: Inspeção subaquática aos maciços de fundação das torres; Determinação experimental das forças instaladas nos pendurais dos cabos de suspensão; Medição dos deslocamentos verticais nas juntas de dilatação do viaduto;
2008-2015 Principais atividades desenvolvidas na área da conservação: Aquisição de serviços para execução de inspeções especiais: Inspeção subaquática aos maciços de fundação das torres; Determinação experimental das forças instaladas nos pendurais dos cabos de suspensão; Plataforma Dupla Única no mundo; Concepção e fabrico Medição dos deslocamentos verticais nas juntas de dilatação do viaduto; português; Totalmente automatizada; Realização Equipamento de homologado. empreitada de reparação e conservação.
2008-2015 Principais atividades desenvolvidas na área da segurança integrada da exploração: Elaboração do Plano Anual de Segurança (PAS) e Relatório Semestral de Acompanhamento do Programa Anual de Segurança (RSAPAS); Adoção de medidas ao nível da prevenção dos riscos; Aquisição de serviços de revisão do Plano de Emergência Integrado (PEI), Manual de Segurança Integrado (MSI), Procedimentos Operacionais de Referência (POR) e Contactos (C);
2008-2015 Principais atividades desenvolvidas na área da segurança integrada da exploração: Gestão do Plano de Emergência Integrado (PEI), Manual de Segurança Integrado (MSI), Procedimentos Operacionais de Referência (POR) e Contactos (C); Realização de exercícios em gabinete para teste do PEI, MSI, POR e C; Articulação com o Conselho de Segurança.
2008-2015 Investimento realizado: Custo médio anual: 4% 1.200.000,00 13% 54% Inspeção ( 650.000,00 ) Manutenção ( 350.000,00 ) Materiais consumíveis e equipamentos ( 50.000,00 ) 29% Estudos, Projetos, Consultoria ( 150.000,00 )
2015 Publicado o Decreto-Lei n.º 91/2015, de 29 de maio, que determina a incorporação da EP na REFER, por fusão, e consequente transformação em IP Infraestruturas de Portugal.
Passado, presente os desafios
A IP manteve a unidade orgânica especificamente para a Ponte 25 de Abril, cuja missão é assegurar o cumprimento das suas atribuições e competências conferidas pelo Decreto-Lei n.º 95/2008, de 6 de junho: Gestão da Ponte 25 de Abril; Departamento de Exploração Vias Alta Prestação Sul.
Superestrutura Inspeção, manutenção, conservação; Beneficiação e grande reparação ou reformulação das características; Estudos, projetos, fiscalização, assistência à qualidade técnica e económica dos trabalhos; Coordenação e gestão da segurança de exploração. Manual da Qualidade Atividades a realizar na fase de operação; Procedimentos a adotar pelas entidades; Imputação custos à IP, LUSOPONTE. Conselho de Segurança Órgão consultivo em matéria de segurança Infraestrutura ferroviária Inspeção, manutenção, conservação; Beneficiação, grande reparação e renovação dos elementos ferroviários. Concessão rodoviária Manutenção nos precisos termos fixados no segundo contrato de concessão da nova travessia rodoviária sobre o rio Tejo, em Lisboa. Concessão rodoviária Zelar pela gestão da concessão
Programa Anual de Segurança 2016: Principais atividades a desenvolver na área da conservação: Conclusão do projeto de execução de suporte à empreitada de trabalhos de reparação e conservação II; Lançamento do concurso público para a adjudicação da empreitada de trabalhos de reparação e conservação II; Lançamento do concurso público para a adjudicação dos serviços de fiscalização da empreitada de trabalhos de reparação e conservação II;
Programa Anual de Segurança 2016: Principais atividades a desenvolver na área da conservação: Lançamento do concurso público para a adjudicação dos serviços de inspeção subaquática às torres da Ponte 25 de Abril; Contratação dos serviços de assistência técnica da Parsons à empreitada de trabalhos de reparação e conservação II; Lançamento do concurso público para a adjudicação dos serviços integrados de inspeção e manutenção da estrutura, operação e manutenção das plataformas móveis e manutenção dos elevadores triénio 2017-2019;
Programa Anual de Segurança 2016: Principais atividades a desenvolver na área da conservação: Contratação dos serviços de monitorização estrutural triénio 2017-2019; Principais atividades desenvolvidas na área da segurança integrada da exploração: Realização de exercício real ou em gabinete, no âmbito da gestão integrada da emergência; Revisão do Plano de Emergência Integrado (PEI), Manual de Segurança Integrado (MSI), Procedimentos Operacionais de Referência (POR) e Contactos (C);
Prossecução das atividades inerentes ao cumprimento das atribuições e competências da IP vertidas no Decreto-Lei n.º 95/2008, de 6 de junho; Redução de custos e otimização de processos; Valorização do ativo: Pintura geral; Reformulação das infraestruturas elétricas; Requalificação das instalações de apoio às atividades de gestão.
Obrigado