Gesso etroquelização O primeiro registro da utilização do gesso na Odontologia foi em 1756. Philip Pfaff construiu, pela primeira vez, modelos a partir da técnica de moldagem em boca. O gesso odontológico é um mineral derivado da gipsita, encontrado na natureza na forma de rochas de sulfato de cálcio. Pode ser fabricado também a partir da manipulação de compostos sintéticos, obtendo assim um gesso com melhor controle das propriedades de expansão e resistência. A variedade de cores disponíveis nos gessos são indicadas para adequar-se ao tipo de trabalho que será realizado. No caso de cerâmicas puras, por exemplo, o gesso marfim é o mais adequado, por ser o que mais se assemelha ao remanescente dentário, não interferindo na visualização da cor da restauração.
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Duplicadores Existe uma variedade de silicones elastômeros de uso geral no laboratório, destinados a duplicação de modelos, troqueis e gengivas artificiais. Silicones de adição e condensação comportam-se de maneira diferente em relação a contração e à estabilidade dimensional. Para obter uma cópia fiel da proporção anatômica do preparo, deve-se levar em conta o tempo necessário de cura do material. Após a retirada do modelo duplicado, é necessário um tempo de descanso do molde para estabilizar as distorções que podem ter sido inseridas pelo manuseio. Lembre-se que para cada tipo de silicone o tempo de cura e descanso é diferente.
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Ceras A variedade de cores nas ceras de fundição diferenciam a indicação do produto em várias situações. Na cervical necessita-se de uma cera com textura macia, para facilitar o acabamento marginal, disponibilizadas na maioria das vezes nas cores azul e vermelha. A construção do corpo do enceramento é realizado com uma cera mais rígida, disponível na cor verde para copings e marfim para coroas puras. Independente da preferência pessoal por cor ou textura, a propriedade mais relevante que o técnico deve buscar em uma cera é a característica orgânica do material; ou seja, livre de resíduos que não podem ser eliminados no forno de fundição.
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Revestimentos O revestimento de fundição é um material cerâmico refratário, à base de Sílica, Fosfatos e da Cristobalita, encontrada em rochas vulcânicas de quartzo. Tem como principal característica a capacidade de armazenar calor. É um condutor térmico ruim, e isso significa que demora a ganhar temperatura. Mas também demora a resfriar, tornando-se uma propriedade perfeita para a técnica de fundição. O revestimento Micro Fine tem a cor vermelha para identificar se a queima do material foi adequada. Ao final de um ciclo de forno ideal, o anel de revestimento precisa estar totalmente branco. Isso irá garantir um molde de fundição limpo, onde os resíduos foram totalmente eliminados.
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Ligas Metálicas O processo de fundição utilizado na Odontologia é conhecido como técnica de cera perdida ou micro fusão. O surgimento desta técnica é incerto, no entanto, objetos milenares foram encontrados com evidências da utilização deste método na Antiguidade. As ligas metálicas à base de Níquel e Cobalto, com variações de Berílio e Titânio, apresentam comportamento de fundição bem distintos. As ligas sem Berílio geralmente possuem uma cor mais intensa, tendendo ao cinza escuro ou verde, causado pela oxidação excessiva do metal. As ligas de Níquel com Berílio apresentam uma cor de oxidação mais suave, geralmente cinza claro com tons de azul e dourado.
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Corte e Acabamento Temos inúmeras opções de cores das brocas de acabamento. Existem indicações específicas para metal, cerâmica, resina e zircônia. As cores são utilizadas como uma forma de legenda para identificar as diferenças de utilização. Para metais cerâmicos utilize as pedras brancas ou rosas. As pedras verdes e borrachas diamantadas são para cerâmica, e não devem ser utilizadas nos metais devido ao silicone utilizado em sua fabricação. Seguir a indicação dos materiais de acabamento garante um acabamento mais rápido e seguro, sem a ocorrência de trincas, lascas e problemas de contaminação de superfície.
Microscópios e Lupas Os microscópios e as lentes de aumento, utilizados em diversas áreas científicas, tem como finalidade permitir que vejamos detalhes não visíveis a olho nú. Registros históricos sugerem que por volta de 1.200 d.c. surgiram os primeiros óculos de aumento. Com o avanço da tecnologia a utilização do microscópio se tornou comum em diversas atividades, inclusive nos laboratórios de prótese. Na busca pelo selamento marginal, podemos aumentar o nível de precisão utilizando um instrumento de ampliação na delimitação do troquel. A fidelidade do molde e do troquel estão diretamente relacionados ao vedamento da prótese. Sendo assim, quanto maior a visualização de detalhes, melhor será o resultado de selamento da margem.
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Micromotores O primeiro motor elétrico utilizado na Odontologia, inventado por George Green, foi fabricado em 1872 pela empresa centenária S.S. White Company. Por muito tempo na prótese dentária, os laboratórios trabalharam com motores de suspensão. A rotação da broca era gerada por um chicote que ligava a caneta ao comando do motor. Na atualidade ainda existem alguns modelos de motores de suspensão, mas os micromotores de indução elétrica substituíram os modelos de rotação a chicote. A Marathon possui uma linha completa de micromotores laboratoriais, modelos mais compactos para trabalhos rápidos, até modelos mais tecnológicos com alto rendimento de torque. Este equipamento deve ser escolhido de acordo com o tipo de trabalho a que se destina.
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Equipamentos Leia o manual de instruções! Podemos evitar vários problemas seguindo as instruções de manuseio contidas no manual. Os fornos de cerâmica, por exemplo, são equipamentos que necessitam de uma queima teste para verificar a precisão da temperatura da mufla. Mesmo fornos com mufla de quartzo como o Full Ceram podem apresentar pequenas variações de temperatura. O técnico deve ajustar a temperatura de acordo com a característica da cerâmica após a queima.
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Linha Cerâmica Arte e técnica É admirável a habilidade dos técnicos em reproduzir detalhes tão pequenos e quase imperceptíveis. A escolha pelo tipo do pincel é muito pessoal: sintético ou natural, tamanho, ou mesmo se a preferência for por uma espátula. Deve-se levar em conta a qualidade das cerdas e o modelo que pareça mais confortável. Pincéis com esfera como o Personal Class tendem a manter a ponta úmida por mais tempo; outros já preferem pincéis com cabo de proteção como a Linha Diamond. Em resumo, um bom pincel é um acessório importante, mas não se compara à habilidade do técnico que irá manuseá-lo.
Ceramax Croma e Valor O croma e valor tem uma relação direta de intensidade. O croma é o grau de saturação da cor, a intensidade do pigmento. Uma maneira simples de explicar o termo valor seria luminosidade. Significa que quanto maior a quantidade de luz refletida mais alto é o valor e mais luminoso é o dente. Quanto maior o croma de um dente mais baixo é o valor. Numa escala de luminosidade o branco puro apresenta o mais alto valor, na escala odontológica as tonalidades mais claras como A1, B1 são de alto valor. Na montagem das massas Ceramax será mais fácil atingir a fidelidade dos tons da escala, utilizando as massas de cervical. Se julgar necessário, incremente algum efeito modificador: orange, brown ou yellow. Observe as regiões de maior luminosidade e aumente o valor utilizando D-MF, D-MW, ou dentinas de alta luminosidade. Na camada de esmalte pode-se criar detalhes de cristas luminosas utilizando T-M e T-O.
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Luminesse Translucidez A translucidez é um fenômeno físico de penetração da luz no esmalte dos dentes naturais. Dentes mais jovens possuem mais translucidez e com o passar do tempo a camada de esmalte desgasta-se, perdendo a aparência translúcida. O esmalte envolve todo o dente, desde a cervical até a incisal, sendo assim, é um equivoco trabalhar com massas translúcidas apenas na porção incisal. Na estratificação das massas Luminesse, utilize os efeitos Translucent Clear, Clear Blue, Translucent White e Opal Clear para construir as áreas de passagem de luz. Lembre-se, trabalhar com Clear puro ou uma quantidade grande de translúcidos pode baixar a luminosidade da coroa e acinzentar a cerâmica.
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Zirkon Ice Opalescência Talvez a característica mais complexa visível no esmalte natural seja a opalescência. Esse termo surgiu do aspecto característico da pedra opala, conhecido como efeito Tyndall. Cristais presentes no esmalte dos dentes refratam a incidência de luz em diferentes direções, resultando em um prisma de reflexos visíveis na cor azul e laranja. Para conseguir esse efeito nas restaurações cerâmicas, é necessário experiência em mesclar translucentes e opalescentes. A linha Transpa de opalescentes da Zirkon Ice possui diferentes níveis de translucidez, além das massas incisais também terem características opalescentes. Nos incisivos, mescle de forma suave os efeitos opalescentes com pequenas inserções de Transpa blue e Orange, para criar nuances naturais das áreas de absorção de luz. O opalescente Transpa 1 é uma boa opção como cobertura final de esmalte, associado ao incisal, ou mesmo de forma pura. Utilize o Transpa 3 e 4 com tonalidades mais brancas para evidenciar as cristas e os contornos das áreas de transição.
Zirkonzahn O primeiro registro da utilização da cerâmica para uso odontológico foi em 1774, por Alex Duchateau e Nicholas Dubois de Chemant. No entanto, a tecnologia para blocos de zircônia fresados em um sistema CAD/CAM surgiu apenas em 1986, na Suécia, através do trabalho do Dr. Matts Anderson. O dióxido de zircônio, conhecido como zircônia é a cerâmica mais resistente da Odontologia. Sua alta resistência flexural permite a utilização em pontes fixas extensas, sobre preparos e implantes. Uma característica interessante da zircônia é a semelhança de cor à dentina, o que facilita atingir um resultado natural devido a maneira que a luz trabalha no material. A Zirkonzahn é pioneira no desenvolvimento de uma zircônia com alta translucidez, a Zircônia Prettau. Esse material permite a construção de uma coroa monolítica, bem semelhante à profundidade que a luz trabalha no esmalte e na dentina natural. Esse efeito ainda é reforçado com a utilização de líquidos de pigmentação nos tons da escala Vita, que reproduzem um matiz multicromático. As propriedades de uma zircônia excepcional e um sistema CAD/CAM revolucionário, não são apenas resultados da tecnologia. Mas sim de valores compartilhados pela Zirkonzahn e pela Talmax que dão significado a um trabalho intenso e apaixonante.
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A riqueza de detalhes fará a diferença na construção de um dente com perfeição. Talvez esse seja o maior desafio para aqueles que se aventuram em superar a expectativa de um dente natural...
"Entender a natureza singular da cor e perceber os detalhes que apenas os olhos treinados de um artista são capazes de enxergar."