Do sintoma ao sinthoma: uma via para pensar a mãe, a mulher e a criança na clínica atual Laura Fangmann

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Transcrição:

Opção Lacaniana online nova série Ano 1 Número 2 Julho 2010 ISSN 2177-2673 : uma via para pensar a mãe, a mulher e a criança na clínica atual Laura Fangmann Introdução Nesse trabalho, proponho-me a falar sobre as questões da feminilidade e os caminhos que uma mulher percorre para poder aceder ao feminino e, dentro dele, focar na diferenciação entre mãe e mulher. Diferenciação que existe para a psicanálise de orientação lacaniana, mas que nos discursos presentes na cultura atual e passada, praticamente não existe. Nesse impasse me pergunto também onde e como se estabelece o lugar que cabe a criança em relação a sua mãe, em relação a essa mãe e à mulher que vive nela, para poder subjetivar a sua existência 1. Essas questões me levaram a considerar, na mulher que se analisa, as diferentes posições que vão se constituindo perante sua feminilidade ao longo do tratamento, enquanto seu ser mulher e seu ser mãe. Poderíamos pensar como se modificam essas posições se considerarmos o percurso que vai da proliferação de sintomas, no começo da análise, até a constituição, via operação de redução, de um sinthoma como nova forma de solução para o modo de gozar, no final. Mulher e sintoma Lacan estabelece uma diferença entre sintoma e sinthoma. Quando uma mulher chega à consulta traz uma queixa que depois, no decorrer do tratamento, se transformará em sintoma analítico. O que acontece é que esse sintoma se modificará ao longo de uma análise, diversificando-se. Miller chamou de proliferação dos 1

sintomas 2, para dar conta do modo em que a neurose vai se desenhando na análise, à medida que aparecem algumas mudanças de posição subjetiva. Nesse momento, estão em jogo o sintoma e a fantasia, como enlace entre o significante e o gozo na sua forma de sofrimento subjetivo. Isso ocorre tanto na mulher como no homem. São as construções fantasmáticas que o sujeito trará ao analista, que irão se desconstruindo, conforme o sujeito for reconduzido aos elementos absolutos de sua existência contingente, que marcam seus pontos de gozo 3. Cabe dizer que esses sintomas que incomodam e fazem sofrer, para a psicanálise, não são simples transtornos que devem ser removidos para que o sujeito possa se acomodar melhor ao social, como oferecem na atualidade muitas propostas terapêuticas. Para a psicanálise o sintoma é considerado não uma mera manifestação da neurose, mas aquilo que é mais prezado do sujeito, o mais íntimo do seu gozo, seu tesouro e sofrimento. É com esse sintoma que vamos trabalhar, não para anulá-lo senão para advertir ao sujeito do seu próprio gozo. É com o sintoma que o sujeito estabelecerá seu laço com o social. O sinthoma é uma elaboração do último ensino de Lacan para referir-se ao modo como o sujeito fará uma amarração entre os três registros, qual seja, em forma de nó. O sinthoma vem a ocupar o quarto lugar desse nó e permitirá dar um nome a sua letra de gozo no final da análise. Tratase do incurável de cada um, na medida em que se está condicionado pela lalíngua e não pela linguagem; e é ele que permite colocar uma nomeação ao gozo feminino para mitigar seus efeitos de devastação. Portanto, temos no caminho da experiência analítica a passagem da proliferação dos sintomas durante o transcurso da análise à constituição do sinthoma ao final, como amarração do ponto de gozo. 2

O que é uma mulher, uma mãe, uma louca, uma histérica? Seguindo Chamorro 4 podemos dizer que seria de grande importância realizar um estudo das derivações, complicações e obstáculos das convergências e divergências entre mulher e histeria, e entre mulher e mãe. Por exemplo, poderíamos perguntar: que relação há ao pensarmos a mulher como aquela que ocupa o lugar de objeto causa de desejo, e a histérica que vê nisso uma ameaça quando está em posição fálica? Temos, desse modo, a relação entre a mulher e a histérica, entre a mulher e a mãe, e entre a mulher e a psicótica. Entre a mulher e a histérica temos a questão da histérica que se pergunta sobre o que é uma mulher, o que é ser uma mulher e da mulher que não se pergunta, simplesmente ocupa o lugar de objeto causa em relação ao desejo do homem 5. Esse lugar de objeto remete a sua posição de não-toda, no sentido de que há nela um gozo mais além do falo, que não goza somente no nível do falo senão que há um mais além. Em toda a obra de Freud, como também no primeiro Lacan, as mulheres estão localizadas do lado todas fálicas. Todas porque Lacan não havia ainda chegado à lógica do não-todo; e fálicas porque o único ordenamento possível para a mulher até esse momento é pensado em relação à significação do falo 6. A histérica se encontra na posição de desejar o falo e também de ser o falo para o Outro. Trata-se de um saber sobre o desejo, sobre o desejo de desejo. Na diferença entre a mulher e a mãe, a mãe goza de forma fálica. Lacan dizia que a mãe goza como homem, já que coloca o filho no lugar de objeto do seu gozo e está completa por esse filho-falo. Esse seria o gozo maternal, bem diferente do gozo feminino que aspira ao infinito e está inserido no corpo. Por isso a disjunção, única para a psicanálise, é entre a mãe e a mulher. Para Freud, entretanto, ainda há uma união entre a mulher e a mãe, pois quando pensa na elaboração do Édipo na mulher, um dos 3

caminhos para a solução é a substituição da fantasia de ter um filho do pai, através da maternidade, pela equação filho-falo. Freud vê isso como uma solução, como um encontro de um caminho seguro para uma mulher. Todas as saídas que Freud elabora para a mulher são pela via fálica, pois para ele elas ainda são todas fálicas. E então, quando ele pergunta que quer uma mulher?, ele a faz pela via do desejo e não do gozo, e a resposta que dá é: ela quer um filho do pai, ou seja, a solução de Freud é a maternidade. Com Lacan já estamos em uma outra perspectiva, na qual mãe e mulher não são um complemento, há entre ambas, disjunção, quebra. Em Lacan vamos nos deparar com o conceito de gozo que, mais além da linha do desejo e do amor, trata-se do gozo feminino 7. A criança Miller, em A criança entre a mulher e a mãe 8, numa perspectiva muito esclarecedora, nos dá as coordenadas de como pensar a criança em relação a sua mãe, vinculando as posições de ambas nesse processo. Estabelece quais são as formas em que a criança adquire sua subjetivação na neurose, assim como o processo que leva a mulher a realizar a passagem entre mulher-mãe-mulher, que toda mãe deve enfrentar. Tomando como referência o Seminário 4, de Lacan, Miller nos diz que: A lição do Seminário 4 é a de que aquilo que permanece desconhecido quando se concentra a atenção na relação mãe-filho concebida de uma forma dual, recíproca, se assim o desejam, como se mãe e criança estivessem fechadas numa esfera não é só a função do pai [...] é também o fato da mãe não ser suficientemente boa quando só veicula a autoridade do Nome-do- Pai. É preciso ainda que a criança não sature para a mãe a falta em que se apoia seu desejo. O que isto quer dizer? Que a mãe só é 4

suficientemente boa se não o é em demasia, se os cuidados que dispensa à criança não a desviam de desejar enquanto mulher 9. Com isso Miller nos abre um caminho para pensar que, se normalmente, nós analistas destacamos a importância do pai na função separadora entre a criança e a mãe, esta não é suficiente. Além disso, é necessária outra operação que vem da mãe enquanto tal. Ou seja, a mãe deve ser mulher para poder dar espaço ao filho a fim de que realize sua subjetivação como ser. Nesse mesmo artigo Miller diz que a criança preenche e divide. A criança além de saturar como substituto fálico à mãe, também divide no sujeito feminino que está tendo acesso à função materna, a mãe e a mulher. É o mesmo que afirmar que o objeto criança não é todo para essa mulher, como vimos antes com Chamorro, a mulher deseja mais além do falo, é não-toda nesse sentido, e isso também é o que permite ao filho se separar; e vai mais além da função paterna, via metáfora, é uma operação que provém do desejo da mãe: desejo de outra coisa. Acrescenta Miller: O Nome-do-Pai [...] não basta, é preciso ainda que seja resguardado o não-todo do desejo feminino, e que portanto, a metáfora infantil não reprima, na mãe, seu ser mulher 10. Voltando à pergunta inicial: como uma mulher, na sua análise, pode ir da proliferação dos sintomas, na alienação, à constituição de um sinthoma, via redução, ao final de análise, para poder nomear uma letra de gozo? Talvez esse percurso acompanhe sua passagem pela maternidade, num processo que vai da posição de complementaridade entre a criança e a mãe como um todo (no sentido de colocar o filho no lugar de saturação do seu desejo feminino), até a da separação desse gozo fálico, em direção ao não-todo do gozo e do desejo feminino. 5

1 Essas questões e perguntas foram sendo elaboradas no trabalho em andamento no Núcleo de Pesquisa em Psicanálise com crianças da Seção Santa Catarina da Escola Brasileira de Psicanálise, em Florianópolis, durante mais de dois anos. Contamos para isso com a realização, em 2008, do Colóquio sobre Psicanálise com crianças, e, em 2009, com a conferência de Lêda Guimarães sobre a criança na contemporaneidade. Guimarães, L. (2009). Mulher-mãe nos tempos do declínio do pai. Florianópolis: Escola Brasileira de Psicanálise-SC. Conferência inédita. 2 Miller, J.-A. (1995). El hueso de um análisis. Buenos Aires: Ed. Três Haches. 3 Idem. (2008-2009). Coisas de fineza em psicanálise. Orientação Lacaniana III, 11. Seminário inédito, lição de 10/12/2008. 4 Chamorro, J. (2008). Las Mujeres. Buenos Aires: Grama Ediciones. 5 Idem. Ibidem, p. 15. 6 Torres, M. (1995). La sexualidad femenina y la figura del padre. Buenos Aires: EOL, p. 3. A autora está trabalhando sobre o texto de Lacan, J. (1998[1958]). A significação do falo. Die Bedeutung des Phallus. In Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. 7 Freud, S. (1989[1932]). Conferencia XXXIII: Feminidad. In Obras Completas. Buenos Aires: Amorrortu Ed., vol. XXII, pp. 117-121. Para entender um pouco que relação há entre a mulher e a psicótica, uma citação de Chamorro, J. (2008). Op. cit., p. 19: As mulheres são loucas, este ponto realiza a convergência entre psicose e mulher. O ponto de convergência está baseado na não regulação pelo falo; um gozo feminino ou psicótico não regulado pelo falo. 8 Miller, J.-A. (1998). A criança entre a mulher e a mãe. In Opção Lacaniana - Revista Brasileira Internacional de Psicanálise, (21). São Paulo: Edições Eolia. 9 Idem. Ibidem, p. 07. 10 Idem. Ibidem, p. 09. 6