imigração e comércio internacional no contexto da integração europeia o caso português



Documentos relacionados
Internacionalização da Economia Portuguesa e a Transformação da Indústria Portuguesa. Coimbra, 19 de Novembro de 2010

INFORMAÇÃO ESTATÍSTICA SERVIÇO DE SERVIÇO DE ACESSO À INTERNET ATRAVÉS DE BANDA LARGA

UNIÃO EUROPEIA Comércio Exterior Intercâmbio comercial com o Brasil

Newsletter Informação Semanal a

Atualidades. Blocos Econômicos, Globalização e União Européia Comunidade Européia do Carvão e do Aço (CECA)

Observatório Pedagógico. Objectivos: Políticas Redistributivas e Desigualdade em Portugal. Carlos Farinha Rodrigues DESIGUALDADE ECONÓMICA EM PORTUGAL

NOTA INFORMATIVA SINGLE EURO PAYMENTS AREA. 1. O que é a SEPA?

Preçário AGENCIA DE CAMBIOS CENTRAL, LDA AGÊNCIAS DE CÂMBIOS. Consulte o FOLHETO DE COMISSÕES E DESPESAS. Data de Entrada em vigor: 27-Abr-2015

SEPA - Single Euro Payments Area

Preçário dos Cartões Telefónicos PT

Geografia 03 Tabata Sato

Áustria, Dinamarca, Finlândia, França, Irlanda, Itália, Liechtenstein, Noruega, Suécia, Reino Unido

HBL15 Trabalhar na Irlanda do Norte: Subsídio de Alojamento Um folhetim informativo do Executivo de Alojamento para Trabalhadores Migrantes

Em Portugal o Produto Interno Bruto per capita expresso em Paridades de Poder de Compra situou-se em 79,0% da média da União Europeia em 2013

Geografia Econômica Mundial. Organização da Aula. Aula 4. Blocos Econômicos. Contextualização. Instrumentalização. Tipologias de blocos econômicos

Espanha continuou a ser o país com maior peso nas transações comerciais de bens com o exterior (23,5% nas exportações e de 32,5% nas importações).

DIREITO COMUNITÁRIO. Aula 4 As revisões dos instrumentos fundamentais: o aprofundamento 2

Seminário. 12 novembro Iniciativa conjunta INE LNEC

9. o ANO FUNDAMENTAL PROF. ª ANDREZA XAVIER PROF. WALACE VINENTE

A formação da União Europeia

Newsletter Informação Semanal a

Quadro 1 Número de empresas de seguros a operar em Portugal Vida Não Vida Mistas Total. Empresas de seguros de direito português

Portugal Leaping forward

TABELA DE VALORES DE BOLSAS NO EXTERIOR

UNIÃO EUROPEIA A CRIAÇÃO EUROPEIA. Maria do Rosário Baeta Neves Professora Coordenadora

Brasil como maior exportador mundial de carne bovina: conquistas e desafios

E R A S M U S + ERASMUS+ Faculdade de Farmácia Universidade de Lisboa. Apresentação

Paying Taxes 2014 Portugal e a CPLP Jaime Esteves 3 de dezembro de 2013, Lisboa

PT PRIME PREÇÁRIOS DE VOZ EMPRESARIAL PT Prime Preçário Voz Empresarial 2006

A RENTABILIDADE FUTURA DO OLIVAL DE REGADIO UMA OPORTUNIDADE PARA PORTUGAL. Manuela Nina Jorge Prof. Francisco Avillez

PASSO A PASSO. Links para saber mais. A União Europeia. Ano Europeu: o que é? o que se comemora em 2012?

Importações e Exportações Portuguesas de Produtos Energéticos

Formação Inicial de Professores na União Europeia. Florbela Lages Antunes Rodrigues Instituto Politécnico da Guarda

Luis Magalhães Presidente da UMIC Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP Portugal

TRATADO DE LISBOA EM POUCAS

'DWD 7HPD $FRQWHFLPHQWR

Sociedade de Geografia de Lisboa

MNE DGAE. Tratado de Lisboa. A Europa rumo ao século XXI

O papel da AICEP na Internacionalização das Empresas Portuguesas

Os Cursos de Especialização Tecnológica Em Portugal Nuno Mangas

Mobilidade de Estudantes Sessão de Esclarecimento 2015/2016 janeiro 2015 Núcleo de Relações Internacionais do ISEL

PARLAMENTO EUROPEU CONSTITUIÇÃO:

NEGOCIAÇÕES DE ADESÃO DA BULGÁRIA E DA ROMÉNIA À UNIÃO EUROPEIA

3. CARTÕES DE CRÉDITO E DE DÉBITO (PARTICULARES) (ÍNDICE)

Direcção-Geral da Saúde Circular Informativa

Crescimento Econômico. Professor Afonso Henriques Borges Ferreira

A POSIÇÃO DE PORTUGAL NA EUROPA E NO MUNDO

OCDE/ITF - IRTAD A ANSR

Blocos Econômicos. MERCOSUL e ALCA. Charles Achcar Chelala

11. CARTÕES DE CRÉDITO E DE DÉBITO (OUTROS CLIENTES) ( ÍNDICE)

11. CARTÕES DE CRÉDITO E DE DÉBITO (OUTROS CLIENTES) ( ÍNDICE)

'DWD 7HPD $FRQWHFLPHQWR

2. Emissão de. Outros Titulares. seguintes. 1.º ano. Anos. cartão. Grátis 28, ,23 26,44. Grátis 28, ,23 26,44

III SINGEP II S2IS UNINOVE

CRONOLOGIA DA INTEGRAÇÃO EUROPEIA

O PÓS-GUERRA E A CRIAÇÃO DA 1ª COMUNIDADE


3. Substituiçã o de cartão. 4. Inibição do cartão. 2. Emissão do Cartão. Isento Isento ,00 (4) Ver Nota (2).

Participação Social das Pessoas com Deficiência Inclusão e Acessibilidade Digital

A solução. para os seus problemas. na Europa. ec.europa.eu/solvit

Ensino Superior em Portugal, Que Futuro? Maria da Graça Carvalho 1 de Fevereiro 2013, Lisboa Reitoria UL

Quantum-Database RAPPORT COMERCIAL

gabinete de estratégia e estudos

A questão da natalidade nos países da União Européia: desafios e alternativas em discussão 1.

3. CARTÕES DE CRÉDITO E DE DÉBITO (PARTICULARES) ( ÍNDICE)

Maria João da Cruz Nogueira

CENTRO EUROPEU DO CONSUMIDOR - PORTUGAL EUROPEAN CONSUMER CENTRE

A UE volta a divulgar o número de emergência europeu 112 antes das férias de Verão

Somos uma empresa portuguesa presente em mais de 65 países, nos 5 continentes.

A Participação do Conselho Superior da Magistratura em Organizações Internacionais

IX. Dispensa de Visto de Entrada para Portadores de Passaporte e de Título de Viagem da RAEM

NÚMERO: 003/2010 DATA: 29/09/2010 ASSUNTO: PALAVRAS CHAVE: PARA: CONTACTOS:

Instituto Nacional de Estatística divulgou A Península Ibérica em Números

Serviço de Assistência Tutelar Serviço de Tutelas

Direcção de Serviços das Questões Económicas e Financeiras DGAE / MNE

REDUÇÃO DE VELOCIDADE NAS MARGINAIS JILMAR TATTO

Ação Cultural Externa Relatório Anual Indicadores DSPDCE

CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA. Bruxelas, 27 de Abril de 2007 (02.05) (OR. en) 9032/07 SCH-EVAL 90 SIRIS 79 COMIX 427

ORGANIZAÇÃO PARA SEGURANÇA E COOPERAÇÃO NA EUROPA - OSCE

Informação ao Utente sobre Preço dos Medicamentos Situação Europeia

SEMINÁRIO EXPORTAR, EXPORTAR, EXPORTAR. Viana do Castelo, 11de Fevereiro

Aula 7. O espaço Schengen e a livre circulação de pessoas na UE

Regras de Atribuição de DNS. 21 de Abril de 2005 Luisa Lopes Gueifão CRSC 2005

Crescimento e Competitividade em Portugal. Vítor Santos ISEG

Universidade Federal de Santa Catarina. Centro Sócio Econômico Departamento de Economia e Relações Internacionais Florianópolis.

BULGÁRIA DADOS BÁSICOS E PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICO-COMERCIAIS

Informação diagnóstico

Data: GEOGRAFIA TUTORIAL 5B. Aluno (a): Equipe de Geografia IMAGENS BASE. Fonte: IBGE, 2009.

Alentejo no horizonte 2020 Desafios e Oportunidades

Cap.12 Questões políticas e populacionais na Europa Desenvolvida

Parceria para Governo Aberto Open Government Partnership (OGP)

Transportes em Portugal

Seu guia completo para nossos serviços móveis

Por que a CPMF é um problema para o Brasil?

GOLDEN VISA Junho 2013 AUTORIZAÇÃO DE RESIDÊNCIA ATRAVÉS DE INVESTIMENTO EM PORTUGAL

Anuário Estatístico de Turismo

Impostos com relevância ambiental em 2013 representaram 7,7% do total das receitas de impostos e contribuições sociais

Exportação Brasileira de Tangerinas por País de Destino 2010

ESTATÍSTICAS DA IMIGRAÇÃO 2009

O contributo do Sistemas de Informação Geográfica na Gestão da Informação Estatística

Transcrição:

imigração e comércio internacional no contexto da integração europeia o caso português Nuno Gonçalves Ana Paula Africano Resumo: Palavras-chave Códigos JEL Abstract: Keywords model. JEL Codes 41

estudos regionais nº 24 1. Introdução et al.. 2. Migração Internacional do Factor Trabalho 2.1 Causas 42

imigração e comércio internacional no contexto da integração europeia o caso português figura 1 Saldo migratório na Europa, 2008 Fonte: Notas: Portugal. 43

estudos regionais nº 24 figura 2 Origem da Imigração em Portugal, 2000-2007 Fonte: et al. Push Pull 2 Stay Stay-Away Push Pull Push Pull. No et al. 2 Stay Stay-Away Stay Stay-AwayPush-Pull 44

imigração e comércio internacional no contexto da integração europeia o caso português 2.2 Consequências 4 et al. 4 45

estudos regionais nº 24 i. ii. 3. Migração e Comércio Inter-regional na União Europeia. 46

imigração e comércio internacional no contexto da integração europeia o caso português Push - Pull tabela 1 Restrições ao Mercado de Trabalho para os Cidadãos dos NEM-8 na UE-15 Acesso para os trabalhadores dos NEM-8 1 Acesso para os trabalhadores provenientes da Bulgária e Roménia 2 Maio 2004 a Abril 2006 Maio 2006 a Abril 2009 2007 e 2008 Alemanha Limitado Limitado Limitado Áustria Limitado Limitado Limitado Bélgica Limitado Limitado Limitado Dinamarca Limitado Limitado Limitado Espanha Limitado Aberto Limitado Finlândia Limitado Aberto Aberto França Limitado Limitado 3 Limitado 3 Grécia Limitado Aberto Limitado Holanda Limitado Aberto 4 Limitado Irlanda Aberto Aberto Limitado Itália Limitado Aberto 5 Limitado 6 Luxemburgo Limitado Limitado Limitado Portugal Limitado Aberto Limitado Reino Unido Aberto Aberto Limitado Suécia Aberto Aberto Aberto Fonte: 2 4 47

estudos regionais nº 24 et al. et al. tabela 2 Crescimento do stock de imigrantes oriundos da UE-25 em Portugal, 2004-2007 Origem Taxa de Crescimento do Stock de Imigrantes Alemanha 4.21% Áustria 3.71% Belux 3.93% Chipre 0.00% Dinamarca 2.48% Eslováquia 44.00% Eslovénia 21.34% Espanha 3.18% Estónia 28.96% Finlândia 3.16% França 3.31% Grécia 5.40% Holanda 5.22% Hungria 15.97% Irlanda 7.81% Itália 6.75% Letónia 39.59% Lituânia 50.90% Malta 13.99% Polónia 21.47% Reino Unido 6.81% Republica Checa 27.88% Suécia 3.11% UE-25 5.16% Fonte: 48

imigração e comércio internacional no contexto da integração europeia o caso português 4. Modelização do Problema 4.1 O modelo gravitacional T ij PIB i (PIB j ) o PIB Dist ij, u ij iid PIBPC i (PIBPC j ) o PIB per capita do exportador PIB e PIBPC Curr ij e NEM j j 1 e 3 2 4 e 5 5 i e j 49

estudos regionais nº 24 4.2 Aplicação empírica M ij M ij. EU15 j e M ij. NEM j, EU15 e NEM da UE-15 NEM T ij i j, M ij j i, e X ij i j T ijt i para jt M ijt i jt EU15 j e NEM j j PIB jt PIB PPP j t PIBPC jt PIB PPP, em j t Dist ij i e j Lang ij e Curr ij i e j t 2007. 7. Dist ij i j. 4.3 Resultados 7 50

imigração e comércio internacional no contexto da integração europeia o caso português 0.49 5. Conclusão tabela 3 Resultados da estimação do impacto do stock de imigrantes nas exportações Portuguesas para a UE-25 Variável Exportações Portuguesas para a UE-25 Sinal Esperado Constante Stock de Imigrantes. EU15-7.53*** (-2.68) 0.43*** (9.14) + Stock de Imigrantes. NEM 0.41*** (7.69) + PIB 0.48*** (8.15) + PIB per capita Distância 1.32*** (7.71) -0.27*** (-2.65) + - Moeda única 0.01 (0.11) + Novo Estado Membro 0.49*** (2.69) + R 2 ajustado 0.95 Fonte: 51

estudos regionais nº 24 American Economic Review International Economics The Review of Economics and Statistics The Review of Economics and Statistics Journal of Economic Literature Monetary Policy and the Economy Journal of International Economics Economics Letters Journal of Political Economy Review of Economics and Statistics Weltwirtschaftliches Archiv/Review of World Economics Journal of the Japanese and International Economies Southwestern Economic Review An Econometric Study of International Trade Flows, Journal of Economic Surveys Population and Development Review Journal of International Trade & Economic Development 52

imigração e comércio internacional no contexto da integração europeia o caso português International Migration Outlook World Economy Tentative Model for the Volume of Trade between Countries. Shaping the World Economy. Suggestions for an International Economic Policy Journal of Population Economics Scottish Journal of Political Economy Eastern Economic Journal Proceedings Volume of the World Bank Annual Conference on Development Economics anexo a dados Variável T ijt exportações f.o.b. (em dólares) M ijt stock de imigrantes (em pessoas) PIB jt PIB (PPP, em dólares de 2005) PIBPC jt PIB per capita (PPP, em dólares de 2005) Dist ij distância entre capitais (em quilómetros) Origem dos Dados IMF Direction of Trade Statistics Instituto Nacional de Estatística (INE) Base de Dados Chelem INT www.indo.com/distance Curr ij moeda oficial CIA World Factbook 2008 53